segunda-feira, 31 de agosto de 2015

18 sinais que podem indicar que seu fígado está mal (Melhor com Saúde)


O fígado é um órgão que desempenha diversas funções fundamentais em nosso organismo, tais como a desintoxicação, o combate contra infecções, o armazenamento de vitaminas e energia e a segregação de bile, uma substância que participa da atividade digestiva. Assim, é fundamental cuidar desse órgão, já que ele se encarrega de limpar nosso sistema de substâncias tóxicas, limpando o sangue.

Existem vários motivos pelos quais o fígado deixa de funcionar de forma efetiva e eficaz, e em muitas ocasiões isso se deve ao consumo desmedido de bebidas alcoólicas, doenças ou falta de higiene na ingestão de alimentos.

Por isso é importante considerar que o fígado pode sofrer ataques tanto de elementos externos como do próprio sistema imunológico, que culminam em infecções e diversos problemas de saúde. Logo, é fundamental conhecer os sinais que indicam que seu fígado não anda bem. A seguir, apresentaremos alguns desses sinais.

18 sinais que evidenciam o mau funcionamento do fígado

Se você consome muitos medicamentos ou uma grande dosagem do mesmo medicamento, corre o risco de desenvolver problemas no funcionamento ideal do fígado.

Outro ponto importante no desenvolvimento de doenças nesse órgão é o consumo de um mesmo medicamento durante longos períodos de tempo.

O consumo regular de mais de cinco bebidas alcoólicas diariamente assegura um problema no fígado.

Herança familiar de doenças hepáticas.

Consumo de medicamentos para o coração ou para diabetes.

Má digestão, dor abdominal, prisão de ventre.

Náuseas, principalmente depois de consumir alimentos gordurosos.

Síndrome do cólon irritável.

Mau hálito ou língua com presença de manchas brancas.

Mudanças de humor, depressões e memória ruim. Isso ocorre devido ao fato de que o mau funcionamento do fígado não permite a desintoxicação do organismo e esses tóxicos chegam ao cérebro por meio do sangue, afetando seu funcionamento.

Febre, infecções cutâneas e asma.

Tensão alta.

Retenção de líquidos.

Dores de cabeça.

Nível instável de açúcar no sangue.

Doenças e desenvolvimento de cálculos renais na vesícula biliar.

Alta temperatura corporal.

Baixa tolerância a alguns medicamentos, tais como antibióticos.

Sintomas que surgem em pessoas com o fígado doente

Mudança da cor da pele e dos olhos, que adquirem uma tonalidade amarelada.

Dor e inchaço abdominal.

Sensibilidade na pele (irritabilidade, coceira, inflamação).

Perda de apetite, náuseas, fadiga crônica.

Quando apresentamos algum sinal ou sintoma dos anteriormente citados, devemos recorrer a um médico para uma avaliação e eliminar de nossa alimentação bebidas alcoólicas, gasosas, alimentos condimentados, embutidos e frituras. É preciso seguir as medidas alimentares e os parâmetros estipulados pelo médico com a finalidade de evitar que qualquer doença interfira no funcionamento do organismo.

Pessoas com um risco maior de apresentarem doenças no fígado são aquelas que sofrem de doenças como diabetes, que consomem bebidas alcoólicas com frequência, trabalham com químicos tóxicos ou em laboratórios que manipulam sangue, vírus ou bactérias, além de pessoas com obesidade e com tatuagens (devido ao uso de agulhas não esterilizadas).

A saúde pessoal é uma responsabilidade individual, por isso é importante escutar os avisos e alertas que o corpo nos apresenta. Por exemplo, devemos comer quando sentimos fome, caso o contrário não devemos obrigar o organismo a receber alimento, ao invés disso, podemos nutri-lo com um suco natural, uma fruta ou um copo d’água. Se obrigamos o organismo a receber alimentos sem uma real necessidade disso, o fígado trabalha em excesso e corre o risco de adoecer.

É aconselhável beber água mineral em uma quantidade de oito a doze copos diários, já que oferece o benefício de desintoxicar o fígado e limpar os rins. Também devemos evitar o consumo de grandes quantidades de açúcar, já que o fígado se encarrega de transforma-lo em gordura e colesterol, afetando o bom funcionamento do corpo.

Quem deseja um fígado saudável deve evitar o consumo de adoçantes artificiais, pois o corpo sempre exige um nível mínimo de açúcar, mas esse nível pode ser suprido através do consumo de frutas frescas, mel ou, em outros casos, adoçantes naturais como a stévia.

Por último, para não expor o fígado a infecções e um trabalho excessivo e acelerado, devemos presar pela boa higiene na hora de preparar e consumir os alimentos e aumentar o consumo de legumes e verduras, evitando os alimentos com pesticidas ou químicos.

De olho no estranho - Patrícia Zaidan


O sol das 13 horas torra o Largo da Batata, em São Paulo. A jornalista Adriana Negreiros, 40 anos, e o diretor de arte Daniel Motta, 34, cada um no seu banquinho, contemplam o frenesi dos pedestres em vaivém. Ao lado deles há um cavalete em que se lê: "Olá, venha aqui e fale com estranhos". Em menos de uma hora, três pessoas aceitam o convite para contar algo diante da câmera operada por Daniel. Rapidamente, Adriana estabelece uma relação de confiança com o interlocutor. Não é fácil se manter em silêncio diante dessa mulher cativante que arrancou segredos eróticos da cantora Sandy, fez chorar o ex-governador gaúcho Tarso Genro e ouviu da ex-ministra Zélia Cardoso a queixa por ser lembrada só como a vilã que sequestrou a poupança dos brasileiros em 1990. A repórter, que já escreveu para Playboy e Claudia, agora crava seus olhos cúmplices nos olhos de anônimos. "Gosto muito de escutá-los, porque falam sem o filtro de assessores e não dão respostas previsíveis", explica. A cada dia, desde 3 de novembro passado, um depoimento colhido na rua é postado no site falecomestranhos.com.br, um projeto da dupla, que deixou a vida corporativa para arriscar novas aventuras. O resultado é um mosaico de tipos que traz, para quem assiste, alento, inspiração e diversão - alguns casos são mesmo hilários.

A linguagem segue a pista do documentarista Eduardo Coutinho (1933-2014) e tem semelhanças com um trabalho do cineasta americano David Lynch. Mas o espírito da coisa é de um projeto anterior de Daniel, que um dia pôs uma urna na rua com um aviso: "Me dê um conselho". Ele reuniu em livro as frases depositadas ali. "Tinha de todo tipo, até quem sugerisse: "Considere o suicídio como opção. Não há nada de errado nisso", conta Daniel. Ele, então, percebeu "que as pessoas estão carentes demais e dispostas a falar". A dupla criou uma produtora de conteúdo e logo concebeu Fale com Estranhos com base naquela experiência. "Estamos interessados na verdade dos desconhecidos, no jeito de enfrentar problemas, na criatividade e na sinceridade para ver os sentimentos", diz Adriana. Nos vídeos publicados, um cozinheiro confessa assassinato, uma moça conta ter sofrido abuso sexual, um gay se vê incomodado com a insistência do pai para que transe com mulheres. Mas há também os otimistas, como o professor que espera um ensino público capaz de encantar os alunos, o homem que sonha em ser cantor e torce para o vídeo cair na mão de um caça-talentos, outro que abriu uma firma para lavar carros com apenas um copo de água ou gente que insiste em procurar o grande amor.

Não, Daniel e Adriana não têm patrocínio cultural, mas adorariam receber um. Por enquanto, bancam tudo. Quando perguntados se os vídeos virarão um longa-metragem, o diretor responde: "Se acontecer, é porque o documentário se revelou diante de nós". A parceira brinca: "Ele vai ter que sentar no banquinho bem aqui na nossa frente". Até lá, os depoentes vão curtindo o efeito catártico. "Pôr para fora faz um bem enorme", diz Terezinha, que acaba de relatar, no Largo da Batata, sua saída, "com uma mão na frente e outra atrás, mas digna", de um casamento terrível. A dupla registra. E seguirá gravando no centro de São Paulo e de outras cidades.



(texto publicado na revista Claudia nº 1 - ano 54 - janeiro de 2015)

Projeto "Fale com estranhos" com a jornalista Adriana Negreiros e o diretor de arte Daniel Motta (Jornal da Cultura)


Sem medo - Danuza Leão


Escrever, todo mundo devia escrever uma ou duas páginas por dia ou, pelo menos, todo fim de semana contando como têm sido seus dias, falando sobre sua vida, suas alegrias, tristezas, decepções, felicidades. Para isso, não é preciso saber escrever. Seria uma espécie de diário, para ler daqui a 20 ou 30 anos, que no futuro poderia ser encontrado por um neto ou bisneto. Eles, sabendo mais sobre suas origens, como foram seus pais é avós, talvez compreendessem melhor por que são como são.

Bastam um caderno e uma esferográfica - e uma gaveta com chave, pois essas confissões só devem ser lidas pelos outros com a permissão de quem escreveu, a não ser que já tenha morrido. E pense um pouco: você deve ter passado por coisas que prefere não lembrar, que estão lá dentro contidas, reprimidas, e que acha que até já esqueceu, uma vez que não pensa nelas - quem não passou por isso? Não pensa, mas elas estão lá, travando seus atos, impedindo que você seja livre de certos bloqueios e possa, consequentemente, ser mais feliz.

