terça-feira, 28 de agosto de 2018

Aprenda a não revidar, deixe que a vida faça isso por você - Marcel Camargo (O Segredo)


Aprenda a não revidar, deixe que a vida faça isso por você. E ela sempre fará, porque ninguém sai dessa vida sem pagar a devida conta de seus atos. Quando o erro não é seu, apenas relaxe.

Não é fácil mantermos a calma quando existe alguém nos incomodando com maldade, agressividade, falsidade ou tudo isso junto. Parece que a energia negativa da pessoa contamina o ambiente e quem estiver por perto, fazendo com que todo mundo ao seu redor fique se rebaixando ao seu nível. E isso não faz bem para ninguém.

Um dos maiores favores que conseguiremos fazer para nós mesmos será conseguirmos ignorar, deixar quieto, deixar pra lá. Silenciarmos, enquanto o outro espera que gritemos e nos desequilibremos, tem uma incrível capacidade de neutralizar o peso que gente ruim carrega para lá e para cá.

Como ocorre com tudo nessa vida, o mal, ao não encontrar reciprocidade, vai embora.

A vida anda difícil, sobrecarregada, retirando-nos as forças, enquanto nos equilibramos em meio à correria célere do cotidiano esmagador que nos preenche os dias. Poucos conseguem obter real prazer enquanto se dedica ao trabalho, num ambiente em que as pessoas estão se tornando cada vez mais complicadas. O mundo policia cada um de nossos atos, cada palavra que falamos e escrevemos, aguardando algum possível deslize que possa ser usado contra nós.

Com isso, confiamos pouco no outro, quase não nos abrimos com as pessoas, por medo, insegurança e cautela. E isso tudo vai se acumulando dentro da gente, tornando nossos passos cada vez mais pesados e solitários. A gente acaba não aguentando tanto sentimento represado dentro do peito e, muitas vezes, desconta em quem não merece. A gente se isola e vive a solidão em meio a uma multidão solitária.

Isso contribui para que laços afetivos não se firmem, ou seja, não construímos um relacionamento verdadeiro com as pessoas.

Assim, pouco nos importamos com os sentimentos do outro, pouco nos colocamos no lugar de alguém, pouco nos importa que magoemos as pessoas. Para muitos, o outro é apenas alguém que pode vir a ser interessante, caso possa ser usado em seu favor de alguma forma.

Há, como se vê, uma urgente necessidade de não propagar essa ausência de afeto que paira sobre nós, não entrando no jogo de quem só quer disseminar discórdia. Aprenda a não revidar, deixe que a vida faça isso por você.

E ela sempre fará, porque ninguém sai dessa vida sem pagar a devida conta de seus atos. Quando o erro não é seu, apenas relaxe.

segunda-feira, 27 de agosto de 2018

O mal do século não é a depressão, mas a falta de empatia - Thamilly Rozendo (O Segredo)


Então, eu percebo que se fala tanto em depressão, mas pouco em empatia. Damos muita atenção às doenças do corpo, mas nos esquecemos da alma e da mente…

Acredito que, de todos os enfrentamentos que uma pessoa passa, nesse período, a depressão vem a ser o mais difícil deles, por conta da incompreensão.

Nesses momentos, tenho a sensação de que surgem pessoas com aquela necessidade incrível de rotular quem está passando por um momento de luta, no caso, a depressão. Quando eu passei por essa fase, escutei o discurso cansado de que eu precisava ocupar a minha cabeça; também ouvi o tal “isso aí é falta de fé” e que, de certa forma, eu não estava confiando em Deus. Outras vezes, ouvia que eu não estava me ajudando e que “ah, você precisa se levantar dessa cama”, como se isso fosse tão simples.

Quantas e quantas vezes escutei falas que mais me afundaram do que propriamente me ajudaram. Eu já estava me amando de menos e todas essas frases, em tom de “ajuda”, na verdade faziam com que eu me achasse ainda mais o problema, afinal, tudo era tão simples aos olhos dos outros, mas tão doloroso e complicado aos meus olhos. Então, eu chegava à conclusão de que o problema estava comigo.

