sexta-feira, 30 de maio de 2014

Mel, alimento real (Embrapa, Cidade das Abelhas - Wilson Donnini, apicultor)


Ele dá um charme às suas receitas e de quebra traz uma série de benefícios à saúde

O mel de abelhas é conhecido pelo homem e usado como alimento desde a pré-história. As abelhas produtoras de mel são originárias da África, mas foram introduzidas na América e Oceania durante o período colonial. Durante séculos o mel foi retirado dos enxames de forma extrativista e predatória, muitas vezes causando danos ao meio ambiente, matando as abelhas. Os enxames morriam ou fugiam, obrigando o homem a procurar novos ninhos cada vez que necessitasse retirar o mel para consumo.

Com o passar dos anos, como parte do processo evolutivo, o homem foi aprendendo a proteger os enxames, retirando o alimento sem causar prejuízo para as abelhas e o meio ambiente. Hoje, através da criação racional de abelhas, é possível obter não apenas o mel, mas o pólen apícola, geleia real, polinização e cera.

Existem mais de 20 mil espécies de abelhas conhecidas, mas apenas 2% delas produzem mel. Entre as espécies produtoras, as do gênero Apis são as mais conhecidas e difundidas. Para produzir meio quilo de mel, as abelhas voam em média 88 quilômetros para  encontrar dois milhões de flores. Conforme a florada, elas produzem diferentes méis, entre eles, o de laranjeira, o de flores do campo ou silvestre e o de eucalipto, com sabor mais forte e maiores propriedades terapêuticas sobre o sistema respiratório.

Mas além de gostoso e nutritivo, o mel pode aumentar a longevidade e é indicado para curar uma série de doenças. Composto de água, glicose e principalmente de frutose - um açúcar rapidamente absorvido que não fermenta no intestino - o mel possui ainda vitaminas A, B, C e minerais essenciais para a vida como selênio, zinco e potássio. Ele aumenta a disposição, protege a pele, é bactericida, cicatrizante e combate a insônia.

Durante a noite, nosso cérebro reconstitui as células do corpo reformulando os órgãos. Se consumirmos alimentos ricos em glicose e frutose antes de dormir, auxiliamos o trabalho do cérebro na reconstituição de nossas células. O cérebro bem alimentado à noite consegue transformar as reservas de gordura em energia, que ajuda na realização das suas atividades.

O mel também pode ser encontrado em favos. "Quando você pega um pedaço de favo e mastiga, ele tem uma propriedade e algumas enzimas naturais que ajudam a desobstruir as vias nasais.", explica o apicultor Wilson Donnini, da Cidade das Abelhas, que reúne colmeias de 60 mil abelhas que produzem mel o tempo todo.

Em associação com a canela, o mel produz ainda mais benefícios. Alguns deles são: emagrecimento, melhora a digestão, auxilia na cura e enfermidades como dor de garganta, infecção nos rins, enfermidades no coração, reduz o colesterol, artrites, picadas de insetos, dores de dente, constipação e até queda de cabelo.

Mas um dos maiores desafios ainda é saber se o mel é verdadeiro ou não. O primeiro cuidado deve ser tomado na hora da compra. O consumidor deve verificar no rótulo se há aditivos e também o selo do Serviço de Inspeção Federal - SIF. Para o apicultor Wilson Donnini, o mel deve ser vendido em boca larga. Como o mel cristaliza, a pessoa pode já comprar cristalizado para ter certeza. Outra dica do apicultor é que "quando você abre um pote de mel, ele tem que ter o odor característico da florada que o gerou".

Depois de comprado o produto, é possível observar a cristalização. O mel puro cristaliza uniformemente, ficando cremoso. Outra maneira de testar é colocar uma colher de mel sobre um copo com álcool. O mel que se dissolver é falso e o que continuar é verdadeiro.

Quando for consumir, se o mel estiver cristalizado, você pode colocar em banho-maria, desligando assim que a água ferver. Mas há um cuidado a ser tomado, pois se aquecido a mais de 40 graus, ele perde suas propriedades nutricionais.

Como é um alimento, o Ministério da Agricultura estabelece uma validade de dois anos, mas os especialistas garantem que dura muito mais.

Para substituir o açúcar por mel, a proporção é 1/2 xícara de mel para cada xícara de açúcar. Você pode usar o mel como adoçante com vantagens nutricional e calórica, mas sem exagero. Uma colher de sopa de mel tem 62 calorias. A mesma quantidade de açúcar tem 100 calorias. Brigadeiro com mel, por exemplo, fica bem macio.



(texto publicado na revista Tudo nº 40 - maio de 2014)






O experimento da intenção - Lynne McTaggart


Deficiência de vitamina D afeta funcionamento dos rins (Agência Fapesp)


Estudo realizado no Laboratório de Investigação Médica da Faculdade de Medicina (FM) mostrou que a falta de vitamina D pode prejudicar o funcionamento adequado dos rins, além de comprometer a recuperação de lesões no órgão.

De acordo com Rildo Aparecido Volpini, coordenador do estudo, a pesquisa desenvolveu em ratos dois modelos de isquemia (fluxo arterial insuficiente) e o retorno do fluxo sanguíneo após um período de interrupção (reperfusão).

Nos dois modelos experimentais, os animais  foram divididos em quatro grupos: o primeiro, considerado grupo de controle,  recebeu ração normal e não passou pelo processo de indução (isquemia e reperfusão); o segundo não passou por nenhum processo induzido e recebeu ração sem vitamina D; o terceiro recebeu ração com vitamina e passou pelo processo de indução; o quarto recebeu a ração sem vitamina e passou pela indução.

O estudo mostrou que a falta de vitamina D isoladamente prejudica a função renal, provavelmente por causa de alterações no sistema renina-angiotensina-aldosterona - SRAA, envolvido no controle de pressão arterial. Outra análise foi realizada nos eletrólitos no plasma e urina dos animais para verificar se havia presença de proteínas na urina (proteinúria).

Os estudos demonstraram que níveis baixos de vitamina D podem desencadear proteinúria, por induzir a perda de células do epitélio renal e desenvolver glomeruloesclerose que prejudica a integridade da membrana de filtração glomerular, permitindo a passagem de macrocélulas no espaço urinário.

