quinta-feira, 31 de maio de 2018
terça-feira, 29 de maio de 2018
segunda-feira, 28 de maio de 2018
domingo, 27 de maio de 2018
Quem é ela: Yuko Shimizu
A criadora de Hello Kitty queria ser professora de desenho e se inspirou em um clássico da literatura infantil para criar sua personagem mais famosa
Uma das personagens mais famosas do mundo nasceu da criatividade desta ilustradora japonesa. Formada pela Universidade de Arte de Musashino, Yuko Shimizu nasceu em Tóquio e pensava em ser professora de Desenho. No entanto, começou a trabalhar na Sanrio, grande empresa de brinquedos e presentes japonesa.
Yuko recebeu a tarefa de criar alguns personagens, pois a casa precisava se renovar. Desenhou várias opções, mas apenas a Hello Kitty foi aprovada, por ter traços mais simples. Ela lançou sua personagem em 1974. A inspiração veio de Alice no País das Maravilhas, obra clássica de Lewis Carroll. No começo da história, Alice está em um gramado brincando com dois gatinhos; um deles, ela chama de "kitty", que é, em inglês, o diminutivo para gato ("cat"). Em entrevistas, Yuko também menciona que ganhou um gato branco de presente do pai no seu aniversário de 3 anos, que pode também ter inspirado a criação futura da personagem. O que talvez você não saiba é que o nome da personagem não é Hello Kitty, e sim Kitty White.
De acordo com o site da Sanrio, a personagem é inglesa: nasceu em 1º de novembro de 1974 em Londres. É uma escorpiana, de sangue tipo A. "Ela tem a altura de cinco maçãs e o peso de três e gosta de cozinhar, escrever poesia, jogar tênis, colecionar coisas fofas, cuidar do jardim e tocar piano", descreve o livro Iconic Designs: 50 Stories about 50 Things. O primeiro produto lançado com a imagem da personagem foi um porta-moedas.
Yuko ficou pouco tempo na Sanrio para curtir o sucesso de sua criação. A ilustração saiu da empresa dois anos depois do lançamento de Hello Kitty, quando se casou. A responsabilidade pela personagem ficou então a cargo de Setsuko Yonekubo, que cuidou dela durante a década de 1980, até chegar às mãos de Yuko Yamaguchi, que continua à frente das questões relacionadas à Hello Kitty na Sanrio até hoje.
Hello Kitty tornou-se um fenômeno mundial com o passar dos anos. Se você buscar no Google "Mickey Mouse", terá aproximadamente 110 milhões de resultados. Ao buscar "Hello Kitty" você terá quase 70 milhões de resultados a mais.
Além da Hello Kitty, Yuko Shimizu lançou outras duas personagens: Angel Cat Sugar e, sua personagem mais recente, a cachorrinha Rebecca Bonbon.
É gata ou não é ?
Em 2014 a Internet parou ao descobrir que Hello Kitty não era uma gata. Apesar dos bigodes, rabinho e orelhas pontudas. A Sanrio afirma que Kitty é uma menina. Aliás, ela até possui seu próprio gato de estimação. O Charmmy Kitty.
A informação veio à tona por meio de Christine Yano, antropóloga da Universidade do Havaí que planejava uma exposição sobre os 40 anos da personagem. Ao submeter o conteúdo da mostra para a aprovação da Sanrio, recebeu como retorno a informação de que Hello Kitty não era uma gata. Animal ou humana, a verdade é que é impossível não se apaixonar pela personagem, que vem conquistando crianças e adultos por gerações e promete ainda ter vida bem longa!