Cansei-me de tanto escutar a frase: “Existem pessoas em condições tão piores que a sua e você aí, com problemas pequenos e se entregando por tão pouco.” Claro, isso certamente me ajudou bastante (ironia). A verdade é que ninguém entendia o quanto era difícil sair do meu quarto, o quanto eu queria dormir para aliviar aquela dor e ver o tempo passar depressa. Aliás, eu sentia que o tempo não passava e a angústia fazia cada vez mais morada em mim.

E, embora isso tudo tenha acontecido um bom tempo atrás, é triste ver que esses discursos permeiam ainda os dias de hoje. Até quando as pessoas vão acreditar que ir ao psicólogo é coisa de louco? Sabe, eu tenho visto muita gente deixando de procurar ajuda por vergonha, por achar que quem precisa de um psicólogo é realmente louco – ideia totalmente errônea. Mas, que atire a primeira pedra quem não tem nada a melhorar, quem não tem angústias, conflitos e quem não precisa de mudança. Todos nós precisamos, o erro está em procurar ajuda apenas quando adoecemos.

Então, eu percebo que se fala tanto em depressão, mas pouco em empatia. Damos muita atenção às doenças do corpo, mas nos esquecemos da alma e da mente, como se não ter disposição para ir ao trabalho por conta da depressão fosse de fato encarado como preguiça. Não se leva em conta as noites sem dormir por conta da insônia, ou o excesso de sono causado pelos remédios, ou até mesmo a falta de energia.

De uma vez por todas, que fique bem claro que depressão não é frescura, depressão não é preguiça, não é desculpa, não é falta de fé e não tem nada a ver com religiosidade. Depressão é luta.

Por isso, eu partilho da ideia de que o mal do século não é a depressão, mas a falta de empatia.É a incompreensão de pessoas que soltam suas falas que mais doem do que curam, que mais machucam do que saram, que mais pesam do que aliviam, que mais empurram para o buraco do que ajudam alguém a sair dele. Afinal, incompreensão também mata.

Reclamar faz mal ao cérebro: entenda como se libertar desse hábito - Luiza Fletcher (O Segredo)


Ninguém gosta de estar perto de pessoas que reclamam o tempo todo. As reclamações possuem uma energia negativa, e se não nos protegermos, podem acabar tomando conta de nossas vidas.

É comprovado pela ciência que o contato frequente com as reclamações atinge negativamente nossos cérebros e corpos.

É preciso fazer uma reflexão interna constantemente, para descobrir se você possui o hábito negativo de criticar tudo e todos ao seu redor, porque se assim for, sua saúde mental pode estar em perigo.

Porque as reclamações atingem seu cérebro negativamenteSteven Parton é um articulista e cientista da computação. Em um texto publicado no site Curious Apes, ele discorre sobre como o hábito de resmungar prejudica a nós mesmos e as pessoas ao nosso redor.

De acordo com Steven, os nossos cérebros são remodelados a cada pensamento que temos, o que influencia diretamente em nossa construção de realidade:

“Ao longo de seu cérebro há uma coleção de sinapses separadas por um espaço vazio chamado fenda sináptica. Sempre que você tem um pensamento, uma sinapse dispara um produto químico através da fenda para outra sinapse, construindo assim uma ponte sobre a qual um sinal elétrico pode atravessar, levando consigo a informação relevante que você está pensando”, detalha.


O funcionamento das sinapsesAs sinapses são zonas ativas de contato entre uma terminação nervosa e outros neurônios, células musculares ou células glandulares. Steven diz: “Toda vez que essa carga elétrica é acionada, as sinapses diminuem a distância que a carga elétrica tem que atravessar. Portanto, o cérebro é religado em seu próprio circuito e se altera fisicamente para tornar mais fácil a realização das sinapses adequadas – e isto faz com que o pensamento, em essência, seja mais facilmente disparado.”

Além disso, existe a realidade de que nossas sinapses mais fortes são as que mais definem nossa personalidade. Assim, os pensamentos que mais estão presentes em nossas cabeças reforçam as pontes dentro da rede dos nossos neurônios.

