terça-feira, 17 de dezembro de 2019

10 verbi indispensabili in italiano


10 cose da non fare in Italia


Qual a idade do seu dente ?


Pode parecer difícil, mas é possível saber, olhando no espelho, qual é a idade que o dente aparenta. Especialistas explicam que o dente de pessoas jovens, de 20 a 35 anos, deve ser rígido, ter uma ponta translúcida, e a engrenagem perfeita entre os dentes superiores com os inferiores, quando só os caninos se encostam e os outros dentes não, quando se fecha a boca. Essa condição só acontece quando possuímos o esmalte do dente rígido ou preservado. Já um dente envelhecido tem manchas e as pontas desgastadas, condição que deveria aparecer em pessoas com mais de 55 anos de idade, mas está se tornando cada vez mais comum nos dias atuais, com o aumento no número de pessoas com dentes com mais idade biológica (aparência) do que a compatível com a idade real do indivíduo. Isso se explica, segundo especialistas, pela falta de conhecimento sobre produtos específicos que podem endurecer o esmalte do dente e, ainda, pela falta de hábito da limpeza e consultas nas quais se analisa: o índice de placa bacteriana, a saúde da gengiva, da mordida e da mastigação.

O dente envelhecido é aquele que tem a dentina exposta e as pontas desgastadas. Com o tempo, pela exposição da dentina, o dente envelhecido começa a manchar, apresentando a coloração amarela e depois marrom, muito por causa dos corantes do que comemos. Além disso, pela perda do volume do esmalte, eles vão se movimentando e os dentes de baixo invadem o espaço dos dentes de cima, começando a "lixar" e desgastar toda a arcada. Pesquisas apontam que mais de 90% das pessoas, no mundo inteiro, apertam ou rangem os dentes, o que potencializa o desgaste.

5 dicas para preservar a idade biológica do dente

1. Evitar fazer refeições com alto índice de acidez e escovar os dentes imediatamente. É indicado esperar 30 minutos para escovar os dentes depois de consumir ácidos, evitando, assim, a ação abrasiva das pastas dentais na superfície ainda amolecida do dente.

2. Evitar bebidas ácidas antes de dormir, quando os efeitos protetores da saliva estão reduzidos.

3. Usar placa protetora para dormir e em momentos que desencadeiam tensão entre os dentes (durante exercícios físicos, por exemplo). Essa proteção é fundamental para prevenir o grande malefício da perda de volume do esmalte.

4. Priorizar o fio dental e a boa escovação para evitar a pigmentação e as manchas dentais e as inflamações de gengiva.

5. Ficar alerta: a gengiva não deve sangrar jamais. Se sangrar, é forte indício de alguma doença.


(texto publicado no jornal Ponto a Ponto - 26 a 27 de outubro de 2019)

As moradoras vivas e mortas da raia - Laura Scofield/João Vitor Ferreira


As capivaras da raia olímpica se tornaram uma marca registrada da Cidade Universitária. Tudo começou há cinco anos, com um macho, duas fêmeas e cinco filhotes que chegaram pelo córrego Pirajussara. Na raia, a família de roedores encontrou o ambiente perfeito: comida, água limpa em abundância e nada de predadores. O resultado foi o crescimento exponencial da população, que atualmente é de aproximadamente 50 animais.

Mas assim como animais nascem, outros animais morrem. Há pelo menos três meses, como sugeriu o veterinário Derek Rosenfield, da Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia da USP, um animal morreu na raia e o cadáver continua lá. Agora decomposto, o corpo não apresenta mal cheiro, mas o abandono e a falta de zelo pela raia são materializados na presença do ser em decomposição.

A capivara morta está bem próxima à pista de caminhada, na altura do prédio de hidráulica, da Escola Politécnica.

Porém, para aqueles que frequentam o local, na medida do possível, está tudo bem. O veterinário garante que, apesar do incômodo em precisar ver um cadáver ao léu, não há risco algum de contaminação.

Encontramos outra capivara morta, em uma extremidade da raia e em estado ainda mais avançado de decomposição. Próximo ao corpo havia grande quantidade de ossos espalhados.

Responsabilidades

Derek, que estudou os roedores em seu doutorado, conta que é comum encontrar os animais mortos. Segundo ele, a responsabilidade por recolhê-los é da prefeitura do Campus, mas os responsáveis não fazem uma vistoria regular da área e dependem do aviso de terceiros todas as vezes que algum cadáver de animal é encontrado ao relento.