O experimento indicou que a deficiência do nutriente diminui a função renal, modifica a expressão local de proteínas e aumenta a formação de fibrose após lesão induzida. Para o pesquisador, os resultados mostram a importância de acompanhar com mais cautela os níveis de vitamina D no organismo e oferecer suplementação para portadores de lesões renais crônicas e agudas.



(texto publicado na revista Espaço Aberto nº 160 - maio de 2014)




Viver nas alturas - Ana Luiza Tieghi

Todos
Amado e odiado pelas mulheres, o salto alto tem apelo estético, mas também preocupa ortopedistas

Acessório que divide opiniões e símbolo de elegância, o sapato com salto alto possui usuárias fiéis e está acostumado a ouvir duras críticas de médicos ortopedistas.

Já faz tempo que esse tipo de calçado tem outras funções além de oferecer alguns centímetros a mais para as mulheres. Ele é usado para melhorar a postura, dar uma aparência mais profissional, feminina, sedutora. A altura se tornou apenas um detalhe. Mas que atire a primeira pedra aquela que nunca sofreu com dores nos pés e nas pernas após passar um dia todo em cima do salto, ou desejou ter trazido uma sapatilha quando quase caiu em uma calçada com buracos. Usar salto alto é também um desafio.

História do calçado

"A história do calçado com saltos altos remonta aos tempos da Idade Média", afirma Cláudia Regina Garcia Vicentini, coordenadora do curso de Têxtil e Moda da EACH. Como conta a professora, os saltos altos eram utilizados pelos nobres para evitar que seus pés entrassem em contato com a sujeira presente nas ruas. Seus calçados eram fabricados com tecidos finos e ornamentados com pedrarias; já os camponeses, quando utilizavam sapatos, vestiam modelos feitos de materiais rústicos, como o couro. "O calçado, assim como outros tipos de adorno, era também utilizado para distinção de classes", explica.

A história comprova que os sapatos com salto alto nem sempre foram exclusividade das mulheres. A professora da EACH conta que durante os reinados de Luís XIV, XV e XVI, na França, os homens também faziam uso de saltos, embora menores, e sapatos com bordados. Isso tudo fazia parte da moda da época, que era de ostentação da riqueza. O comportamento francês foi imitado em outros países, o que popularizou o uso do salto alto. "A França ditava a moda de comportamento nas cortes europeias", afirma Cláudia.

Posteriormente, o calçado com salto alto passou a ser visto como um fetiche. A professora explica que isso se deve à "aura de altivez que configura ao corpo quando calçado e a aura de poder que está atrelado ao seu uso". Cláudia afirma ainda que a associação do salto alto à sedução está atrelada também aos materiais usados na confecção do calçado, como o couro, e ao visual do produto, como o aspecto envernizado, as amarrações e o salto fino tipo "estileto". Todos esses detalhes fazem parte do imaginário da mulher dominadora.

O salto alto pode causar dores, mas isso é um detalhe que suas usuárias fiéis preferem ignorar. É assim com Adevanir Tiago e Sandra Rodrigues, funcionárias da Superintendência de Saúde. "Quer me ver triste, me tira o salto alto", afirma Adevanir. Ela conta que utiliza o sapato para trabalhar e comparecer a eventos sociais, mas que nos finais de semana prefere optar por calçados baixos, para descansar os pés. "O salto me deixa mais elegante, corrige a postura, mexe com a aparência e o jeito de andar."

Sandra conta que usa sapatos com salto alto em qualquer situação. "Se pudesse, usaria todos os dias". Mas ela também afirma sentir dores nos pés quando faz uso do calçado, o que não a impede de continuar utilizando-o. "Acho bonito, é feminino e elegante."

Ponto de vista médico

Se a dor causada pelos saltos altos não incomoda muitas mulheres, ela chama a atenção de ortopedistas. Alexandre Leme Godoy dos Santos é especialista em pés do Instituto de Ortopedia e Traumatologia (IOT) do Hospital das Clínicas (HCFM), e conta que calçados com saltos altos e finos podem trazer problemas aos pés, tornozelos, joelhos e coluna lombar. "O uso excessivo e crônico desse perfil de calçado pode gerar repercussões negativas, como desequilíbrios musculares na musculatura do pé e tornozelo e também deformidades articulares nessa região", explica.

Adevanir afirma não sentir dores quando usa salto alto. "A única coisa que dói é minha autoestima, quando não estou usando", brinca. A funcionária explica que, além da altura do salto, é importante prestar atenção ao tipo de calçado e seu formato. "Tem que achar o sapato e a altura adequados para o seu conforto", ressalta. Ela conta preferir o modelo scarpin, que se ajusta bem aos seus pés.

Quem usa salto alto e inadequado todos os dias pode até não sentir mais dores, mas isso ocorre porque o organismo aprende a lidar com aquela nova realidade. "Existe sempre uma adaptação do corpo humano a estímulos agressivos, ocorre compensação entre diferentes grupamentos musculares, tendões e aparelhos ligamentares no sentido de minimizar a agressão", conta Godoy. Porém, após um longo período de tempo, o estresse causado pelo sapato leva a um desequilíbrio mecânico, fadiga das estruturas anatômicas e resulta em deformidades ou lesões permanentes.

Como Adevanir já sabia, o tipo de calçado influencia em suas consequências para o corpo. Sapatos com a base muito fina e saltos muito altos geram instabilidade ao caminhar, o que aumenta a possibilidade de lesões nos ligamentos e entorses, além de forçarem a musculatura para compensar a instabilidade, gerando alterações nos tendões e músculos.

Mas é possível usar salto alto sem prejudicar o corpo. Godoy afirma que a altura recomendada para o salto usado diariamente é entre 4 e 5 centímetros. Para quem acha pouco, o médico lembra que o recurso da meia pata, a plataforma localizada na parte posterior do sapato, permite aumentar proporcionalmente a altura do salto recomendada para o dia a dia. Godoy ainda conta não haver limites para a altura do salto alto em eventos sociais, pois eles são esporádicos.

