quinta-feira, 20 de dezembro de 2018
quarta-feira, 19 de dezembro de 2018
Chocólatra, eu ? - Silvana Silva
O que diferencia os amantes dos viciados em chocolate ?
Quem se lembra de Bridget Jones que em seu diário confessava comer cinco chocolates antes do café da manhã para depois lamentar do ganho de peso ? Chocolate é assim mesmo, suas propriedades às vezes se assemelham às drogas que nos levam, em pouco tempo, do paraíso ao inferno.
Chocolates não são únicos e seus efeitos variam de pessoa para pessoa. Pesa nisso não apenas o gosto individual de quem o consome, mas a própria formulação. Os amargos puros têm menos açúcar e gorduras e são considerados mais saudáveis, mas a preferência costuma ser pelos mais suaves, doces e com índice maior de gorduras, sem falar nos que são misturados com cereais, castanhas, frutas, licores e até pimentas que provocam sensações completamente diferentes na boca.
Em tabletes, trufas, brigadeiros, bombas, cupcakes, em recheios ou coberturas, não importa, ele parece ser a solução para todos os nossos problemas. A responsável por essa sensação é a feniletilamina, uma substância presente no cacau que, entre outras coisas, aumenta a produção de serotonina, ligada à sensação de prazer. Por isso ele alivia a depressão e a ansiedade. Um estudo da Universidade de San Diego descobriu que no chocolate há uma substância chamada andamina, que tem mais ou menos os mesmos efeitos da maconha, mas para obter os mesmos efeitos, seria necessário comer 25 quilos de chocolate para sentir uma excitação perceptível. A cafeína e a meletina são excitantes e a teobromina, também presente no cacau, ajuda a acalmar. Por isso, o chocolate rico em cacau é indicado para quem quer dormir melhor. Parece esquisito ? Não é! Tudo depende da quantidade e da qualidade do cacau presente em cada produto. Por isso há quem desconfie que o açúcar tenha lá sua responsabilidade nessa "fissura" pelo chocolate. Os mais apreciados são as versões mais doces, ao leite, com menor teor de cacau também.
Para alguns, o consumo excessivo do chocolate não pode ser comparado ao vício em drogas. Seria uma dependência psicológica. Não há crise de abstinência. Especialistas explicam que o chocólatra tem compulsão pelo doce, assim como há os que têm compulsão por jogos, internet, etc. Ele come uma grande quantidade de chocolate em pouco tempo, se sente culpado e provoca vômito. Come escondido, esconde o doce para não ter que dividir e chega a sair de madrugada de casa em busca do produto. O chocólatra tem "fissura" por chocolate, mas as consequências são mais sociais que relacionadas à saúde.
A tendência dos excessos é ganhar peso, seguida do aumento da barriga, gordura nas artérias, hipertensão, diabetes Tipo 2 e infarto. Nem todos, entretanto, seguem esse caminho. Há quem consuma chocolate em grande quantidade e não engorde graças a fatores genéticos e estilo de vida.
Durante a TPM (tensão pré-menstrual), ou num momento de ansiedade, consumir chocolate até ajuda, mas o excesso pode levar ao ganho de peso e outros problemas para a pessoa. Para quem tem enxaqueca o consumo de cacau pode desencadear crises e, quem come chocolate diariamente está sujeitos a dores de cabeça ao parar abruptamente. Isso acontece pela falta da cafeína.
Nutricionistas lembram que há diversas opções no mercado que vão do branco - menos saudável por ter mais gordura -, aos que levam 100% de cacau, passando pelos de alfarroba e os de soja. O amargo tem um gosto mais forte que dificilmente agrada as crianças. Os de soja podem ser consumidos por quem tem intolerância à lactose.
A fama de afrodisíaco não tem comprovação científica. Não há indícios de que ele aumente a libido, mas a sensação de felicidade pode tornar a pessoa mais predisposta ao sexo.
Pesquisas realizadas no Hospital das Clínicas de São Paulo indicaram que as mulheres estão mais sujeitas à compulsão por chocolate e as variações hormonais podem estar na raiz do problema. Outra explicação é o fato das mulheres compulsivas terem a tendência a preferir açúcar e gorduras, enquanto o homens consomem mais sal e gordura.
Quando a situação exige tratamento é importante que o chocólatra assuma que é compulsivo e aceite espontaneamente o tratamento. Em geral, isso acontece quando a situação cria algum tipo de sofrimento para o indivíduo. A terapia associada com medicamentos, como antidepressivos, resolvem o problema. Na maioria das vezes, entretanto, o próprio compulsivo não leva essa questão a sério, fazendo até piada da situação.
Nos casos menos graves, uma alternativa é "educar" o paladar. Quem não consegue abrir mão dos mais doces e gordurosos, pode procurar mesclar esse tipo com os meios amargos, aumentando a concentração do segundo paulatinamente até chegar ao limite máximo sem perder o prazer.
O assunto é tão sério que há até um site intitulado Chocólatras Online que trata das curiosidades que envolvem o produto, o tipo, os modos de avaliar e uma série de dicas para um consumo saudável. O mesmo site criou uma classificação dos chocólatras. Será que você se encaixa em uma delas ?
Que tipo de chocólatra você é ?
CHOCO TUDO: é um consumidor pouco seletivo, que "adora" tudo que tenha chocolate (mousse, bolo, cookies, barrinha de cereal, biscoito, brigadeiro, etc), mas curiosamente não é fã de barras de chocolate. Na verdade, ele parece mesmo viciado em açúcar. O chocolate entra como parte do pacote.
CHOCO DOCE: é outro amante pouco fiel do produto. Não gosta de chocolate puro. Prefere bombons, trufas, ovos de Páscoa recheados, tabletes com frutas secas. Para este, chocolate só é bom se tiver acompanhamento.
CHOCO BRANCO: para alguns, chocolate branco nem deveria ter esse nome, já que tem apenas a manteiga do cacau. Assim, o choco branco não pode ser classificado como um apaixonado por chocolate. Gosta mesmo é de açúcar e leite.
CHOCO NORMAL: provavelmente, aqui fica a maioria dos brasileiros que, em geral, gosta da versão ao leite bem doce. Dica: prefira os que têm o cacau em primeiro lugar na lista de ingredientes e não tenha gordura vegetal hidrogenada na sua formulação.
CHOCO LOVER: é um apaixonado incapaz de perceber as sutilezas de cada chocolate. Gosta de todos, sem distinção, com e sem recheios, incluindo os amargos mais puros. Gosta tanto de doces como de chocolate. Esse tipo precisa refinar o paladar para perceber as nuances das diferentes concentrações e marcas.
CHOCO GOURMET: já pode ser considerado um apaixonado acima da média. Prefere os amargos, mais saudáveis. Preocupa-se com a porcentagem de cacau presente no produto. Sabe que as melhores opções no máximo tem cacau, açúcar, manteiga de cacau, baunilha e lecitina de soja (sendo os dois últimos, dispensáveis). Dica: experimente os de dois ingredientes apenas, os bean-to-bar (do grão à barra, mais artesanais, mais naturais, produzidos em pequena escala) e os de origem única, com a indicação de onde veio o cacau.