De uma forma simplificada, isso significa que quanto mais reclamamos, mais tendemos a reforçar essa característica em nossos cérebros.

Como as reclamações de outras pessoas influenciam nossas vidasQuando passamos muito tempo perto de reclamões, os “neurônios-espelho” fazem nossos cérebros se relacionarem com essas pessoas. Como sentimos aquilo que elas sentem, naturalmente começamos a trocar energias negativas com essas pessoas. Isso prejudica a qualidade de nossas vidas, por isso precisamos definir algumas estratégias para evitarmos nos contaminar com a negatividade dessas pessoas.

Abaixo estão 4 dicas simples de como nos proteger dos reclamões.

1. Seja seletivo com suas companhias

Nós tendemos a nos tornar parecidos com as pessoas com as quais convivemos. Portanto, se você passa tempo com pessoas que reclamam o tempo todo, tem a tendência natural de se tornar como elas.

2. Use palavras positivas

Nossas palavras e intenções têm muito poder e podem influenciar naquilo que atraímos para nossas vidas. Siga o princípio da Lei da Atração e comece a proferir e se comportar mais de acordo com aquilo que deseja e afaste a negatividade e pessimismo de sua vida.

3. Abra mão das reclamações

A reclamação é um hábito, e todos os hábitos podem ser mudados, melhorados. Treine sua mente a desapegar-se da rotina de ver apenas o lado negativo das situações da vida.

4. Mude de assunto quando alguém começar a reclamar perto de você

Tente sempre ter uma resposta positiva para alguém negativo, dessa maneira você vai melhorar a energia ao seu redor e poderá contribuir para uma mudança de visão da outra pessoa.

Como pudemos perceber, as reclamações são verdadeiros vilões para nossa saúde mental e felicidade. Afaste-se desse comportamento o quanto antes e você verá o quão melhor sua vida se tornará!

sexta-feira, 24 de agosto de 2018

O tempo natural - Arly Cravo


Pessoas que se arrepiam ouvindo música têm cérebro especial (O Segredo)


Você já se arrepiou ouvindo uma música? Então saiba que, mais do que sensível, você tem um cérebro especial.

Cientistas de Harvard descobriram que o cérebro de quem se arrepia com canções possui conexões especiais.

Esse tipo de reação física à música acontece apenas com cerca de metade da população.

Os cientistas analisaram o cérebro de 20 voluntários, usando a técnica de ressonância magnética de tensor de difusão, que mostra as conexões entre diferentes regiões do cérebro.

Eles descobriram que os participantes do “grupo do arrepio” tinha mais fibras nervosas saindo do córtex auditivo e se ligando ao córtex insular anterior e o córtex prefrontal, que processam sentimentos e monitoram emoções.

A conectividade extra desses cérebros provavelmente intensifica a experiência sensorial provocada pela música.

Os pesquisadores não sabem se as pessoas que se arrepiam nascem mais sensíveis ou se é possível desenvolver essas conexões ouvindo e se emocionando com novas músicas.

Orgasmo da pele

A nova descoberta indica para os cientistas que a música deve ter uma função evolutiva.

Se existem conexões cerebrais, passadas de geração em geração, que ligam os receptores de som diretamente ao centro emotivo do cérebro, é porque algum papel ela deve ter para a sobrevivência humana (nem que seja facilitar as relações sociais).

A reação química que temos a uma música emocionante é parecida com o que sentimos em outras tarefas essenciais, como comer, ou fazer sexo: uma injeção de dopamina que percorre o corpo.

Por isso, o arrepio musical é chamado pelos neurocientistas de “orgasmo na pele”.

A pesquisa

Os pesquisadores recrutaram vinte fãs de música: dez que sentem arrepios musicais com frequência e outros dez que nunca passaram pelo fenômeno.

Cada um teve direito a trazer até 5 das suas músicas favoritas: as opções iam desde Coldplay até as sinfonias de Wagner.

Primeiro, eles observaram os efeitos das músicas dentro do laboratório.

