terça-feira, 31 de maio de 2016

Como e onde surgiu o xadrez?


O jogo surgiu no século VI na Índia, com o nome de Shaturanga, que significa "os quatro elementos de um exército", em sânscrito. "É que todos os componentes das forças militares da época estavam representados", diz o Mestre Internacional James Mann de Toledo, presidente da Federação Paulista de Xadrez. "A infantaria é formada pelos peões e a cavalaria pelos cavalos. Antigamente havia também carroças (depois trocadas por torres) e elefantes (posteriormente, bispos)."

A partir da Índia, o jogo foi para a China e a Pérsia seguindo as rotas comerciais. Aliás, é da palavra persa shah, que significa rei, que vem o nome xadrez. "Os árabes, que conquistaram a Pérsia em 651, se encarregaram de difundir a prática do jogo", afirma Carlo Callero, secretário-geral da Confederação Brasileira de Xadrez. Eles levaram seus tabuleiros para as aterras que invadiram no norte da África e, quando ocuparam Espanha e Portugal entre 711 e 1492, trataram de introduzir a novidade na Europa. Foi nesse período que o xadrez ganhou o formato atual, incorporando elementos típicos da Idade Média, como os poderosos bispos e as  torres dos castelos. "Também foi introduzida a rainha, a peça mais poderosa do jogo", diz James. As regras não se alteraram desde o final do século XIV.


(texto publicado na revista Super Interessante nº 1 - ano 15 - janeiro de 2001)



O que é a cola dos refrigerantes?


A cor, o sabor e o aroma do refrigerante mais popular do mundo vêm de uma pequena castanha da África tropical. Seu nome completo: noz de cola. São, na verdade, duas espécies de árvores chamadas coleiras - Cola acuminata e Cola nitida -, que pertencem à mesma família do cacau (as esterculiáceas). Estimulante natural, rica em cafeína, a cola sempre foi utilizada pelos povos africanos, que a deixam secar ao sol para depois mastigá-la antes das refeições, como digestivo, ou então para combater a fome e o cansaço. Até como moeda de troca ela chegou a ser adotada por certas tribos. Mas, segundo o engenheiro Roberto Moretti, do Departamento de Tecnologia da Faculdade de Engenharia de Alimentação da Universidade de Campinas, Unicamp, a quantidade de cafeína que entra na composição do refrigerante é quase insignificante. Além disso, nos dias de hoje o uso da castanha na fórmula da bebida já foi totalmente substituído por produtos químicos sintetizados em laboratório, que apenas simulam o gosto e o cheiro da noz de cola.


(texto publicado na revista Super Interessante nº 11 - ano 14 - novembro de 2000)

Diabetes e obesidade - Dr. Lair Ribeiro


Entrevista com João Carlos Martins (Programa A Máquina)


Entrevista com João Carlos Martins (Canal Livre)








Entrevista com João Carlos Martins (1976) - Concerto para piano


Exemplo de superação: João Carlos Martins toca ao piano "Eu sei que vou te amar" (Programa do Jô)


5 sinais de que sua vida está mudando para melhor (mesmo que não pareça) - Luiza Fletcher


1. Você se sente perdido

Quando sua vida está passando por grandes mudanças, você pode sentir-se às vezes como se estivesse perdido. Como se não soubesse mais quem é. Você não tem mais certeza se está feliz ou infeliz. Não se preocupe, esse sentimento de estar perdido é perfeitamente normal.



2. Você vê apenas problemas
Quando sua vida está mudando, parecem surgir problemas de todos os lados. Seus problemas tornam-se muito mais aparentes do que suas soluções. Mas não se preocupe, as soluções virão. Não fique desanimado. Pense criativamente.


3. Você se sente autoconsciente

Você pode começar a sentir-se autoconsciente quando sua vida começa o processo de mudança. Provavelmente está se transformando em alguém que não era antes, e pode não ter certeza de como os outros vão percebê-lo. Mas não fique preocupado com os julgamentos dos demais. Você está mudando para si mesmo, não para eles.

4. Você vê o que não quer

Quando sua vida começa a mudar, nem sempre é sobre ver o que quer e ir atrás. Parte do que você está vendo é exatamente o que não quer. E isso é tão importante quanto saber o que você quer.

5. As emoções se elevam

Quando a vida começa a mudar, suas emoções podem, certamente, ficar bastante elevadas. Lembre-se de respirar fundo, centrar-se, e se envolver em coisas que te ajudam a se sentir equilibrado.

A idade do ouro e do contrabando - Laurentino Gomes


Infestado de aventureiros, o Brasil respondia pela metade da produção mundial do minério no século 18

Trezentos anos atrás, quem estivesse em busca de aventura e fortuna tinha o Brasil como destino certo. No fim do século 17, a descoberta de ouro e diamante nos aluviões e contrafortes de Minas Gerais sacudiu o marasmo da colônia portuguesa, até então imersa por quase 200 anos na sonolência dos trópicos, e a transformou de repente numa serra Pelada de dimensões continentais. Poucos lugares do mundo foram tão agitados e perigosos nesse período quanto o interior brasileiro.

A data e o local da descoberta do primeiro filão de ouro no Brasil são desconhecidos. O mais provável é que tenha ocorrido entre 1693 e 1695, por aventureiros paulistas que andavam à procura de índios para escravizar na região onde hoje estão as cidades de São João Del Rei e Tiradentes. Pouco tempo depois, em 1697, a notícia já tinha corrido o mundo e aparecia nos relatórios que o governador do Rio de Janeiro enviava à coroa, em Lisboa, nos quais dizia que os garimpos "se estendem de tal modo ao longo do sopé de uma cadeia montanhosa que os mineiros são levados a crer que o ouro nessa região dure uma grande quantidade de tempo".

O governador tinha razão. A região compreendida por Minas Gerais e as províncias vizinhas de Goiás e Mato Grosso, exploradas alguns anos mais tarde, era tão rica em ouro que, de 1700 a 1750, respondeu por metade da produção mundial desse minério. O primeiro carregamento de ouro do Brasil chegou a Lisboa em 1699. Levava meia tonelada. A quantidade foi aumentando até chegar a 25 toneladas em 1720. No total, estima-se que entre mil e 3 mil toneladas de ouro foram levadas à capital do império.

O historiador Tobias Monteiro (1866-1952) estimou que só de Minas Gerais foram despachadas para Portugal cerca de 535 toneladas de ouro entre 1695 e 1817, no valor de 54 milhões de libras esterlinas da época, ou cerca de 12 bilhões de reais corrigidos em 2008. Outros 150 mil quilos de ouro teriam sido contrabandeados no mesmo período, no cálculo de Monteiro. Em 1729, o fluxo de riquezas para a metrópole aumentou ainda mais com a descoberta das jazidas de diamante na colônia. O historiador Pandiá Calógeras (1870-1934) avaliou em 3 milhões de quilates, ou 615 quilos, o total de diamantes extraído no Brasil de meados do século 18 ao começo do século 19.