CHOCO PURISTA: este prefere barras de chocolates bean-to-bar, de origem única e pouquíssimos ingredientes, podendo ou não ter manteiga de cacau, baunilha e lecitina. O cacau é para o chocolate o que as uvas são para os vinhos: a variedade do fruto e as características de solo e clima de cada região produzem aromas e sabores únicos, o que é impossível no processo industrial. Devido à escala de produção industrial e a necessidade de padronização (isto é, determinado chocolate tem que ter sempre o mesmo gosto), as empresas misturam lotes de cacau de origens e qualidades diferentes e adicionam ingredientes artificiais para uniformizar o sabor. Dica: para quem já tem experiência com chocolates premium e já sentiu a diferença entre chocolates de origens diferentes, observe as diferenças dos chocolates de mesma origem com e sem manteiga de cacau.
SUPER CHOCO PURISTA: esse é um expert no assunto. Consome só chocolates bean-to-bar 2 ingredientes, já experimentou muitas iguarias e tem muita história para contar. Se conhecer um desses, não perca a oportunidade de trocar histórias e impressões.
(texto publicado na revista Shop News Vertical edição 51 - ano 6 - 2018)
sexta-feira, 30 de novembro de 2018
sábado, 24 de novembro de 2018
Conheça a origem da expressão Black Friday - Vinícius Bacelar
A ação de reduzir os preços, amanhã, mundialmente conhecida como Black Friday, surgiu nos Estados Unidos, em 1869. Á época, comerciantes norte-americanos resolveram fazer promoções para que as suas contas saíssem "do vermelho" e voltassem "ao preto".
No Brasil, as pessoas usam a expressão "ficar no azul" para mostrar que a situação financeira é boa. Porém, nos EUA, quando alguém diz estar "azul" (I'm blue) a conotação é negativa. Pode-se interpretar que ela esteja em uma fase depressiva. Por isto, a escolha da palavra black ou preta.
Apesar da expressão Black Friday ter origem econômica, na década de 1960, o movimento negro norte-americano Black Power tentou mudá-la para Big Friday, já que alguns registros ligavam o antigo nome à venda de escravos. No entanto, a expressão Big Friday não pegou.
Isto porque policiais da Filadélfia insistiam em dizer Black Friday pro causa do trânsito caótico provocado pelos consumidores. A cidade "travava" com o acúmulo de pessoas que saíam de suas casas em busca das melhores promoções. Então, os agentes passaram a tratar tal dia como uma "sexta-feira negra". Com o tempo, os comerciantes conseguiram dar uma conotação positiva ao termo.
No Brasil, as lojas adotam a prática de dar descontos em uma data específica desde 2010. O publicitário e empreendedor Pedro Eugênio foi o responsável por trazer a ideia ao País.
Por um tempo, consumidores brasileiros chegaram a ter uma certa resistência em relação à Black Friday e lhe deram o apelido pejorativo de Black Fraude - no qual os produtos seriam vendidos "pela metade do dobr do preço original".
Mas isto tem mudado com o passar dos anos. Tanto que em 2017, o comércio na data movimentou R$ 2,1 bilhões, segundo o site oficial www.blackfriday.com.br.
(texto publicado no jornal Metrô News de 22 de novembro de 2018)
quinta-feira, 8 de novembro de 2018
Chocolate pode ter servido como moeda para os maias - Ana Carolina Leonardi
O amor pelo cacau na América Latina impactou tanto a boa quanto o bolso.
Mais que um alimento luxuoso, o chocolate pode ter adquirido uma importância financeira considerável no Império Maia a partir do século 3. A arte da época já revela uma preferência particular dos nativos pelo cacau, que era transformado em um caldo servido em copos de barro. Esse chocolate quente primitivo já era sinal de status - e, segundo murais do século 7, podia ser trocado por outros produtos básicos, como massa à base de milho. Mas a importância do chocolate - ou pelo menos do fruto que lhe dá origem, o cacau - teria ido além do escambo. Ele pode ter dado origem a um sistema monetário mais complexo. A arqueóloga Joanne Baron analisou 180 obras de arte produzidas na América Central, entre os anos 691 e 900. Elas mostram que grãos de cacau passaram a ser aceitos como impostos pelos reis da época. Secos ou fermentados, eles duravam um bom tempo e eram raros na região. Segundo Baron, os lideres coletavam muito mais cacau do que o palácio seria capaz de consumir - sinal de que o valor do chocolate não era uma questão meramente gastronômica e o cacau-moeda servia, provavelmente, para pagamento de serviços e comércio entre povos vizinhos.
(texto publicado na revista Super Interessante edição 392 - agosto de 2018)
segunda-feira, 29 de outubro de 2018
Por que sentimos cãibras ? - César Kurt (Sempre quis saber)
1) Nossos músculos se contraem o tempo todo. Em obediência a uma ordem do cérebro, a placa motora - localizada entre o nervo e o músculo - dispara uma carga elétrica que, por si só, altera o equilíbrio entre o potássio, dentro da fibra muscular, e o sódio, que fica fora dela. Essa é uma contração normal.
2) Mas, quando nos alimentamos mal, há um desequilíbrio nos teores desses minerais. Ocorre, então, uma troca de posição - o potássio sai da fibra e o sódio entra nela. O resultado é que o músculo se contrai involuntariamente e isso impede o relaxamento da região. Daí a dor intensa.
3) Outra causa é a fadiga muscular, que obriga o corpo a buscar energia no glicogênio, o açúcar do músculo. Quando ele se desfaz, grande quantidade de ácido láctico é liberada. Essa substância penetra na placa motora, dificulta sua missão de disparar a carga elétrica e torna o ambiente mais ácido, propenso às cãibras.
(texto publicado na revista Saúde é vital - nº 300 - julho de 2008 (Edição 25 anos)
Ficar de boca fechada: um dos segredos da vida (O Segredo)
Nunca, nunca, nunca fale mal dos outros; mas, principalmente, não fale mal de si mesmo, não fique contando suas misérias, problemas e tristezas para encontrar conforto na ‘pena’ alheia. Atrair os olhos da piedade é desejar e invocar sobre si condições dignas de piedade.
Indivíduos sem um ‘centro’ falam demais, estão sempre prontos a opinar, criticar, espalhar, reproduzir, acrescentar e fomentar falatórios de maneira irrefletida e desorganizada; eles não sabem, mas esta é a maneira mais rápida de se perder totalmente o Poder da Palavra.
Não manter a boca fechada é caminho certo para desperdiçar energia e vitalidade.
Ao ministrar cursos de Oratória, sempre insisto que inexiste melhor mecanismo de se ampliar essa capacidade do que ‘Calar a Boca!’. E manter a boca fechada não significa apenas não proferir palavras a esmo, mas estar atento a como nascem e se processam os pensamentos, a como eles podem ser canalizados e dirigidos favoravelmente.
Não raras vezes, uma ‘língua solta’ vem acompanhada de uma mente tíbia, um raciocínio raso e um temperamento descontrolado.
No Plano Astral, uma pessoa que não domina o Poder da Palavra apresenta-se em uma Aura turbulenta, onde as Forma-Pensamentos giram pra todos os lados sem lei e ordem. São soldados desgovernados, frágeis e completamente desarmados, susceptíveis a qualquer influência ou ataque externo. Trata-se espiritualmente de alguém que, desguarnecido, tende a sentir-se constantemente desanimado, desmotivado, cansado, oprimido e deprimido.
Quem não controla o Falar, não controla o Pensar e portanto não domina o próprio Existir.
Se cuidar e expandir a própria existência é o melhor Serviço que podemos prestar para a humanidade, ‘Calar’ é prática mais proveitosa que podemos aplicar em nossa própria vida.
Quem desenvolve a capacidade de Silenciar aproveita maravilhosas oportunidades de, no mínimo, não falar bobagens.
Parece algo óbvio e fácil mas não o é, a dificuldade em saber a hora de sair de cena, descer do palco e permitir que o Universo termine o espetáculo, é uma das razões para tanto stress e desajustes.