Segundo o ortopedista, o uso de sapatos com salto que sigam as características adequadas pode até mesmo trazer benefícios e contribuir para o tratamento de alguns problemas frequentes nos pés. Perguntado se um calçado totalmente plano é preferível ao salto alto, Godoy afirmou que o ideal é o meio-termo, principalmente se o sapato for de uso rotineiro, como os usados durante o período de trabalho.

Criança de salto?

"Ganhar um sapato de salto alto é, para a mulher, a passagem para a vida adulta, quando deixamos de brincar com os sapatos da mãe e passamos a possuir o nosso", conta Cláudia. Segundo a professora, o salto alto possui um simbolismo de amadurecimento.

Com tanta carga emocional atrelada ao produto, não é de estranhar que a indústria de calçados e a publicidade queiram seduzir as crianças com o salto alto e a promessa da vida adulta idealizada. "A moda atual tem transformado as crianças em miniadultos", afirma Cláudia, "e isso é extremamente ruim, tanto do ponto de vista ergonômico quanto psicológico".

É comum encontrar sandálias infantis com um - nem sempre pequeno - salto alto. Como a configuração do sapato de salto não permite movimentos rápidos com segurança, as crianças que usam esse tipo de calçado se privam de correr e brincar, como deveriam fazer. "Na faixa etária pediátrica o ser humano deve ser exposto a estímulos adequados a essa idade; a antecipação dos estímulos sensitivos, emocionais, educacionais e de vestuário deve ser muito bem ponderada para não gerar repercussões negativas", afirma Godoy, que considera o uso do salto alto em crianças "absolutamente desnecessário".




(texto publicado na revista Espaço Aberto nº 160 - maio de 2014)








Violências emanam de mais de uma fonte - Giovanna Gheller


Do caminho de casa para o trabalho, muitas são as situações de medo e estresse vividas; assaltos e roubos são apenas alguns dos exemplos

Dados da Secretaria de Segurança Pública do Estado de São paulo mostram que, dentre todas as ocorrências policiais registradas por mês no Estado, o furto costuma ser o motivo mais presente, passando da casa das 40 mil denúncias mensais. Violência urbana é algo visto e presenciado constantemente na rotina dos cidadãos brasileiros, sendo prato cheio para telejornais vespertinos. Mas o roubo, o assalto e o furto são só alguns dos tipos de brutalidades vividas especialmente nas grandes cidades do País. Instituições prestadoras de serviço público, como hospitais e escolas, engrossam a lista de violências cometidas diariamente contra a nossa gente.

Por isso o mais adequado talvez seja falar em violências urbanas, no plural. Elas são caracterizadas por certos tipos de ato de agressão - à pessoa, ao patrimônio, a valores que são considerados relevantes para a vida em comunidade - e são típicas de aglomerados urbanos. Como explica o coordenador científico do Núcleo de Estudos da Violência (NEV) e professor e diretor da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas (FFLCH) Sérgio Adorno, a questão do crime e da violência, sobretudo do crime contra o patrimônio, torna-se um fenômeno recorrente nas chamadas sociedades industriais, urbanizadas e com grande base demográfica. "Sociedades, portanto, em que há maior circulação e visibilidade da riqueza", diz.

A riqueza adquire outra configuração e exposição, o que torna os conflitos em torno da disputa pela propriedade muitas vezes mais acirrados. Essas disputas podem se dar por meio de lutas de classes e de movimentos sociais que reivindicam maior participação na riqueza, mas  também por meio de atos de pessoas que então agridem a propriedade alheia mediante o uso da força.

Hoje, nessa configuração das cidades sob a forma de metrópole, tem-se uma enorme variedade de manifestações de atos de violência, alguns dos quais configurados como crimes. "Vale lembrar que nem toda violência necessariamente é crime, nem todo crime também é necessariamente violento", explica Adorno.

Segundo ele, em geral, no Brasil nos últimos 40 ou 50 anos viu-se crescer em especial quatro modalidades de violência: a delinquência (crimes contra o patrimônio, contra pessoas, furtos, assaltos etc); os fatos conectados com o crime organizado (de modo geral, um grupo de pessoas tendo como finalidade desenvolver certas atividades como o comércio ilegal de drogas, o roubo de cargas ou a fraude fiscal); as graves violações de direitos humanos (linchamentos ou intervenções violentas da polícia para conter revoltas nas prisões); e, outra muito frequente, conflitos em relações interpessoais (briga de casal, no local de trabalho, briga no bar), que começaram, aproximadamente, desde a década de 1970, a envolver a morte de alguém. Esses últimos costumam estar atravessados por questões do gênero, de etnia, de disputas envolvendo até times de futebol e preferências musicais.

O psiquiatra Daniel de Barros, coordenador médico do Núcleo de Psiquiatria Forense e Psicologia Jurídica (Nufor) do Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas (Ipq-HC), ainda elenca como um dos principais fatores de estresse urbano junto à violência, a circulação pela cidade e a mobilidade. "As pessoas viverem com medo de serem assaltadas, de serem mortas, de serem abordadas com violência é um fator de grande estresse", diz. O espaço que deveria ser público torna-se de medo. "Em São Paulo, não se pode andar na rua à noite sem estar o tempo todo ligado, prestando atenção."

O estresse que a técnica administrativa na Seção de Pessoal da Faculdade de Saúde Pública (FSP) Maria José Garcia Ramos passa no ônibus é dessa ordem. Ela pega um fretado de Atibaia, onde mora, até São Paulo, e diz já ter presenciado muitos casos de violência durante seu trajeto. Para ela, um ponto complicado são algumas pontes e alguns viadutos instalados ao longo da rodovia. "Passar por eles é sempre um momento tenso. Uma vez, inclusive, uma pedra foi atirada e quebrou a janela do veículo, quase feriu a passageira e não paramos imediatamente para dar atendimento por medo de ataque." Em momentos de congestionamentos, conta ter visto arrastões por meio de motos paradas nos acostamentos, prontas para receber os itens roubados dos carros parados.