Como resultado da descoberta de ouro e pedras preciosas, a população da colônia passou de 300 mil para 3 milhões de habitantes em menos de um século. Foi a primeira grande onda migratória para o interior brasileiro. Só de Portugal, entre meio milhão e 800 mil pessoas mudaram-se para o Brasil de 1700 a 1800. Vinha gente de todo lado, "vagabundos e desordeiros, sendo a maioria deles da classe baixa e imorais", afirmou o governador da Bahia em 1701. Outra testemunha, um padre jesuíta, relatou: "Todos os anos, multidões de portugueses e estrangeiros chegam nas frotas para partir para as minas. Das cidades, vilas, plantações e interior do Brasil vêm brancos, mestiços e negros juntamente com muitos ameríndios contratados pelos paulistas".

Num cenário como esse, as confusões eram inevitáveis. A primeira, e mais importante, ficou conhecida como a Guerra dos Emboabas, na qual um grupo de paulistas foi massacrado, em 1709, por portugueses que vinham da Bahia e do interior de Minas Gerais. Em 1720, uma revolta contra o governador de Vila Rica teve de ser duramente reprimida pela coroa. A tensão continuaria até bem depois de esgotada a capacidade de produção das minas e resultaria na Inconfidência Mineira, de 1792.

Terra revirada

No auge da prosperidade, Vila Rica chegou a ser a maior cidade do Brasil, com 100 mil habitantes. O geólogo alemão Von Eschwege (1777-1855) contabilizou que no começo do século 19 ainda havia na colônia 555 minas de ouro e diamantes, que empregavam 6 662 trabalhadores, dos quais 6 493 eram escravos. A terra foi devastada pela atividade mineradora. "Por todos os lados, tínhamos sob os olhos os vestígios aflitivos das lavagens, vastas extensões de terra revolvida e montes de cascalho", descreveu o botânico Auguste de Saint-Hilaire (1779-1853) ao percorrer o interior de Minas Gerais. "Tanto quanto a vista alcança, está a terra toda revirada por mãos humanas, de tanto que o sonhado lucro excitou o desejo de trabalhar."

O controle sobre a mineração era rigoroso. Uma lei de 1733 proibia a abertura de estradas como forma de combater o contrabando, facilitando a fiscalização por parte dos funcionários portugueses. O ouro devia ser entregue às casas autorizadas de fundição de cada distrito, onde se cobravam os direitos da coroa. Um quinto, ou seja, 20% do minério em pó era reservado ao rei. Outros 18% pagos às casas de cunhagem. O restante ficava com os garimpeiros na forma de barras marcadas com seu peso, quilate, número e as armas do rei, além de um certificado que lhe permitia entrar em circulação.

Para facilitar o comércio, autorizava-se também a circulação de ouro em pó, em pequenas quantidades, usadas em pagamentos nas compras do dia-a-dia. Além do controle feito nas casas de fundições, havia postos de vigilância nas estradas, especialmente entre as minas e o litoral, onde uma guarnição militar tinha autorização para revistar qualquer pessoa. A punição para os contrabandistas era drástica: prisão, confisco de todos os bens e deportação para a África.

O contrabando dominava boa parte do comércio da colônia, apesar das tentativas de combatê-lo. O historiador Francisco Adolfo de Varnhagen (1816-1878) calculou em 40% o total do ouro desviado de forma ilegal. Metais e pedras preciosas escoavam pelo rio da Prata rumo a Buenos Aires. Curiosamente, a mesma região, na fronteira com o Paraguai, ainda convive com o contrabando. A diferença é que agora por ali circulam clandestinamente pacotes de cigarros, artigos eletrônicos e bugigangas chinesas.



(texto publicado na revista Aventuras na História edição 64 - novembro de 2008)

Inquilinos do corpo - Daniel Schneider


Você não é você. Você é mais que você. Além de 30 trilhões de células próprias, um corpo saudável abriga 100 trilhões de microorganismos de até 100 mil espécies, Para chamar seu corpo de lar, doce lar, eles pagam um aluguel e tanto: digerem sua comida, produzem vitaminas e o protegem de doenças.

Limpadores

Onde: Olhos
Quem: S. epidermidis

Defendendo o território contra invasores, essa bactéria ajuda as lágrimas na faxina da conjuntiva, a membrana que reveste os olhos.

Fabricantes de cera

Onde: Ouvidos
Quem: S. epidermidis

Junto com a Corynebacterium, produz um pouco de cera - a maior parte, fabricada por glândulas no canal do ouvido, tem enzimas antibacterianas.

Dedetizadores

Onde: Nariz
Quem: S. epidermidis

Aqui, a onipresente bactéria das áreas externas ajuda na defesa do corpo. Sua simples presença inibe ataques de bactérias de pneumonia.

Pedreiros

Onde: Boca
Quem: Várias bactérias

Cada ml de saliva contém 100 milhões de bactérias! A comida acumulada traz espécies como Bacteroides, que causam placas e cáries nos dentes.

Professores

Onde: Garganta
Quem: Streptococcus

A presença dessas bactérias em pequena quantidade estimula as células do sistema imunológico a combater organismos invasores.

Perfuradores

Onde: Estômago
Quem: H. pylori

O ácido clorídrico costuma matar tudo. Mas a bactéria Helycobacter pylori às vezes resiste e provoca feridas na parede do estômago.

Mineradores

Onde: intestino delgado
Quem: Bactérias

As poucas bactérias que sobrevivem ao muco antimicrobial absorvem nutrientes que o corpo não utiliza. Se aumentarem, causam diarreia.

Fabricantes de dejetos

Onde: intestino grosso
Quem: Bactérias

Quilos de bactérias comem o que o corpo não absorve (fibras e celulose). Na fermentação, produzem metade do peso das fezes e os gases do cocô.

Seguranças

Onde: Pele
Quem: Várias bactérias

Alimentando-se de gordura (o sebo da pele), 3 tipos de bactérias liberam substâncias que agem como antibióticos, impedindo a vinda de organismos nocivos.

Turistas

Onde: Genitais
Quem: Lactobacillus

No pênis, os microorganismos só passam pelo local e são logo expulsos pela urina. Na vagina, a bactéria Lactobacillus deixa o ambiente ácido e protege contra candidíase.


(texto publicado na revista Super Interessante edição 248 - janeiro de 2008)

segunda-feira, 30 de maio de 2016

Palestra sobre os 20 anos da Lei da Propriedade Industrial - Leandro Karnal


Fazer a coisa certa deixa a mente tranquila: por isso nunca se culpe de tê-la feito - Sílvia Marques (Portal Raízes)


Nunca se culpe por ter amado. Por ter confiado. Por ter ajudado. Nunca se culpe por acreditar na bondade humana, na amizade verdadeira, no amor eterno. Nunca se culpe por pagar as contas em dia, ser dedicado ao seu trabalho, honrar seus compromissos. Nunca se culpe por dizer a verdade construtiva e pregar pequenas mentiras a fim de não magoar as pessoas. Nunca se culpe por algo que não deu certo apesar de todo empenho empregado. Nunca se culpe por fazer a coisa que acreditou ser a certa.

Amou e não foi amado? Paciência. Acreditou que tinha um amigo de verdade e não tinha? Azar do falso amigo que perdeu o seu carinho e atenção. Ajudou alguém e recebeu ingratidão? O problema não está com você com certeza.

Por alguma razão que não sei explicar algumas pessoas ficam ressentidas quando são amparadas e transformam o gesto de carinho em uma arma contra quem as ajudou. Uma espécie de sentimento de inferioridade. Uma raiva forte por ter dependido da bondade alheia. A tristeza por deparar-se com as próprias limitações. Limitações comuns à raça humana. Ninguém é autossuficiente.