Monitoraram os batimentos cardíacos e o suor da pele, que indica excitação (tanto sexual quanto emocional), enquanto os voluntários ouviam só os trechos arrepiantes de cada faixa.

O coração de todos os participantes acelerou, mas a resposta emocional dos participantes que arrepiam foi bem mais intensa.

Outras pesquisas científicas relacionam o arrepio musical a reações de expectativa e surpresa.

As pessoas que escutam as músicas de forma mais “intelectual”, tentando prever os acordes que vem depois, têm mais chances de se arrepiar quando a música não segue suas expectativas.

Por outro lado, quando o compositor cria um crescente musical que culmina em uma nota aguda, o cérebro cria expectativa e tem uma reação de prazer quando o acorde final já esperado finalmente aparece.

Posso não saber para onde irei, mas sei bem para onde nunca mais voltarei - Marcel Camargo (O Segredo)


”Não volte aos mesmos erros, ao lar desfeito, aos descaminhos, às promessas quebradas, ao relacionamento fracassado, aos amigos hipócritas, ao emprego desumano. Não abra mão daquilo que você é, daquilo em que acredita, ou ninguém reconhecerá a grandeza que possui dentro de si.”

O futuro pode ser planejado, desejado, repleto de metas a serem alcançadas e, ainda assim, sempre será incerto, improvável, impossível de ser previsto com exatidão. No entanto, desejar e lutar por um amanhã melhor e mais feliz nos faz bem, alimentando nossas forças em sempre querer continuar, inesgotavelmente, haja o que houver. Nessa jornada, devemos estar seguros quanto ao que idealizamos, bem como quanto ao ontem e aos lugares a que não poderemos mais voltar, para nossa própria sobrevivência. Há lugares para onde nunca mais devemos voltar. Jamais.

Não volte aos mesmos erros, aos conhecidos descaminhos, mas reaprenda com cada tombo, superando as próprias falhas e lidando saudavelmente com as limitações que todos temos. O ontem deve permanecer lá atrás, ancorando nosso aprendizado contínuo, de forma a redirecionarmos nossas energias em direção a acertos que nos tornarão cada vez mais humanos e mais felizes.

Não volte ao lar que já se desfez, ao colo que não acolhe, ao vazio solitário de uma companhia dolorida. Devemos ter a coragem de colocar um ponto final em tudo aquilo que nos enfraqueceu e nos diminui, tolhendo-nos a tranquilidade de um respirar livre. O nosso caminho deve ser transparente e leve, sem pesos inúteis que atravancam o nosso ir em frente.

Não volte às promessas quebradas, ao relacionamento fracassado, que em nada acrescentou na sua vida, ao incessante dar as mãos ao vazio, ao compartilhamento unilateral, ao doar-se sem volta. Todos merecemos nos lançar ao encontro de alguém verdadeiro e que seja repleto de recíprocidade enquanto se dividem os sonhos de vida. Todos temos a chance de encontrar uma pessoa que não retorne menos do que doamos, que não nos faça sentir a frieza da solidão acompanhada.

Não volte aos amigos hipócritas, às pessoas que se baseiam em interesses escusos para permanecerem ao seu lado. Amizade deve ser soma, gargalhada, brilho nos olhos e ritmo no coração. Caso não nos faça a mínima falta, caso não nos procure sem razão, nenhum relacionamento pode ser tido como verdadeiro. É preciso poder contar com alguém que permaneça ao nosso lado, mesmo após conhecer nossas escuridões, pois é essa sinceridade que sustentará nossos ânimos nas noites frias de nossa alma.

Não volte ao emprego desumano, que achata os sentidos, não reconhece seu valor, apenas criticando e pedindo sempre mais e mais, sem lhe dar nada em troca. Procure uma ocupação onde os minutos não pareçam uma eternidade, onde obtenha reconhecimento, onde possa atuar como personagem principal da própria vida. Não abra mão daquilo que você é, daquilo em que acredita, ou ninguém reconhecerá a grandeza que possui dentro de si.