Para casos como esses em que a situação psicológica da vítima é exposta, o Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina oferece, desde 1985, acompanhamento multidisciplinar por meio de seu Ambulatório de Ansiedade (Amban). São tratados adultos que, além de estresse pós-traumático, sofrem de transtornos ansiosos como síndrome do pânico, fobias, transtorno obsessivo-compulsivo, agorafobia e ansiedade generalizada ou induzida por substâncias.

Segundo Heloísa Buarque, professora do Departamento de Antropologia da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas (FFLCH), "situações de medo nos mostram uma coisa muito triste no Brasil, que é a degradação do espaço público".

Mas, para ela, talvez mais significativas do que as crueldades causadas por cidadãos contra cidadãos sejam exatamente as violências institucionais - aquelas de responsabilidade do Estado que nos rege.

"Além da violência urbana do assalto, do estupro, do medo de andar na rua, as cidades têm outras formas de violência que a mídia hegemônica às vezes não vê como agressão." Os problemas tidos rotineiramente no transporte público coletivo (lotação, mau funcionamento, falhas etc) são uma brutalidade com a população que dele necessita. O atendimento precário no serviço de saúde também. Só que as pessoas se acostumam com isso e param de enxergar tais fatos como violência. É tão naturalizado que aceitam, "é assim e pronto".

Uma coisa interessante é pensar no problema do próprio planejamento urbano: o que - e quem, sobretudo - é priorizado na gestão de uma cidade grande como São Paulo. Heloísa cita como amostra o Mundial de Futebol da Fifa que acontece este ano no País: começam a surgir assuntos como "vamos fechar a Radial Leste em dia de jogo", por exemplo, e isso, para ela, é uma grande violência institucional. "Como assim, 'fechar'? Só os turistas vão poder entrar? É como se as pessoas não tivessem que trabalhar, estudar, circular pela cidade."

Barros acrescenta que a mobilidade é um fator muitas vezes subestimado, mas o tempo gasto entre a casa e o trabalho e vice-versa é um dos grandes preditores de qualidade de vida - quanto mais tempo se gasta nisso, pior se vive.

Bruno Melnic Incáo é analista de assuntos administrativos na Faculdade de Saúde Pública, e faz o trajeto do Tremembé até o local de trabalho diariamente de ônibus e metrô. Uma vez por semana, opta por ir de bicicleta. "Eu uso muito os corredores de ônibus, medida legal assegurada para a segurança do ciclista, e a maior dificuldade que tenho hoje são os carros que invadem essa faixa e pressionam quem está de bicicleta. Nós conseguimos manter uma velocidade acima da do ônibus, que não acelera muito inclusive por ter paradas próximas, mas não temos quase nenhuma margem para abrir distância do carro que fura o espaço", conta.

Sorocabano há dez anos em São Paulo, Incáo ainda acredita que os cidadãos paulistanos seja, em geral, muito pacientes diante da quantidade de situações possivelmente estressantes que vivem. "Outra situação complicada no meu dia a dia é o desembarque na estação de metrô da Luz. As pessoas que entram por último no trem ficam paradas em frente às portas porque o trem está lotado, e aí, na hora de descer, você não consegue se deslocar até a saída antes que a porta feche. Ficam pessoas empurrando para sair e empurrando para entrar." Diz, ainda, que sente bastante diferença em relação ao tempo gasto de locomoção em sua cidade natal, em que percorria um trajeto em no máximo meia hora. Em São Paulo, tanto de transporte público quanto de bicicleta, percorre os 17 quilômetros até a Avenida Doutor Arnaldo em uma hora e vinte minutos.

Durante o mês de março, ainda, o transporte coletivo voltou ao foco não diretamente por suas falhas ou superlotação, mas pelos assédios sexuais que ocorreram quase que em sequência dentro deles. Para o psiquiatra Daniel de Barros, fenômenos assim são oriundos de  três principais causas: a lotação do veículo coletivo público (quanto mais gente, mais chance de acontecer); as pessoas estarem mais conscientes sobre seus direitos (conforme a sociedade amadurece, começa a reclamar mais, sabe que é crime, denuncia etc); e a reunião de "abusadores" em grupos de redes sociais ("embora isso não seja suficiente para transformar um não-abusados em abusador, é mais um elemento que aumenta a probabilidade de o comportamento acontecer"). Nenhum desses princípios é a causa de tal comportamento, mas são fatores de risco à medida que tornam mais provável que aconteça.

Sobre isso, vale ressaltar que, desde 2009, os artigos 213, sobre estupro, e 214, sobre atentado violento ao pudor, foram unidos. Agora já é considerado estupro "constranger alguém, mediante violência ou grave ameaça, a ter conjunção carnal ou a praticar ou permitir que com ele se pratique outro ato libidinoso", não sendo necessário o ato em si, nem também sendo algo exclusivo do homem para a mulher.

A advogada e professora de Direito Penal da Faculdade de Direito (FD) Janaína Conceição Paschoal considera que essa mudança tenha piorado a situação. "Porque quando se falava em estupro, você sabia exatamente o que estava sendo falado. Para fazer pesquisa, para se ter os dados de quantas pessoas foram estupradas em uma determinada cidade e assim fazer políticas públicas de prevenção, é necessário ter informações precisas. E para ter dados confiáveis, os critérios também têm que ser confiáveis." Segundo ela, quando se tem uma lei que chama de estupro coisas de gravidades bem diferentes, não se tem esses dados confiáveis nem se pode desenvolver políticas que sejam boas o suficiente.

Mas, para o bem ou para o mal, as pessoas se acostumam na vida cotidiana com essas agressões constantes, que viram parte da rotina. É inevitável que se acostumem. "Ao mesmo tempo, no entanto, é legítimo que queiram transformar também. É importante que tenha alguém que perceba 'opa, precisamos de melhores condições de circulação, de acesso à saúde'. São demandas que me parecem muito legítimas", diz Heloísa, professora da FFLCH.

Ela acredita que o compasso de uma cidade pode moldar bastante seus moradores. "A gente acaba estabelecendo uma rotina que tem a ver com o contexto em que estamos mesmo. O ritmo urbano rege também no sentido de deixar as pessoas alertas e temerosas quanto a possíveis intempéries. Ainda que não necessariamente aceitável, é comum que exista quem ande com uma "carteira falsa" na bolsa, ou então, mais frequente ainda, que uma mãe não durma enquanto o filho não chegar ao lugar de destino.