Se o outro mentiu, não é você que deve se sentir magoado. Se o outro foi desleal, não é você que deve se sentir traído. Se o outro foi ingrato, não é você que deve se sentir tolo. Tolo é quem não consegue ver a beleza da solidariedade. Tolo é quem acha perda de tempo ajudar as pessoas. Tolo é quem se acha superior aos outros, autossuficiente. Tolo é quem ignora o sofrimento alheio. Tolo é que nunca se permitiu acreditar em nada e deixa a vida passar sem cor, sem odor, sem gosto.

Pode soar como loucura ou poesia barata, mas tolice é deixar de viver, de amar, de acreditar, de se entregar aos sentimentos, sensações e desafios da vida. Tolice é deixar de amar por medo de ser desprezado. Tolice é deixar de fazer uma prova por medo de ser reprovado. Tolice é deixar de fazer um convite por medo de ouvir um não. Tolice é dizer que nada muda no mundo por preguiça de arregaçar as mangas.

Sim, estamos no mundo para sofrer por amor, para sermos enganados por nós mesmos e pelos outros, manipulados, ignorados, mas também amados, queridos, acolhidos. Estamos no mundo para rir de nós mesmos, da nossa ingenuidade, dos absurdos que dizemos quando estamos tristes, confusos e sozinhos.

Estamos no mundo para ganhar e perder. Ganhar aprendizado perdendo o que julgamos mais querer. Estamos no mundo ao sabor das intempéries da natureza e precisamos aprender a nadar na marra quando formos arremessados no mar das incertezas. Viver é não saber. É não entender. É perdoar …é se perdoar e seguir em frente. Nunca se culpe por fazer a coisa certa.

10 atitudes de um homem louco de amor por uma mulher (O Segredo)



Os homens, geralmente, manifestam seus sentimentos de forma diferente das mulheres, assim, muitas vezes, elas ficam cheias de dúvidas.

Mas o fato é que quando interessados, mesmo que sejam tímidos, costumam investir de forma contundente, pois não são exímios em controlar seus impulsos.

Claro que cada homem tem seu próprio modo de seduzir, mas vale pensar em algumas atitudes que costumam demonstrar que eles estão apaixonados:

1- Ele é muito atencioso

Um homem apaixonado está sempre buscando uma forma de cortejar sua amada. Assim, observe se ele olha nos seus olhos e fala diretamente com você, mesmo que a conversa tenha a participação de outras pessoas. Em qualquer circunstância, o apaixonado direcionará sua atenção para você.


2- Prioriza o tempo com você

Nada é mais importante para um homem apaixonado do que estar com a mulher que lhe provoca paixão. Claro que ele tem seus próprios afazeres e diversões, mas manifesta o quanto é importante estar com você, demonstrando grande alegria quando vê você.

3- Tenta impressionar

Um homem que deseja conquistar uma mulher vai tentar impressioná-la fazendo e contando coisas que instiguem a admiração dela. A ideia é fazer com que o alvo de sua paixão sinta que ele é especial.

4- Procura chamar atenção

Todo apaixonado deseja a atenção para si, então costuma provocar, mesmo que seja com brincadeiras ou apelidos. Ele deseja tirar sorrisos de você, saber se está agradando. É um jogo de charme que espera retorno; algo que faça com que ele sinta que provoca você.

5- Elogia muito

Estando apaixonado ele vai notar qualquer detalhe para elogiar você desde sua beleza ou o que está usando até a sua inteligência e forma de ser. Um homem apaixonado pode ser muito observador; isso faz parte da conquista.

6- Encontra formas de presentear

Galanteador nato, homens mostram interesse quando arrumam qualquer desculpa para um presentinho, mesmo que seja uma singela flor. Dar presente é uma forma de demonstrar que o interesse é mesmo para valer.

7- Sente ciúmes

Ele não vai querer dividir sua atenção com outro e vai se sentir incomodado quando isso acontece. A paixão é exclusivista e provoca insegurança, principalmente na fase da conquista, ele procurará uma forma de afastar qualquer concorrência.

8- Fala de si mesmo

Os homens têm certa dificuldade em falar de si mesmo, normalmente só o fazem quando sentem confiança na outra pessoa. Isso é um indício que ele está levando a sério o relacionamento de vocês.

9- Quer apresentá-la aos amigos e familiares

Uma atitude que claramente demonstra ele estar realmente envolvido com você é querer apresentá-la ao mundo dele, isso inclui amigos e familiares. E, certamente, vai demonstrar orgulho ao fazer isso.

10- Inclui você em projetos futuros

Faz convite para eventos, jantares e festas demonstrando compromisso com você. Sem dúvida o maior indício de que um homem está apaixonado diz respeito aos planos que faz para o futuro incluindo você.

A paixão cumpre um papel muito importante para a aproximação do casal; sendo o primeiro passo em direção de uma vida em comum. Com o tempo é natural que esse sentimento dê lugar a outro, mais amadurecido e sólido, que é o amor.Balancear amor e paixão é encontrar a medida certa para um relacionamento duradouro, saudável e feliz.

Valorize quem te enxerga quando você se sente invisível - Marcel Camargo (Conti Outra)


“É preciso que consigamos manter junto de nossas vidas gente que faz a diferença, que acredita em nós, dando-nos as mãos para comemorar, para consolar e para nos guiar em direção à luz, ao amanhecer de nossa alma.”

Um dos melhores conselhos que podemos levar conosco diz respeito à necessidade de cultivarmos as nossas amizades mais especiais, de amarmos de volta quem nos ama verdadeiramente, porque com eles poderemos sempre contar, sem sobra de dúvida. Mesmo assim, muitas vezes acabamos mantendo perto de nós quem não faz a mínima questão de estar ali, quem não soma nada, de quem, na verdade, deveríamos nos afastar.

A vida hoje se constitui, em grande parte, de valores ilusórios, em que as aparências são supervalorizadas, em detrimento da essência, dos sentimentos, prevalecendo o material sobre o espiritual. Com isso, somos atraídos pelo que as pessoas possam oferecer em termos de status, popularidade, conforto material, relegando a segundo plano o que nos é mais caro: a afetividade, o sentimento, a verdade de cada um.

E, assim, muitas vezes nos esquecemos das amizades sinceras, partindo em busca das mais interessantes; não enxergamos quem nos ama com verdade, pois procuramos alguém cuja imagem seja mais condizente com a estética ideal; perdemos grandes oportunidades de nos realizarmos profissionalmente, enquanto ansiamos por empregos rentáveis. Quanto mais nos apegarmos ao externo, mais nos perderemos daquilo que somos de fato, dentro de nós.

Da mesma forma, vamos nos afastando de quem nos faz bem, de quem nos abre sorrisos sinceros, de quem completaria nossa vida em todos os sentidos, na dor, no contentamento, no amor. Já disse Exupéry ser o essencial invisível aos olhos, posto que tudo de que nossa alma precisa não se compra, pois não tem preço. E, sem que alimentemos a nossa essência, permaneceremos vazios e incompletos, ainda que estejamos rodeados de luxo.