Quando se permite dominar pela ânsia de ‘responder a altura’, dar o troco, fazer-se ouvir, impor-se, gritar mais alto, se fazer presente a todo e qualquer custo vai se criando ‘ralos’ que sugam a Energia Pessoal
Desinstale do coração o hábito de reproduzir acontecimentos desagradáveis, tragédias, desastres e catástrofes; evite mergulhar nas ondas de raiva coletiva, de fofoca comunitária, de falatórios generalizados.
Aprenda a Silenciar.
Silenciar é manter a mente concentrada sobre o que é verdadeiramente importante para si, é abster-se de colocações desnecessárias e dizer apenas aquilo que condiz com o que se deseja ver manifesto no próprio Universo.
Silenciar é ser Grato.
Silenciar é colocar em palavras a Força, a Abundância, o Equilíbrio, a Saúde, a Iluminação, a Felicidade e o Bem.
Silenciar é também brigar pelos direitos, é ir pras ruas e entrar no campo de batalha se necessário for; mas é igualmente saber voltar ao estado de Paz e Centralidade.
Silenciar é a única maneira de adquirir o Poder da Palavra.
Fonte: Verdade Mundial
sábado, 27 de outubro de 2018
A assustadora história da mochila, em Londres - Concília Ortona (jornalista do Centro de Bioética do Cremesp)
Qual é a situação mais apavorante em uma viagem ao exterior ? A bagagem extraviar ? Fichinha. Passar mal e não saber como se explicar ao médico turco, grego... norte-americano ? ... argentino ? Dá-se um jeito. Perder o cartão de crédito ? Está ficando quente, mas multiplique isso por quinze: que tal perder "a mochila" ? Não uma caríssima, vagabunda mesmo.
Como assim ?
Filosofando como faz quem descreve uma pessoa... assim... sem atributos físicos: o valor está no conteúdo. No caso, nos passaportes de todos os viajantes, além dos (parcos" euros, e das (minguadas) libras.
Explicando do começo. Como sempre, minha pequena família tira férias do tipo "pague por dois e leve três". Com o dinheiro pra lá de contado, pareceu boa ideia percorrer de trem, o trajeto até o aeroporto secundário de onde saem voos low cost de Londres até Edimburgo, rumo à nossa pousada já paga pela internet e, depois, para Paris.
Sejamos francos: até então, o paizão havia protegido com a própria vida "a mochila" do nosso destino. Mas, por estar distraído com a (costumeira) mala enorme, ou por culpa daquela loira que lhe deu uma piscada britânica - melhor esquecer -, ao descer do trem, nem notou estar mais leve.
Milésimos de segundos depois, meu espírito sinalizou algo errado - Cadê a mochila ? (grito). Três pares de olhos em direção às portas semicerrando do trem e, em seguida, o doloroso aviso sonoro em beep - que, se traduzido, significaria "ferrou".
- Mãe, o que houve ? Silêncio. O pai, quase um metro e noventa, desabado no chão, em lágrimas.
A mim coube enviar ao cérebro os comandos: respire fundo. Pense. Pernas, controlem o tremor... Procure agora algum funcionário da estação disposto a nos ajudar a encontrar a mochila e a vossa fluência em inglês - aliás, a primeira a sumir.
Foi quando o conheci. Ele. Saint David, para quem, aliás, até hoje dirijo minhas orações. Tá bem: não sei bem qual era o cargo do moreno de bigodes e uniforme da estação. Devia ser importante, pois, rápido, passou a mexer seus pauzinhos (sorry, é um Santo!) para socorrer os brasileiros apavorados. Fez isso, porém, não sem antes soltar um compreensível e incrédulo "uau"! Passports, as well ? Oh, no!
Pragmático, David disparou: relax. Let's forget the fly, ok ? Continuou: "em que vagão estavam?". - Se os canhotos das passagens não estivessem na mochila, seria mais fácil responder. "Frente, meio, atrás" - Well...
Quando nada parecia funcionar, nosso David traçou sua estratégia sombria: como o trem era intermunicipal, nada poderia ser feito até que chegasse à próxima cidade, ou na outra, right ? "Ainda que sua bag esteja no lugar que nem sabemos qual, nada garante que as coisas estejam lá dentro". Alright ?
A essa altura, já estávamos todos em estado de inércia mental, pós-grandes sustos. Em - eterna - meia-hora, David voltou animadinho, well, para o padrão londoner de ser. "Acharam a mochila em um bagageiro para bolsas".
Sem energia para comemorar, fizemos menção de nos levantar do chão, mas, após olhar para a filha, com cara de "não, ainda não entendi" e para o marido, ainda em prantos (se aprume, homem!), sugeriu: "que tal só a senhora ir buscar ?".
E lá fui eu, rezando, até ver de longe o colega carrancudo do David, duas estações depois, com a mochila entre as pernas - e jeito de poucos amigos. No melhor estilo Scotland Yard, perguntou tudo o que havia dentro dela, inclusive, as frutas acondicionadas - no caso, uvas. "Orange ? Banana ? Apple ? Hello, não é mais simples confirmar se sou eu, no passaporte ?"
Enfim. Nem vou me prolongar no fato de que, para irmos a Edimburgo (ou dormir na Trafalgar Square e forget Paris), precisamos retornar à Victória Station e ir em pé, por seis horas, no último trem de linha da sexta-feira, recheado por alcoolizados torcedores de futebol americano (juro!) do Newcastle.
Basta dizer que, ao abrir a mochila, tudo estava lá: os passaportes e o restante dos documentos, bem como, as libras e os euros, contados e enrolados em papel celofane.
A última coisa que disse a São David foi um irônico "se fosse no Brasil...", ao que ele riu alto e respondeu "não esquenta, não roubaram sua mochila porque imaginaram que tivesse uma bomba dentro".
É... cada um com seus problemas...
(texto publicado na revista Ser Médico nº 84 - Ano XXI - jul/ago/set 2018)
sexta-feira, 19 de outubro de 2018
A gente se acostuma com o que não devia - Beatriz Mazzei
É tudo questão de costume, eles dizem.
Então a gente se acostuma a trabalhar em repartições que parecem caixas, a sentar em cadeiras desconfortáveis, a usar calça social, gravata que aperta, salto que dá calo. A roupa é tão quente que ligamos nosso ar condicionado, e assim, logo se acostuma com as janelas fechadas, logo se acostuma com o vidro escuro, logo se acostuma com a impossibilidade de assistir ao pôr-do-sol, logo se esquece da hora. Nossa, o dia voou.
A gente se acostuma a chegar tarde em casa e jantar rápido para dormir logo. De tão rápido, nem vale a pena se reunir à mesa, logo se acostuma a comer no sofá vislumbrando as imagens da telenovela enquanto se alimenta depressa. Assim se perde o sabor, a comida esfria, as conversas cessam.
A gente se acostuma com horários que não batem, a dizer "hoje eu não posso". A não dar atenção a quem amamos. Dormimos exaustos, sem ver nosso filho, nossa esposa, nossa mãe.
A gente se acostuma a abrir os olhos com a escuridão do dia que mal amanheceu. A se entupir de café para acordar e a pagar caro pela condução.
A gente se acostuma a dar bom dia pro motorista que já se acostumou com a nossa cara, e a ficar em pé no ônibus cheio, ouvindo o noticiário da manhã para não perder o tempo da viagem durante o congestionamento de duas horas.