Fenômenos que em nossa cultura são objeto de muita indignação, não são para outras. Em muitas sociedades modernas que têm uma certa concepção de liberdade, justiça e direitos, como acontece na brasileira, quando se começa a ter recorrentemente a percepção de que episódios de violência acontecem e não são punidos, ou não é feito nada para que sejam coibidos, começa-se, sim, a assimilar a ideia de que são naturais.

Mas é importante, para Sérgio Adorno, lembrar que violência não é um fenômeno natural. As sociedades, por meio das suas organizações e das suas culturas, lidam com ela de modo distinto. "No passado, bater em uma criança era um ato de autoridade e de prevenção contra uma educação inadequada do ponto de vista moral. Hoje, a nossa cultura moderna valoriza o respeito à integridade física, moral, psíquica e identitária dele, o que significa dizer que preserva a autonomia do outro na vontade de conduzir sua conduta", explica o diretor da FFLCH. "Tudo que limitar isto pode ser visto como violência."

Explica, ainda, que há um tempo foi feita uma pesquisa relativa aos bairros mais violentos de São Paulo. Nos lugares de classe média, onde as taxas de homicídio são mais baixas, os moradores reclamavam de haver muita violência e muito crime. Mas quando se chegava aos bairros de periferia, onde as taxas são muito mais altas, e quando se questionava quais eram os problemas mais importantes, as maiores reclamações giravam em torno da iluminação e da falta de calçamento. "Perguntávamos a essas pessoas: 'mas e violência, não tem?'. E elas respondem: 'é, tem, mas não é tão importante'." O professor acredita que, para elas, conviver com a violência era algo extremamente natural, porque viam-na acontecer, mas não viam respostas para ela. E essa naturalização da violência é um ponto preocupante também, exatamente porque pode tornar as pessoas insensíveis à dor do outro.



(texto publicado na revista Espaço Aberto nº 160 - maio de 2014)


quinta-feira, 29 de maio de 2014

Vamos aprender com o Japão (Fatos Desconhecidos)



1 - Sabiam que as crianças japonesas limpam as suas escolas todos os dias durante um quarto de hora, com os professores, o que levou ao surgimento de uma geração de japoneses que é modesta e interessada em limpeza?

2 - Sabiam que qualquer cidadão japonês que tem um cão é obrigado a ter uma mala e sacos especiais para recolher as fezes do animal? Higiene e limpeza fazemparte da ética japonesa.

3 - Sabiam que um empregado de limpeza no Japão é chamado de "engenheiro de saúde" e pode auferir um salário que vai de 3500 a 8000 euros por mês? E que são submetidos a testes escritos e orais?

4 - Sabiam que o Japão não tem recursos naturais, e eles estão expostos a centenas de terramotos por ano, mas isso não os impediu de se tornarem a segunda maior economia do mundo?

5 - Sabiam que Hiroshima voltou ao que era economicamente antes da queda da bomba atômica em apenas dez anos?

6 - Sabiam que o Japão impede o uso de telemóvel nos comboios e restaurantes?

7 - Sabiam que no Japão os alunos do primeiro ao sexto ano aprendem a ética no trato com as pessoas?

8 - Sabiam que os japoneses, apesar de serem um dos povos mais ricos do mundo, não têm empregados? Os pais são responsáveis tanto pela casa como pelos filhos enquanto são pequenos.

9 - Sabiam que não há nenhum teste ou exame do primeiro ao terceiro nível primário, porque o objetivo da educação é incutir conceitos e criar um bom carácter?

10 - Sabiam que, se forem a um restaurante buffet no Japão, vão notar as pessoas a comer apenas aquilo de que precisam, sem qualquer desperdício. Nenhum alimento é deitado fora.

11 - Sabiam que a taxa de comboios atrasados no Japão é cerca de 7 segundos por ano! Eles apreciam o valor do tempo.

12 - Sabiam que as crianças nas escolas escovam os dentes após as refeições, pois eles prezam a sua saúde desde muito cedo?

13 - Sabiam que os estudantes levam meia hora para terminar as suas refeições por forma a garantir uma correta digestão? Quando perguntaram sobre essa preocupação a um político, ele disse "estes alunos são o futuro do Japão".


10 benefícios do alecrim para a saúde (CicloVivo)


O alecrim, originário da região do Mediterrâneo, é uma das ervas mais completas em termos de benefícios à saúde. Devido às suas propriedades, ele já se tornou frequente objeto de estudo de cientistas.

Também chamada de erva da alegria, seus óleos essenciais favorecem a produção de neurotransmissores responsáveis pelo bem estar. Ele é muito utilizado como aromatizante de ambientes, por ter odor agradável, e realça os sabores de alimentos como assados, carnes, legumes, molhos e pães.

A erva é considerada um excelente fitoterápico, por conter substâncias bioativas. As folhas secas ou frescas do alecrim são utilizadas para a preparação de chás e tinturas. As partes floridas são empregadas na produção de óleo essencial.

O CicloVivo separou dez dos muitos benefícios do alecrim, veja abaixo:

1) Combate à tosse, gripe e asma

Por ser estimulante, o alecrim é indicado para controle da tosse e da gripe, além de combater crises de asma. As tosses acompanhadas com catarros também são eliminadas pelo alecrim devido a sua excelente ação expectorante.

2) Equilibra a pressão arterial

 A planta medicinal também é uma grande amiga para tratar a pressão alta, pois possui propriedades que ajudam a melhorar a circulação sanguínea.

3) Auxilia o tratamento de dores reumáticas e contusões

Uma solução natural para o reumatismo que ajuda a aliviar as dores e utilizar compressas de alecrim. Pode-se aplicar o alecrim in natura ou o óleo essencial. Também é eficaz no tratamento de entorses e contusões.