Por isso é tão difícil amar. O amor não permanece no que não é verdadeiro, não se sustenta no que é apenas aparente. O amor precisa de essência, daquilo que não se compra, não se comercializa, não se corrompe. O amor não se veste com grifes, tampouco acompanha relacionamentos interesseiros, ou se impressiona com corpos perfeitos. Amor é entrega e reciprocidade, amor vem de dentro e ali se instala, na sinceridade de corações transparentes.

É preciso que consigamos manter junto de nossas vidas gente que faz a diferença, que acredita em nós, dando-nos as mãos para comemorar, para consolar e para nos guiar em direção à luz, ao amanhecer de nossa alma. É preciso que nos acomodemos nos ambientes em que, mais do que conforto, haja sorrisos sinceros e admiração mútua, onde podemos ser e aparentar tudo o que temos dentro de nós e mesmo assim obter aceitação sincera.

Nada nos fará mais falta na vida do que tudo aquilo que pudemos ter sem precisar comprar, porque é isso que nos acalentará durante as duras despedidas que a vida nos obriga a vivenciar. Porque então o amor vencerá tudo, até mesmo a dor da morte.

domingo, 29 de maio de 2016

O cérebro só reconhece o que já conhece - Aldo Novak


Aldo Novak mostra que não são as coincidências que criam sonhos


O sofrimento na nossa cultura do sucesso - Maria Lívia Tourinho Moretto (Café Filosófico)


Praticamente brasileiro: entrevista com Ricardo Pereira


Entrevista com o ator português Paulo Rocha (o Dino de Totalmente Demais) (Programa do Jô)


White Oleander (Deixe-me viver) - filme com Michelle Pfeiffer (áudio em inglês sem legendas)


sexta-feira, 27 de maio de 2016

12 leis da gratidão pouco conhecidas (que vão mudar sua vida) - Luiza Fletcher (O Segredo)


1. Quanto mais você está em um estado de gratidão, mais vai atrair coisas pelas quais ser grato

Seja grato pelo que você tem, e vai acabar tendo mais.

Foque. 

2. Ser feliz nem sempre vai te fazer grato, mas ser grato sempre vai te fazer feliz

É quase impossível apreciar um momento sinceramente e olhar severamente ao mesmo tempo.

Ser feliz agora não significa que você não deseja mais, significa que você é grato pelo que tem e paciente para o que ainda está por vir.

3. Gratidão fomenta o verdadeiro perdão, que é quando você pode sinceramente dizer: “Obrigado por essa experiência.”

Não faz sentido condenar ou lamentar uma lição de vida importante.

Gratidão traz um sentido para o ontem, paz para o presente, e cria uma visão positiva para o amanhã.

4. Você nunca precisa mais do que tem em um dado momento

Tem sido dito que a mais elevada forma de oração é dar graças. Em vez de orar “para” as coisas, dê graças por aquilo que você já tem.

Quando a vida lhe dá toda a razão de ser negativo, pense em uma boa razão para ser positivo. Há sempre algo pelo qual ser grato.

5. A gratidão inclui tudo

Dias bons dão-lhe felicidade e dias ruins dão-lhe sabedoria. Ambos são essenciais.

Porque todas as coisas têm contribuído para o seu avanço, você deve incluir todas as coisas em sua gratidão. Isto é especialmente verdadeiro em seus relacionamentos. Nós nos encontramos com pessoas comuns em nossas vidas; mas se você lhes der uma chance, todas elas têm algo importante para lhe ensinar.

6. O que você tem para ser grato no presente, muda

Seja grato por tudo que você tem agora, porque nunca sabe o que acontecerá em seguida. O que você tem acabará por ser o que você tinha.

A vida muda a cada dia, e suas bênçãos irão gradualmente mudar junto com ela.

7. A mente grata nunca toma coisas como garantidas

O que separa privilégio de benefício é a gratidão.

A circunstância (ou pessoa) que você toma por garantida hoje pode vir a ser a única da qual você precise amanhã.

8. Enquanto você expressa sua gratidão, não deve esquecer que a maior valorização não é simplesmente proferir palavras, mas vivê-las diariamente

O que mais importa não é o que você diz, mas como você vive.

Não basta dizer que, mostre. Não basta prometer, prove.

9. Gratidão inclui retribuição

Na agitação da vida cotidiana, quase não percebemos que recebemos muito mais do que damos, e a vida não pode ser rica sem essa gratidão.

É tão fácil superestimar a importância de nossas próprias conquistas em comparação com o que temos com o auxílio de outros.

10. A maior homenagem às pessoas e circunstâncias que você perdeu não é tristeza, mas a gratidão

Só porque alguma coisa não durou para sempre, não significa que não foi o maior presente que se possa imaginar.

Seja grato porque seus caminhos se cruzaram e por ter tido a oportunidade de experimentar algo maravilhoso.

11. Para ser verdadeiramente grato, você deve estar realmente presente

Conte as bênçãos em sua vida, e comece com a respiração você está realizando agora.

Muitas vezes esquecemos que o maior milagre não é andar sobre a água; o maior milagre é caminhar sobre a terra verde, habitando profundamente no momento presente, apreciando-o e sentindo-se completamente vivo.

12. Abandonar o controle multiplica o potencial de gratidão

Às vezes, investimos muita força para tentarmos controlar cada aspecto de nossas vidas que completamente nos perdemos no caminho.

Aprenda a deixar ir, relaxar um pouco e pegar o caminho que a vida leva até você às vezes. Tente algo novo, seja destemido, mas acima de tudo, faça o seu melhor e fique bem com isso. 
Abandonar expectativas desnecessárias permite que você realmente experimente o inesperado. E as maiores alegrias na vida são muitas vezes as surpresas inesperadas e oportunidades que você nunca previu. Pelo o que você é grato hoje? Como a gratidão afeta a sua vida? 

Traduzido pela equipe de O Segredo

quinta-feira, 26 de maio de 2016

9 coisas que você nunca deve dizer para quem perdeu alguém - Cynthia de Almeida (Vamos falar sobre o luto?)


Você convive com alguém que perdeu uma pessoa querida e não sabe o que fazer? Especialistas em luto falam sobre o que NÃO dizer e dão dicas preciosas para fugir das frases protocolares e trazer acolhimento

Quando alguém morre, temos todos uma noção clara do que fazer: vamos ao funeral, enviamos flores ou cartões de pêsames, fazemos visitas aos familiares. Passado o primeiro momento, o roteiro se torna menos claro e então passamos a improvisar, nem sempre com o resultado que imaginamos. Nesta matéria publicada pela revista americana Real Simple, especialistas em luto dão 9 dicas sobre o que NÃO dizer (e as sugestões do que seria melhor em seu lugar ) para quem perdeu uma pessoa querida.

1- O que NÃO dizer: “Como você está?”

Quando você diz essa frase protocolar é como se você estivesse dizendo: “Por favor, diga que está bem, porque vou me sentir muito desconfortável se você disser que não está”. Por isso, diante dessa pergunta, a pessoa provavelmente responderá “estou bem” ou “estou ok” ao invés de realmente expressar os seus sentimentos.

Melhor dizer: “Deve ser realmente difícil para você neste momento”. Assim, você reconhece que a pessoa está passando por um momento doloroso. E não subestima seus sentimentos, dando a ela a chance de sofrer seu luto sem cobranças.