A guerra aos canudos - André Lopes e Tatiana Babadobulos
Depois que o vídeo de uma tartaruga sufocada por um cilindro de plástico viralizou na internet, ganhou força a grita contra um símbolo do nosso tempo
Os números
500 milhões de canudos são usados diariamente nos Estados Unidos, o país que mais consome esses objetos de plástico - se todos fossem enfileirados, dariam duas voltas e meia na Terra
Zero é o número desses itens que podem ser totalmente reciclados, pois a química usada na fabricação não permite o reaproveitamento
12 000 toneladas de CO2 são produzidas anualmente pela indústria de poliestireno - o principal material da fabricação de canudos - apenas nos EUA, quantidade suficiente para derreter uma área de gelo ártico equivalente a quatro campos de futebol, no mesmo período
8 milhões de canudos foram retirados das praias nos últimos trinta anos
500 anos é o tempo que um único canudo leva para se decompor na natureza
Quando se pede uma bebida em um fast-food, é comum ela ser servida com um canudo plástico embalado em papel - ou mesmo em plástico! O costume surgiu nos Estados Unidos dos idos de 1960 e se popularizou ao redor do planeta. Contudo, nos últimos três anos essa tradição tem sido questionada, em razão da crescente conscientização em torno dos impactos ambientais da fabricação dos aparentemente inocentes canudinhos. Em alguns lugares, especialmente nas regiões do mundo em que as preocupações conservacionistas são mais agudas, eles começam a ser abolidos.
No Estado da Califórnia, por exemplo, há um projeto de lei, com alta probabilidade de aprovação, que propõe punição, com multa de 1 000 dólares e até seis meses de prisão, a donos e funcionários de estabelecimentos que oferecerem o canudinho aos clientes sem perguntar se eles querem. O banimento vem se espalhando gradualmente pelos Estados Unidos, com adesão de restaurantes em metrópoles como Nova York. Na Inglaterra, a rainha Elizabeth II comoveu-se com o documentário Blue Planet 2 (Planeta Azul 2), lançado pela BBC no ano passado, que trata do impacto que a poluição dos mares pelo descarte de materiais plásticos provoca nos animais marinhos. Ela decidiu proibir o uso dessas mercadorias nas propriedades da família real e sugeriu que gostaria que a medida fosse replicada em todo o Reino Unido. No Brasil, o grito também já começa a ecoar.
A guerra contra os canudos teve início espalhafatoso em 2015, quando se difundiu pela internet (e onde mais poderia ser?) um vídeo no qual dois pesquisadores retiravam cilindros plásticos da narina de uma tartaruga marinha, no litoral da Costa Rica. A operação, de improviso, realizada com um alicate, durou quase dez minutos e levou o animal a desesperadora agonia. A comovente gravação viralizou e chamou atenção para o problema. Mais da metade das tartarugas marinhas morre asfixiada pela ingestão de alguma forma de lixo, em especial o constituído de insumos plásticos, que correspondem a 90% dos detritos despejados nos oceanos. Apesar de sua fabricação demandar apenas 4% do plástico produzido no planeta, os canudinhos figuram entre os dez resíduos mais achados em praias e mares.
Eles são um grande inimigo da natureza por várias razões. A principal delas é que, mesmo que a vida útil de cada um deles seja de dez minutos - o tempo que se gasta para tomar um refrigerante - os cilindros de plástico levam 500 anos para se decompor. Por isso, desde que a produção em larga escala teve início, nos anos 60, estima-se que vaguem por aí, como detritos, 8,3 bilhões de toneladas de objetos feitos de plástico. Além disso, a indústria do poliestireno colabora para o agravamento do aquecimento global, pela emissão de gás carbônico (CO2) na atmosfera, polui ecossistemas e ameaça a sobrevivência de animais em risco de extinção, como algumas das espécies de tartarugas marinhas.
