Responsabilidade de todos

O descarte inadequado de medicamentos é um problema sério, que pode ser evitado com uma atitude simples

A população brasileira está entre as que mais consomem medicamentos no mundo. Cerca de 90% dela, no entanto, joga o que sobrou ou que perdeu a validade no lixo comum, na pia ou no vaso sanitário, causando prejuízos ao meio ambiente e à saúde pública.

É que as substâncias químicas da fórmula dos medicamentos contaminam solo e água. Se, por exemplo, os hormônios de anticoncepcionais chegarem aos rios, o sistema reprodutivo dos peixes pode ser afetado. Também é possível que bactérias presentes em ambientes contaminados por antibióticos adquiram resistência aos seus princípios ativos. E, ainda, que alguma substância dessas altere o desenvolvimento das plantas ou entre em contato com animais, que mais tarde servirão de alimento.

Quando um medicamento vai para o esgoto, ele se dissolve na água e vira uma mancha tóxica. Quando vai para o aterro sanitário, além de trazer o risco de envenenamento de desavisados, resulta em gases e chorume, que poluem solo, água e ar. O tratamento de efluentes elimina boa parte dessas substâncias. Mas, além de não alcançar todos os cantos do país, nem sempre é totalmente eficiente, já que há compostos químicos muito resistentes. Daí a necessidade de os medicamentos serem recolhidos e incinerados de modo adequado, como propõe o programa Descarte Consciente, que a Droga Raia realiza. Confira!

(texto publicado na revista Sorria para ser feliz agora nº 38 - jun/jul de 2014)