Escreva e escreva, pois escrever faz bem. Falar, seja com a melhor amiga, um padre, seja com o psicanalista, não é  suficiente. Falar toda a verdade, sem nenhuma censura, com sinceridade total, só se consegue consigo mesma e quando se tem coragem.

Fácil não é. E, se certos acontecimentos são difíceis de ser lembrados, mais difícil ainda é colocá-los no papel. Mas é só no início; Depois dos primeiros dias, vai se tornar um hábito, como se estivesse conversando com você mesma, porque ninguém tem mais capacidade para entender por que fez certas coisas, praticou atos que foram censurados pelos amigos e pela família, do que você. Só você, e mais ninguém. À medida que as lembranças mais difíceis vão sendo escritas, mais coragem você vai ter para continuar escrevendo e, pouco a pouco, perceberá que está mudando.

Os fatos mais dolorosos, nos quais não conseguia nem pensar, irão se tornando mais leves e, consequentemente, você ficará cada vez mais leve. E perceberá que, sem o peso que carregou durante tanto tempo lá no f undo de si mesma, é como se tivesse se libertado. Não se esquecerá das tristezas pelas quais passou, mas conseguirá olhá-las de frente. Não há esforço maior do que o de não querer pensar numa coisa, achando que assim vai evitar o sofrimento. Escreva para você sem esconder nada, sem nenhum pudor de confessar os vexames pelos quais passou, as tristezas e até os momentos de glória - que são impossíveis de contar, até porque estes ninguém está interessado em ouvir.

Vá por mim: escrevendo, você conseguirá mudar. Quando não houver mais áreas obscuras na sua vida, aquelas que você nem sabia que eram tão pesadas e a impediam de usufruir de todos os momentos como eles merecem ser vividos, irá se sentir bem. Vá, escreva. Não tenha medo de não conhecer bem o português ou de não saber botar todas as crases no lugar certo. Nada disso tem a menor importância. Pode acreditar: aconteceu comigo, e a vida hoje me parece muito, mas muito melhor do que era.

Eu me libertei - não das minhas lembranças, mas dos meus fantasmas, e tenho a consciência de ser uma nova pessoa, uma pessoa que tem muito mais prazer em viver do que tinha antes de escrever.

E não é isso que mais se quer?




(texto publicado na revista Claudia nº 1 - ano 54 - janeiro de 2015)

domingo, 30 de agosto de 2015

Afaste-se de pessoas que lhe fazem sentir-se mal (Blog Causas emocionais das doenças)


De fato estamos cercados de pessoas tóxicas.

Pessoas que são egocêntricas, manipuladoras, interesseiras, arrogantes, rancorosas, amarguradas, mal amadas, invejosas ou fracassadas, que não conseguem ver o sucesso ou a felicidade alheia. Enfim, pessoas sombrias que minam os relacionamentos e amizades com intrigas, críticas excessivas, falta de consideração e respeito pelo outro e abusos verbais ou físicos. Pessoas muito perigosas de se conviver.

Essas pessoas tóxicas acabam, de alguma forma, nos envenenando. Direta ou indiretamente, acabamos agindo por influência delas, seja com atitudes ou omissões. Muitas vezes acabamos agindo por impulso para evitar essas pessoas, ou, na pior das hipóteses, acabamos agindo da mesma forma. São pessoas nocivas, intoxicando nosso comportamento e nos levando a agir e a tomar decisões que, em outras circunstâncias poderiam ser completamente diferentes.

São tóxicas, porque conseguem despertar o que há de pior dentro de nós, não apenas no sentido de maldade ou crueldade, mas no sentido de perdermos a identidade, a autonomia, a energia, a iniciativa e o poder de decisão. Ficamos estagnados, hipnotizados, paralisados. São verdadeiros vampiros, sem luz própria, que consomem nossa energia vital, que exploram e manipulam pessoas de acordo com os seus interesses e vivem às custas da energia dos outros para se sustentarem.

Tóxicas são aquelas pessoas que sabem de tudo a respeito da vida de outras pessoas, mas não conseguem administrar a própria vida. Sabem dar conselhos como ninguém, tem um discurso lindíssimo para o mundo lá fora, mas que, na vida pessoal, nos bastidores, na vida íntima, são pessoas frustradas, isoladas, verdadeiras ilhas no meio da sociedade, que não tomam para si os próprios conselhos.

Sabem olhar de fora, apontar defeitos, problemas, erros. Mas não sabem participar, não conseguem enxergar os próprios problemas ou defeitos. Apontam os erros alheios para, de certa forma, esconder os seus próprios. São os "sabe-tudo" e só a sua forma de pensar é que está certa. Não suportam ser contrariados e confrontados. Quando o são, perseguem a pessoa até "livrarem-se" dela ou então se vingam. Seu ego é superlativo para compensar a sua extrema falta de amor próprio. Usam as pessoas conforme seus interesses e, quando estas discordam de suas ideias, são descartadas e eliminadas, sem a menor consideração.

A toxicidade reside exatamente no fato de não nos darmos conta de que estamos sendo manipulados ou influenciados. Ficamos hipnotizados, fascinados, imersos numa imensa ilusão, até o dia em que despertamos e tomamos consciência de que estamos muito mal, morrendo por dentro, e que algo urgente necessita ser feito. Um corte para a nossa libertação, para resgatar a nossa sanidade, saúde, alegria de viver.

Em nossa busca pela felicidade, por tudo aquilo que nos traz bem estar e alegria, o grande segredo é não se deixar influenciar, se afastar e evitar a convivência com esses tipos. Isso não significa alimentar sentimentos negativos dentro de si com relação a eles, mas de preferência visualizá-los felizes e agradecidos em sua vida, emanando energias e vibrações positivas.

Reflita, você convive intimamente com alguma pessoa tóxica, seja na família, no trabalho, ou nas "amizades"?

Tenha cuidado, afaste-se, fique longe o quanto antes dessas pessoas.

Cuide-se, preserve-se, seja você mesmo, seja pleno e feliz.

E acima de tudo sempre perdoe essas pessoas, muitas vezes, elas não têm consciência de seus próprios malefícios.

Intervista con il fotografo Luca Bracali


Perigos da gordura abdominal na mulher: como combatê-la? (Melhor com Saúde)


Gordura abdominal. Poucas coisas são mais chatas, incômodas e… Perigosas.Todos sabem que, com o passar dos anos, temos uma tendência a ir acumulando gordura na região do abdômen, que pode nos incomodar quando usamos roupas um pouco mais justas ou calças jeans. No entanto, o verdadeiro problema por trás dessa situação não está na nossa imagem, mas sim na nossa saúde.

Saiba que, nos últimos anos, o número de mulheres com problemas cardíacos ou diabetes do tipo II tem aumentado e segue crescendo. Nossos hábitos de vida e de alimentação favorecem cada vez mais o acúmulo dessa gordura abdominal que, a longo prazo, pode causar problemas muito graves que devemos levar em conta.

Hoje, neste artigo, queremos falar sobre esse tema e sobre como definir atitudes diárias para combater a gordura abdominal.

Os perigos da gordura abdominal

De acordo com os nutricionistas, o aumento da gordura abdominal na mulher costuma ocorrer a partir dos 40 anos. Nesse momento, nosso corpo começa a experimentar alterações leves como, por exemplo, um metabolismo mais lento que torna mais difícil a tarefa de queimar gordura.

Produzimos menos estrógenos e, aos poucos, com o passar dos anos, essas mudanças vão se traduzindo em um aumento de peso. No entanto, o mais perigoso de toda essa situação são os quilos extras no abdômen, essa parte do nosso corpo onde, além de percebermos a gordura sob a nossa pele, devemos lembrar que também existe gordura visceral ao redor dos nossos órgãos internos.

Esse é um risco para a nossa saúde. Você sabe quais perigos ela pode causar a longo prazo?

Doenças cardíacas

Hipertensão

Diabetes tipo 2

É importante lembrar também que o acúmulo de gordura embaixo do diafragma e na parede torácica faz com que seja mais difícil respirar. Cansamos-nos mais e nossos pulmões sofrem. A dificuldade para respirar pode resultar, muitas vezes, em apneia do sono.

Vale a pena levar em conta também que esta gordura abdominal faz com que, além de tudo isso, tenhamos um risco maior de desenvolver algumas doenças mais sérias, como o câncer de mama ou de colo do útero. No nosso caso, a gordura ao redor de nossos órgãos internos também pode fazer com que soframos com alterações na menstruação. É um assunto bastante sério.

Como saber se tenho “gordura abdominal em excesso”?

Pode ser que essa pergunta pareça um pouco irônica, já que ninguém sabe melhor do que nós mesmas em que momento temos gordura demais acumulada no abdômen. Somos conscientes de que nosso corpo mudou e que não apenas a roupa fica mais justa e apertada, também nos notamos mais cansadas.

No entanto, os médios nos avisam sobre um dado importante: devemos conhecer as medidas da nossa gordura abdominal, e ela nunca pode exceder os parâmetrosconsiderados perigosos. Tome nota:

No caso das mulheres, não devemos ultrapassar os 89 cm de cintura

No caso dos homens, o máximo deve ser 102 centímetros de cintura

Como posso reduzir a gordura abdominal?

Sabemos que chega um momento em que, não importa quanto esforço fizermos, esses quilos a mais localizados em nossa cintura não se reduzem. São momentos em que nos desesperamos e começamos a pensar se devemos simplesmente assumir esse novo peso e aceitar que ficaremos para sempre com esse volume exagerado na barriga.

