domingo, 7 de setembro de 2014

Canela ajuda a travar progressão do Parkinson


A canela pode ser uma arma eficaz para travar a doença de Parkinson. 

Neurologistas norte-americanos descobriram que a especiaria é capaz de reverter - em ratinhos - as mudanças celulares, anatômicas e biomecânicas que acontecem no cérebro com a doença. Isso abre caminho para novas alternativas terapêuticas.

Os resultados do estudo, desenvolvido no Rush University Medical Center, em Chicago, nos EUA, foram publicados na revista científica Journal of Neuroimmune Pharmacology.

"A canela tem sido amplamente usada como especiaria no mundo e acreditamos que esta abordagem tem potencial para ser uma das mais seguras para travar a progressão da doença de Parkinson nos pacientes", afirma, em comunicado, Kalipada Pahan, que coordenou o estudo.

De acordo com a pesquisa, a ingestão oral de canela faz com que a mesma se transforme em benzoato de sódio, um produto químico que entra no cérebro, protege os neurônios e normaliza o funcionamento dos neurotransmissores, melhorando as funções motoras em ratinhos com Parkinson.

"A canela é transformada pelo fígado em benzoato de sódio, aprovado pela FDA (autoridade norte-americana do medicamento) como forma de tratar problemas metabólicos hepáticos", explica Pahan.

Ele lembra também que a canela é muito usada para preservar alimentos, graças à sua capacidade protetora contra micróbios.

"Compreender como a doença funciona é importante para desenvolver medicamentos eficazes para proteger o cérebro e parar a progressão do Parkinson", sendo certo que proteínas como a Parkin e a DJ-I diminuem no cérebro dos pacientes, por ação da canela.

O próximo passo dos cientistas, cujo estudo foi apoiado pelos National Institutes of Health dos EUA, é "aplicar esta descoberta e testar o uso de canela em humanos com a patologia".

"Se os resultados obtidos em laboratório forem replicados com os pacientes, estaremos na presença de um avanço notável no tratamento desta doença neurodegenerativa", conclui Pahan.



(texto publicado na revista Leve & Leia nº 118 - ano 8 - setembro de 2014)













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