4) É diurético e ajuda a digestão

O alecrim é rico em minerais como o potássio, cálcio, sódio, magnésio e fósforo. A ingestão dessas vitaminas e minerais favorece a perda de peso por ter ação diurética. O chá de alecrim é digestivo e sudorífero, o que faz aliviar os  sintomas da má digestão. Além disso, auxilia na limpeza do fígado.

5) Auxilia a menstruação

O chá de alecrim facilita a menstruação e alivia as cólicas menstruais.

6) Reduz gases intestinais

Doses diárias do chá ou da tintura de alecrim são indicados para a redução de gases intestinais, responsáveis pelo incômodo de muitas pessoas, por ter ação carminativa.

7) Combate o estresse

Conhecido por relaxar os nervos e acalmar os músculos, o alecrim aumenta o fluxo sanguíneo estimulando o cérebro e a memória. Por conter ácido carnóstico, um ácido com propriedades antioxidantes essencial para o sistema nervoso, ajuda a lidar com situações de estresse. Muito indicado para situações de estafa mental.

8) Tratamento de hemorroidas

Para o tratamento via oral de hemorroidas inflamadas, o consumo da tintura do alecrim, por dez dias, pode ser eficaz.

9) Reduz o mau hálito

A tintura diluída em água serve para bochechos contra o mau hálito, aftas, estomatites e gengivites.

10) Tratamento para o couro cabeludo

Indicado como fortificante do couro cabeludo, como anti-caspa e também contra a queda de cabelo.




Exercício do perdão e autoperdão | Libertando-se de culpas, mágoas e ressentimentos - Louise L. Hay


Meditação para perdoar do fundo do coração!! - Louise L. Hay


Dieta espiritual (Viva! Mais)



Os benefícios do alecrim (Vania Tarot)



Há dias em que se tem a impressão de se estar dentro de um espesso nevoeiro. Tudo parece monótono e difícil e o coração fica triste. É a noite escura da alma. Era meu aniversário e justamente um destes dias estranhos, quando pensei: "Vou tomar um chá de alecrim!"

Fui ao jardim e lá encontrei um viçoso pé de alecrim. Interessante é que quase todos que visitam nossos jardins demonstram afeição e respeito pelo alecrim. Confesso que nunca liguei muito para ele. Mas, naquele dia, com toda reverência, colhi alguns ramos, preparei um chá e me servi em uma linda xícara. 

O aroma era muito agradável e, a cada gole que bebia, senti a mente ir clareando. Uma sensação de bem-estar e alegria foi se espalhando pelo corpo e senti a sensação de enorme felicidade. Fiquei muito impressionada com a capacidade dessa planta transmitir alegria. Aliás, o nome alecrim já lembra alegria. Resolvi pesquisar a respeito e veja só que maravilha.

O alecrim - Rosmarinos officinalis, planta nativa da região mediterrânea - foi muito apreciada na Idade Média e no Renascimento, aparecendo em várias fórmulas, inclusive a 'Água da Rainha da Hungria', famosa solução rejuvenescedora. 

Elizabeth da Hungria recebeu, aos 72 anos, a receita de um anjo (um monge?) quando estava paralítica e sofria de gota. Com o uso do preparado, recobrou a saúde, a beleza e a alegria. O rei da Polônia chegou a pedí-la em casamento!

Madame de Sévigné recomendava água de alecrim contra a tristeza, para recuperar a alegria. Rudolf Steiner afirmava que o alecrim é, acima de tudo, uma planta calorífera que fortalece o centro vital e age em todo o organismo. Além disso, equilibra a temperatura do sangue e, através dele, de todo o corpo. 

Por isso é recomendado contra anemia, menstruação insuficiente e problemas de irrigação sanguínea. Também atua no fígado. E uma melhor irrigação dos órgãos estimula o metabolismo.

Um ex-viciado em drogas revelou que tivera uma visão divina que o tornou capaz de livrar-se do vício. Foi-lhe indicado que tomasse chá de alecrim para regenerar e limpar as células do corpo, pois o alecrim continha todas as cores do arco-íris. O alecrim é digestivo e sudorífero. Ajuda a assimilação do açúcar (no diabetes) e é indicado para recompor o sistema nervoso após uma longa atividade intelectual. É recomendado para a queda de cabelo, caspa, cuidados com a pele, lesões e queimaduras; para curar resfriados e bronquites, para cansaço mental e estafa e, ainda, para perda de memória, aumentando a capacidade de aprendizado.

Existe uma graciosa lenda a respeito do alecrim: quando Maria fugiu para o Egito, levando no colo o menino Jesus, as flores do caminho iam se abrindo à medida que a sagrada família passava por elas. O lilás ergueu seus galhos orgulhosos e emplumados, o lírio abriu seu cálice. O alecrim, sem pétalas nem beleza, entristeceu lamentando não poder agradar o menino. 

Cansada, Maria parou à beira do Rio e, enquanto a criança dormia, lavou suas roupinhas. 

Em seguida, olhou a seu redor, procurando um lugar para estendê-las. 'O lírio quebrará sob o peso, e o lilás é alto demais'. Colocou-as então sobre o alecrim e ele suspirou de alegria, agradeceu de coração a nova oportunidade e as sustentou ao Sol durante toda a manhã. "Obrigada, gentil alecrim! disse Maria. Daqui por diante, ostentarás flores azuis para recordarem o manto azul que estou usando. 

E não apenas flores te dou em agradecimento, mas todos os galhos que sustentaram as roupas do pequeno Jesus, serão aromáticos. Eu abençoo folha, caule e flor, que a partir deste instante terão aroma de santidade e emanarão alegria."



Os benefícios do suco de melão e maracujá (Júlia Paes Oficial)



terça-feira, 27 de maio de 2014

Os benefícios da banana (Hélcio Gangana Personal Trainer)



Controle suas compulsões (Coren Rio de Janeiro)



Pais: Todo cuidado é pouco! (Revista Ana Maria)


Todo cuidado é pouco na hora de andar de mãos dadas ou brincar com os pequenos. Um leve puxão no braço pode causar estragos. Veja só os cuidados que você deve tomar para evitar que as crianças se machuquem.