2- O que NÃO dizer: ‘Ele/ela está em um lugar melhor”- Neste momento tão perturbador, é melhor tomar cuidado antes de assumir que o enlutado tem ou não algum tipo de crença pós-morte. Esta frase pode desvalorizar a dor que a pessoa está sentindo. O ente querido se foi e não está mais ao seu lado: é isso que é o mais difícil sobre as perdas.

Melhor dizer: “Sinto pelo seu sofrimento”. Quem perdeu alguém que estava doente pode gostar que seu ente querido não sofra mais, mas isso não torna sua dor menor. Foque em quem está sofrendo naquele momento.

3- O que NÃO dizer: “Diga se há algo que eu possa fazer por você”. Receber muitas ofertas de ajuda pode ser opressor. E coloca sobre o enlutado a responsabilidade de escolher o que pedir a quem.

Melhor dizer: “Eu vou ajudar fazendo suas compras de supermercado, levando as crianças para a escola, trazendo o jantar hoje.. As pessoas tendem a aceitar ajudas específicas mais facilmente do que ofertas genéricas.

4- O que NÃO dizer : “Você ainda pode…” Se alguém perdeu um parceiro ou um filho, dizer que você ainda pode casar outra vez ou ter outro filho pretende fazer com que a pessoa veja algum horizonte melhor mais adiante. No entanto, o que a pessoa entende com essa frase é que a pessoa que se foi é substituível e isso toca em um dos seus maiores medos: o de pensar que um dia aquela pessoa amada que se foi não terá a mesma importância.

Melhor dizer: “Fale sobre o seu amor”. Ao invés de focar no futuro, permita que a pessoa compartilhe memórias do ente amado e seja um ouvinte ativo.

5- O que NÃO dizer: “Eu sei o que você está sentindo”. Embora todos nós em algum momento tenhamos uma experiência de perda, ela é sempre absolutamente pessoal. Você nunca sabe o que a pessoa enlutada está sentindo e sugerir isso pode fazê-la sentir que sua dor é subestimada.

Melhor dizer: “Eu posso imaginar o que você está sentindo”. É melhor dar ao enlutado a chance de dizer como ela de fato se sente do que falar por ela.

6- O que NÃO dizer: “Isto acontece com todos nós em algum momento”. Sim, a morte é parte da vida e vai nos atingir em determinado ponto. Mas essa frase apenas minimiza a dor da perda que a pessoa está sofrendo naquela hora e não ajuda em nada.

Melhor dizer: “Você deve sentir muita falta dele”. A perda de uma pessoa é a fonte da dor. Foque nela, ao invés de varrê-la para o lado como se ela fosse apenas um aspecto não negociável da nossa existência.

7- O que NÃO dizer: “Ele (ou ela) ia preferir que fosse assim”. A não ser que a pessoa que partiu tenha deixado instruções claras sobre como desejava o seu funeral, não há como saber as suas preferências. Falar pelo falecido pode gerar discussões desnecessárias entre amigos e familiares que tem diferentes pontos de vista sobre o que a pessoa que partiu realmente queria.

Melhor dizer: “Eu gostaria de homenageá-la assim”. Use suas próprias memórias sobre a pessoa e prefira falar do relacionamento entre vocês do que falar como a pessoa era de forma absoluta.

8- O que NÃO dizer: “Você está lidando com isto melhor do que eu esperava”. O enlutado pode estar apenas vestindo “uma cara feliz” e sua afirmação pode reforçar a ideia de que ele ou ela não deveriam estar sofrendo tanto pela perda da pessoa amada.

Melhor dizer: “Você não deve estar bem, mas isso é OK” De à pessoa a liberdade de se sentir como quiser – mesmo se já houver passado algum tempo desde a morte da pessoa amada, é reconfortante reconhecer que cada momento sem eles pode ser difícil.

9- O que NUNCA dizer: Nada

Muitas pessoas não dizem nada ao enlutado e nunca mencionam o nome da pessoa que morreu porque se sentem desconfortáveis.

Muito Melhor: “Lembra quando?” Uma das coisas que mais ajudam uma pessoa enlutada é dividir a memória de seu ente querido, mesmo quando você não faz parte de seu círculo mais íntimo. Ao falar algo que vivenciou com aquele que partiu você dá ao enlutado uma perspectiva sobre seu amado que ele não poderia ter de outra maneira. E isso é muito bom.

Ética e convivência - Mario Sergio Cortella


Diário de vida: chuva e falta de luz elétrica


Há dez dias ficamos sem energia elétrica das 17h00 até às 23h30. Achei bem estranho, mas logo me acostumei. Como temos um oratório em casa nunca ficamos sem velas e acendi duas colocando-as nos devidos candelabros. Aproveitei para ir visitar a Idalba que mora na casa ao lado e depois fomos visitar uma outra vizinha que iria viajar no dia seguinte. Como ela só tinha uma vela, fui levar-lhe algumas porque não sabia então a que horas a luz iria voltar. Ainda bem que a energia elétrica não acabou na rua, só nas casas. O que foi interessante é que me senti voltando à minha infância quando podia ficar na rua à noite sem problemas, em uma época tranquila em que  brincávamos de pega-pega, esconde-esconde, mãe-da-rua, amarelinha, etc. no meio da rua. Fiquei pensando se conseguiria ficar sem TV e sem internet por algum tempo e percebi que sim. Iria aproveitar para colocar a leitura em dia. Devo confessar que tenho mais livros não lidos que lidos. 

Vou transcrever em seguida a crônica escrita pelo Denis Russo Burgierman 

Uma coisa terrível

As crianças não brincam mais nas ruas do bairro. Isso prejudica seu desenvolvimento - e o da sociedade

Tem uma coisa terrível acontecendo nas nossas cidades: as crianças sumiram das ruas. Não há mais meninos brincando de pega-pega nas calçadas, derrubando os embrulhos dos passantes. A trilha sonora do espaço público não é mais pontuada pelos gritos agudos da molecada. Não há mais garotos e garotas passando de bicicleta ou de patinete.

Mas o mais assustador é a sensação de que quase todo mundo acha normal que seja assim. O trânsito e a calçada foram ficando cada dia um tiquinho mais violentos, até que chegamos ao ponto em que um pai ou uma mãe que permita que o filho pequeno saia sozinho hoje é tido pela vizinhança como um maluco irresponsável.

O que não estamos percebendo é que as consequências desse êxodo infantil são muitas, e muito graves. Sem crianças, as ruas tendem a ficar ainda mais perigosas. Afinal, onde há crianças há também pais e mães espiando de longe pela janela - um fator essencial para a segurança do espaço público. Sem falar que nós, humanos, somos geneticamente programados para ter cuidado quando há crianças pequenas por perto. Sua ausência embrutece a rua para todo mundo.

Além de piorar a segurança, a fuga das crianças afeta a saúde da população, em diferentes faixas  etárias. Pesquisas mostram que um moleque que anda de bicicleta por meia hora ao dia reduz dramaticamente suas chances de sofrer das chamadas "doenças de estilo de vida" (diabetes, câncer, doenças cardíacas, entre outras).

Não brincar na rua atrapalha até o desenvolvimento cognitivo da gurizada. É bem sabido que crianças que só se locomovem de carro prejudicam suas capacidades espaciais e sociais. Uma pesquisa feita na Holanda mostrou que alunos que vão à escola a pé ou de bicicleta prestam mais atenção na aula e aprendem mais.