A gente se acostuma com o jornal que te informa sobre a violência do centro, a chacina na comunidade, o trânsito da marginal, a falta de leitos nos hospitais e a corrupção da polícia e do Planalto Central.
A gente se acostuma a temer. Com o medo vivemos em nossos condomínios fechados, acionamos sistemas de segurança, contratamos guaritas, alongamos os muros, fixamos cercas elétricas, blindamos nossos carros.
A gente se acostuma com a violência. Voltamos antes do toque de recolher, sabemos que a bala come solta e ai de quem estiver no lugar errado, na hora errada. Logo se acostuma a sair em bando, a rezar, a dar satisfação. Bença mãe, cheguei em casa, tô bem, hoje eu não morri.
A gente se acostuma com o abismo social, com o racismo estrutural, com o tráfico, com a pobreza. E à medida que se acostuma, acha normal, naturaliza-se.
A gente se acostuma com a miséria de amor e com a pobreza de espírito. Recolhemos migalhas, nos contentamos com pouco. Logo se acostuma a viver em relacionamentos tóxicos e abusivos ou frios, mornos, sem sal, sem açúcar, sem tempero nenhum.
A gente se acostuma a sair com as pessoas e gastar mais tempo encarando o celular do que olhando nos olhos. Mesmo assim voltamos para casa contentes. Dormimos com a sensação de dever social cumprido.
A gente se acostuma com a ansiedade, com a claustrofobia, com os pânicos. O tempo é curto demais para essas "besteiras". Nós deixamos pra lá.
A gente se acostuma a deixar pra lá. Não se mexe em feridas, não se abre o coração: a ignorância é uma benção e o autoconhecimento desnecessário. Logo se acostuma a sentir vergonha da tristeza e engolir o choro. Ser forte é colocar tudo debaixo do tapete.
A gente se acostuma com as incertezas da juventude, com a desilusão da meia idade, com as limitações da velhice. As fraquezas de cada fase: não dá porque tenho que estudar, não dá porque preciso trabalhar, não dá porque estou muito velho, meu tempo já foi.
A gente se acostuma a viver de nostalgia, esquecer das datas, errar os nomes, repetir as frases e andar devagar.
A gente se acostuma com o fato da morte e nos preparamos para o fim inevitável. Todo mundo sabe que vai morrer, a gente só não sabe que é possível padecer em vida, um dia de cada vez, se acostumando.
Sim, a gente se acostuma. Mas não devia.
(texto publicado na revista Fala! Universidades - Aqui você é notícia - #33 - junho de 2018)
domingo, 14 de outubro de 2018
Netflix presencial: Afeto e nostalgia garantem a resistência das viodelocadoras na era do streaming - Ana Capelli e Isabela Barreiros
Os corredores cheios de caixinhas coloridas, passar horas andando por eles, vagando por cada uma das seções e decidindo qual era a melhor opção. Pedir indicações ao dono da locadora, e às vezes até mesmo às pessoas que visitavam o mesmo corredor que você. Então devolver os filmes da semana seguinte - depois de rebobinar a fita VHS, antes dos DVDs chegarem - , frustrado quando o tempo não havia sido o suficiente para assistir todos eles. As idas e videolocadoras eram um programa frequente para quase qualquer um que tenha crescido entre a década de 1970 e meados dos anos 2000. Hoje em dia é raridade, e nos parece até estranho que alguém saia de casa para escolher um filme, quando temos milhares de títulos e apenas um clique.
A indústria mostrou rapidamente em menos de duas décadas, rebobinamos VHS, usamos aparelhos de DVD e agora assistimos Netflix. Em 2010, havia 2 mil locadoras de filmes registradas no Sindicato das Empresas de Vídeo em São Paulo. Cinco anos depois, o número já havia sido reduzido para 532. As causas disso vêm desde a evolução da Internet em si até os serviços de streaming hoje. Primeiro, as TVs a cabo, que possuíam diversos títulos e exigiam apenas a vontade de vê-los, com comodismo e facilidade. Devido ao avanço da pirataria nas redes, juntamente com a possibilidade dos downloads ilegais, o ato de sair de casa e ir à locadora passou a parecer desnecessário. Isso é ainda mais perceptível quando os serviços de streaming se tornaram os maiores companheiros dos que gostam de cinema. É bem provável que a grande maioria dos clientes das antigas videolocadoras hoje façam parte dos 131 milhões de assinantes que a Netflix coleciona ao redor do mundo.
Mas o computador não traz o cheiro que vem junto com as caixinhas de DVD. Também não consegue repetir a sensação de ter todas as opções de títulos no toque da sua mão. Andar pelos corredores das locadoras é muito mais do que apenas escolher algo para assistir - é a experiência de estar em um ambiente que te possibilite o "além-filme". A facilidade do streaming faz sentido em uma sociedade contemporânea que deseja rapidez e racionalidade em tudo, mas isso não quer dizer que a nossa relação com objetos de afeto precise ser analítica dessa maneira. "Existia uma magia no ato de levar um filme para casa. Eu me lembro do cheiro das fitas, de você precisar rebobiná-las após assistir. Era uma experiência física, muito sensorial e também sociocultural" explica o diretor do documentário CineMagia, que narra os últimos movimentos das videolocadoras no Brasil, Alan Oliveira.
E é acreditando nisso que alguns lojistas teimosamente mantêm seus estabelecimentos. Daquelas milhares de locadoras de São Paulo, poucas resistem até hoje, alimentadas por um tanto de saudosismo e outro de fidelidade. O fenômeno é mundial - nos Estados Unidos, berço de companhias como Hulu e Netflix, apenas uma das milhares de franquias da gigante Blockbuster continua de portas abertas. A dona da loja em Bend, Oregon, afirma: 'eu acredito que finalmente encontramos aquele ponto confortável, onde as pessoas começaram a entender que vir até aqui, escolher um filme, andar por aí, conversar sobre filmes... É algo de que as pessoas sentem falta."
"Há lugar para ambos. Há um lugar para Netflix e Hulu. E há um lugar para isso [as videolocadoras]". É o que Sandy, a proprietária da última franquia da Blockbuster nos EUA, também defende. E a resistência das últimas videolocadoras do país ressalta a possibilidade de coexistência de duas tecnologias que, em suas diferenças, expressam a mesma paixão pelo cinema.
(texto publicado na revista Fala! Universidades, conteúdo jovem de verdade - #36 - setembro de 2018)
segunda-feira, 1 de outubro de 2018
sábado, 29 de setembro de 2018
segunda-feira, 24 de setembro de 2018
sexta-feira, 14 de setembro de 2018
quarta-feira, 12 de setembro de 2018
Síndrome de desordem pós 40 (A grande arte de ser feliz)
A todos que já passaram dos 40 anos, um abraço. E quem não passou, tente não rir e tenha esperança, pois um dia vai chegar lá! Para quem já passou dos 40 vai estar com os mesmos sintomas. Acabaram de descobrir o diagnóstico desta síndrome. Explico melhor:
1. Outro dia decidi lavar o carro: peguei nas chaves e fui em direção a garagem, quando notei que tinha correspondência em cima da mesa.
2. Ok, vou lavar o carro, mas antes vou dar uma olhadinha, pois pode ser alguma coisa urgente.
3. Ponho as chaves do carro na escrivaninha ao lado e, olhando o correio vejo que tem algumas contas para pagar e muita propaganda inútil, pelo que decido jogá-la fora, mas vejo que o cesto do lixo está cheio.
4. Então lá vou eu esvaziá-lo. Coloco as contas sobre a escrivaninha, mas lembro-me que há um banco eletrônico perto de casa e vou primeiro pagar as contas.