Não faça isso. Não se renda e não desanime. Se você não conseguir mudar sozinha, peça a ajuda de um médico ou um nutricionista. Além disso, siga algumas dicas muito práticas que iremos detalhar a seguir. Elas podem ser de grande ajuda em seu dia a dia. Conheça-as e aplique-as com ânimo renovado e otimismo!

Corte o sal e não o inclua nas suas refeições

Beba dois litros de água por dia

Coma grãos integrais, cereais como o trigo e a aveia. Evite a farinha branca e substitua-a pela integral. O pão também deve ser integral e, preferentemente, rico em diferentes tipos de grãos. O de cevada é muito saudável, por exemplo.

Restrinja o açúcar e esqueça os doces industrializados e as comidas prontas ou congeladas. Para fazer isso, você terá que dedicar mais tempo para cozinhar pratos variados e frescos, como saladas, vegetais e legumes no vapor, salmão e peixes azuis, etc. Substitua a carne vermelha por opções mais magras, como o frango e o peru.

Tome todos os dias pela manhã, em jejum, um copo de água morna com limão.

Depois de seus almoços e jantares, beba um chá de sálvia. Esta é a melhor planta para nos ajudar a digerir e eliminar gorduras na região abdominal, por isso não se esqueça de ser constante e tomá-lo durante 15 dias seguidos do mês, duas vezes ao dia. Depois descanse 10 dias e comece novamente.

Caminhe todos os dias meia hora a passos rápidos, sem chegar a se cansar, mas sendo constante. Lembre-se: todos os dias!

Evite o leite de vaca. O melhor laticínio que você pode ingerir é o iogurte grego sem açúcar, que irá oferecer bactérias saudáveis para cuidar da digestão e fortalecer a flora bacteriana.

Coma “pouco” 5 vezes ao dia, e também é importante não “pular” refeições. Se você é daquelas que não toma café da manhã ou não janta para não engordar, saiba que vai acontecer exatamente o contrário do que você espera. Seu metabolismo irá se tornar mais lento e acumular reservas, ou seja, gorduras. Não vale a pena! Coloque em prática esses conselhos simples e comece a combater a gordura abdominal hoje. Pela sua saúde!

O melão, ideal para emagrecer e dormir melhor (Melhor com Saúde)


A dieta pode ajudar no emagrecimento, mas como todas as dietas é preciso respeitar o metabolismo de cada corpo. 

Se você quer baixar de peso e descansar todas as noites, uma boa ideia é que comece a comer mais melão, uma fruta deliciosa e refrescante. Embora seja mais consumido no verão, podemos desfrutá-la nos dias frios e aproveitar todas as suas vantagens. Saiba porque o melão é ideal para emagrecer e dormir melhor no seguinte artigo.

O que temos que saber sobre as propriedades do melão?

Uma excelente fruta e não só pelo seu tamanho. Pertence ao grupo dos “gigantes vegetais”, junto com a melancia, a abóbora e a abobrinha. Cresce em solos arenosos com bastante irrigação e é considerada uma fruta de verão por excelência. As vantagens de comer melão são muitas e o mesmo acontece com as variedades que podemos encontrar nos mercados. As duas mais populares são a européia e a americana.

Pode chegar a pesar um quilo, são de cor amarelado e de forma redonda. Sua polpa é de cor similar a da casca, macia e suculenta. No centro, tem uma cavidade oca, cujas bordas estão dispostas as sementes, em forma de rede.

Propriedades do melão

Possui baixa caloria. Cada 100 gramas nos oferece 34 colorias. Além de ser baixa em gorduras, porém é rica em nutrientes como vitaminas e minerais.

Tem uma boa quantidade de Vitamina A, sendo a fruta que mais a contem. Um poderoso antioxidante bom para a pele e a mucosa.

Oferece flavonoides que protegem as células dos radicais livres, reduzindo a possibilidade de sofrer de câncer de pâncreas, de mama ou do cólon.

Melhora a nossa visão e evita, por sua vez, a degeneração macular, frequente ao longo dos anos.

Controla a frequência cardíaca e a pressão arterial devido ao seu conteúdo de potássio, o que evita as doenças relacionadas ao coração.

Ajuda o corpo a resistir às doenças provocadas por infecções, como vírus e bactérias, ao conter vitamina C e magnésio.

Como o melão nos ajuda a emagrecer?

Graças a uma boa cura depurativa, com melão é possível baixar de peso e, além disso, eliminar os resíduos tóxicos que se acumulam em nosso organismo. Os componentes desta fruta proporcionam muitos benefícios, principalmente desintoxicantes e diuréticos.

Depois de realizar esta dieta, o corpo funcionará como corresponde, ao não ter acumulado aditivos, conservantes e outros ingredientes nocivos da comida atual. Mas, além disso, o melão nos proporciona a saciedade ao ser composto por 90% de água. Você comerá menos depois de ter desfrutado de uma porção desta fruta. E por sua vez, nos hidrata, evita a retenção de líquidos e permite liberar toxinas através da urina.

Tipos de curas ou dietas depurativas com o melão

Altamente restritiva

É realizada durante um dia inteiro, onde só se pode comer melão natural, a quantidade que se deseje, e se tiver sede (algo que não é possível, mas pode acontecer), somente água.

Uma dieta baixa em calorias

Durante um dia completo comer um melão inteiro e, além disso, consumir outras frutas e vegetais, tudo cru e sem condimentos como o sal ou o açúcar. Você pode fazê-la durante cinco dias seguidos e depois descansar.

Uma vitamina muito boa para emagrecer, com melão, é preparada em questão de minutos e tem resultados muito eficazes. É deliciosa e você poderá desfrutar em qualquer momento do dia. É aconselhável consumi-la em jejum, mas também é perfeita para as tardes no lugar de um lanche ou para antes das refeições principais, para comer menos. E como se já não fosse o bastante, está repleta de vitaminas e proteínas.

A receita é composta pelos seguintes ingredientes:

Duas xícaras da polpa do melão cortada em cubos
Uma maçã verde picada
Um kiwi descascado e picado
Uma colher de sopa de suco de limão
Uma xícara de cubos de gelo ou meia xícara de água
Para adoçar, um pouco de mel ou de estévia, a gosto.

Coloque todos os ingredientes no liquidificador e misture bem até conseguir uma consistência cremosa e homogênea. Esta vitamina tem menos de 150 calorias e você sentirá realmente que seu estômago está cheio.

O melão é bom para dormir?

Devido ao sua grande quantidade de nutrientes, a vitamina de melão que ensinamos antes também serve para dormir melhor. É perfeito para os que sofrem de transtornos de sono, como a insônia. Esta fruta, tão saudável, é boa para matar a sede, uma das razões pela quais muitas pessoas levantam-se no meio da noite. E como é saciante, faz com que o estômago fique “satisfeito” toda a madrugada, sem nos incomodar e sem que “ronque” para alimenta-lo.

Algumas pessoas consideram que não é aconselhável comer melão a noite, porque causa indigestão, entretanto, isso não está comprovado. Seu conteúdo é basicamente água, portanto, não teria nenhum componente que possa provocar problemas estomacais. O que de fato pode chegar a influenciar é a forma que se absorve o melão, pois se o comemos muito gelado direto da geladeira quando faz muito calor, por exemplo, provocará um “choque” térmico no corpo. Ou talvez nos caia mau se não estiver maduro ou já estiver passado alguns dias.

Desde que seja consumido nas porções adequadas por dia, não teria porque provocar efeitos colaterais que não nos permitam dormir, por exemplo. Para evitar mal-estar, se a pessoa tiver um estômago delicado, por exemplo, é aconselhável não comê-lo depois do jantar ou um pouco antes de deitar.

sábado, 29 de agosto de 2015

Calvin and Hobbes in italian


Por que existe alguma coisa e não nada? - Prof. Mário Sérgio Cortella


O que é o ócio? - Prof. Mário Sérgio Cortella


Dolce di nonna Isotta (La Prova del Cuoco)


Entrevista com Erick Jacquin - Renata Maron (Programa Bem da Terra)


Entrevista com Erick Jacquin (Programa Todo Seu)


6 remédios caseiros para combater o refluxo ácido (Melhor com Saúde)


O refluxo ácido é um problema de saúde muito comum atualmente, é também chamado de refluxo gastroesofágico ou enfermidade de úlcera péptica. Esse problema ocorre quando os ácidos estomacais se dissolvem na garganta, o que gera uma sensação de ardor que, em certas ocasiões, é tão severa que muitos a confundem com um ataque cardíaco.

As pessoas que sofrem de refluxo ácido também costumam experimentar outros efeitos desagradáveis em diferentes áreas do corpo. Quase sempre o ardor e a acidez também provocam transtornos do sono e ronquidão, podendo chegar a causar asma, dispepsia, mau hálito, inflamação do esôfago, formação de úlceras e, nos casos mais severos, pode levar ao desenvolvimento de um câncer esofágico.

É muito importante modificar os hábitos alimentares para conseguir combater de forma efetiva o refluxo ácido e seus sintomas. Deve-se reduzir ao máximo o consumo de alimentos processados, bem como o excesso de açúcares, refinados, cafeína, álcool ou gorduras, entre outros. Ao invés disso é recomendável ampliar o consumo de frutas, verduras e cereais integrais, especialmente aqueles ricos em fibras.

Se o refluxo ácido afetar você com frequência e causa vários dos incômodos mencionados, talvez algum dos seguintes remédios caseiros possa ajudar a reduzir ou prevenir essa sensação incômoda de ardor e outros sintomas.