Sim, não há como prever o futuro, tampouco controlá-lo. Cabe-nos cuidar do nosso aqui e agora com todo o cuidado que o hoje merece, para que diariamente preparemos, aos poucos, um caminho menos árduo, um amanhã que dê continuidade aos nossos esforços em sermos felizes. Agirmos refletidamente, enfim, nos poupará de atravessar caminhos tortuosos e solitários, sob lamentações e arrependimentos. Porque, tendo plantado paixão verdadeira, tendo cultivado relacionamentos sinceros, colheremos, certamente, sorrisos e abraços de gente de verdade, gente com a intenção de ser feliz bem juntinho, sempre.

quarta-feira, 22 de agosto de 2018

O mundo correu tanto que parou - Mario Prata



E eis você aqui, minha cara editora, 60 anos depois, ou seja, desde 1957, querendo saber sobre as mudanças ocorridas de lá pra cá. E me dá uma dica: “na cultura, nos costumes, tecnologia, ciência, medicina, etc. No Brasil e no mundo – ou só no Brasil”.
- Isso tudo nem no gugo.
E quer que eu coloque isso em 4.000 caracteres (se possível 3.500 “pra podermos abrir mais a ilustração”).
Só aqui na enrolação inicial já se foram 408 caracteres (com espaços).
O papa ainda era o Pio XII e o Brasil nunca tinha sido campeão do mundo.
Eu tinha onze anos, dormia no quarto da frente e ouvi claramente um cavalo se aproximando, o trotar nos paralelepípedos, um sujeito apear e a campainha soar. Depois soube que eram duas e meia da manhã.
Era um peão de uma fazenda meio próxima que veio avisar o meu pai que a enfermeira da dona Cacilda – que beirava os noventa (a dona Cacilda, a enfermeira devia ter uns oitenta) – não estava conseguindo pegar a veia da véia (desculpe, não resisti ao trocadilho e o acento que não existe mais) e só o meu pai era capaz.
Parênteses: ainda não havia telefone na cidade onde morávamos. E o meu pai era médico. Então teve que ir um sujeito num cavalo chamar o meu pai, que teve que ir com o jipe dele até a Fazenda Capirava para aplicar a injeção. Dona Cacilda, com o braço todo cutucado, furado e sangrado, gritava que só o meu pai era capaz de pegar a viea dela, fininha, azulzinha e fazendo hora pra morrer.
Meu pai foi, acertou a veia, voltou, deitou e dormiu.
E agora você me pergunta o que mudou de lá para cá... Não existia nem a década de sessenta: Beatles, Gagárin, minissaia, pílula, Brigite Bardot e James Dean, feminismo, festivais de música da Record, a Globo, o Chacrinha, o homem pisando na lua. E o grande medo do homem era a gonorreia. Saudades da gonorreia. Um Tetrex e pimba!, né, doutor ?
1750 dígitos. Metade já foi, mas cheguei aonde queria: se há 60 anos usava-se um cavalo para se chamar um médico, como se faz hoje? Taí o aparelhinho bem ao seu lado: iPhone ou Samsung, não importa.
E ele é o problema. Ele corre mais rápido do que o cavalo. Muito, mas muito mesmo. Vou dar um exemplo. Apenas um, uma pequena troca de informação entre o meu filho e eu: para ele me informar o código de uma passagem para São Paulo/Lisboa. Como foi ele que marcou a passagem, eu só podia mexer no meu ticket com o tal código (existiam códigos em 1957?).
Eu, em casa, esperando e nada. Comecei a ficar aflito. Mandei um Whatsapp: “E então?”. Ele estava fora do ar, mandei então um e-mail, com a mesma mensagem. Recado do celular. Nada. Daí uns vinte minutos chega a resposta pelo e-mail: “Já mandei”. E eu fiz a pergunta que bagunçou tudo: “por onde?”, pelo Whatsapp.
- Não foi por aqui?
- Não. Onde você está ? Eu estou no zapzap.
Ele, pelo Messenger?
- Ih... Tenho certeza que mandei. Será que foi pelo... “ Deixa eu olhar.
Eu também fui olhar. Nada. Voltamos ao zap.
Ele:
- então, só pode ter sido pelo Skype. Vou abrir. Ih, diz que está fazendo uma renovação do aplicativo. Please wait... No seu e-mail do gmail, será que não foi por lá?
- Será que não mandou para o grupo da família dos Prata? Ou dos Góes?
Aí, eu, sem ficar nervoso, peço:
- Antonio, pode me telefonar?
- Acho que vai ser melhor, senão tu vai perder o voo. Me lembro que começava com GO...
Me telefonou. E nem começava com GO. Era X5.
Perdemos mais de meia hora com isso. Do Orkut e do MSN (lembra?) pra cá a coisa acelerou. Mentira. O mundo tá parado na cara da gente. O mundo correu tanto que parou.
Talvez o rapaz que tenha ido chamar o meu pai, hoje com uns 80 anos, esteja contando para os netos o dia que ele foi buscar o doutor Prata para achar a veia da véia.
- Mas nem esses telefones com fio na parede tinha, Bizo?
- Nada!!! E era tudo mais rápido.
- E a velha, morreu?
- Nada, me lembro dela ouvindo uns anos depois um major russo e comunista, chamado Gagárin, dizer lá do céu: “a terra é azul”. Comecinho dos anos 60. Ninguém sabia que a terra era azul. Ninguém tinha visto ainda, né ? Hoje deve estar meio cinza. Não a véia, a Terra. Acho que a dona Cacilda chegou até à minissaia!!! Ô Nenzica, tu lembra o ano que a dona Cacilda morreu?
- Pedi prus mininu olhá no gugo. Foi quando o Brasil foi bicampeão no Chile.
Todos, em dois toques.
- Sessenta e dois!
- A gente era novinho, né, meu capiau?