Adriana Cruz, assessora de imprensa da USP, pontua que as responsabilidades sobre as capivaras estão bastante diluídas. Ao Cepe, acabe a função de embalar o animal em um saco branco, preencher um formulário fornecido pela FMVZ e acionar a prefeitura do campus da Cidade Universitária (PUSP-C).

À prefeitura, cabe recolher e transportar o animal até a FMVZ,  caso a faculdade esteja fora do seu horário de funcionamento, o armazenamento deve ser feito em um galpão da PUSP-C. Na Veterinária, o trabalho consiste em reduzir e descartar a carcaça.

Porém, mesmo com todo este protocolo, é comum os animais serem jogados no lago, como afirmou Derek. A contaminação das águas não é um problema, a matéria orgânica é irrisória em relação ao volume de água. Porém, em função da utilização esportiva do lago por alunos e outros atletas, o descarta gera incômodos.


(texto publicado no Jornal do Campus - primeira quinzena - novembro de 2019)

Gotas que caem das árvores são excretas de insetos - Ana Gabriela Zangari Dompieri


Em algumas épocas os frequentadores do campus podem ver e até sentir muitas gotas caindo de árvores, um fenômeno às vezes tão intenso que parece estar chovendo embaixo delas. Matheus Januário explica o que gera esse curioso gotejamento.

Apesar de vermos normalmente no campus as gotas caírem de tipuanas, porque elas são as mais comuns nos espaços de circulação, várias espécies de árvores podem passar pelo processo que causa os pingos, resultado de uma relação de parasitismo. "O que cai, na verdade, é uma excreta que vários insetos soltam". Esses insetos são, principalmente, os hemípteros, parentes das colchonilhas, dos percevejos e dos pulgões. "Eles se alimentam da seiva das árvores, que é por onde correm os nutrientes das plantas".

Então, por mais que pareça e que a utilizada expressão "árvores que choram" leve a crer que são as árvores que pingam, não é isso que acontece. Matheus justifica a dúvida: "parece que são elas, porque esses insetos são muito pequenos, então é difícil vê-los, além de que como não conseguem furar a casca das árvores, eles ficam nos ramos mais novos e altos".

A seiva é composta à base de água, açúcar e outras substâncias como aminoácidos, mas são principalmente essas outras substâncias que interessam para os insetos. "Eles estão sugando essa seiva, absorvendo os compostos nitrogenados e expelindo o açúcar e água em excesso". Os  insetos vão soltando essa substância até que elas se agregam e pingam, não das árvores, mas deles.

A maior parte do líquido com que entramos em contato é uma inofensiva mistura de água com açúcar, mas ainda assim é uma excreta, então não se recomenda beber.

Observamos melhor esse fenômeno na primavera e verão, porque no calor os insetos crescem mais rápido e se reproduzem mais intensamente. Matheus acredita que se o processo estivesse prejudicando fortemente as árvores elas apresentariam fraqueza visível.

As árvores excretam substâncias também, principalmente na forma de resina (que em alguns casos se torna âmbar), mas normalmente não é com essa substância que temos contato na USP.

Os insetos chegam às árvores sozinhos ou carregados por algumas espécies de formigas, que têm o comportamento de carregá-los e defendê-los, esperando para usufruírem do produto açucarado do parasitismo.


(texto publicado no Jornal do Campus - segunda quinzena - novembro de 2019)

Por que respondemos "obrigado" com "de nada" ? - Bruna Estevanin


Para entender o porquê, é preciso explicar de onde vêm as expressões. A origem do agradecimento é obscura, mas houve um tempo em que, quando alguém recebia um favor ou um presente, era obrigatório retribuir. Assim surgiu o "obrigado" - e, mais tarde, sua variação no feminino. Ele vem do verbo em latim obligare, que significa "responsabilizar", "dever". Por isso, quando alguém nos agradece, é como se dissesse "fico devendo uma obrigação". Por educação, quem presta um favor responde "de nada", que significa "de modo nenhum" e vem do latim rem natam. Aqui no Brasil,  o regionalismo acabou dando origem a novas formas de dizer o mesmo, como "imagina", "não há de quê" e outras mais informais e recentes como "falou" e "valeu". Independentemente da versão escolhida, quando respondemos ao "obrigado" com expressões do gênero, estamos dizendo que "de modo nenhum você é meu devedor", "você não é obrigado a nada".

(texto publicado na revista Mundo Estranho edição 162)