1. Suco de babosa

O suco de babosa possui múltiplas propriedades que favorecem a saúde de muitas maneiras. Um de seus benefícios é seu poder anti-inflamatório, que pode ajudar a reduzir os sintomas do refluxo ácido. Para isso, é recomendável beber pelo menos 1/2 xícara de suco de babosa antes das refeições. É importante considerar que esse suco tem um efeito laxante.

2. Vinagre de maçã puro

O vinagre de maçã puro é outro dos remédios populares para aliviar o refluxo ácido. Basta simplesmente diluir uma colher de sopa de vinagre de maçã puro em um copo grande com água e tomar ao primeiro sintoma de refluxo.

3. Bicarbonato de sódio

O bicarbonato de sódio é um ingrediente muito econômico, recomendado para regular os níveis de pH do organismo. Esse benefício também o transforma em um grande remédio para aliviar o refluxo ácido, para o qual basta diluir uma colher de chá do produto em um copo grande de água.

4. Alcaçuz

O alcaçuz atua como um gel protetor, já que cria uma película no estômago. É ideal para reduzir e prevenir os incômodos sintomas do refluxo ácido e para isso é recomendável consumi-lo em forma de chá ou extrato.

5. Gengibre

Diversos estudos demonstraram que a raiz de gengibre tem um efeito gastroprotetor, pois bloqueia e suprime a bactéria Helicobacter pylori. De fato, este ingrediente natural pode ser até 8 vezes mais efetivo do que o lansoprazol, medicamento para prevenir a formação de úlceras. Para combater os problemas de refluxo ácido basta preparar um chá com 1 colherzinha de chá de gengibre fresco e 1 xícara de água fervendo. Deixe repousar por 5 minutos e tome antes de cada refeição.

6. Glutamina

A glutamina é um aminoácido que pode tratar os danos gastrointestinais causados pela H. pylori. Ainda que o organismo a produza de forma natural, também pode ser obtida através do consumo de alimentos, como carne de boi, frango, peixe, ovos, produtos lácteos e algumas frutas e vegetais, como a salsa ou o espinafre, entre outros. A glutamina tem um efeito anti-inflamatório que reduz o inchaço abdominal.

Outras dicas importantes para combater o refluxo ácido

Além de provar um dos remédios caseiros citados anteriormente, é muito importante considerar algumas recomendações básicas para combater o refluxo ácido:

Leve o tempo que for necessário para comer bem e mastigar os alimentos da forma adequada, de modo de não provocar inflamação nem pressão estomacal.

A última refeição do dia deve ser muito leve e deve ser consumida pelo menos três horas antes de dormir.

Evite ao máximo comidas irritantes e ácidas que possam causar o refluxo ácido. O ideal é começar pelas verduras ou a carne e deixar por último às batatas ou o pão.

Se você sofrer de obesidade é muito importante começar a buscar opções para perder peso, pois muitos estudos demonstraram que o sobrepeso dificulta o esfíncter esofágico inferior a permanecer fechado, o que causa o refluxo.

Evite ao máximo o consumo excessivo de bebidas alcoólicas, já que são irritantes e favorecem o desenvolvimento de refluxo ácido.

Te conheço de algum lugar?


Perguntadas sobre a melhor maneira de encontrar um parceiro, pessoas de 14 países, incluindo o Brasil, foram unânimes em afirmar que os amigos são fundamentais. A pesquisa faz parte da publicação "Romance Report", editada anualmente pela editora de livros de romance Harlequin. Segundo o levantamento, quem mais depende dos amigos para conseguir encontros românticos são as japonesas (90%), as suíças (90%) e os mexicanos (80%).

Os participantes também responderam quais os melhores lugares para paquerar e quais as melhores maneiras de impressionar o sexo oposto. Para os brasileiros, a pior opção para procurar um parceiro é a internet, ao contrário dos portugueses (40% dos homens e 50% das mulheres de Portugal utilizam esse meio). Assim como os franceses, os homens brasileiros acreditam que o acaso é a melhor maneira de encontrar alguém especial.

A mentira em relação ao estado civil é praticamente universal e os mais mentirosos são os homens brasileiros (80% dos entrevistados). Eles também estão entre os que dão mais importância à aparência, até mesmo mais do que à inteligência. Aliás, os únicos homens que consideram o cérebro mais importante do que o corpo são os portugueses (40%). A opinião das mulheres não varia muito de acordo com o país. No geral, elas dão mais importância ao senso de humor e à inteligência. Outra constatação interessante foi a de que mulheres sem estabilidade financeira estão fora do jogo pra 40% dos brasileiros.




(texto publicado na revista Galileu nº 176 - março de 2006)

Inglês com Música: Billie Jean - Michael Jackson com Marisa Leite de Barros e Amanda Acosta


Inglês com Música: Heal the world - Michael Jackson com Marisa Leite de Barros e Amanda Acosta


Inglês com Música: Help com Marisa Leite de Barros e Amanda Acosta


Paratletas da seleção brasileira de canoagem treinam na Raia Olímpica - Cesar Isoldi e Guilherme Eler


Em parceria com a USP, o Centro de Treinamento da Equipe Permanente de Paracanoagem prepara atletas para os Jogos Paraolímpicos do Rio em 2016

A Raia Olímpica da USP é casa da preparação de potenciais medalhistas do paradesporto do Brasil. Desde abril do ano passado, o Centro de Treinamento da Equipe Permanente de Paracanoagem cede infra estrutura para os atletas da seleção brasileira. Em uma parceria com a USP, o grupo se utiliza do espaço para o treinamento dos atletas que representarão o país nos Jogos Paralímpicos do Rio de Janeiro em 2016.

O folgado primeiro lugar geral no quadro de medalhas obtidos nos Jogos Pan-Americanos de Toronto, encerrados na semana passada, não traduz o começo bastante amador dos esportes para pessoas com deficiência no Brasil. Os paratletas treinavam como podiam e dependiam muito de si mesmos para se tornarem profissionais. "A ideia desse projeto era que os atletas com condições de ter alto rendimento tivesse a estrutura necessária e adequada para atingir essa capacidade", explica Gabriela Nunes, uma das coordenadoras do CT.

A Lei de Incentivo ao Esporte foi importante para a implantação do projeto. Por meio dela, empresas da iniciativa privada podem destinar parte dos recursos que seriam pagos como impostos para fomentar o desenvolvimento do esporte no país. Órgãos do governo, como o BNDES, Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social, também integram os investimentos. Atualmente, o banco é um dos principais patrocinadores da canoagem no Brasil.

O local utilizado pela equipe é alugado pelo CEPE-USP, da mesma forma que outros clubes, como Pinheiros e Paulistano também fazem. Especificamente sobre o CT da equipe permanente. Gabriela explica que ele não é um lugar de fomento, ou seja, não tem o objetivo de formar atletas, e sim trabalhar com esportistas que já possuem algum destaque. "A gente identifica os atletas nas competições, seleciona e convoca alguns para virem fazer parte", diz.

Os campeonatos nacionais de paracanoagem em que os atletas representam seus clubes, são a oportunidade para que essa seleção seja realizada. Nesses eventos, através de alguns cálculos em cima dos seus tempos, aqueles que atingem os números necessários são convidados a participar do CT, que os atletas representam em competições internacionais.

Para serem convidados a participar do Centro de Treinamento, os atletas devem conseguir tempos até 5% acima dos índices estabelecidos em eventos propostos pela equipe técnica, conforme sua fase de treinamento. Caso não consiga manter o alto nível, o atleta pode ser convidado a se retirar do CT, podendo ser substituído por outro.

Gabriela ressalta que a forma como o Centro de Treinamento opera é característica só do Brasil, diferentemente de outros países, em que a canoagem olímpica costuma dividir o espaço e a estrutura com a paracanoagem. Aqui os atletas com deficiência têm total autonomia quanto à olímpica, o que inclui um espaço mais acessível e adaptado, além dos auxílio de moradia, alimentação, transporte e planos de saúde.

Única mulher do grupo, a campeã brasileira de paracanoagem Silvana Santos Fereira, 46, é uma das seis atletas que integram o Centro de Treinamento da seleção nacional. A história da sorridente alagoana, atleta filiada ao CEPE, demonstra não só superação, característica constante no paradesporto, mas uma trajetória dedicada ao esporte.

Após sofrer a lesão que lhe tirou o movimento das pernas, Silvana encontrou no esporte a saída para sua recuperação e para uma vida mais ativa e saudável. Ainda se adaptando à cadeira de rodas, começou praticando o basquete. Em 2009, por convite de um amigo, participou de campeonatos regionais de atletismo e natação. Acumulou medalhas em todas essas oportunidades. "Tenho no total 60", conta. Vai completar um ano de dedicação exclusiva à paracanoagem em setembro deste ano. E os resultados já impressionam.

Além do campeonato nacional conquistado no fim de 2014, o saldo conta ainda com a primeira colocação em duas edições da Copa Brasil. Para o nacional deste ano, as metas já estão definidas. "Meu objetivo é ser campeã de novo. E treinar depois para poder buscar a vaga para as olimpíadas de 2016."

Silvana é destaque competindo pela classe A, divisão funcional dos competidores que só se utilizam do braço e do movimento do ombro para impulsionar a embarcação. A paracanoagem ainda divide os atletas em outras duas categorias, a partir do nível de mobilidade. Na classe LTA, utiliza-se para remar também o tronco e as pernas. Na TA, apenas o tronco e os braços. As embarcações também variam conforme largura, peso e comprimento.