Texto publicado na revista Ser médico mº 81 – ano XX – out/nov/dez 2017

terça-feira, 21 de agosto de 2018

9 comportamentos que afastam as pessoas de você - Luiza Fletcher (O Segredo)


Desde quando o ato de comunicação existe, as pessoas estão tentando se tornar melhor nisso.

No passado, costumávamos entender uns aos outros com a linguagem corporal, e agora a comunicação baseada em tecnologia assumiu o controle. Mas milhares de séculos se passaram e as pessoas ainda não encontraram o caminho para a boa convivência.

Uma das razões para isso é que nossos comportamentos, muitas vezes, tendem a ser confusos, o que pode resultar em fortes discussões e até mesmo na perda de amigos.

As pessoas são diferentes e não há uma maneira de todos se darem bem. Mas, às vezes, nós agimos de uma maneira perversa, sem perceber, e isso pode facilmente afastar as pessoas de nós.

Então, abaixo está uma lista de 9 comportamentos que podem afastar as pessoas de você:

1. Tentar dominar as pessoas

É bom ser líder. A capacidade de manter as coisas sob controle é uma qualidade que muitas pessoas não possuem. Mas é realmente importante saber o que você tem o direito de controlar. Constantemente, forçar sua vontade sobre seus amigos pode ser exaustivo para eles. Este tipo de comportamento não é algo com que as pessoas possam lidar facilmente, por isso, tenha cuidado, porque pode custar-lhe algumas de suas amizades. Ninguém gosta de ser mandado. É por isso que compreender que o compromisso é o que nos move é realmente importante para o seu relacionamento com as pessoas.

2. Julgar demais

Nós, pessoas, podemos agir de forma diferente, dependendo da nossa situação atual e das pessoas com quem estamos. É por isso que julgar não é uma boa ideia. Uma pessoa normalmente irá mostrar-lhe apenas o necessário de si mesma. Tenha isso em mente, antes de concluir o que alguém é para você. Você nunca sabe como a pessoa está se sentindo por dentro ou o que está acontecendo com sua vida naquele momento.