5. Coloco o cesto de lixo no chão, pego as contas e vou em direção a porta.
6. Onde está o cartão do banco? No bolso do casaco que vesti ontem.
7. Ao passar pela mesa do jantar, olho para uma cerveja que estava bebendo. Vou buscar o cartão, mas antes vou guardar a cerveja na geladeira.
8. Vou em direção à cozinha quando noto que a planta no vaso parece murcha, é melhor por água antes.
9. Coloco a cerveja na mesa da cozinha quando… Ah! Achei meus óculos! Estava à procura deles há horas! É melhor guardá-los já!
10. Pego um jarro, encho-o de água e vou em direção ao vaso.
11.No caminho para o vaso encontro o controle remoto da televisão em cima da pia! À noite quando quiser ligar a tv não vou lembrar de procurar na cozinha. É melhor levá-lo já para a sala. Mas…
12. Ponho os óculos sobre a mesa e pego no controle remoto.
13. Coloco água na planta, mas caiu um pouco no chão. Deixo o controle remoto no sofá e vou buscar um pano.
14. Vou andando pelo corredor e penso que precisava trocar a moldura de um quadro.
15. Estou andando e já não sei o que ia fazer!
16. Ah! Os óculos… Depois! Primeiro o pano. Pego nele.
17. Vou em direção ao vaso, mas vejo o cesto do lixo cheio.
18. Final do dia: o carro continua por lavar, as contas não foram pagas, a cerveja lá está, quentinha, a planta levou só metade da água, não sei do cartão do banco, nem onde estão a chaves do carro!
19. Quando tento entender porque é que não fiz nada hoje, fico atônito, pois estive ocupado o dia inteiro!
20. Percebo que isto é uma coisa muito séria e que tenho que ir ao médico, mas antes, acho que vou ver o resto do correio…
E agora? sinceramente não sei!
terça-feira, 11 de setembro de 2018
domingo, 9 de setembro de 2018
quinta-feira, 6 de setembro de 2018
terça-feira, 4 de setembro de 2018
sexta-feira, 31 de agosto de 2018
quinta-feira, 30 de agosto de 2018
quarta-feira, 29 de agosto de 2018
terça-feira, 28 de agosto de 2018
Aprenda a não revidar, deixe que a vida faça isso por você - Marcel Camargo (O Segredo)
Aprenda a não revidar, deixe que a vida faça isso por você. E ela sempre fará, porque ninguém sai dessa vida sem pagar a devida conta de seus atos. Quando o erro não é seu, apenas relaxe.
Não é fácil mantermos a calma quando existe alguém nos incomodando com maldade, agressividade, falsidade ou tudo isso junto. Parece que a energia negativa da pessoa contamina o ambiente e quem estiver por perto, fazendo com que todo mundo ao seu redor fique se rebaixando ao seu nível. E isso não faz bem para ninguém.
Um dos maiores favores que conseguiremos fazer para nós mesmos será conseguirmos ignorar, deixar quieto, deixar pra lá. Silenciarmos, enquanto o outro espera que gritemos e nos desequilibremos, tem uma incrível capacidade de neutralizar o peso que gente ruim carrega para lá e para cá.
Como ocorre com tudo nessa vida, o mal, ao não encontrar reciprocidade, vai embora.
A vida anda difícil, sobrecarregada, retirando-nos as forças, enquanto nos equilibramos em meio à correria célere do cotidiano esmagador que nos preenche os dias. Poucos conseguem obter real prazer enquanto se dedica ao trabalho, num ambiente em que as pessoas estão se tornando cada vez mais complicadas. O mundo policia cada um de nossos atos, cada palavra que falamos e escrevemos, aguardando algum possível deslize que possa ser usado contra nós.
Com isso, confiamos pouco no outro, quase não nos abrimos com as pessoas, por medo, insegurança e cautela. E isso tudo vai se acumulando dentro da gente, tornando nossos passos cada vez mais pesados e solitários. A gente acaba não aguentando tanto sentimento represado dentro do peito e, muitas vezes, desconta em quem não merece. A gente se isola e vive a solidão em meio a uma multidão solitária.
Isso contribui para que laços afetivos não se firmem, ou seja, não construímos um relacionamento verdadeiro com as pessoas.
Assim, pouco nos importamos com os sentimentos do outro, pouco nos colocamos no lugar de alguém, pouco nos importa que magoemos as pessoas. Para muitos, o outro é apenas alguém que pode vir a ser interessante, caso possa ser usado em seu favor de alguma forma.
Há, como se vê, uma urgente necessidade de não propagar essa ausência de afeto que paira sobre nós, não entrando no jogo de quem só quer disseminar discórdia. Aprenda a não revidar, deixe que a vida faça isso por você.
E ela sempre fará, porque ninguém sai dessa vida sem pagar a devida conta de seus atos. Quando o erro não é seu, apenas relaxe.
segunda-feira, 27 de agosto de 2018
O mal do século não é a depressão, mas a falta de empatia - Thamilly Rozendo (O Segredo)
Então, eu percebo que se fala tanto em depressão, mas pouco em empatia. Damos muita atenção às doenças do corpo, mas nos esquecemos da alma e da mente…
Acredito que, de todos os enfrentamentos que uma pessoa passa, nesse período, a depressão vem a ser o mais difícil deles, por conta da incompreensão.
Nesses momentos, tenho a sensação de que surgem pessoas com aquela necessidade incrível de rotular quem está passando por um momento de luta, no caso, a depressão. Quando eu passei por essa fase, escutei o discurso cansado de que eu precisava ocupar a minha cabeça; também ouvi o tal “isso aí é falta de fé” e que, de certa forma, eu não estava confiando em Deus. Outras vezes, ouvia que eu não estava me ajudando e que “ah, você precisa se levantar dessa cama”, como se isso fosse tão simples.
Quantas e quantas vezes escutei falas que mais me afundaram do que propriamente me ajudaram. Eu já estava me amando de menos e todas essas frases, em tom de “ajuda”, na verdade faziam com que eu me achasse ainda mais o problema, afinal, tudo era tão simples aos olhos dos outros, mas tão doloroso e complicado aos meus olhos. Então, eu chegava à conclusão de que o problema estava comigo.
Cansei-me de tanto escutar a frase: “Existem pessoas em condições tão piores que a sua e você aí, com problemas pequenos e se entregando por tão pouco.” Claro, isso certamente me ajudou bastante (ironia). A verdade é que ninguém entendia o quanto era difícil sair do meu quarto, o quanto eu queria dormir para aliviar aquela dor e ver o tempo passar depressa. Aliás, eu sentia que o tempo não passava e a angústia fazia cada vez mais morada em mim.
E, embora isso tudo tenha acontecido um bom tempo atrás, é triste ver que esses discursos permeiam ainda os dias de hoje. Até quando as pessoas vão acreditar que ir ao psicólogo é coisa de louco? Sabe, eu tenho visto muita gente deixando de procurar ajuda por vergonha, por achar que quem precisa de um psicólogo é realmente louco – ideia totalmente errônea. Mas, que atire a primeira pedra quem não tem nada a melhorar, quem não tem angústias, conflitos e quem não precisa de mudança. Todos nós precisamos, o erro está em procurar ajuda apenas quando adoecemos.
Então, eu percebo que se fala tanto em depressão, mas pouco em empatia. Damos muita atenção às doenças do corpo, mas nos esquecemos da alma e da mente, como se não ter disposição para ir ao trabalho por conta da depressão fosse de fato encarado como preguiça. Não se leva em conta as noites sem dormir por conta da insônia, ou o excesso de sono causado pelos remédios, ou até mesmo a falta de energia.