Semana passada instalei uma cadeirinha na minha bicicleta e fui pedalar com Aurora, minha filhota de 1 ano. Saí de casa morrendo de medo, claro, afinal o trânsito já é assustador para mim. Mas, assim que dobrei a primeira esquina, vi a imagem dela refletida numa vitrine e percebi sua expressão de maravilhamento. Ficou claro para mim que é minha obrigação como pai expô-la à rua. É parte de seu desenvolvimento, assim como aprender a comer, a andar, a se relacionar.

Naquele dia, passeando pela cidade, vi vários sinais de que a população está retomando o espaço público. Voltei para casa no final da tarde, com Aurora exausta e feliz, e a esperança de que ela vai crescer numa cidade em cujas calçadas será possível brincar.



(texto publicado na revista Vida Simples edição 150 - setembro de 2014)

Acabe com as formigas em casa!


No inverno, esses insetos procuram refúgio dentro das casas e movimentam-se à noite à procura de alimentos, principalmente na cozinha. Saiba como se proteger desses ataques com as dicas de Francisco Antonio Theodoro Neto, supervisor técnico da Osaka Controle de Pragas e Desentupimento.

- Identifique a origem do percurso das formigas e tape os orifícios, fendas e rachaduras.

- Cuide da limpeza da casa diariamente com água e vinagre.

- Mantenha alimentos cobertos e protegidos ou em recipientes elados. 

- Não deixe expostos restos de comida ou líquidos: limpe-os imediatamente.

- Conserve latas de lixo tampadas.

- Lave sempre os potes de comida dos animais.

- Coloque barreiras defensivas como talco de bebê, sal, marcas de giz, cascas de laranja, canela em pó e borra de café.

- Use cheiros para afugentar as formigas, como: cravo da índia, limão, pimenta-caiena e hortelã-pimenta.

- Nunca use veneno industrializado por conta própria, pois os formicidas podem se espalhar no ambiente domésteico e envenenar a família e os animais domésticos.

- Se nada der certo, a saída é procurar uma empresa especializada no controle de pragas.



(texto publicado na revista Malu nº 725 - ano 18 - 20 de maio de 2016)

Não se desespere - Mario Sergio Cortella


Entenda porque pessoas do tipo O são simplesmente as mais especiais - André Quincas (Fatos Desconhecidos)


Existem questões curiosas acerca da questão da tipagem sanguínea. Você deve saber quais são os grupos sanguíneos, mas você sabia que os tipos sanguíneos combinados dão resultados muito específicos e que é difícil fugir a essa regra? Por exemplo, uma mãe que tenha tipo A+ e um pai que seja A+ só podem gerar um filho A+.

Os testes de tipagem sanguínea são realizados por profissionais biomédicos que identificam qual é o tipo e fator RH em um indivíduo para realizar transfusões sanguíneas. Inclusive você já leu aqui na Fatos o que acontece no caso de você receber uma transfusão de sangue errado, agora queremos te chamar atenção para os indivíduos do grupo sanguíneo “O”.

Um estudo publicado pela revista científica Plos One, revelou que, pessoas com o tipo sanguíneo “O”, têm menos risco de terem problemas cardiovasculares, como AVC, arritmia ou ataques cardíacos. Eles são ainda menos propensos a morrerem pela malária, e também a desenvolverem certos tipos de câncer, como pâncreas ou câncer gástrico. E não para por aí.

Outro estudo, realizado pela Universidade de Sheffield, indica que os indivíduos do tipo “O” têm mais massa cinzenta na divisão posterior do cerebelo. Em comparação com aqueles nos outros grupos, as pessoas do grupo “O” têm mais massa na parte temporal e límbica do cérebro, que são as primeiras regiões a sofrerem degeneração pelo Alzheimer.

Não bastassem essas boas novidades vindas da comunidade científica, têm o livro dos anos 70 de um jornalista japonês que, sem metodologia científica, indicava que as pessoas de cada grupo sanguíneo possuem características comuns, como nos signos do zodíaco. Assim, os indivíduos do Grupo “A” são organizados e pontuais, os “B” são cautelosos e caprichosos e os “AB” voláteis, geniais e diplomáticos.

Pela teoria do “Ketsueki Gata”, os indivíduos do grupo “O” são descontraídos, líderes natos, teimosos, diretos e populares. Eles gostam de atenção e são geralmente pessoas criativas, determinadas e ousadas. Buscam o poder, são cheias de sonhos e vão atrás de seus objetivos com determinação.

Seriam por isso, pessoas do grupo sanguíneo “O” tão raras? Os do grupo “O-” por exemplo, são apenas 7% da população, ao passo que o grupo A+ representa 36%. Além de ser o mais raro, outra vantagem sobre o “O-” é que qualquer pessoa pode recebê-lo.

Qual é seu tipo sanguíneo?

Dying to be me - Anita Moorjani


quarta-feira, 25 de maio de 2016

Se não quiser adoecer fale de seus sentimentos (Conti Outra)


Emoções e sentimentos que são escondidos, reprimidos, acabam em doenças como gastrite, úlcera, dores lombares, dor na coluna.

Com o tempo, a repressão dos sentimentos, a mágoa, a tristeza, a decepção degenera até em câncer.

Então, vamos confidenciar, desabafar, partilhar nossa intimidade, nossos desejos, nossos pecados.

O diálogo, a fala, a palavra é um poderoso remédio e poderosa terapia.

Se não quiser adoecer – “tome decisão”.

A pessoa indecisa permanece na dúvida, na ansiedade, na angústia.

A indecisão acumula problemas, preocupações, agressões.

A história humana é feita de decisões. Para decidir, é preciso saber renunciar, saber perder vantagens e valores para ganhar outros.

As pessoas indecisas são vítimas de doenças nervosas, gástricas e problemas de pele.

Se não quiser adoecer – “busque soluções”.

Pessoas negativas não enxergam soluções e aumentam os problemas. Preferem a lamentação, a murmuração, o pessimismo.

Melhor acender o fósforo que lamentar a escuridão. Somos o que pensamos. O pensamento negativo gera energia negativa que se transforma em doença.

Pequena é a abelha, mas produz o que de mais doce existe.

Se não quiser adoecer – “não viva sempre triste”.

O bom humor, a risada, o lazer, a alegria, recuperam a saúde e trazem a vida longa. A pessoa alegre tem o dom de alegrar o ambiente em que vive.

Se não quiser adoecer – “não viva de aparências”.

Quem esconde a realidade, finge, faz pose, quer sempre dar a impressão de estar bem, quer mostrar-se perfeito, bonzinho etc. Está acumulando toneladas de peso… Uma estátua de bronze, mas com pés de barro.

Se não quiser adoecer – “aceite-se”.

A rejeição de si próprio, a ausência de auto-estima faz com que sejamos algozes de nós mesmos. Ser eu mesmo é o núcleo de uma vida saudável.

Autoria desconhecida


terça-feira, 24 de maio de 2016

Dependência x independência - Dr. Flávio Gikovate


Mulheres admiram homens "fortes" - Dr. Flávio Gikovate


Kryptonita - Diana Corso


Tive todas as oportunidades de emburrecer com a babá eletrônica. Fui uma criança apaixonada pela telinha em preto e branco. Ansiava muito pela hora da tevê começar e me sentia miserável ao término da programação. Dessas extensas jornadas restam muitas memórias, mas uma evocação é insistente: a Kryptonita, proveniente dos desenhos do Superman.

