sexta-feira, 13 de abril de 2012

Meio ambiente e sustentabilidade - Parte 1

Ciclovia do Rio Pinheiros é expandida

Uma boa notícia para os adeptos ao uso de bicicletas como forma de mobilidade urbana: foi inaugurado, no dia 12 de fevereiro, o novo trecho da ciclovia do Rio Pinheiros, em São Paulo. Com 4,8 km, o percurso liga as estações Vila Olimpia e Cidade Universitária, da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM), e aumenta a extensão da rota original, que agora tem 18,8 km. Além de acessos nas duas estações citadas, a ciclovia conta com mais três acessos: um na estação Santo Amaro, um na Avenida Miguel Yunes e um na estação Jurubatuba. Instalada entre a margem do rio e o conjunto de avenidas conhecido como Marginal Pinheiros, a ciclovia foi construída ao lado dos trilhos do trem. Grades de proteção foram colocadas cercando todo o percurso e a sinalização foi feita com uma tinta especial, composta com pó de vidro - que, se por um lado diminui o risco de as derrapagens comuns no trecho anterior se repetirem, por outro faz com que óculos escuros se tornem imprescindíveis durante o dia. As partículas brilham intensamente até mesmo em dias nublados. Da maneira como foi planejada, a ciclovia deve atrair mais atletas e famílias nos fins de semana do que ser utilizada como um eixo cicloviário útil para quem se desloca de bicicleta. Em Londres e demais cidades em que foram feitos planejamentos cicloviários abrangendo toda a área urbana, trabalha-se com o conceito de cicloavenidas, rotas exclusivas integradas à cidade e desenhadas para comportar o crescente número de ciclistas. No entanto, este novo trecho poderia ser um ponto importante de apoio para quem trabalha na região e se desloca de bicicleta. O número de acessos limitados, porém, diminui a possibilidade de que o caminho seja utilizado como percurso diário. Atrair mais gente para as margens do rio, mesmo que sejam atletas, ou famílias buscando lazer nos fins de semana, porém, não deixa de ser importante. Em vez de motorizados soltando fumaça levando gente apressada incapaz de observar o rio, a margem é ocupada por pessoas. Passa a ser possível conviver com o rio, ver as capivaras, sentir a dimensão do Pinheiros, olhar a vegetação que resiste à poluição.




(texto extraído do jornal "Leve & Leia")



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