Mindfulness é o nome em inglês da versão que caiu nas graças até de médicos no Brasil e no mundo. Os resultados são concretos: você ganha em saúde, sono e qualidade de vida como um todo
Tomar decisões, ter foco, manter a energia ao longo de uma semana de trabalho exaustiva. "Concentrar-se no presente, desenvolver inteligência emocional e aprender a lidar com o stress é tão importante para a produtividade quanto fazer exercícios e dormir bem", diz a neurocientista Tara Swart, professora da escola Sloan Executive Education, ligada ao Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT), nos Estados Unidos. Em visita ao Brasil a convite da Unilever, a especialista defendeu o conceito de sustentabilidade da mente em uma palestra no TEDx São Paulo. Para atingir esse estado de atenção plena, ela sugere a prática da meditação mindfulness. Especialistas do mundo todo fazem coro com Tara. Instituições como Harvard e Stanford e, aqui no Brasil, a Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) criaram departamentos para estudar os benefícios desse tipo de meditação. "Seja no ambiente corporativo, no escolar, seja no clínico, a técnica promove melhorias na qualidade de vida", aponta Marcelo Demarzo, professor do Departamento de Medicina Preventiva da Escola Paulista de Medicina da Unifesp.
1) Melhora o sono
Pessoas capazes de exercitar a atenção demonstram ter mais controle sobre suas emoções e comportamentos ao longo do dia. E, consequentemente, têm a cabeça mais sossegada à noite, o que facilita se desligar para dormir. Essa é a conclusão de um estudo da Universidade de Utah, nos Estados Unidos, realizado em 2013. "O natural é ter a mente tranquila, e não ansiosa e incapaz de aquietar os pensamentos até na cama", diz a monja Coen. "É preciso treino para não virar refém dessa agitação", completa.
2) Reforça a imunidade
Matthieu Ricard teve 128 sensores conectados ao cérebro. Ele foi um dos monges submetidos pelo cientista Richard Davidson, da Universidade de Wisconsin-Madison, a uma avaliação de seu cérebro, em 2009. Os religiosos foram escolhidos por já terem praticado, cada um, mais de 10 mil horas de meditação. Os resultados mostraram uma capacidade fora do comum de sentir felicidade, o que, além de gerar bem-estar, tem tudo a ver com saúde. Para o funcionamento do nosso corpo, o amor é melhor do que o ódio, a calma é melhor do que o nervosismo. "Nos momentos de stress, são liberados os hormônios cortisol e adrenalina, que, em excesso, prejudicam as defesas do organismo", explica Elisa Kozasa, neurocientista do Hospital Albert Einstein, em São Paulo.
3) Turbina o desempenho
Para a neurocientista Tara Swart, um cérebro saudável é essencial para a produtividade. "Quando o assunto é meditar, estamos falando de nos treinar para estar aqui e agora e de melhorar a forma como lidamos com situações estressantes. São habilidades importantes para os líderes, que fazem mil tarefas, lidam com muita pressão e precisam responder rapidamente às situações", exemplifica.
4) Combate a depressão
A terapia cognitiva baseada em mindfulness mostrou-se tão eficiente quanto medicamentos antidepressivos na prevenção de episódios recorrentes da doença, de acordo com um estudo realizado na Universidade de Oxford, no Reino Unido, e publicado neste ano no respeitado jornal médico The Lancet. "A técnica é simples e dá para aprendê-la sozinho. Mas pacientes com muita ansiedade ou transtornos graves devem contar com o apoio de um profissional até ganhar autonomia", alerta o médico Marcelo Demarzo. Nesses casos, cabe procurar um coach ou terapeuta experiente. Em mindfulnessbrasil.com, você encontra profissionais certificados pelo curso da Unifesp.
5) Ajuda na concentração
Em tempos digitais, somos interrompidos (ou atraídos) a todo instante pelo celular. A mindfulness é uma aliada de quem anda distraído. "O problema não é usar o Facebook ou o WhatsApp, mas não terminar uma tarefa por não resistir a qualquer notificação na tela do smartphone", diz Demarzo. Quem costuma praticar a técnica leva maior concentração para o restante do dia. "Como resultado, as pessoas ficam menos reativas e ganham discernimento para o que importa naquele momento."
1) Melhora o sono
Pessoas capazes de exercitar a atenção demonstram ter mais controle sobre suas emoções e comportamentos ao longo do dia. E, consequentemente, têm a cabeça mais sossegada à noite, o que facilita se desligar para dormir. Essa é a conclusão de um estudo da Universidade de Utah, nos Estados Unidos, realizado em 2013. "O natural é ter a mente tranquila, e não ansiosa e incapaz de aquietar os pensamentos até na cama", diz a monja Coen. "É preciso treino para não virar refém dessa agitação", completa.
2) Reforça a imunidade
Matthieu Ricard teve 128 sensores conectados ao cérebro. Ele foi um dos monges submetidos pelo cientista Richard Davidson, da Universidade de Wisconsin-Madison, a uma avaliação de seu cérebro, em 2009. Os religiosos foram escolhidos por já terem praticado, cada um, mais de 10 mil horas de meditação. Os resultados mostraram uma capacidade fora do comum de sentir felicidade, o que, além de gerar bem-estar, tem tudo a ver com saúde. Para o funcionamento do nosso corpo, o amor é melhor do que o ódio, a calma é melhor do que o nervosismo. "Nos momentos de stress, são liberados os hormônios cortisol e adrenalina, que, em excesso, prejudicam as defesas do organismo", explica Elisa Kozasa, neurocientista do Hospital Albert Einstein, em São Paulo.
3) Turbina o desempenho
Para a neurocientista Tara Swart, um cérebro saudável é essencial para a produtividade. "Quando o assunto é meditar, estamos falando de nos treinar para estar aqui e agora e de melhorar a forma como lidamos com situações estressantes. São habilidades importantes para os líderes, que fazem mil tarefas, lidam com muita pressão e precisam responder rapidamente às situações", exemplifica.
4) Combate a depressão
A terapia cognitiva baseada em mindfulness mostrou-se tão eficiente quanto medicamentos antidepressivos na prevenção de episódios recorrentes da doença, de acordo com um estudo realizado na Universidade de Oxford, no Reino Unido, e publicado neste ano no respeitado jornal médico The Lancet. "A técnica é simples e dá para aprendê-la sozinho. Mas pacientes com muita ansiedade ou transtornos graves devem contar com o apoio de um profissional até ganhar autonomia", alerta o médico Marcelo Demarzo. Nesses casos, cabe procurar um coach ou terapeuta experiente. Em mindfulnessbrasil.com, você encontra profissionais certificados pelo curso da Unifesp.
5) Ajuda na concentração
Em tempos digitais, somos interrompidos (ou atraídos) a todo instante pelo celular. A mindfulness é uma aliada de quem anda distraído. "O problema não é usar o Facebook ou o WhatsApp, mas não terminar uma tarefa por não resistir a qualquer notificação na tela do smartphone", diz Demarzo. Quem costuma praticar a técnica leva maior concentração para o restante do dia. "Como resultado, as pessoas ficam menos reativas e ganham discernimento para o que importa naquele momento."
(texto publicado na revista Claudia nº 1 - ano 55 - janeiro de 2016)
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