Trata-se de uma arma que era usada contra seus superpoderes. Aproximar dele um fragmento dessa pedra, um mineral verde luminoso, deixava-o indefeso. O mais enigmático é que a Kryptonita era uma das raras coisas provenientes do seu planeta natal, Krypton. Do mesmo lugar de onde se originaram os poderes veio o calcanhar de Aquiles. Essa história sobreviveu na memória por portar uma verdade e um alerta: há um lugar, nossa origem, que determina o que somos, mas é também de onde nossa derrota pode se insinuar.

Não posso omitir a cilada do meu inconsciente: meus dois sobrenomes contêm a palavra "stein" (pedra, em alemão), ou seja, meu passado é uma "pedreira". Mas não só o meu, também o seu, o de todos. A infância, quando os outros são grandes e nós pequenos, é lugar de proteção, mas também de submissão, passividade, medos. O mundo dos pequenos é uma massa escura que não enfrentamos sem uma mão para segurar. Não é fácil lembrar disso. Tornamo-nos fortes e grandes graças ao exílio desse planeta natal da fragilidade. Só ficamos "super" porque crescemos.

Ao voltar à casa dos pais, mesmo velhinhos, sentimos a sensação de que lá o tempo congelou. Perdemos os bons modos, catamos no prato, distraímo-nos ao som da voz da mãe, testamos a força do pai, ficamos irritadiços, por vezes irreconhecíveis. Os lugares do passado são magnéticos, atraem à superfície fragmentos, cacos sobreviventes de outras eras. Atravessar a porta familiar dessa casa é como a queda de Alice no assustador País das Maravilhas. Não é porta, é portal, do outro lado esperam memórias que nos tomam de assalto. Assombrados pelos nossos outros "eus" do passado, descobrimo-nos, como Alice, viajantes surpresos num país de pesadelos, dentro de um corpo que encolhe, espicha e nunca nos abriga direito.

Faz diferença como encaramos e como nos contamos as experiências que vivemos, a mesma história pode ser enquadrada por diversas lentes. Mas nem tudo pode ser posteriormente resgatado, sempre há restos, alguma pedrinha nociva que incomoda. O passado é esse planeta natal, fonte de nossa força e vulnerabilidade.


(texto publicado na revista Vida Simples edição 132 - junho de 2013)

Empatia não é suficiente - Gustavo Gitti


A capacidade de se colocar no lugar do outro é fundamental, mas pode nos esgotar se não for integrada a outras práticas

É uma alegria ouvir mais e mais a palavra "empatia". No entanto, ela tende a ser usada como um guarda-chuva para coisas bem diferentes, às vezes como se fosse algo completo por si só. Com essa linguagem vaga, fica mais difícil reconhecer os processos internos que desejamos estimular quando falamos em empatia. Por isso recomendo a leitura de A Revolução do Altruísmo, do francês Matthieu Ricard (doutor em genética molecular, fotógrafo e monge budista, com grande experiência em integrar neurociência e métodos contemplativos em primeira pessoa), que acabou de ser publicado no Brasil pelas Palas Athena.

Para evidenciar o limite da empatia, Matthieu pesquisou o fenômeno do burnout, exaustão emocional comum entre cuidadores que lidam diariamente com o sofrimento, como profissionais de saúde e agentes sociais. Junto com a psicóloga alemã Tania Singer (diretora do departamento de neurociência social no Instituto Max Planck) e usando ressonância magnética funcional para gerar imagens em tempo real da atividade do cérebro, Matthieu sentiu apenas empatia por uma hora e meia, visualizando cenas de pessoas em sofrimento extremo. O resultado de isolar a empatia foi cansaço, mal-estar, sensação de impotência e o impulso de se distanciar. Logo depois, mantendo o mesmo contato empático com o sofrimento, assim que ele introduziu a prática da compaixão, sua mente se transformou: a aflição se dissipou e surgiu disposição amorosa para ajudar. Eles descobriram que as redes neuronais ativadas pela empatia são bem diferentes das ativadas pela compaixão.

Portanto, não é uma questão de definição teórica, mas de processos que podemos praticar. Empatia é a capacidade de entrar no universo do outro (via imaginação cognitiva ou ressonância afetiva). Amor é o desejo de que todos sejam felizes e encontrem as causas da felicidade - inseparável do altruísmo, a motivação de valorizar e beneficiar os outros. E compaixão é o desejo de que todos não sofram e superem as causas do sofrimento - como diz Matthieu, quando o amor altruísta encontra o sofrimento do outro através da empatia, se torna compaixão.

Para cultivar o altruísmo, é crucial ampliar a capacidade de não se perturbar, de se manter calmo e estável em meio a uma situação com grande potencial aflitivo. Precisamos também de sabedoria ou clareza sobre a realidade, de modo a entender como o sofrimento se constrói e quais métodos podem liberá-lo. Às vezes ajudamos bem mais quando oferecemos o que o outro precisa, não o que diz querer.

O vídeo "Agonia", do grupo de humor Porta dos Fundos, mostra um médico com bastante empatia, mas sem equilíbrio e sem compaixão: ele tem um grande potencial de sentir a dor do outro, porém reage com tanto medo que não consegue sequer manter os olhos abertos, incapaz de realmente ser útil. É parecido com a gente tentando ajudar alguém com depressão, ansiedade ou raiva em meio a experiências que também nos perturbam. Por favor, leia A Revolução do Altruísmo.


(texto publicado na revista Vida Simples edição 160 - julho de 2015)

Ciência e espiritualidade - Padma Samten


Ter a mente aberta, sem se apegar a uma verdade única, é o que nos torna capazes de ver além das aparências

A ciência e a espiritualidade parecem campos longínquos ou mesmo opostos. Há o campo do conhecimento confiável, testado na experiência concreta, reproduzível a qualquer momento. A água ferve a cem graus e congela a zero. Sendo a água, a temperatura e a pressão atmosférica as mesmas, o resultado é igual, em qualquer lugar, a qualquer hora, com qualquer pessoa. Parece não haver espaço para especulações filosóficas, psicológicas e muito menos espirituais no campo da ciência.

Isso é um engano. Em qualquer livro de história da ciência vamos encontrar uma lista enorme de visões que foram respeitáveis e se tornaram ultrapassadas. Como pôde o filósofo René Descartes acreditar que o número de planetas do sistema solar estava associado aos números de sólidos regulares da geometria? Como o pensamento de Aristóteles pôde perdurar por séculos até Galileu Galilei provar que não importa o peso de um objeto, pesado ou leve, todos caem à mesma velocidade?

Sim, existe o papel da mente. Nosso mundo interno dá vida e realidade às aparências que chamamos de mundo externo - mesmo com os cientistas. Quando mudamos dentro, nosso passado muda e também o presente e o futuro. Mudam as explicações, também as fotos, a conexão com as pessoas. Por que elas se transformam sem cessar?