Como o Reiki pode ajudar a desintoxicar o fígado (Reiki Energia do Universo)


Reiki para atenuar os efeitos secundários de medicação

Atenuar os efeitos secundários causados por medicação muito forte ou excessiva é uma das possíveis aplicações do Reiki. Mas como direcionar um tratamento para esse fim específico? Tratar o fígado pode ser uma das formas mais adequadas de o conseguir.

O fígado é uma glândula muito volumosa e pesada, responsável por uma série de funções bioquímicas indispensáveis à vida, nomeadamente a depuração e desintoxicação. Com efeito, uma das suas principais tarefas passa por decompor as substâncias tóxicas absorvidas pelo intestino ou produzidas em qualquer parte do organismo, as quais elimina depois como subprodutos inócuos, através da bílis e pelo sangue. É esta a razão principal pela qual o tratamento do fígado deve ser privilegiado quando o objetivo é promover o alívio dos efeitos secundários causados por excesso de fármacos ou terapias demasiado tóxicas, como é o caso da quimioterapia.

Em alguns aspectos, o fígado é mesmo o órgão mais complexo do corpo humano e está diretamente ligado a outros importantes órgãos, como o coração e o intestino, dos quais recebe sangue. Além disso, constitui local de armazenagem das vitaminas A, B, D e K.

“Pequenos capilares da parede intestinal desembocam na veia porta, a qual penetra no fígado. A seguir, o sangue circula através de uma rede de pequenos canais internos, no interior do fígado, onde se processam os nutrientes digeridos e qualquer substância nociva. A artéria hepática leva o sangue desde o coração ao fígado e traz o oxigênio, o colesterol e outras substâncias que esta víscera processa. Finalmente, o sangue procedente do intestino e o que provém do coração misturam-se e circulam novamente de volta ao coração através da veia hepática.” 

Perspectiva holística

Também para a Medicina Tradicional Chinesa o fígado desempenha um papel muito importante, já que é ele que comanda o fluxo suave do Qi por todo o corpo. Acredita-se que o efeito do Qi do fígado faz subir a energia. Assim, qualquer desequilíbrio nas suas funções acaba por afetar outros órgãos, contribuindo para o surgimento de disfunções hepáticas, num ciclo de causa-efeito pernicioso.

Numa perspectiva holística, o fígado é considerado o centro do nosso metabolismo, responsável por coordenar o ritmo de atividade de outros órgãos. Ao promover a eliminação de toxinas e resíduos do organismo, entende-se que o fígado alastra a sua ação a todas as dimensões da pessoa, nomeadamente à sua parte física, mental, emocional e energética.

O efeito do Qi do fígado

Quando o fígado funciona de forma adequada, observa-se que o Qi flui corretamente. A circulação do Qi e do sangue processa-se em harmonia e as atividades dos órgãos Zang Fu e os tecidos estarão normais e pacificados.

Se a função do fígado apresenta deficiências na manutenção do fluxo do Qi, então, o Qi do fígado tenderá a ficar obstruído, dando origem à tristeza e depressão. Mas se a função do fígado estiver excessivamente forte, o Qi do fígado irá causar hiperatividade emocional, manifestada por irritabilidade, raiva e/ou insônia.

Como é que o Reiki pode ajudar?

Sabe-se que o Reiki contribui, acima de tudo, para o equilíbrio, isto é, para a homeostase do organismo. Assim, é de esperar que também favoreça a regulação da função hepática, ajudando a harmonizar o fluxo do Qi do fígado.

Por outro lado, o Reiki também poderá concorrer para a limpeza e desintoxicação do organismo da pessoa que o recebe, se essa for a sua necessidade mais premente. Isto porque o Reiki atua de forma sábia e, por princípio, flui no sentido do Bem Maior do receptor. Todavia, no caso de a pessoa estar sujeita à medicação pesada, é possível ajudar a potenciar o efeito de depuração promovido pelo Reiki.

Os benefícios do abacaxi (Viva! Mais)



segunda-feira, 26 de maio de 2014

Vamos sorrir mais ? - Mega Imagem Santos



30 minutos de Meditação: Cure A Si Mesmo


Il potere delle affermazioni - Louise L.Hay (conferenza)


I 7 segreti di una persona felice (Pier Maria Antonietta Speranza



Diffusione del lavoro del protettore degli animali Wilson Martins Coutinho di Belford Roxo (RJ) in Italia (Francesco Facchinetti)



Teste de personalidade: Um gato revela muito sobre você (Ron-ron do gato)



Escolha um gato, siga os seus instintos.

GATO 1: altruísta, honesto, introvertido, romântico...Você dá muito valor, especialmente ao amor e amizade. Você conhece e compreende as coisas de uma forma muito melhor do que outros. Você odeia a superficialidade; a empresa prefere solidão estéril. Seus pontos fortes são a paciência e espírito de observação.

GATO 2: energético, cheio de recursos, força-de vontade... Você tem as qualidades de um líder dentro da empresa afetiva. No amor, você gosta da emoção da conquista, e é um caçador de verdade! Você ama a liberdade e viver sem limites e compromissos, você literalmente é dono do seu destino

GATO 3: intuitivo, racional, inteligente, esperto.Você tem grandes habilidades lógicas e aprende as coisas rapidamente. Ama o papel ativo e dinâmico, você gosta de tomar a iniciativa e conhecer as pessoas.

GATO 4: Instintiva, idealista, sensível, apaixonada...Você é uma pessoa positiva, que vive a vida de "barriga pra cima", pronto pra receber carinho, de acordo com suas emoções e sentimentos. Você é um grande amigo... e as pessoas que você tem por perto muitas vezes dependem de você.

GATO 5: prático, concreto, claro que você...Não acredita em destino, acha que o que acontece depende somente de você. Trabalha duro alcançar seus objetivos, você é a contínua busca da perfeição e você vai sempre até o fim para chegar lá.

GATO 6: determinado, carismático, livre, espontâneo.Tenta viver a vida plenamente e para torná-la mais bonito todos os dias. Sempre vive "na vanguarda", nunca atira de volta. Não aceita imposições e ordens, seu espírito deve ser livre para expressar-se.


