O simples gesto de erguer o braço e acenar as mãos com um simpático "tchau" pode ser motivo de constrangimento para muitas mulheres. Isso por causa da flacidez na face interna do braço, uma vez que o contorno dele tem sido cada vez mais valorizado pelos padrões estéticos atuais.
Assim como em outras áreas do corpo, o envelhecimento natural dos tecidos e as mudanças de peso também influenciam na aparência dos braços deixando muitas mulheres inseguras e insatisfeitas em relação a eles. Este é o principal motivo que leva parte delas a procurar por um cirurgia plástica de braço, principalmente antes da chegada do verão, quando o clima estimula o uso de roupas mais frescas, com mangas cavadas ou um vestido de alças finas, deixando a região mais exposta.
A dermolipectomia de braços (dermo = pele, lipo = gordura e ectomia = retirada) pode ajudar a corrigir a flacidez, eliminar os depósitos de gordura concentrados na face lateral e posterior que interferem na circunferência e na perda da definição muscular.
A procura por esse procedimento cresceu nos últimos anos devido, principalmente, ao aumento do número de pessoas submetidas à cirurgia de obesidade e metabólica. Nesses casos, após a perda de peso, há sobra acentuada de pele, muitas vezes deixando o braço com uma espécie de "asa" pendurada, causando grande incômodo estético e funcional.
Normalmente a dermolipectomia é associada à lipoaspiração. Nos casos de flacidez moderada ou grave, a lipoaspiração isolada, sem a retirada de pele, pode causar piora do problema.
A flacidez leve pode ser amenizada com tratamentos para gordura localizada com radiofrequência, infravermelho, sucção, massagem ou criolipólise, bem como a prática de musculação e exercícios localizados com peso para aumentar a tonicidade da musculatura.
Nos casos leves também é possível retirar o excesso de pele com uma cicatriz localizada na axila, que fica bem disfarçada. Pacientes com muito excesso de pele, como os pós-bariátricos, necessitam de uma retirada maior e a cicatriz fia na parte interna e um pouco na posterior do braço. Infelizmente não é uma cicatriz muito escondida, mas sendo de boa qualidade fica mais fácil disfarçar.
Em relação às contraindicações, são as mesmas para qualquer procedimento cirúrgico. Devem ser mais cuidadosas as pessoas com problemas como diabetes, hipertensão arterial, doenças cardíacas descompensadas, entre outras.
Se o procedimento não for realizado corretamente, a principal sequela que pode ocorrer é o aparecimento de edema linfático (inchaço de difícil tratamento), que acontece quando os vasos linfáticos são lesionados. Além de cicatrizes inestéticas como alargadas, hipertróficas ou queloides. Essas são passíveis de correção e podem ocorrer mesmo com boa técnica cirúrgica. Porém, o uso de cola cirúrgica na última camada da pele, no momento da sutura, ajuda a dar um afinamento estético à cicatriz.
Os efeitos do rejuvenescimento dos braços poderão ser notados já no dia seguinte à cirurgia, mas o resultado final será observado após um mês, quando já houve uma boa redução do inchaço e o paciente é dispensado do uso da malha de compressão (cinta). Uma cirurgia bem executada trará uma satisfação enorme para o paciente.
(texto publicado na revista Contigo nº 2009 - 20 de março de 2014)
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