Se você acabou
de ler o mesmo parágrafo 12 vezes porque a pessoa ao seu lado no ônibus está
papeando no celular, sinta-se à vontade para compartilhar isto: cientistas
descobriram mais uma evidência de que ouvir conversas de celular é muito mais
irritante (e distrai muito mais) do que um diálogo entre duas pessoas ao seu
lado.
Num estudo publicado na revista 'PLoS One', estudantes universitários tinham de completar anagramas enquanto um pesquisador falava ao celular, ou enquanto dois pesquisadores conversavam na mesma sala. O grupo com a conversa ao celular ficou muito mais irritado e distraído – e muito mais inclinado a se lembrar do conteúdo da conversa – do que o outro; as tarefas eram as mesmas.
Num estudo publicado na revista 'PLoS One', estudantes universitários tinham de completar anagramas enquanto um pesquisador falava ao celular, ou enquanto dois pesquisadores conversavam na mesma sala. O grupo com a conversa ao celular ficou muito mais irritado e distraído – e muito mais inclinado a se lembrar do conteúdo da conversa – do que o outro; as tarefas eram as mesmas.
O estudo é o mais recente num crescente corpo de pesquisa sobre por que
os celulares são tão cotados na lista de fatores irritantes modernos. Cada vez
mais evidências sugerem que os hábitos estimulados pela tecnologia móvel –
neste caso, falar alto em público com alguém que não está ali – são feitos sob
medida para atropelar as funções cognitivas de transeuntes.
Uma razão, segundo Veronica V. Galvan, professora assistente de
psicologia na Universidade de San Diego e principal autora do estudo, é o
desejo do cérebro de preencher as lacunas.
'Ao escutar só uma pessoa falando, você fica constantemente tentando
colocar aquela parte da conversa em contexto', explicou Galvan. 'Isso
naturalmente tira sua atenção de qualquer coisa que estiver tentando fazer.'
É também uma questão de controle, continuou Galvan. Quando as pessoas
estão presas junto a apenas um lado da conversa – hoje conhecido como
'meiálogo' –, sua raiva cresce como em outras situações onde elas não estão
livres para ir embora, como na espera por um trem.
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