3. Ser negativo o tempo todo

Atualmente, existe uma aspiração em massa para o pensamento positivo e atitude positiva, apesar de todas as dificuldades de nossa rotina diária. É como se as pessoas estivessem finalmente percebendo que a positividade atrai positividade e que o oposto é verdadeiro – negatividade traz mais negatividade. É por isso que as pessoas negativamente dispostas, que reclamam o tempo todo, têm muito mais chance de afastar os outros de si mesmas. Tanto a energia boa, quanto a ruim são contagiosas, qual você vai escolher?

4. Falta de delicadeza

Dizer a coisa errada no momento errado pode causar muitos problemas, e isso já aconteceu pelo menos uma vez para a maioria de nós. Falta de delicadeza é outra coisa. É quando as piadas vão além do limite da amizade, quando você usa as fraquezas do seu amigo contra ele, apenas para derrotá-lo em uma discussão. Como Mark Twain diz: é melhor ficar em silêncio e ser visto como tolo, do que abrir a boca e eliminar todas as dúvidas.

5. Viver apenas na internet

Uma das melhores definições de nossa geração é “a geração da cabeça baixada”. Caminhamos, viajamos e nos comunicamos com os olhos fixos nas telas dos celulares.

Algumas pessoas tendem a levar uma vida completamente diferente nas redes sociais, apresentando-se como pessoas diferentes do que realmente são, mais felizes do que se sentem, mais sábias do que jamais seriam. Não importa qual seja a senha do Wi-Fi, seus amigos estão exatamente onde você precisa que eles estejam – ao seu lado, e não no feed de notícias do Facebook.

6. Ser egoísta

Colocar-se em primeiro lugar é essencial para ser bem-sucedido. Mas, não se engane – ser egoísta e cego para a presença dos outros como pessoas iguais é outra história. Se o seu único tópico em uma conversa tende a ser “você” e você não gosta de ouvir histórias, problemas e opiniões de outras pessoas, então, é melhor substituir essas pessoas por um espelho.

7. Levar tudo muito a sério

Quantas vezes você se afastou de alguém só porque lhe pareceu que havia algo desagradável atrás de suas palavras? Tenha em mente que muitas vezes as pessoas fazem isso, sem querer, não visam ferir seus sentimentos. Não monitore cada palavra dita a você, temendo que alguém zombe ou te machuque. Isso é uma projeção de seus próprios medos e hábitos. Levar tudo muito a sério também pode se referir a essas situações em que você fica chateado por coisas completamente insignificantes, como perder o ônibus.

8. Falta de pontualidade

Isto diz respeito não só a chegar a tempo. Uma pessoa pontual é alguém que permanece fiel a suas palavras, cujas promessas não desaparecem da noite para o dia, que age de acordo com as instruções. Não ser capaz de estar presente no momento certo pode deixar seus amigos nervosos e tristes. Isso pode ter um sério impacto negativo no seu desempenho no trabalho, também. De forma mais figurativa, a falta de pontualidade está ligada aos valores de um indivíduo, que tendem a mudar com o tempo. Ninguém jamais escolheria confiar em tal pessoa. Esta é uma maneira de afastar as pessoas de você.

9. Tornar-se viciado no trabalho

Não há nada melhor do que se apaixonar por seu trabalho e se dedicar a ele. Mas os aspectos positivos podem se transformar, facilmente, em uma faceta negativa de sua vida. Não ter tempo para nada além do trabalho pode se tornar uma negligência para as pessoas mais próximas e a si mesmo. Quando você exagera na dedicação ao trabalho, corre o risco de chegar a um ponto em que nada é tão importante quanto o trabalho – nem sua família, nem sua saúde. Tenha cuidado para escolher suas prioridades, porque perder pessoas que você valoriza não compensa qualquer dinheiro que você ganhe.

Algum desses comportamentos lhe parece familiar? Se você se encontrou em qualquer um deles, não fique paranoico pensando que vai perder todos os seus amigos, porque você possui algumas qualidades negativas. Todos nós temos defeitos! O objetivo é parar por um segundo e pensar sobre eles. Um problema reconhecido é um problema quase resolvido. Acredite em sua bondade, mas sempre duvide da sua perfeição!