Confira alguns motivos que podem influenciar na ausência de ânimo na rotina
Fatores emocionais podem ser a principal causa do cansaço físico. Esta sensação, que várias vezes provém de outras doenças como forma de sintoma, é muito confundida com o desânimo, que tem causas psicológicas. Não visitar mais os amigos com a mesma frequência, evitar a prática das atividades físicas que fazia antes ou até mesmo deixar de sair para relaxar nos finais de semana são hábitos que podem significar a manifestação de algum distúrbio psicológico. Por isso, é necessário investigar mais a fundo aquilo que está acontecendo com o corpo para que o tratamento seja feito de forma adequada e a vida possa ser retomada normalmente. Saiba quais são os principais motivos que podem diminuir o pique da rotina:
Depressão
Muitas são as causas que podem deixar uma pessoa depressiva. "Fatores biológicos, psicológicos e ambientais têm um importante peso nos quadros depressivos. Do ponto de vista psicológico, a depressão está relacionada a experiências de perdas significativas como: morte de um ente querido, perda de um emprego, de um local de moradia, de status socioeconômico, doença grave ou crônica, ou algo puramente simbólico e importante para aquela pessoa que não possa ser alcançado ou tenha sido perdido", explica a psicóloga Marcella Mantovani Pazini. Por isso, a pessoa que passou por um grande trauma recentemente acaba confundindo os sentimentos de tristeza com os do cansaço físico. Uma vez diagnosticado o problema, atitudes podem ser tomadas para deixar de vez a situação. "É importante buscar tratamento quando os sintomas começam a incomodar e a tristeza persiste trazendo reflexos na vida, na atividade e nas relações da pessoa, quando o trabalho ou tarefas rotineiras começam a se transformar em grande dificuldade. Costumo brincar que a medicação é importante para acalmar, ajuda a melhorar o sono, mas não vai resolver o problema com o marido, o filho ou ajudar a esquecer as mágoas. No tratamento com o psicólogo será possível falar e repensar suas questões e sua maneira de se relacionar com elas", completa a psicóloga Márcia Fraga.
Estresse
Ele pode provir de inúmeros motivos, mas o essencial é identificar logo a causa para livrar-se desse sentimento o mais rápido possível. "Quanto mais sobrecarregada emocionalmente a pessoa estiver, maior será o impacto do trauma. Tudo vai depender mais dos recursos internos que a pessoa tem para lidar com uma situação dramática, além do apoio social que ela vai ter para que possa se recuperar", conta a psicóloga Ana Maria Rossi. Fazer algum tipo de atividade física é uma ótima saída para aliviar os momentos de tensão, pois a prática libera um hormônio chamado endorfina, responsável pelas sensações de bem-estar no organismo, trazendo um equilíbrio maior das emoções.
Desgosto com o trabalho
Esta sensação também pode influenciar na maneira em como o corpo reage durante o dia. "O trabalho é fonte de saúde mental desde que administrado emocionalmente da forma correta. Mas, assim como colocado anteriormente, a mente também precisa de suas pausas para seu bom funcionamento. Ausentar-se do emprego em férias, ou mesmo conseguir desligar-se dele emocionalmente em um final de semana é pre-condição para uma boa qualidade de vida", conta a psicóloga Marina Delduca Cilino. O estresse no trabalho é mais comum do que se imagina. "De acordo com pesquisas que a ISMA-BR (International Stress Management Association) tem feito, a maior fonte de estresse para pessoas ativas, ou seja, que estão no mercado de trabalho, é emprego. Nossos dados indicam que cerca de 69% das pessoas apontam o estresse profissional como a principal fonte de estresse", aponta Ana Maria. É preciso tentar comunicar-se melhor com os colegas de trabalho, criar dinâmicas e fortalecer os laços de relacionamento interpessoal para amenizar os desgastes causados pelo desgosto sentido no ambiente. Aproveitar mais os finais de semana com a família e os amigos para relaxar também deve ser uma atitude que faça parte da rotina. Em último caso, talvez seja preciso rever as prioridades e procurar algo novo, com o qual seja possível obter maior identificação e prazer.
(texto publicado na revista Vença o Cansaço! nº 1 - ano 1 - 2014)
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