Na luta por patrocínio, a canoísta se mantém atualmente apenas com a bolsa-atleta, ajuda de custo de R$ 920. Morando com a família, tem a alimentação, gastos com saúde e transporte também subsidiados pela seleção. Gastos operacionais, no entanto, eventualmente ainda têm de ficar por conta da atleta. O barco utilizado nas competições, por exemplo, teve de ser comprado com o seu próprio dinheiro. Mas nada que afaste a sua motivação.

"Muitas pessoas, após sofrerem lesão, podem pensar que a vida delas tenha acabado. Acabou minha vida? Acabou nada! Agora que começou", conta, sobre a liberdade e independência que sente ter quando está na água. "Quanto mais as pessoas me desafiam, mais eu gosto. Podemos ter pedido a sensibilidade, mas não perdemos a vontade de viver. Avida continua para todo mundo".



(texto publicado no jornal Campus nº 444 - ano 33 - agosto de 2015)

Bruxas as mulheres em chamas - Cadu Ladeira e Beth Leite


Durante mais de 300 anos, a mesma Europa que viu nascer a Idade Moderna e presenciou feitos como a conquista do Novo Mundo, a ascensão da burguesia comercial e o fim do domínio feudal, fez das fogueiras um instrumento de repressão e morte para milhares de mulheres condenadas por bruxaria

As pilhas de lenhas e gravetos já estavam acesas e a multidão, inquieta, aguardava o início do ritual que conhecia tão bem. Afinal, execuções eram espetáculos imperdíveis, que atraíam a atenção de pessoas vindas de vários cantos. Em meio ao ruído abafado dos comentários sobre os horrores que havia cometido, surgiu enfim a condenada. A turba, que já estava agitada, aproveitou para liberar a tensão reprimida: objetos, palavras de ódio, risos e piadas partiam de todas as direções contra a terrível criatura. Não houve muitas delongas. A sentença foi lida rapidamente, o carrasco, num gesto piedoso, estrangulou a condenada para que não enfrentasse as chamas viva e, em poucos minutos, seu corpo ardia, diante da aclamação selvagem da assistência. Durante mais de 300 anos, cenas como essa se tornaram corriqueiras nas praças públicas de boa parte da Europa e o caminho da fogueira se transformou no destino de milhares de mulheres. Nuas, montadas em vassouras, aterrorizando cidades, aldeias e castelos, no imaginário popular e religioso da época as bruxas estavam por toda parte, semeando o pavor. A perversidade feminina campeava solta, a serviço dos mandos do demônio, e precisava ser contida a qualquer custo.

De 1450 a 1750, poucas pessoas ousariam contradizer essa doutrina, repetida em tom de ameaça nos púlpitos dos pregadores católicos, assim como nos sermões protestantes depois da Reforma religiosa de Martinho Lutero, no século XVI. Bruxaria era uma calamidade tão real quanto tempestades ou pestes, e intimamente ligada à natureza feminina. Com exceção de Portugal e Espanha, onde os principais perseguidos eram cristãos-novos e judeus, em quase toda a Europa a porcentagem de mulheres excedeu 75% dos casos. Em algumas localidades, como o condado de Namur (atual Bélgica), elas responderam por 90% das acusações. Estima-se que 100 000 processos foram instalados pelo continente afora e pelo menos 60 000 vidas se perderam em meio às chamas.

Foi em plena Idade Moderna - a mesma que presenciou a descoberta de um novo mundo com as grandes navegações, a ascensão da burguesia comercial, o fim do domínio feudal e a formação dos primeiros Estados nacionais europeus - que o temor às forças do mal deixou o campo da crendice popular para se tornar alvo de uma perseguição sistemática de tribunais leigos, religiosos e da Inquisição - sob controle papal.

Não que as fogueiras tenham sido estranhas à sociedade medieval. A Idade Média também presenciou exibições do poder purificador das chamas, a mais notável delas, sem dúvida, aquela que consumiu a vida da jovem Joana D'Arc em 30 de maio de 1431, na cidade de Rouen, então sob domínio inglês. Heroína nacional, Joana ficou famosa depois que conduziu o exército francês à vitória sobre os ingleses em Orléans e deu início à revanche de seu país na Guerra dos Cem Anos (1337-1453), até aquele momento vencida fragorosamente pelos britânicos. Em 1430, quando caiu prisioneira nas mãos do duque de Borgonha, aliado do rei inglês Henrique V, seus inimigos aproveitaram a fama das visões que ela costumava ter desde pequena para levá-la à fogueira, mesmo sabendo de sua extrema devoção religiosa. Nesse caso, porém, o cunho político da condenação era tão óbvio, que antes do final daquele século, ela seria reabilitada e em 1920 finalmente transformada em santa.

Calamidades podiam detonar uma caça

Para bruxas menos famosas, no entanto, a chegada da Idade Moderna trouxe uma mudança radical na atitude da Igreja e dos tribunais em relação ao universo da superstição, do paganismo e do mito com o qual, havia mais de 1 500 anos, a Europa convivia. Na mitologia romana, Diana, deusa dos bosques e dos animais, já costumavam guiar amazonas noturnas em cavalgadas celestes. Entre as crenças imemoriais germânicas, acreditava-se que figuras ameaçadoras, conhecidas como streghe, se reuniam na floresta em torno de caldeirões para realizar seus rituais. Depois se volatilizavam e invadiam as  casas para chupar a vitalidade das crianças. Mas em meio à insegurança da aurora da modernidade, um tempo marcado por mudanças e desgraças contantes como fomes, pestes, guerras e conflitos religiosos, boa parte dessa tradição fantasiosa do passado acabou associada à certeza de que o demônio e suas seguidoras estavam determinados a dominar o mundo. Feitiços e mulheres voadoras tornaram-se, da noite para o dia, parte de uma grande conspiração demoníaca. Encantos e unguentos - chamados na época de maleficia - que antes serviam para ajudar as pessoas se transformavam em passaporte certo para a morte.

Não era preciso muito para provar que a ação infernal estava em andamento. Além das tradicionais acusações de possessões diabólicas, crises políticas e sociais, calamidades naturais ou qualquer outro acontecimento anormal eram capazes de detonar a mortandade. Em Trier, na França, uma feroz epidemia de processos contra as bruxas ocorreu entre 1580 e 1599, quando duas grandes colheitas foram dizimadas por alterações climáticas. No principado alemão de Ellwagen, em 1611, em Genebra em 1530, 1545, 1571 e 1615 e em Milão em 1630, para citar uns poucos exemplos, centenas foram condenadas à morte após um surto de peste. No século XVII, em Cambrai, também na França, a instalação de novas indústrias no campo gerou uma onda de ansiedade entre os camponeses que logo desembocou numa grande caça.

Algumas alegações contra a bruxaria eram tão descabidas, que só mesmo o clima de paranoia coletiva explicava a relação: em 1590, depois que uma tormenta no Mar do Norte destruiu um dos navios da comitiva de Jaime VI da Escócia e de sua noiva, Ana da Dinamarca, os dois países iniciaram uma cruel perseguição a feiticeiras. As grandes caçadas vinham assim: como tempestades de verão, chegavam avassaladoras e de surpresa, mas tinham curta duração. Quase sempre, após um período de frenética perseguição, as comunidades se aquietavam durante os anos seguintes.Era como se tivessem se livrado de um cancro.

Escritos da época registram o quase inacreditável. Na diocese italiana de Como, 1 000 execuções em um ano. Em Toulouse, na França, 400 cremações são contadas em um único dia. No arcebispado francês de Trier, em 1585, 306 bruxas delataram cerca de 1 500 cúmplices. Embora a maior parte das acusadas tenha escapado à morte, isso não impediu que duas aldeias da região ficassem à beira do extermínio: sobraram apenas duas mulheres em cada uma delas.

O mais impressionante é que a maior parte dessas mulheres, e mesmo dos homens, condenadas chegaram às fogueiras por confissão própria, graças à tortura. Durante esses quase três séculos de morte, conseguir uma confissão era apenas questão de tempo. Quando acontecia de o acusado resistir muito durante uma sessão de maus tratos, isso só aumentava a convicção de culpa dos interrogadores: afinal, tamanha resistência só podia ter por trás o auxílio de forças que não eram apenas naturais. Hoje, sabe-se que o uso indiscriminado desse instrumento macabro se confunde com o próprio mapeamento da caça às bruxas pela Europa.

Inquisição era um tribunal comedido

O predomínio do temido Tribunal de Inquisição, por exemplo, serviu para atenuar os casos de condenação à morte de bruxas nos países da Península Ibérica e na Itália. Embora tenha ficado famoso na Idade Média pela prática da tortura, na época em que começou a grande repressão europeia, a partir do século XV, os inquisidores já haviam elaborado uma extensa reforma jurídica que garantia não só assistência legal aos acusados como restringia a ação dos torturados a casos muito especiais. Na Inglaterra, onde suspeitos de bruxaria só podiam ser submetidos à tortura com autorização dos conselhos superiores de Justiça, a caça às bruxas também teve pouca expressão. Já na Alemanha, dividida em dezenas de ducados e principados independentes política e judicialmente, a caça às bruxas ganhou proporções assustadoras. Nada menos de 50% dos processos contra elas aconteceram em terras germânicas, e a maior parte resultou em morte.

