Termo está no centro do polêmico novo filme de Matt Damon
A Grande Muralha, claro, se passa no mais famoso monumento da China. Mas não estranhe se você notar que a palavra mais associada ao filme é um termo em inglês, não em mandarim. O épico vem sendo criticado por promover o "whitewashing": a escalação de brancos em papéis que deveriam pertencer a atores de outras etnias ou a decisão de colocar sempre um personagem branco como herói - mesmo em histórias que se passam em outra cultura ou país. No caso, William Garin (Matt Damon), e uma tropa de elite se posicionam na muralha para impedir o avanço de monstros taotie, da mitologia chinesa. O filme não foi o único a cometer o erro.
O último mestre do ar
A versão live action do desenho Avatar: The Last Airbender escalou um norte-americano, Noah Ringer, como protagonista. Foi um fracasso por vários motivos - entre eles, a campanha de boicote #AangAaintWhite ("Aang Não é Branco")
Peter Pan
Outra adaptação equivocada. Como cereja do bolo, a norte-americana Rooney Mara viveu Tiger Lilly, uma personagem indígena. Mara pediu desculpas depois: "Nunca mais quero estar do lado errado desse debate novamente"
Vigilantes do amanhã
A versão do mangá/anime Ghost in the Shell estreia com um elenco polêmico: só os papéis secundários foram mantidos com atores orientais. Os principais foram para os norte-americanos Scarlett Johansson e Michael Pitt
Doutor Estranho
O Ancião, tradicionalmente retratado como tibetano nas HQs, foi vivido pela inglesa Tilda Swinton. O debate pegou fogo - e forçou a atriz a até revelar e-mails particulares que trocou com a comediante Margaret Cho, de ascendência asiática, sobre o problema.
Sob o mesmo céu
Emma Stone parece filha de havaianos e chineses para você ? Para o diretor e roteirista Cameron Crowe, que criou a personagem Allison Ng, sim. "Aprendi como o problema do 'whitewhasing' é prevalente", desculpou-se a atriz depois.
(texto publicado na revista Mundo Estranho edição 191 - fevereiro de 2017)
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