De uma vez por todas, que fique bem claro que depressão não é frescura, depressão não é preguiça, não é desculpa, não é falta de fé e não tem nada a ver com religiosidade. Depressão é luta.
Por isso, eu partilho da ideia de que o mal do século não é a depressão, mas a falta de empatia.É a incompreensão de pessoas que soltam suas falas que mais doem do que curam, que mais machucam do que saram, que mais pesam do que aliviam, que mais empurram para o buraco do que ajudam alguém a sair dele. Afinal, incompreensão também mata.
Reclamar faz mal ao cérebro: entenda como se libertar desse hábito - Luiza Fletcher (O Segredo)
Ninguém gosta de estar perto de pessoas que reclamam o tempo todo. As reclamações possuem uma energia negativa, e se não nos protegermos, podem acabar tomando conta de nossas vidas.
É comprovado pela ciência que o contato frequente com as reclamações atinge negativamente nossos cérebros e corpos.
É preciso fazer uma reflexão interna constantemente, para descobrir se você possui o hábito negativo de criticar tudo e todos ao seu redor, porque se assim for, sua saúde mental pode estar em perigo.
Porque as reclamações atingem seu cérebro negativamenteSteven Parton é um articulista e cientista da computação. Em um texto publicado no site Curious Apes, ele discorre sobre como o hábito de resmungar prejudica a nós mesmos e as pessoas ao nosso redor.
De acordo com Steven, os nossos cérebros são remodelados a cada pensamento que temos, o que influencia diretamente em nossa construção de realidade:
“Ao longo de seu cérebro há uma coleção de sinapses separadas por um espaço vazio chamado fenda sináptica. Sempre que você tem um pensamento, uma sinapse dispara um produto químico através da fenda para outra sinapse, construindo assim uma ponte sobre a qual um sinal elétrico pode atravessar, levando consigo a informação relevante que você está pensando”, detalha.
O funcionamento das sinapsesAs sinapses são zonas ativas de contato entre uma terminação nervosa e outros neurônios, células musculares ou células glandulares. Steven diz: “Toda vez que essa carga elétrica é acionada, as sinapses diminuem a distância que a carga elétrica tem que atravessar. Portanto, o cérebro é religado em seu próprio circuito e se altera fisicamente para tornar mais fácil a realização das sinapses adequadas – e isto faz com que o pensamento, em essência, seja mais facilmente disparado.”
Além disso, existe a realidade de que nossas sinapses mais fortes são as que mais definem nossa personalidade. Assim, os pensamentos que mais estão presentes em nossas cabeças reforçam as pontes dentro da rede dos nossos neurônios.
De uma forma simplificada, isso significa que quanto mais reclamamos, mais tendemos a reforçar essa característica em nossos cérebros.
Como as reclamações de outras pessoas influenciam nossas vidasQuando passamos muito tempo perto de reclamões, os “neurônios-espelho” fazem nossos cérebros se relacionarem com essas pessoas. Como sentimos aquilo que elas sentem, naturalmente começamos a trocar energias negativas com essas pessoas. Isso prejudica a qualidade de nossas vidas, por isso precisamos definir algumas estratégias para evitarmos nos contaminar com a negatividade dessas pessoas.
Abaixo estão 4 dicas simples de como nos proteger dos reclamões.
1. Seja seletivo com suas companhias
Nós tendemos a nos tornar parecidos com as pessoas com as quais convivemos. Portanto, se você passa tempo com pessoas que reclamam o tempo todo, tem a tendência natural de se tornar como elas.
2. Use palavras positivas
Nossas palavras e intenções têm muito poder e podem influenciar naquilo que atraímos para nossas vidas. Siga o princípio da Lei da Atração e comece a proferir e se comportar mais de acordo com aquilo que deseja e afaste a negatividade e pessimismo de sua vida.
3. Abra mão das reclamações
A reclamação é um hábito, e todos os hábitos podem ser mudados, melhorados. Treine sua mente a desapegar-se da rotina de ver apenas o lado negativo das situações da vida.
4. Mude de assunto quando alguém começar a reclamar perto de você
Tente sempre ter uma resposta positiva para alguém negativo, dessa maneira você vai melhorar a energia ao seu redor e poderá contribuir para uma mudança de visão da outra pessoa.
Como pudemos perceber, as reclamações são verdadeiros vilões para nossa saúde mental e felicidade. Afaste-se desse comportamento o quanto antes e você verá o quão melhor sua vida se tornará!
sexta-feira, 24 de agosto de 2018
Pessoas que se arrepiam ouvindo música têm cérebro especial (O Segredo)
Você já se arrepiou ouvindo uma música? Então saiba que, mais do que sensível, você tem um cérebro especial.
Cientistas de Harvard descobriram que o cérebro de quem se arrepia com canções possui conexões especiais.
Esse tipo de reação física à música acontece apenas com cerca de metade da população.
Os cientistas analisaram o cérebro de 20 voluntários, usando a técnica de ressonância magnética de tensor de difusão, que mostra as conexões entre diferentes regiões do cérebro.
Eles descobriram que os participantes do “grupo do arrepio” tinha mais fibras nervosas saindo do córtex auditivo e se ligando ao córtex insular anterior e o córtex prefrontal, que processam sentimentos e monitoram emoções.
A conectividade extra desses cérebros provavelmente intensifica a experiência sensorial provocada pela música.
Os pesquisadores não sabem se as pessoas que se arrepiam nascem mais sensíveis ou se é possível desenvolver essas conexões ouvindo e se emocionando com novas músicas.
Orgasmo da pele
A nova descoberta indica para os cientistas que a música deve ter uma função evolutiva.
Se existem conexões cerebrais, passadas de geração em geração, que ligam os receptores de som diretamente ao centro emotivo do cérebro, é porque algum papel ela deve ter para a sobrevivência humana (nem que seja facilitar as relações sociais).
A reação química que temos a uma música emocionante é parecida com o que sentimos em outras tarefas essenciais, como comer, ou fazer sexo: uma injeção de dopamina que percorre o corpo.
Por isso, o arrepio musical é chamado pelos neurocientistas de “orgasmo na pele”.
A pesquisa
Os pesquisadores recrutaram vinte fãs de música: dez que sentem arrepios musicais com frequência e outros dez que nunca passaram pelo fenômeno.
Cada um teve direito a trazer até 5 das suas músicas favoritas: as opções iam desde Coldplay até as sinfonias de Wagner.
Primeiro, eles observaram os efeitos das músicas dentro do laboratório.
Monitoraram os batimentos cardíacos e o suor da pele, que indica excitação (tanto sexual quanto emocional), enquanto os voluntários ouviam só os trechos arrepiantes de cada faixa.
O coração de todos os participantes acelerou, mas a resposta emocional dos participantes que arrepiam foi bem mais intensa.
Outras pesquisas científicas relacionam o arrepio musical a reações de expectativa e surpresa.
As pessoas que escutam as músicas de forma mais “intelectual”, tentando prever os acordes que vem depois, têm mais chances de se arrepiar quando a música não segue suas expectativas.
Por outro lado, quando o compositor cria um crescente musical que culmina em uma nota aguda, o cérebro cria expectativa e tem uma reação de prazer quando o acorde final já esperado finalmente aparece.
Posso não saber para onde irei, mas sei bem para onde nunca mais voltarei - Marcel Camargo (O Segredo)
”Não volte aos mesmos erros, ao lar desfeito, aos descaminhos, às promessas quebradas, ao relacionamento fracassado, aos amigos hipócritas, ao emprego desumano. Não abra mão daquilo que você é, daquilo em que acredita, ou ninguém reconhecerá a grandeza que possui dentro de si.”
