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sábado, 10 de janeiro de 2015

Tratamentos de pele com base na genética - Dra. Michelle Vilhena


Como viver mais aparentando menos? A resposta pode estar na análise do mapeamento genético em todas as áreas da medicina, inclusive na dermatologia. Solicitado pelo médico, o exame de dermatologia pode detectar alterações em alguns genes associados á saúde da pele para tentar mudar a sua trajetória, além de identificar fatores como predisposição de perda de colágeno precocemente (que acelera o processo de formação de rugas), a capacidade da pele de responder a estímulos inflamatórios (irritação a procedimentos e grau de sensibilidade da pele), a eficiência de destoxificação (eliminação de substâncias tóxicas como poluentes, corantes e  tabaco), a capacidade antioxidante e o processo de fotoenvelhecimento - ambos geralmente causados pelo acúmulo de radicais livres - e a predisposição à dermatite atópica (coceiras, descamações, vermelhidão etc).

O genoma humano apresenta uma diferença de apenas 0,1 a 0,5% entre os indivíduos. Essas variações nas sequências do DNA, conhecidas como polimorfismos, são responsáveis pelas características próprias de cada um. Com o exame, um laudo do mapa genético da pele é emitido, com referências embasadas na literatura científica, contendo dados específicos de cada paciente acerca dos principais aspectos que envolvem o envelhecimento da pele. Assim, o dermatologista pode utilizar esse resultado como uma ferramenta de auxílio, associada ao quadro clínico do paciente, estabelecendo um tratamento personalizado e mais eficaz.

Qualquer paciente pode fazer o exame, desde que solicitado pelo dermatologista. A coleta do DNA é feita de forma rápida e indolor, por meio de células presentes na saliva, sendo portanto um método não invasivo. E os resultados são enviados após três semanas para o médico. Os exames dermagenéticos são realizados apenas uma única vez, pois o DNA de um indivíduo não se altera ao longo da vida. Esta é mais uma vantagem do exame, isto é, o diagnóstico é único e definitivo.



(texto publicado na revista Contigo! nº 2043 - 13 de novembro de 2014)


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