Às vezes, a descoberta de uma fraude conseguiu evitar que a perseguição chegasse a um final dramático. Em 1633, o jovem inglês Edmund Robinson denunciou uma mulher que o teria levado a um sabá de bruxas, onde estavam reunidas cerca de sessenta feiticeiras. O menino deu o nome de dezessete delas ,todas imediatamente presas e condenadas. Algumas dúvidas sobre o depoimento, no entanto, levaram o bispo de Chester a interrogar Edmund e ele acabou admitindo ter forjado a história por sugestão do pai, que havia indicado todos os nomes "por inveja, vingança e desejo de tirar vantagem", descobriram os juízes. Na Escócia, o ensaio de uma grande repressão nacional em 1661 entrou em colapso quando os eméritos caçadores de bruxas John Kincaid e John Dick foram flagrados dando picadas em mulheres acusadas de bruxaria: nos tribunais, essas pequenas marcas eram a prova de que elas haviam feito pacto com o diabo.

Foram poucas, porém, as caças detidas por evidência de fraudes. Normalmente, quando uma perseguição se instalava, nada conseguia detê-la e o pânico tomava conta da população. A princípio, todos estavam sob suspeita e a melhor defesa era o ataque. Uma vez iniciada a caça, delações não paravam mais. Assustadas com a perseguição, muitas pessoas logo se punham a entregar as vizinhas na tentativa de livrar a própria pele de potenciais acusações. Cada possível bruxa levada a julgamento por sua vez, não tardava a incriminar mais uma lista de acusadas, num efeito dominó que levava grandes levas de pessoas diante dos juízes.

Furor uterino e cobiça carnal

Cenas e relatos como esses não só foram realidade como contavam com uma robusta fundamentação teórica de uma obra sinistra. Publicado em 1486, o livro Malleus Maleficarum, escrito pelos inquisidores papais alemães Heinrich Kramer e James Sprenger, foi um eficaz instrumento nos tribunais para consolidar a crença de que uma grande conspiração arquitetada por Satã e suas seguidoras, as bruxas, tomava conta do mundo. Até o final do século XV, o manual já era um best seller, recordista absoluto entre qualquer livro anterior ou posterior sobre demonologia, com mais de uma dúzia de edições.

Na detalhada obra, que explicava desde os feitiços mais comumente praticados até como localizar a presença das malignas criaturas no seio da sociedade, Kramer e Sprenger não pouparam esforços para mostrar que a mesma mulher que provocou a expulsão do homem do paraíso ainda era uma ameaça presente. O velho temor católico de monges e padres celibatários estava mais forte do que nunca. "A perfídia é mais encontrada nas pessoas do sexo frágil do que nos homens", garantiam os dois. Bruxas eram o mal total: renunciavam ao batismo, dedicavam seus corpos e almas ao demônio e, suprema lascívia, costumavam manter relações sexuais com ele. Principalmente durante os sabás, reuniões em que as forças do mal se reuniam para banquetear-se com criancinhas não batizadas e que sempre terminavam em fabulosas orgias. Testemunhos da época davam notícia de sabás reunindo até 1 000 bruxas.

Para provar a propensão natural da mulher à maldade não faltavam argumentos aos autores do Malleus. A começar por "uma falha na formação da primeira mulher, por ser ela criada a partir de uma costela recurva, ou seja, uma costela no peito, cuja curvatura é, por assim dizer, contrária à retidão do homem. A própria etimologia da palavra feminina confirmava essa fraqueza original: segundo eles, femina, em latim, reunia em sua formação as palavras fide e minus, o que quer dizer menos fé.

Defender ideias assim não era exclusividade dos dois inquisidores alemães. A aversão á mulher como ser mais fraco e, portanto, mais propenso a sucumbir à tentação diabólica era moeda corrente em todas as regiões da Europa - dos pequenos vilarejos camponeses aos grandes centros urbanos. Nos sermões de padres por toda a Europa, proliferava a concepção de que a bruxaria estava ligada à cobiça carnal insaciável do "sexo frágil", que não conhece limites para satisfazer seus prazeres. Com seu "furor uterino", para o homem a mulher era uma armadilha fatal, que podia levá-lo à destruição, impedindo-o de seguir sua vida tranquilamente e de estar em paz com sua espiritualidade.

O clima de desconfiança em relação às mulheres teve também predileções profissionais. Quando não era o caso de grandes perseguições orquestradas para expurgar males como a peste, certos ofícios tipicamente femininos tinham precedência na lista de denúncias. Curandeiras, vitais para uma sociedade onde a medicina ainda era uma ciência incipiente, tornavam-se hereges e apóstatas da noite para o dia. Cozinheiras também viviam sob constante desconfiança, assim como as parteiras.

Parteiras eram alvos visados

Acusadas frequentemente de batizar os recém-nascidos em nome do diabo ou de matá-los para usar seus corpos em rituais, elas foram vítimas de anos em suspeita acumulada, numa época em que a taxa de mortalidade infantil era altíssima. Em 1587, a parteira alemã Walpurga Hausmannin, foi processada por ter causado a morte de quarenta crianças, algumas com até 12 anos. Entre os métodos que ela empregava, estavam o estrangulamento, esmagamento de cérebro da criança no parto e aplicação de "um unguento do diabo sobre a placenta", de modo que a mãe e a criança morressem juntas. Seu destino foi a fogueira. O mesmo de uma parteira húngara, que em 1728 conseguiu uma marca duvidosa, mas perfeitamente factível para seus contemporâneos: ela morreu queimada por ter batizado nada menos do que 2 000 crianças em nome do demônio.

Para quem se acostumou a relacionar a figura das bruxas a personagens pitorescas de contos da carochinha - como a madrasta de Branca de Neve ou a fada malvada de Cinderela -, às vezes fica difícil acreditar em histórias assim. Mas elas existiram e deixaram em seu rastro uma cruel realidade da morte de milhares de mulheres inocentes em fogueiras piamente acesas para limpar o mundo.




(texto publicado na revista Super Interessante nº 2 - ano 7 - fevereiro de 1993)













sexta-feira, 28 de agosto de 2015

Dois anos de vida - Chris Flores


Quando J. K. Howling criou Harry Potter viu sua vida mudar: contando a saga do aprendiz de feiticeiro, tornou-se uma das mulheres mais poderosas do mundo e a primeira escritora bilionária da história. O que ela não imaginava é que seu personagem tocaria com sua magia a vida de uma brasileira e mudaria seu destino. O bruxinho é o ídolo de Pedro Henrique, 2 anos, e de sua mãe, Angélica. Essa mulher recebeu o diagnóstico de que não veria seu bebê crescer porque lhe restavam apenas dois anos de vida.

A história de Angélica Vasconcelos Melo, ou Angel, para os amigos, começa em 17 de março de 1989, mas tem seu curso interrompido 23 anos depois. Em 2012, ela havia realizado dois sonhos: formar-se em publicidade e propaganda e ter Pedro Henrique. Quando o bebê completou 3 meses, ela começou a tirar o leite da sua mama para armazenar e voltar ao trabalho. Foi nesse ato corriqueiro para tantas mães que sentiu um caroço no seio e procurou sua ginecologista. A partir daí, a vida de Angélica virou de ponta-cabeça. Depois de alguns exames, o diagnóstico soou, em suas palavras, como "uma frase maldita": "Você tem câncer".

Um buraco se abriu, a tristeza e a dor tomaram conta dela. Foram várias sessões de quimioterapia, enjoos fortes, o cabelo que foi embora, levando sua autoestima, e uma cirurgia para a retirada completa da mama. "Travo uma luta diária com minha mente tentando ocupar um espaço vazio dentro da roupa", conta. Não bastasse tudo isso, a separação do marido acontecia ao mesmo tempo. Dias bem difíceis faziam parte de sua rotina - só Pedro Henrique lhe dava motivos para sorrir.

Angélica finalmente se livrou do câncer de mama, mas poucos meses depois veio nova bomba: metástase no cérebro. Células cancerígenas saíram do local de origem e instalaram-se onde a quimioterapia não havia chegado. O mais cruel ainda estava por vir. Com o diagnóstico, a sentença sobre seu tempo de vida: aproximadamente dois anos lhe restavam.

Angélica não pensava mais em si, apenas no filho. O que fazer com uma criança que tinha apenas 2 anos? Ela reuniu forças e decidiu que seu pequeno precisava recordar dela e do amor que sentia por ele. Seu maior medo era morrer e seu menino não ter idade suficiente para guardar a mãe na memória. Ela não poderia partir sem deixar doces e importantes lembranças em sua vida. Só alguém poderia fazer isso por ela: Harry Potter. Uma legião de mães se mobilizou e, em contagem regressiva, iniciou uma vaquinha virtual que arrecadou, em apenas um mês, o dinheiro necessário para patrocinar a viagem de Angélica e Pedro Henrique para Orlando, nos Estados Unidos, onde poderiam conhecer o bruxinho no parque que leva seu nome. Passaportes, vistos, passagens e autorização médica em mãos, mãe e filho partiram para conhecer aquele que mudaria o futuro dos dois.

A viagem aconteceu bem no Dia das Mães, e a mágica se fez. Eles viveram o hoje com ose não houvesse o amanhã. Inesquecível para ambos. Angélica diz que seu futuro é hoje, mas o de Pedro Henrique é amanhã. Nos seus sonhos, ele torna-se médico e ela assiste à sua formatura. Recentemente, Angel passou por uma radiocirurgia no crânio. O resultado esperado para seis meses já foi alcançado em três. "Creio que estou curada", afirma. Quem discorda dessa que é anjo até no nome? Magia, fé, amor ou medicina. Só Pedro Henrique tem a resposta. Ele nem sabe, mas aqui vai nosso segredo: Pedro Henrique tem mais poderes que Harry.