O futuro pode ser planejado, desejado, repleto de metas a serem alcançadas e, ainda assim, sempre será incerto, improvável, impossível de ser previsto com exatidão. No entanto, desejar e lutar por um amanhã melhor e mais feliz nos faz bem, alimentando nossas forças em sempre querer continuar, inesgotavelmente, haja o que houver. Nessa jornada, devemos estar seguros quanto ao que idealizamos, bem como quanto ao ontem e aos lugares a que não poderemos mais voltar, para nossa própria sobrevivência. Há lugares para onde nunca mais devemos voltar. Jamais.
Não volte aos mesmos erros, aos conhecidos descaminhos, mas reaprenda com cada tombo, superando as próprias falhas e lidando saudavelmente com as limitações que todos temos. O ontem deve permanecer lá atrás, ancorando nosso aprendizado contínuo, de forma a redirecionarmos nossas energias em direção a acertos que nos tornarão cada vez mais humanos e mais felizes.
Não volte ao lar que já se desfez, ao colo que não acolhe, ao vazio solitário de uma companhia dolorida. Devemos ter a coragem de colocar um ponto final em tudo aquilo que nos enfraqueceu e nos diminui, tolhendo-nos a tranquilidade de um respirar livre. O nosso caminho deve ser transparente e leve, sem pesos inúteis que atravancam o nosso ir em frente.
Não volte às promessas quebradas, ao relacionamento fracassado, que em nada acrescentou na sua vida, ao incessante dar as mãos ao vazio, ao compartilhamento unilateral, ao doar-se sem volta. Todos merecemos nos lançar ao encontro de alguém verdadeiro e que seja repleto de recíprocidade enquanto se dividem os sonhos de vida. Todos temos a chance de encontrar uma pessoa que não retorne menos do que doamos, que não nos faça sentir a frieza da solidão acompanhada.
Não volte aos amigos hipócritas, às pessoas que se baseiam em interesses escusos para permanecerem ao seu lado. Amizade deve ser soma, gargalhada, brilho nos olhos e ritmo no coração. Caso não nos faça a mínima falta, caso não nos procure sem razão, nenhum relacionamento pode ser tido como verdadeiro. É preciso poder contar com alguém que permaneça ao nosso lado, mesmo após conhecer nossas escuridões, pois é essa sinceridade que sustentará nossos ânimos nas noites frias de nossa alma.
Não volte ao emprego desumano, que achata os sentidos, não reconhece seu valor, apenas criticando e pedindo sempre mais e mais, sem lhe dar nada em troca. Procure uma ocupação onde os minutos não pareçam uma eternidade, onde obtenha reconhecimento, onde possa atuar como personagem principal da própria vida. Não abra mão daquilo que você é, daquilo em que acredita, ou ninguém reconhecerá a grandeza que possui dentro de si.
Sim, não há como prever o futuro, tampouco controlá-lo. Cabe-nos cuidar do nosso aqui e agora com todo o cuidado que o hoje merece, para que diariamente preparemos, aos poucos, um caminho menos árduo, um amanhã que dê continuidade aos nossos esforços em sermos felizes. Agirmos refletidamente, enfim, nos poupará de atravessar caminhos tortuosos e solitários, sob lamentações e arrependimentos. Porque, tendo plantado paixão verdadeira, tendo cultivado relacionamentos sinceros, colheremos, certamente, sorrisos e abraços de gente de verdade, gente com a intenção de ser feliz bem juntinho, sempre.
quarta-feira, 22 de agosto de 2018
O mundo correu tanto que parou - Mario Prata
E
eis você aqui, minha cara editora, 60 anos depois, ou seja, desde 1957,
querendo saber sobre as mudanças ocorridas de lá pra cá. E me dá uma dica: “na
cultura, nos costumes, tecnologia, ciência, medicina, etc. No Brasil e no mundo
– ou só no Brasil”.
-
Isso tudo nem no gugo.
E
quer que eu coloque isso em 4.000 caracteres (se possível 3.500 “pra podermos
abrir mais a ilustração”).
Só
aqui na enrolação inicial já se foram 408 caracteres (com espaços).
O
papa ainda era o Pio XII e o Brasil nunca tinha sido campeão do mundo.
Eu
tinha onze anos, dormia no quarto da frente e ouvi claramente um cavalo se
aproximando, o trotar nos paralelepípedos, um sujeito apear e a campainha soar.
Depois soube que eram duas e meia da manhã.
Era
um peão de uma fazenda meio próxima que veio avisar o meu pai que a enfermeira
da dona Cacilda – que beirava os noventa (a dona Cacilda, a enfermeira devia
ter uns oitenta) – não estava conseguindo pegar a veia da véia (desculpe, não
resisti ao trocadilho e o acento que não existe mais) e só o meu pai era capaz.
Parênteses:
ainda não havia telefone na cidade onde morávamos. E o meu pai era médico.
Então teve que ir um sujeito num cavalo chamar o meu pai, que teve que ir com o
jipe dele até a Fazenda Capirava para aplicar a injeção. Dona Cacilda, com o
braço todo cutucado, furado e sangrado, gritava que só o meu pai era capaz de
pegar a viea dela, fininha, azulzinha e fazendo hora pra morrer.
Meu
pai foi, acertou a veia, voltou, deitou e dormiu.
E
agora você me pergunta o que mudou de lá para cá... Não existia nem a década de
sessenta: Beatles, Gagárin, minissaia, pílula, Brigite Bardot e James Dean,
feminismo, festivais de música da Record, a Globo, o Chacrinha, o homem pisando
na lua. E o grande medo do homem era a gonorreia. Saudades da gonorreia. Um
Tetrex e pimba!, né, doutor ?
1750
dígitos. Metade já foi, mas cheguei aonde queria: se há 60 anos usava-se um
cavalo para se chamar um médico, como se faz hoje? Taí o aparelhinho bem ao seu
lado: iPhone ou Samsung, não importa.
E
ele é o problema. Ele corre mais rápido do que o cavalo. Muito, mas muito
mesmo. Vou dar um exemplo. Apenas um, uma pequena troca de informação entre o
meu filho e eu: para ele me informar o código de uma passagem para São
Paulo/Lisboa. Como foi ele que marcou a passagem, eu só podia mexer no meu
ticket com o tal código (existiam códigos em 1957?).
Eu,
em casa, esperando e nada. Comecei a ficar aflito. Mandei um Whatsapp: “E
então?”. Ele estava fora do ar, mandei então um e-mail, com a mesma mensagem.
Recado do celular. Nada. Daí uns vinte minutos chega a resposta pelo e-mail: “Já
mandei”. E eu fiz a pergunta que bagunçou tudo: “por onde?”, pelo Whatsapp.
-
Não foi por aqui?
-
Não. Onde você está ? Eu estou no zapzap.
Ele,
pelo Messenger?
-
Ih... Tenho certeza que mandei. Será que foi pelo... “ Deixa eu olhar.
Eu
também fui olhar. Nada. Voltamos ao zap.
Ele:
-
então, só pode ter sido pelo Skype. Vou abrir. Ih, diz que está fazendo uma
renovação do aplicativo. Please wait... No seu e-mail do gmail, será que não
foi por lá?
-
Será que não mandou para o grupo da família dos Prata? Ou dos Góes?
Aí,
eu, sem ficar nervoso, peço:
-
Antonio, pode me telefonar?
