Quando a preocupação e a ansiedade excessivas se tornam permanentes e por um período superior a 6 meses, os médicos passam a classificar este quadro como Transtorno de Ansiedade Generalizada (TAG).
Este é um tipo de transtorno cada vez mais comum e que compromete áreas muito importantes da vida dos indivíduos afetados, levando a uma grande procura aos serviços de saúde e uma perda importante da qualidade devida.
Como todos os quadros em saúde mental, há o envolvimento de fatores biológicos, genéticos, psicossociais e ambientais. Várias alterações biológicas são encontradas no TAG, tanto no metabolismo de áreas cerebrais, como em níveis hormonais e na sensibilidade alterada a substâncias cerebrais como a serotonina e a noradrenalina. Do ponto de vista genético, até 25% dos parentes de primeiro grau de pessoas com este transtorno, tem chance de apresentar esse diagnóstico, existindo uma tendência a ser mais comum no sexo feminino.
O TAG é caracterizado por sintomas ansiosos persistentes que afetam comportamentos do paciente em várias situações do dia a dia. Em geral, o indivíduo considera difícil controlar suas preocupações, mesmo em momentos de descanso. A ansiedade e preocupação são acompanhadas de sintomas variáveis ao longo do dia. Esses sintomas incluem tensão muscular (tremores, dores musculares recorrentes), cansaço constante, dores de cabeça, palpitações, sudorese, tontura, ondas de frio ou calor, sensação de falta de ar, urgência miccional etc.
"Todos nós sentimos ansiedade. Ela é um sinal de alerta. Quando em níveis normais, a ansiedade capacita a pessoa a tomar medidas para lidar com a ameaça, ou seja, leva o indivíduo a tomar medidas para evitar o perigo ou diminuir suas consequências. No TAG, os níveis de ansiedade são patológicos. Isso quer dizer que os indivíduos com o transtorno experimentam essa sensação de apreensão, juntamente com os sintomas físicos associados na maior parte do dia, na maioria dos dias, inclusive, em situações e momentos nos quais não existiria uma ameaça tão grande. Em outras palavras, é muito difícil para o portador de TAG 'deixar de se preocupar'", explica o Dr. Marco Antonio Abud Torquato Junior - Médico psiquiatra assistente do Hospital Universitário da Universidade de São Paulo e do Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas - HCFMUSP.
Ele enfatiza ainda que esse quadro costuma levar à cefaleia, irritabilidade exacerbada, cansaço e fadiga constantes, concentração ruim e, em alguns casos, podem surgir alguns sintomas depressivos como tristeza, perda de prazer, sentimentos de culpa e falta de perspectiva com o futuro.
O diagnóstico de TAG apresenta critérios semelhantes para a infância e adolescência em relação à idade adulta. Contudo, para crianças não são necessários tantos sintomas físicos para o diagnóstico, assim como o período de duração dos sintomas é menor (3 meses) do que os adultos (6 meses). Em crianças com TAG, a ansiedade e preocupações giram em torno de sua performance na escola ou em eventos esportivos, mesmo quando essa performance não está sendo avaliada por outros.
Para o tratamento efetivo do TAG, o primeiro passo é o diagnóstico correto. Como dito, o transtorno muitas vezes apresenta-se com muitos sintomas físicos, levando os indivíduos a procurarem inicialmente outras especialidades médicas, como pronto-socorros, clínicos gerais e cardiologistas, o que pode muitas vezes atrasar o diagnóstico. O tratamento é realizado tanto com medicamentos como com psicoterapia, sendo que o tratamento combinado, em geral, tem resultados mais efetivos.
A psicoterapia também tem um papel importante no tratamento sendo eficaz sozinha ou combinada. Quando a psicoterapia é combinada com tratamento medicamentoso, em geral observa-se uma diminuição importante do risco de recaída. Ou seja, o TAG tem tratamento e controle. A ideia central é a melhora completa dos sintomas físicos e auxiliar a pessoa a conviver com sua ansiedade e usá-la a seu favor.
O TAG é caracterizado por sintomas ansiosos persistentes que afetam comportamentos do paciente em várias situações do dia a dia. Em geral, o indivíduo considera difícil controlar suas preocupações, mesmo em momentos de descanso. A ansiedade e preocupação são acompanhadas de sintomas variáveis ao longo do dia. Esses sintomas incluem tensão muscular (tremores, dores musculares recorrentes), cansaço constante, dores de cabeça, palpitações, sudorese, tontura, ondas de frio ou calor, sensação de falta de ar, urgência miccional etc.
"Todos nós sentimos ansiedade. Ela é um sinal de alerta. Quando em níveis normais, a ansiedade capacita a pessoa a tomar medidas para lidar com a ameaça, ou seja, leva o indivíduo a tomar medidas para evitar o perigo ou diminuir suas consequências. No TAG, os níveis de ansiedade são patológicos. Isso quer dizer que os indivíduos com o transtorno experimentam essa sensação de apreensão, juntamente com os sintomas físicos associados na maior parte do dia, na maioria dos dias, inclusive, em situações e momentos nos quais não existiria uma ameaça tão grande. Em outras palavras, é muito difícil para o portador de TAG 'deixar de se preocupar'", explica o Dr. Marco Antonio Abud Torquato Junior - Médico psiquiatra assistente do Hospital Universitário da Universidade de São Paulo e do Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas - HCFMUSP.
Ele enfatiza ainda que esse quadro costuma levar à cefaleia, irritabilidade exacerbada, cansaço e fadiga constantes, concentração ruim e, em alguns casos, podem surgir alguns sintomas depressivos como tristeza, perda de prazer, sentimentos de culpa e falta de perspectiva com o futuro.
O diagnóstico de TAG apresenta critérios semelhantes para a infância e adolescência em relação à idade adulta. Contudo, para crianças não são necessários tantos sintomas físicos para o diagnóstico, assim como o período de duração dos sintomas é menor (3 meses) do que os adultos (6 meses). Em crianças com TAG, a ansiedade e preocupações giram em torno de sua performance na escola ou em eventos esportivos, mesmo quando essa performance não está sendo avaliada por outros.
Para o tratamento efetivo do TAG, o primeiro passo é o diagnóstico correto. Como dito, o transtorno muitas vezes apresenta-se com muitos sintomas físicos, levando os indivíduos a procurarem inicialmente outras especialidades médicas, como pronto-socorros, clínicos gerais e cardiologistas, o que pode muitas vezes atrasar o diagnóstico. O tratamento é realizado tanto com medicamentos como com psicoterapia, sendo que o tratamento combinado, em geral, tem resultados mais efetivos.
A psicoterapia também tem um papel importante no tratamento sendo eficaz sozinha ou combinada. Quando a psicoterapia é combinada com tratamento medicamentoso, em geral observa-se uma diminuição importante do risco de recaída. Ou seja, o TAG tem tratamento e controle. A ideia central é a melhora completa dos sintomas físicos e auxiliar a pessoa a conviver com sua ansiedade e usá-la a seu favor.
(texto publicado na revista Leve & Leia nº 105 - ano 7 - setembro de 2013)
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