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quarta-feira, 10 de setembro de 2014

Diário de vida: a minha homenagem ao Hachiko


Ontem o meu 12º cãozinho virou uma estrela. Nesse caso deveríamos tê-lo batizado de Juniko (12º filho) e não Hachiko (8º filho). Na verdade quando o adotamos não perguntamos quantos filhotes tinham nascido com ele. Fizemos simplesmente uma homenagem ao Hachiko que viveu no Japão no início do século XX e foi um exemplo de fidelidade ao seu dono. 

Eu me lembro que a minha mãe chegou no final da tarde com uma caixa de papelão e o colocou perto de mim que estava conversando ao telefone com um aluno. Não interrompi o papo, mas comecei imediatamente a fazer carinho no cãozinho marrom que estava dentro dele. Adoro o contato do pelo e fiz cafuné em todos os meus cães e pelo jeito eles gostavam porque eram manhosos e se posicionavam embaixo de minha mão para receber carinho. Quando eu parava de afagar, o Hachiko me cutucava a mão com o focinho para que eu continuasse. E adorava afago atrás das orelhas. Na verdade ele gostava era de carinho. Quando jovem nos dávamos bem e com o tempo foi ficando mais bravo comigo, mas sempre respeitou a minha mãe que era a chefe da matilha para ele. Nos últimos anos eu vivia repetindo que embora ele rosnasse para mim e tivesse me mordido algumas vezes (quando tentei dar banho nele) eu gostava dele assim mesmo. 

Tenho alternado momentos de choro convulsivo com outros de reflexão, mas está doendo muito tê-lo perdido. Afinal foram 15 anos de convivência. E no início deste ano começamos a fazer passeios quase que diariamente. Parece até que eu estava adivinhando que algo estava para acontecer.  Nos últimos 3 dias ele começou a ficar muito ruim e foi internado. No dia em que o levei ao veterinário (no domingo) ele não conseguia mais caminhar direito. Acabei pegando-o no colo (coisa inédita) e lhe dei um beijinho na orelha. Ele me deu um olhar tão humano de surpresa como se estivesse me perguntando como eu apesar dele ser agressivo comigo, conseguia devolver carinho. Cuidei dele com muito amor nos últimos dias tentando deixá-lo confortável, mas sabia que o tempo dele estava acabando. Mesmo assim pedi que tentassem a reanimação, infelizmente ele não resistiu e se foi. 

Obrigada Hachiko por ter feito parte da minha vida. Vou sempre me lembrar de você com certeza!! Me despeço com um cafuné onde você quiser!!!


O Hachiko "fazendo bonitinho" para a humana mãe dele


Observando a humana mãe fazendo ginástica


No laboratório para fazer a análise de sua alergia na pele


Um pit stop na revistaria durante os nossos inúmeros passeios













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