-
Acho que vai ser melhor, senão tu vai perder o voo. Me lembro que começava com
GO...
Me
telefonou. E nem começava com GO. Era X5.
Perdemos
mais de meia hora com isso. Do Orkut e do MSN (lembra?) pra cá a coisa acelerou.
Mentira. O mundo tá parado na cara da gente. O mundo correu tanto que parou.
Talvez
o rapaz que tenha ido chamar o meu pai, hoje com uns 80 anos, esteja contando
para os netos o dia que ele foi buscar o doutor Prata para achar a veia da
véia.
-
Mas nem esses telefones com fio na parede tinha, Bizo?
-
Nada!!! E era tudo mais rápido.
-
E a velha, morreu?
-
Nada, me lembro dela ouvindo uns anos depois um major russo e comunista,
chamado Gagárin, dizer lá do céu: “a terra é azul”. Comecinho dos anos 60.
Ninguém sabia que a terra era azul. Ninguém tinha visto ainda, né ? Hoje deve
estar meio cinza. Não a véia, a Terra. Acho que a dona Cacilda chegou até à
minissaia!!! Ô Nenzica, tu lembra o ano que a dona Cacilda morreu?
-
Pedi prus mininu olhá no gugo. Foi quando o Brasil foi bicampeão no Chile.
Todos,
em dois toques.
-
Sessenta e dois!
-
A gente era novinho, né, meu capiau?
Texto
publicado na revista Ser médico mº
81 – ano XX – out/nov/dez 2017
terça-feira, 21 de agosto de 2018
9 comportamentos que afastam as pessoas de você - Luiza Fletcher (O Segredo)
Desde quando o ato de comunicação existe, as pessoas estão tentando se tornar melhor nisso.
No passado, costumávamos entender uns aos outros com a linguagem corporal, e agora a comunicação baseada em tecnologia assumiu o controle. Mas milhares de séculos se passaram e as pessoas ainda não encontraram o caminho para a boa convivência.
Uma das razões para isso é que nossos comportamentos, muitas vezes, tendem a ser confusos, o que pode resultar em fortes discussões e até mesmo na perda de amigos.
As pessoas são diferentes e não há uma maneira de todos se darem bem. Mas, às vezes, nós agimos de uma maneira perversa, sem perceber, e isso pode facilmente afastar as pessoas de nós.
Então, abaixo está uma lista de 9 comportamentos que podem afastar as pessoas de você:
1. Tentar dominar as pessoas
É bom ser líder. A capacidade de manter as coisas sob controle é uma qualidade que muitas pessoas não possuem. Mas é realmente importante saber o que você tem o direito de controlar. Constantemente, forçar sua vontade sobre seus amigos pode ser exaustivo para eles. Este tipo de comportamento não é algo com que as pessoas possam lidar facilmente, por isso, tenha cuidado, porque pode custar-lhe algumas de suas amizades. Ninguém gosta de ser mandado. É por isso que compreender que o compromisso é o que nos move é realmente importante para o seu relacionamento com as pessoas.
2. Julgar demais
Nós, pessoas, podemos agir de forma diferente, dependendo da nossa situação atual e das pessoas com quem estamos. É por isso que julgar não é uma boa ideia. Uma pessoa normalmente irá mostrar-lhe apenas o necessário de si mesma. Tenha isso em mente, antes de concluir o que alguém é para você. Você nunca sabe como a pessoa está se sentindo por dentro ou o que está acontecendo com sua vida naquele momento.
3. Ser negativo o tempo todo
Atualmente, existe uma aspiração em massa para o pensamento positivo e atitude positiva, apesar de todas as dificuldades de nossa rotina diária. É como se as pessoas estivessem finalmente percebendo que a positividade atrai positividade e que o oposto é verdadeiro – negatividade traz mais negatividade. É por isso que as pessoas negativamente dispostas, que reclamam o tempo todo, têm muito mais chance de afastar os outros de si mesmas. Tanto a energia boa, quanto a ruim são contagiosas, qual você vai escolher?
4. Falta de delicadeza
Dizer a coisa errada no momento errado pode causar muitos problemas, e isso já aconteceu pelo menos uma vez para a maioria de nós. Falta de delicadeza é outra coisa. É quando as piadas vão além do limite da amizade, quando você usa as fraquezas do seu amigo contra ele, apenas para derrotá-lo em uma discussão. Como Mark Twain diz: é melhor ficar em silêncio e ser visto como tolo, do que abrir a boca e eliminar todas as dúvidas.
5. Viver apenas na internet
Uma das melhores definições de nossa geração é “a geração da cabeça baixada”. Caminhamos, viajamos e nos comunicamos com os olhos fixos nas telas dos celulares.
Algumas pessoas tendem a levar uma vida completamente diferente nas redes sociais, apresentando-se como pessoas diferentes do que realmente são, mais felizes do que se sentem, mais sábias do que jamais seriam. Não importa qual seja a senha do Wi-Fi, seus amigos estão exatamente onde você precisa que eles estejam – ao seu lado, e não no feed de notícias do Facebook.
6. Ser egoísta
Colocar-se em primeiro lugar é essencial para ser bem-sucedido. Mas, não se engane – ser egoísta e cego para a presença dos outros como pessoas iguais é outra história. Se o seu único tópico em uma conversa tende a ser “você” e você não gosta de ouvir histórias, problemas e opiniões de outras pessoas, então, é melhor substituir essas pessoas por um espelho.
7. Levar tudo muito a sério
Quantas vezes você se afastou de alguém só porque lhe pareceu que havia algo desagradável atrás de suas palavras? Tenha em mente que muitas vezes as pessoas fazem isso, sem querer, não visam ferir seus sentimentos. Não monitore cada palavra dita a você, temendo que alguém zombe ou te machuque. Isso é uma projeção de seus próprios medos e hábitos. Levar tudo muito a sério também pode se referir a essas situações em que você fica chateado por coisas completamente insignificantes, como perder o ônibus.
8. Falta de pontualidade
Isto diz respeito não só a chegar a tempo. Uma pessoa pontual é alguém que permanece fiel a suas palavras, cujas promessas não desaparecem da noite para o dia, que age de acordo com as instruções. Não ser capaz de estar presente no momento certo pode deixar seus amigos nervosos e tristes. Isso pode ter um sério impacto negativo no seu desempenho no trabalho, também. De forma mais figurativa, a falta de pontualidade está ligada aos valores de um indivíduo, que tendem a mudar com o tempo. Ninguém jamais escolheria confiar em tal pessoa. Esta é uma maneira de afastar as pessoas de você.
9. Tornar-se viciado no trabalho
Não há nada melhor do que se apaixonar por seu trabalho e se dedicar a ele. Mas os aspectos positivos podem se transformar, facilmente, em uma faceta negativa de sua vida. Não ter tempo para nada além do trabalho pode se tornar uma negligência para as pessoas mais próximas e a si mesmo. Quando você exagera na dedicação ao trabalho, corre o risco de chegar a um ponto em que nada é tão importante quanto o trabalho – nem sua família, nem sua saúde. Tenha cuidado para escolher suas prioridades, porque perder pessoas que você valoriza não compensa qualquer dinheiro que você ganhe.
Algum desses comportamentos lhe parece familiar? Se você se encontrou em qualquer um deles, não fique paranoico pensando que vai perder todos os seus amigos, porque você possui algumas qualidades negativas. Todos nós temos defeitos! O objetivo é parar por um segundo e pensar sobre eles. Um problema reconhecido é um problema quase resolvido. Acredite em sua bondade, mas sempre duvide da sua perfeição!
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