(texto publicado na revista Claudia Filhos 633-B)

Bebida que ajuda a controlar o colesterol e queimar gordura (Melhor com Saúde)


Quando nosso corpo acumula colesterol ruim na corrente sanguínea, estamos em alto risco de sofrer problemas de obstrução arterial e danos cardiovasculares. Se for fato que o nosso corpo precisa de uma determinada quantidade de colesterol para poder desempenhar suas funções normalmente, é certo que, muitas vezes, nos excedemos no consumo de colesterol e podemos provocar um acúmulo do mesmo nas nossas artérias.

Quando uma pessoa é diagnosticada com um nível de colesterol alto, é importante que ela comece a cuidar da dieta e diminua o consumo de gorduras e de outros alimentos ricos neste componente. Uma dieta saudável é a chave para diminuir o colesterol ruim, juntamente com o risco que ele representa para a saúde. Felizmente, além da dieta, também há outros remédios naturais que podem ajudar a diminuir os níveis de colesterol de forma eficaz, ao mesmo tempo em que oferecem outros benefícios importantes, como a queima de gordura e a perda de peso.

Controlar o colesterol: conheça os benefícios desta receita natural?

Neste artigo, o remédio caseiro que iremos compartilhar com você é uma bebida a base de limão e salsinha. Como muitos de nós já sabemos, ambos são ingredientes com inúmeras propriedades para a saúde.

Benefícios da salsinha

A salsinha é um alimento altamente conhecido nas cozinhas de todo o mundo, pois é muito versátil e pode ser usada em diversas receitas. No entanto, além do seu uso na gastronomia, a salsinha também é famosa por suas propriedades diuréticas,capazes de eliminar o excesso de água do organismo, assim como uma grande quantidade de toxinas que podem afetar a saúde.

As principais vantagens do consumo da salsinha se devem a seu alto teor de óleos essenciais e flavonoides, que são os responsáveis por proporcionar grandes benefícios ao corpo, tanto interna quanto externamente. Além disso, a salsinha contém quantidades importantes de vitamina C, A e K, que são fundamentais para ter um sistema imunológico forte e um organismo livre de infecções e doenças.

O consumo regular de salsinha ajuda a eliminar as toxinas da corrente sanguínea, ao mesmo tempo em que combate o colesterol e estimula a circulação. Por esta razão,este ingrediente é muito poderoso para melhorar a saúde dos vasos sanguíneos e prevenir problemas cardiovasculares.

Benefícios do limão

Graças ao seu alto teor de vitamina C, antioxidantes e óleos essenciais naturais, o limão é outro ótimo aliado para limpar as artérias e controlar o colesterol. O limão evita que o colesterol se fixe nas paredes arteriais e estimula a sua eliminação para que não afete a circulação.

Seus antioxidantes o convertem em um grande aliado para combater os radicais livres, eliminar os líquidos retidos no corpo e todas essas toxinas que podem afetar a saúde. De fato, o consumo de suco de limão também estimula a queima de gordura e a perda de peso.
Como preparar essa bebida?

Ao misturar os benefícios da salsinha com as do limão, vamos preparar uma poderosa bebida capaz de regular os níveis de colesterol no sangue e prevenir doenças. Além disso, seu consumo também poderá estimular a perda de peso, combater a retenção de líquidos, melhorar a saúde renal e evitar o envelhecimento precoce causado pelos radicais livres.

Ingredientes

1,5 litros de água
3 ramos de salsinha
1kg de limões
Um pouco de bicarbonato de sódio

Como prepará-la?

Quando for ao mercado, escolha sempre limões orgânicos, para ter certeza de que eles não contam com restos de pesticidas e substâncias químicas. Se não for possível, lave bem os limões com bicarbonato de sódio dissolvido em água para desinfetá-los.

Uma vez lavados os limões, corte-os em rodelas e reserve.

Coloque a água para ferver. Quando estiver fria, acrescente os limões e a salsinha finamente picada.

Tampe bem a mistura e guarde na geladeira.

Finalmente, misture um pouco antes de consumir e beba cerca de 100 ml todos os dias.

Recomendamos ingerir essa bebida em jejum, para aproveitar ao máximo todos os seus benefícios durante o resto do dia. Para obter bons resultados, é importante consumi-la frequentemente, pelo menos até notar uma redução no nível de colesterol.

Lembre-se de que os resultados também vão depender muito do tipo de dieta e estilo de vida que você adotar para diminuir o colesterol. Melhore ao máximo a sua alimentação e evite os maus hábitos, como fumar, beber álcool e ter uma vida sedentária.

quinta-feira, 27 de agosto de 2015

11 indícios de que você ama mais os cães do que as pessoas - Karina Sakita (Portal do Dog)


A ligação entre cachorros e tutores é surpreendente.

O amor dos cachorros é o mais puro que existe e eles são mais carinhosos do que muita gente.

Por isso, é comum encontrar pessoas que preferem a companhia de seu cão do que de outro humano.

É uma pena que algumas pessoas fiquem horrorizadas quando alguém fala isso, mas o melhor amigo do homem merece nossa dedicação e respeito.

Afinal, os cães são extremamente leais.

Veja 11 indícios de que você ama mais os cães do que os humanos:

1 A maioria dos seus amigos têm cães.

2 Aliás, você jamais namoraria ou seria amigo de alguém que não gosta de cachorros.

3 Se o seu cão não gostar da pessoa que você está saindo, é certeza que vai dar um jeito de dispensar esse alguém.

4 Você odeia quando alguém fica andando devagar na sua frente, mas não se importa em esperar seu cachorro cheirar todas as árvores ou postes que encontrar pelo caminho durante o passeio.

5 Você prefere dormir abraçadinho com seu cão do que com qualquer outra pessoa.

6 Você faria qualquer coisa para conseguir um emprego que aceite cães no local de trabalho.

7 Você adora observar seu cachorro em qualquer situação, inclusive quando está dormindo.

8 Sua rotina e vida social são planejadas de acordo com os horários do seu cão (principalmente das refeições dele).

9 Você é capaz de esquecer que precisa comprar sua pasta de dente, mas jamais esquece de algo que seu cachorro precisa.

10 É importante que as redes sociais te lembrem quando é o aniversário de seus amigos e parentes, mas você não precisa disso para saber a data de nascimento do seu cachorro.

11 Você quer ajudar todos os cães que encontra pela rua.

Antropologia: Palavra de homem


Como, quando e por que o ser humano passou a falar? As mais recentes respostas contam uma história apaixonante, que começa com um pequeno comedor de insetos

Um casal de namorados troca juras de amor. O locutor de um jogo de futebol transmite um lance pela ponta esquerda. Um cientista faz uma comunicação sobre buracos negros num congresso de Astrofísica. Por incrível que pareça, essas três situações podem estar relacionadas às remotas andanças de um pequeno mamífero comedor de insetos, semelhante ao atual musaranho, que vivia há uns 65 milhões de anos, mais ou menos à época em que os dinossauros sumiram da face da Terra. Pois aquelas situações têm algo em comum: o uso da linguagem. E as hipóteses mais recentes sobre as origens da linguagem - apresentadas há poucos meses num seminário internacional que reuniu 150 especialistas em Cortona, na Toscana, Itália - envolvem justamente as antiquíssimas aventuras daquele mamífero comedor de insetos.

Do que se discutiu em Cortona, emergiu a convicção de que a linguagem - um mecanismo de comunicação que a rigor só os humanos possuem - não teve um início único, bem demarcado no tempo. Mas foi produto de uma série de processos, separados uns dos outros às vezes por muitos milhões de anos e que vieram a se combinar no ser humano. Os organizadores do simpósio de Cortona, os antropólogos italianos Brunetto Chiarelli e Andrea Campero Ciani, fizeram uma síntese das discussões ali travadas, que vale como uma síntese das hipóteses mais aceitas até agora sobre as origens da linguagem. É claro que muitas incertezas e controvérsias permanecem - como, de resto, em praticamente tudo o que diz respeito à vida dos antepassados do homem. Mesmo quando os especialistas (paleontólogos, antropólogos e biólogos, entre outros) concordam em relação a um evento, por exemplo, podem divergir quanto ao período aproximado em que ele se deu. O capítulo da linguagem não é exceção.

A história contada por Chiarelli e Ciani começa quando os musaranhos, acostumados aos campos, passaram a subir às árvores das florestas. Nesse nicho ecológico, com o decorrer das gerações, eles passaram a desenvolver características mais adequadas ao novo ambiente. Primeiro, começaram a desenvolver a visão binocular, em que as imagens vistas pelos dois olhos se fundem numa imagem única, tridimensional. A par disso, surge a visão em cores. Isso multiplica as chances de sobrevivência no ambiente multiforme da floresta, onde perceber detalhes (um animal predador escondido na folhagem) pode fazer a diferença entre a vida e a morte.