Autor desconhecido





domingo, 25 de maio de 2014

Autoexame da tireoide (Minha Vida)



Os benefícios do omega-3



Chico Xavier e o cão Menino





Os benefícios da batata doce



Salto Quantico: respira profondamente 3 volte al giorno - Daniele Penna


Lazer e diversão no São Francisco Golf Club


Campo de golfe mais próximo do centro de São Paulo, é o único que permite jogar todos os dias mesmo sem ser sócio.

Esporte que se destaca pelo estilo e charme, o golfe está com tudo: por decisão do Comitê Olímpico Internacional, o golfe voltará a ser uma modalidade olímpica a partir dos Jogos do Rio de Janeiro, em 2016.

O golfe é uma boa maneira de manter a forma física. Andar pelo campo, levar uma bolsa cheia de tacos e fazer dezenas de tacadas queima muitas calorias. Além disso, é um esporte que desafia a capacidade de raciocinar, analisar e criar estratégias. Outro benefício do golfe é o contato com a natureza. Escapar para os campos verdejantes pode renovar seu espírito e ajudá-lo a relaxar.

Na zona oeste de São Paulo, o São Francisco Golf Clube se destaca como o campo de golfe mais próximo do centro da cidade e o único que permite jogar todos os dias, mesmo sem ser sócio.

A história do clube remete à década de 1930 e à tradicional família Matarazzo.

Apaixonado pelo golfe, o Conde Luiz Eduardo Matarazzo, caçula dos 13 filhos de Francisco Matarazzo, costumava, em 1935, dar umas tacadas em um percurso de 3 buracos num sítio onde ele ia nos fins de semana. Este sítio situava-se na atual Av. Faria Lima, exatamente na área hoje ocupada pelo Shopping Center Iguatemi.

Muitas vezes acompanhavam o Conde o mais conhecido Pro da época no Brasil, José Maria Gonzalez, que havia desenhado aquele pequeno percurso, e o seguia seu 2º filho, um garoto de pouco mais de 10 anos que demonstrava ser bastante talentoso. O menino iria ser o grande campeão internacional Mário Gonzalez.

No entanto, o Conde havia decidido dar a São Paulo mais um verdadeiro campo de golfe.

Em uma fazenda além do rio Pinheiros, ele e José Maria Gonzalez começaram os trabalhos para a  execução dos primeiros 9 buracos que só ficaram prontos em 1937, quando terminou também a "Club House", igual até hoje, cujo arquiteto foi o próprio Conde Matarazzo.

O clube, no entanto, só começou a funcionar regularmente mais tarde. Após o fim da Segunda Guerra Mundial foi contratado um profissional para atuar no clube: o argentino Amando Rossi (pai de Ricardo, que por longo tempo foi o nº 1 dos amadores brasileiros).

A partir de 1944 a história do S.F.G.C se confunde com a história do golfe paulista e brasileiro. Muitos dos bons amadores deram as primeiras tacadas no clube.

Em 1966, o campo ganhou um estranho presente e pelo qual se tornou famoso: oito jacarés vieram de Mato Grosso e até hoje existem para distrair os jogadores que batem por cima da lagoa no desafiante buraco 18.

Em junho de 1970, pela intervenção pessoal de Mário Gonzalez, o Clube viu pela primeira vez uma competição com os grandes nomes do golfe latino-americano e mais alguns europeus.

Sob a atual presidência de uma filha do fundador, conta com cerca de 100 sócios.

O clube é filiado à Associação Brasileira de Golfe e à Federação Paulista de Golfe.

Hoje, conta com um campo de 9 buracos, grama bermuda Thyfton, lagoas e muitos "challenge". Conta com keddies disponíveis, loja de tacos e bolas, aluguel de equipamentos, vestiários, duas quadras de tênis, piscina e profissionais à disposição.


São Francisco Golf Club
Av. Martin Luther King, 1527
Vila São Francisco
Tel.: 3681 0329
Horário de funcionamento: 7h às 17h

Não é necessário ser sócio para jogar



(texto publicado no jornal Videoimovel de maio de 2014)








Praticar atividade física ao ar livre auxilia na prevenção da osteoporose


Conhecida como a doença invisível, a osteoporose atinge atualmente cerca de 10 milhões de brasileiros. Por se tratar de uma doença silenciosa e progressiva, normalmente seus sinais e sintomas passam desapercebidos e o seu diagnóstico é feito apenas em um estado mais avançado.

A doença é mais frequente na terceira idade e atinge tanto os homens quanto as mulheres, embora sua maior ocorrência se dê entre aquelas que estão passando pela menopausa, devido às mudanças corporais que acontecem neste período.

Segundo a Fundação Internacional de Osteoporose (IOF), a cada três segundos uma fratura acontece em decorrência da doença, correspondendo a 25 mil casos por dia ou 9 milhões a cada ano no mundo. A falta de atividade física pode contribuir para o avanço da doença e aumentar ainda mais o risco de quedas e fraturas. Segundo a fisioterapeuta Tânia Fleig, atividades ao ar livre, como caminhadas e corridas, o fortalecimento muscular, colaboram para prevenir ou amenizar os sintomas da osteoporose. "Os exercícios de impacto moderado, com acompanhamento de um profissional, também auxiliam na prevenção da doença e se forem realizados ao ar livre, ainda proporcionam a produção da vitamina D - devido à exposição ao sol - que ajuda na formação dos ossos", explica Tânia. A osteoporose se manifesta devagar, portanto, o ideal é detectar a doença ainda no início para evitar problemas futuros. "O mais adequado é realizar exames periódicos", alerta a profissional.

O uso de faixas elásticas pode ser uma alternativa para exercícios de fortalecimento, que podem ser realizados em vários locais, inclusive em casa. As faixas são encontradas em diferentes níveis de resistências, permitindo o uso de acordo com a condição física de cada pessoa. A fisioterapeuta aconselha cuidados na realização dos exercícios físicos. "É preciso alongar-se antes e após qualquer atividade física, pois diminui os riscos de lesões musculares". Outra dica é utilizar a Professional Gym Ball na hora de alongar. "A bola, além de ser divertida, também auxilia na manutenção e reabilitação da forma física", finaliza.



(texto publicado no jornal Videoimovel de maio de 2014)