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sábado, 15 de fevereiro de 2014

Diário de vida: bolinhas pretas


Quarta-feira fui a uma escola de italiano fazer uma entrevista para uma vaga de professor. Na hora não me dei conta, mas foi a primeira vez que a fiz em italiano. Nas outras escolas, inclusive na qual trabalho atualmente, só levei o CV e comecei a trabalhar. E por isso tive a impressão de não ter "vendido direito o peixe". Dei disponibilidade para noite, mas com preferência aos sábados. Espero que me chamem para pegar pelo menos uma turma que daí poderei mostrar o meu trabalho e aumentar as minhas chances de abrir um novo mercado. 

Quando cheguei à escola tinha um rapaz italiano conversando em português com a recepcionista. Eu fiquei sentada em uma banqueta e esperei por mais de meia hora porque tinha chegado cedo. Quando uma candidata saiu da entrevista cumprimentou o rapaz em italiano, mas quando me viu o fez em português. E depois dizem que "o hábito não faz o monge"!!! 

A minha entrevista durou um pouco mais de 10 minutos. Como estava na região da Consolação subi a Av. Angélica a pé e fui visitar o meu amigo João lá na Medicina. Apesar de trabalharmos na mesma escola faz tempo que não o via porque trabalhamos em unidades distintas. Quando fui embora decidi tomar o ônibus na Rebouças. No meio do caminho tinha um rapaz mal vestido e por instinto fiz menção em atravessar a rua, mas ele insistiu que eu passasse perto dele e me perguntou indignado se "no Japão as pessoas faziam o que eu tinha feito". Até pensei em me justificar, mas decidi continuar o meu caminho. Pela enésima vez a sincronicidade funcionou: ao chegar ao ponto o ônibus estava lá parado como se estivesse me esperando.

O episódio da escola e do rapaz foi o arremesso de bolinhas pretas mas às avessas. Deixe-me explicar melhor. A Cristina Cairo, autora de vários livros sobre linguagem do corpo usa a metáfora das bolinhas vermelhas e pretas. Quando a nossa energia é boa estamos lançando bolinhas vermelhas para o universo e quando a energia é ruim entram em ação as bolinhas pretas. No meu caso foi ao contrário. Porque a minha "concorrente" me lançou a bolinha preta na escola e só depois eu lancei uma quando me afastei do rapaz mal vestido. 








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