Há 15 milhões de anos, um tempo de grandes mudanças

Outra adaptação anatômica de importantíssimas consequências foi o surgimento do polegar, oponível aos outros dedos da mão, o que facilita agarrar-se aos galhos das árvores, permitindo ao animal caminhar entre elas sem o risco de andar no chão exposto às feras. Sem esses dois processos, o ser humano - descendente daquele insetívoro parecido com o musaranho - não poderia ter desenvolvido, dezenas de milhões de anos depois, a capacidade de falar e entender o que os outros falam. Isso porque, sem a visão tridimensional e colorida, o ser humano não teria conseguido traçar um mapa mental de seu ambiente - e assim não poderia comunicar a outro ser humano onde achar comida. E sem o polegar oponível aos outros dedos - uma característica que o homem partilha com os demais primatas seus parentes, o chimpanzé, o gorila e o orangotango - a mão não se teria libertado da necessidade de ajudar o andar sobre o chão, como fazem os quadrúpedes.

O difícil é precisar quando todas essas mudanças ocorreram. Fala-se em algo como 15 milhões de anos atrás, quando viviam os Dryopithecus, dos quais teriam descendido tanto o homem como os primatas modernos. É certo, em todo caso, que os indivíduos da mais antiga espécie hominídea conhecida, o Australopithecus afarensis , que viveu há pelo menos 3 milhões de anos, já exibiam a postura ereta - um efeito a longo prazo do polegar oponível. Livre da tarefa de andar, a mão libertou também a boca da tarefa de segurar a comida, que passou a ser agarrada com o polegar preênsil. Libertada da tarefa de pegar os alimentos, a boca, por sua vez, depois de passar também ela por transformações acadêmicas relacionadas à postura ereta, estaria bem depois disponível para outras ocupações, como falar.

Mas não pára aí a influência, na origem da linguagem, da mão dotada do polegar oponível. Pois isso permitiu que uma das mãos, a direita, se especializasse na manipulação de objetos - alimentos, paus, pedras -, enquanto a outra se especializava na localização espacial. Essa divisão de funções levou à chamada lateralização do cérebro dos primatas: o hemisfério esquerdo do córtex cerebral passou a coordenar os movimentos do lado direito do corpo, enquanto o hemisfério direito passou a lidar com o lado esquerdo. Isso tem muito a ver com a linguagem, pois, quando falamos, acionamos áreas especializadas do lado esquerdo do córtex cerebral, que movimentam o aparelho fonador e tornam possível dizer frases inteligíveis.

No seminário de Cortona, os antropólogos dataram a partir de 15 milhões de anos atrás o início da segunda fase dos processos que levaram à linguagem humana. Nessa época, na África, as florestas começaram a regredir e seu espaço ficou cada vez mais ocupado pelo campo aberto, a savana. Os primatas de então, descendentes dos assemelhados ao musaranho e adaptados à vida silvícola, viram-se forçados a novas mudanças em consequência da transformação no habitat. Os que ficaram na floresta - e acabaram dando origem aos ancestrais do chimpanzé e do gorila -, dispondo de um território menor e com grande concentração de alimentos vegetais, desenvolveram ao longo das gerações um potente aparelho masticatório, para aproveitar ao máximo os vegetais disponíveis.

Daí a feição características dos antropoides, com suas grandes bocas e queixos. Já os ancestrais do ser humano se desenvolveram na savana, onde os alimentos estavam muito mais dispersos por um território bem maior que o da floresta. Isso, ao que tudo indica, favoreceu neles a formação de um mapa mental mais sofisticado que o dos silvícolas. Resultado: aumentou o tecido cerebral e modificaram-se as proporções do crânio em relação à face - daí a feição característica dos hominídeos e dos seres humanos.

Ora, o aumento da caixa craniana e a diminuição relativa da face se deram paralelamente á intensificação da postura ereta dos ancestrais do homem. Por isso, o bulbo raquidiano, que une o tecido cerebral ao tecido nervoso da medula da coluna vertebral, ficou nos seres humanos a passar verticalmente, pelo pescoço ereto, e não mais horizontalmente, como acontece com os outros animais. Com isso, a laringe do ser humano (o oco da garganta) ficou afundada, trazendo consigo a língua, que ficou presa mais para perto da garganta. A laringe tornou-se assim uma caixa de ressonância bem mais aperfeiçoada e a língua passou a ter mais espaço na boca - duas características fundamentais para a funcionalidade do aparelho fonador humano.

No início, a voz servia só para acompanhar os gestos

Mas, se isso explica como surgiu o aparelho capaz de emitir por volta de cinquenta sons básicos, que se combinam para criar o infinito da linguagem, não explica por que os seres humanos passaram a usá-lo para se comunicarem uns com os outros. (O papagaio, por exemplo, desenvolveu um aparelho fonador capaz de emitir sons semelhantes aos do homem, mas não o usa para se comunicar com os seus iguais.) Além disso, não se sabe quando o aparelho fonador começa a ser usado para produzir uma linguagem. Afinal, a fala não deixa marcas fósseis que permitam datar com precisão as suas origens. Os pesquisadores acreditam que a linguagem oral é muitíssimo mais antiga que a escrita, surgida há apenas 6 mil anos.

De qualquer forma, todas aquelas mudanças anatômicas fizeram diminuir a boca dos ancestrais do homem. Mas este, já ereto, pôde usar as mãos para preparar os alimentos antes de enfiá-los na boca - inicialmente cortando-os em pedaços, depois moendo-os e por fim cozinhando-os. Assim, foi-se desenvolvendo o modo de vida especificamente humano. Ocorre ainda que, para sobreviver na savana, onde havia menos alimentos vegetais disponíveis, os hominídeos dependiam de alimentos animais, particularmente de animais de grande porte. Para caçá-los, aprenderam, de um lado, a agir em grupo; e, de outro, a usar instrumentos (primeiro, pedras e paus disponíveis naturalmente; depois, objetos já adaptados a suas necessidades).

Isso estimulou a comunicação entre os hominídeos em escala maior que em outras espécies, nas quais, salvo exceções, cada indivíduo tende a obter o seu alimento basicamente sozinho e sempre sem o uso de instrumentos. Para a origem da linguagem, o uso de artefatos foi ainda mais importante do que a associação dos caçadores, mesmo porque há animais que organizam caças coletivas sem se comunicarem, como o  cão caçador da África. Pois havia a imperiosa necessidade de ensinar aos outros como produzir e usar os instrumentos. Supõe-se que a primeira linguagem humana tenha sido mais gestual do que oral. A fala, como os gritos de outros primatas, devia tão somente acompanhar os gestos. Mas, à medida que as mãos passavam a ficar cada vez mais ocupadas com os instrumentos, havia menos disponibilidade para os gestos.

A criança diz a si mesma o que pretende fazer

É muito possível que a linguagem, seja qual for a sua origem, se tenha basicamente desenvolvido a partir das necessidades da divisão do trabalho. Os primeiros agrupamentos humanos organizados já contavam com divisão de tarefas entre caçadores, coletores de vegetais, preparadores de alimentos, responsáveis pelas  crianças. Essa primitiva, porém, já complexa rede social exigia uma forma de comunicação mais sofisticada que o gesto ou o grito - a linguagem. Ele permitiu que fosse criado o universo específico do ser humano. Com efeito, o animal ou tem comportamentos inatos, instintivos, ou tem comportamentos que aprendeu individualmente, mas - na grande maioria das espécies - é incapaz de transmiti-los a seus semelhantes.

Com a linguagem humana, os comportamentos aprendidos individualmente puderam ser transmitidos aos outros indivíduos e às gerações sucessivas. A par disso, cresceu enormemente a malha de informações comuns ao grupo, multiplicando suas possibilidades de sobrevivência. O fato de estar a linguagem relacionada com a divisão do trabalho pode ser indiretamente comprovado pelo estudo das abelhas, seres que também trabalham coletivamente e que, segundo a maioria dos zoólogos, foram os únicos, além do homem, a desenvolver uma linguagem com símbolos abstratos.

A dança das abelhas comunica em que direção e a que distância há flores com mel - uma linguagem muito diferente, por exemplo, dos gritos do ganso quando vê uma fera, que apenas comunica aos outros gansos o medo que está sentindo. Já um homem pode dizer a outro não só que sente fome - o que podia indicar apenas com um grito -, mas que sentiu fome ontem. A partir do uso da linguagem é que o ser humano desenvolveu raciocínios mais complexos do que os animais. Ao que parece, outros animais também pensam, embora esse assunto d~e margem a intermináveis polêmicas entre os cientistas. Mas o seu pensamento não tem a ferramenta generalizadora da linguagem. Assim, mesmo que o animal possa tirar conclusões de um acontecimento, não pode generalizá-las nem transmiti-las aos companheiros.

Se a linguagem está relacionada ao trabalho e ao raciocínio lógico, também está relacionada com a liberdade do ser humano. O psicopedagogo soviético Lev Vygotsky (1896-1934), cujos trabalhos tiveram sua divulgação restringida na era stalinista, mostrou como a criança diz a si mesma, primeiro em voz alta e depois internalizadamente, o que quer fazer e o que vai fazer. A linguagem para is mesmo é o pensamento que desencadeia os atos voluntários, diferentes dos atos reflexos dos animais. O homem sabe que na linguagem está a liberdade e tudo que o torna humano: o raciocínio, a inteligência, a criatividade; e a possibilidade de comunicar a conquista do raciocínio de cada indivíduo, da inteligência de cada grupo, da criatividade de cada sociedade. Tudo que é humano - as pirâmides, os poemas e as naves espaciais - existe assim porque há 65 milhões de anos um mamífero que comia insetos começou a subir às árvores.



(texto publicado na revista Super Interessante nº 1 - ano 3 - janeiro de 1989)