Há a espiritualidade. Buscamos incessantemente a felicidade e queremos superar o sofrimento. Isso nos leva a buscar incessantemente a terra pura e perfeita onde isso seria possível. Como um pássaro, hoje estamos pousados em uma situação e temos um nível de segurança. Ainda assim percebemos a presença do desequilíbrio e da aflição e nos preparamos para voar. Somos seres vagueantes, andarilhos sem descanso e sem rumo seguro. Cientistas, filósofos e psicólogos, curadores e regentes do mundo, todos passam por transformações. Também nascem e morrem. A inevitabilidade dessas mudanças é o ponto que nos une na busca pela transcendência.

Buda mostra que o engano cria as aparências. E essas aparências, quando brotam do engano, são impermanentes. Isso gera satisfação, o que nos leva à mudança.

Há a lucidez. O engano cessa, as aparências surgidas a partir disso se revelam. É a mente que todo cientista sempre buscou: aquela que leva adiante o conhecimento. É ela que vê além do que já existe, que encontra soluções e que é livre das próprias disposições internas.

Há a presença incessante. A mente estável, além das aparências, surge como uma experiência nítida que sempre esteve presente na vida, na morte e nos momentos de mudança. Quando dormimos há uma mente testemunha que não parece presente durante o sonho mas é a que nos relata essas imagens depois. É mais do que a memória, é a ação silenciosa que sustenta a aparência mágica daquelas que nos enganam. Ela mesmo que não aparece nos filmes, nos livros, na vida, mas se esconde nas aparências que produz. Viver é o flutuar por esses campos complementares em sua complexidade e magia em busca da terra pura.



(texto publicado na revista Vida Simples edição 160 - julho de 2015)

Ameaça desconhecida - Lucas Tauil de Freitas


Para mim é fácil agir por instinto, orientar-me pelos sentidos. Pulsa em mim a cultura latina. Já o método, traço forte das culturas germânicas, é um de meus desafios. Reconheço, entretanto, o mérito dos protocolos e da lógica organizada, que marcam as sociedades dominantes.  Percebo a importância do pensamento cartesiano na cultura que nos circunda.

Minha jornada pelo mar me oferece uma troca constante de culturas. A mitologia da sociedade ocidental de consumo permeia quase todas as comunidades, tradicionais ou urbanas. O mito de que a natureza está aqui para nos servir infiltra-se por aí.

Minha rotina nômade não tem a organização do antropólogo, mas leva o olhar do escritor em busca de personagens e enredos. Insisto, aqui, em como me espanta a força do mito único esparramado pelo planeta. Um pouco como a nanopartícula da inteligência artificial que tudo transforma no filme Transcendence, estrelado por Johnny Depp. O mito de que estamos em guerra contra o planeta, de que nossa sobrevivência depende do conflito, expande sem que se perceba.

A sutileza do mito, como pano de fundo, ao invés de reduzir sua força, de fato o impulsiona. Um inimigo desconhecido e invisível é invencível. Olha só, aí vou eu, também na lógica do conflito, ainda por cima a citar Hollywood. É inevitável, nossa cultura cada vez mais massificada é o único meio de expressão que temos. Ou a reconhecemos e identificamos ou jamais seremos capazes de alterá-la.

Ao zarpar da Nova Zelândia, deixamos a cultura Maori, parte da grande cultura polinésia e seus navegadores, que tanto admiro. Foi ao partir da terra Maori, último rincão do planeta a ser ocupado, que aprendi que o futuro não está à nossa frente, mas atrás de nós, pois não podemos vê-lo. Essa cultura tradicional ensina que diante de nós está o passado, as lições e exemplos transmitidos por nossos ancestrais. Bem como a história com seus diversos pontos de vista.

Eles percebem com clareza que a escolha de onde começa e termina uma história é uma opinião. Sabem que a simples escolha de que histórias contar forja uma cultura. Essa lógica inversa à nossa, em que a palavra impressa ou televisionada espelha a verdade para as massas, instiga o olhar atento ao que foi. Também descarta a ansiedade com o futuro insondável que costuma nos assombrar.

Na esteira do nosso casco fica o ponto de vista polinésio, à frente a promessa da cultura de Fiji, com seu tempero indiano. O nômade em mim se fortalece a cada descoberta.



(texto publicado na revista Vida Simples edição 151 - outubro de 2014)

Como parar de se achar - Gustavo Gitti


Um breve percurso de contemplação para você confiar na mente livre por trás da pessoa que você pensa que é

"Quem aqui considera possível liberar o ciúme e as outras aflições?", perguntei isso em um curso sobre relacionamentos, sem me referir à dificuldade, mas à possibilidade. Ninguém levantou a mão. Em outra conversa, uma mulher disse: "sou um fracasso tão grande... mudar é mesmo possível?". Para quem se sente condenado a chegar ao fim da vida arrastando, no máximo, uma versão melhorada de si mesmo, sugiro uma contemplação.

Tome seu tempo para lembrar de como você passou a vida inteira se achando: criança, adolescente, adulto, idoso, ganhador ou perdedor, identificado com diferentes autoimagens, vozes internas, impulsos, visões de mundo, gostos e desgostos, roupas, lugares, narrativas, urgências, tudo o que chamava de "eu". Abra o Facebook ou saia na rua para observar como cada pessoa anda por aí acreditando realmente ser alguém com tais e tais características. Uma pessoa se achando taxista no mundo de taxista com problemas de taxista, outra pessoas se achando empreendedora falando e se vestindo igual a uma empreendedora.

Agora faça um experimento de pensamento: se passarmos 49 anos jogando queimada em uma quadra, em que momento o jogo vai se fixar na quadra a ponto de impedir que alguém subitamente comece a jogar vôlei? O espaço nunca chega a se tornar um espaço de queimada. É incrível! Ainda que se construa um estádio de futebol, isso não impede que um ser livre use o lugar para um show de rock. Não tem como fazer um estádio se firmar como um estádio de  futebol. Do mesmo modo, sua casa nunca vira de fato sua casa, uma pessoa nunca vira de fato esposa ou marido, e assim por diante. Impossível remover essa plasticidade presente até mesmo nas estruturas mais consolidadas.

Se antes de ser flautista você era baterista, e se depois de ser namorada você vai respirar solteira, sua natureza é livre de flautista e livre de namorada - não só antes ou depois, mas principalmente durante. Enquanto surtamos, tem algo em nós que não surta. Há algo na pessoa que não casa nem descasa, por mais que ela se ache a pessoa mais casada ou descasada do mundo.

Nossa mente é tão livre que consegue criar até mesmo a experiência de esquecer de sua liberdade, de se aprisionar em condicionamentos. Pode procurar, não existe uma base na qual podemos designar "eu sou isso". Não sou realmente isso ou aquilo, apenas brinco de ser. Por trás de cada pessoa, não há algum tipo de essência, mas uma abertura. Essa confiança - de que nossa mente é originalmente livre e de que podemos ampliar esse reconhecimento - é o que permite toda e qualquer transformação. Caso contrário, nos deprimimos assim que falhamos em estabilizar uma identidade.

Quando tudo-aquilo-que-você-acha-que-é-entrar-em-crise, talvez seja o momento para não consertar, para deixar a queimada acabar e ver o que surge no meio da quadra. Onde mais poderíamos nos perder que não no próprio espaço livre onde sempre brincamos? Sobre ludicidade, conversamos no mês que vem.



(texto publicado na revista Vida Simples edição 161 - agosto de 2015)