É perda de tempo atribuir ao outro esse poder sobre a sua vida...
Como eu, você já deve ter pensado ou ouvido alguma amiga falar que está infeliz porque a empresa na qual trabalha está em crise ou porque vive um relacionamento sem perspectivas. Sempre que escuto isso, eu me pergunto: que tipo de poder damos às pessoas para nos deixarem alegres ou tristes? Concorda que é uma responsabilidade e tanto permitir que alguém, além de nós mesmos, conduza a nossa vida?
Ficamos inseguras ao trocar de emprego ou mesmo procurar outro relacionamento, porque temos uma tendência natural ao apego. Somos agarradas às coisas, às pessoas e às situações, esquecendo que quando exercemos o desapego, enxergamos alternativas.
O mercado de trabalho está ruim na sua área? Trace um plano de ação. Todas temos talentos ocultos que podem garantir nosso sustento. Está infeliz ao lado da pessoa que a acompanha há muitos anos? Talvez seja a hora de afrouxar os laços para que os dois evoluam.
Essas decisões precisam ter como base o coração. Quando estamos em sintonia com nossos valores e princípios mais íntimos e acreditamos que Deus almeja o melhor para nós, a vida se encarrega de reorganizar tudo. Lembre-se da "Parábola dos Talentos", do Mestre Jesus (Mateus, capítulo 25, versículos 14 a 30)**. Eles nos deu vários dons. Alguns vão multiplicar os seus. Outros devolverão sem acrescentar nada e um terceiro grupo vai ignorá-los. Então, tome hoje mesmo as rédeas da sua vida e multiplique os seus. Paz e luz!
**Havendo subido com seus discípulos ao monte das Oliveiras, dias antes de ser crucificado, disse-lhes o Mestre: "O Senhor age como um homem que, tendo de fazer longa viagem fora do seu país, chamou seus servidores e lhes entregou seus bens. Depois de dar cinco talentos a um; dois a outro e um a outro, segundo a sua capacidade, partiu imediatamente. Então, o que recebera cinco talentos foi-se, negociou com aquele dinheiro e ganhou outros cinco. O que recebera dois, da mesma sorte, ganhou outros dois; mas o que apenas recebera um, cavou na terra e aí escondeu o dinheiro de seu amo. Passado longo tempo, o senhor daqueles servos voltou e os chamou às contas. Veio o que recebera cinco talentos e lhe apresentou outros cinco, dizendo. - Senhor, entregaste-me cinco talentos; aquilo estão, além desses, mais cinco que lucrei. Respondeu-lhe o amo: - Bem está, servo bom e fiel, já que foste fiel nas coisas pequenas, dar-te-ei a intendência das grandes. Entra no gozo de teu Senhor. O que recebera dois talentos, apresentou-se a seu turno e lhe disse: - Senhor, entregaste-me dois talentos; aqui estão, além desses, dois outros que ganhei. E o amo: - Servidor bom e fiel, pois que foste fiel em pouca coisa, confiar-te-ei muitas outras. Compartilha da alegria do teu senhor. Veio em seguida o que recebera apenas um talento e disse: - Senhor, sei que és severo, que ceifas onde não semeaste e colhes de onde nada puseste, por isso, como tive medo de ti, escondi o teu talento na terra; ei, aqui tens o que é teu. O homem, porém, lhe respondeu: - Servidor mau e preguiçoso, se sabias que ceifo onde não semeei e que colho onde nada pus, devias pôr o meu dinheiro nas mãos dos banqueiros, a fim de que, regressando, eu retirasse com juros o que me pertence. E prosseguiu: - Tirem-lhe, pois, o talento que está com ele e dêem-no ao que tem dez talentos, porquanto, dar-se-à a todos os que já têm e esses ficarão cumulados de bens. Quanto àquele que nada tem, tirar-se-lhe-à mesmo o que pareça ter; e seja esse servidor inútil lançado nas trevas exteriores, onde haverá prantos e ranger de dentes".
(texto publicado na revista AnaMaria nº 931 - 15 de agosto de 2014)
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