Diante dos dados alarmantes, iniciou-se o movimento de extinção dos canudos. Convenhamos, substituí-los é fácil. A alternativa mais simples é tomar direto do copo. Para quem não gosta da prática, por receio de beber de latas infectadas ou copos mal lavados, também há substituições possíveis. Nos EUA, tem se tornado comum pessoas carregarem consigo versões reutilizáveis, feitas de inox ou silicone. Medida essa que começou a se disseminar por outras nações, como o Brasil. Baseada no Rio de Janeiro, a fabricante Mentah! é uma das pioneiras, em âmbito nacional, na venda exclusiva de modelos reutilizáveis produzidos com vidro - de sua fábrica, saem 3 000 unidades por mês. Outro bom exemplo é o da rede espanhola de hotéis Iberostar. No ano passado, a multinacional baniu os canudos das 110 filiais que possui pelo mundo, incluindo duas na Praia do Forte, na Bahia.
Defende a antropóloga franco-marroquina Mounia El Kotni, uma das fundadoras do movimento francês Bas Le Pailles (Abaixo os Canudos): "É preciso engajar as pessoas nessa meta. Temos nos manifestado, com protestos deflagrados em setenta cidades de trinta países". Entretanto, se é tão fácil substituir os canudos plásticos, quais são os impedimentos para que isso ocorra de vez ? Há dois: um econômico e um cultural. O mercado de canudos comercializa, só nos EUA, 500 milhões de exemplares ao dia. No Brasil, não há dados tão precisos, mas o IBGE divulga que a produção foi de 2 800 toneladas em 2015. Esses números grandiosos resultam em lucro e empregos. Já do ponto de vista dos costumes, o canudinho se tornou um item do dia a dia. O primeiro modelo popular data de 1888, inventado pelo americano Marvin Stone, e era feito de papel, também danoso à natureza. Com a explosão das lanchonetes nos EUA, iniciou-se a venda das versões de plástico, porque os papéis eram considerados frágeis. E o canudo rapidamente virou unanimidade mundial - do milk shake à caipirinha, da Coca-Cola ao suco de laranja. O fato é que o canudo, tão simpático, com seu ar infanto-juvenil, está deixando de combinar com outro hábito mais moderno e inteligente: o de viver de forma sustentável.
(texto publicado na revista Veja edição 2571 - ano 51 - nº 9 - 28 de fevereiro de 2018)
quinta-feira, 24 de maio de 2018
Estamos ficando doentes de tanto comer bem ? - Silvia Lisboa
A obsessão por comer apenas alimentos saudáveis tem um nome: ORTOREXIA. Saiba como esse transtorno se instala e por que a comida é muito mais que um punhado de nutrientes
Dos 14 aos 16 anos, Anna Júlia Moll comeu frango, batata-doce e brócolis em todas as refeições. Mais precisamente, 100 g de frango e 40 g de batata-doce e brócolis, pesados numa balança. A carne era temperada apenas com limão, alho e cebola e grelhada numa panela antiaderente sem sal ou óleo. Tudo era preparado pela estudante, moradora de Cachoeirinha, região metropolitana de Porto Alegre. "Eu não deixava minha mãe fazer porque tinha medo que ela colocasse azeite ou algo que pudesse 'estragar' a comida", conta Anna, hoje com 20 anos. Ela lia as novidades da ciência e sabia que o sal causava "retenção hídrica" e a deixava inchada, e o azeite era culpado pela gordura. "Tudo o que era gordura era ruim. Ponto", explicou.
Um dia ela decidiu que não voltaria a comer doces e laticínios. O açúcar era um veneno conhecido, e os derivados do leite tinham um efeito semelhante ao do sal: causavam inchaços indesejados para sua meta de estar em dia com a saúde e a silhueta. Mas, para se convencer mesmo a não ingerir mais nada de iogurte ou brigadeiro, colocou na cabeça que sofria de diabetes e intolerância à lactose, apesar de não ter nenhum sintoma das duas doenças. Se tivesse muita vontade de comer algo da lista proibida, cheirava o prato até a vontade passar. Funcionava.
A mania de comer só o que faz bem à saúde e demonizar certos ingredientes é conhecida por parte da comunidade médica como ortorexia nervosa. A desordem ainda não faz parte do DSM, o Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais, a Bíblia da Psiquiatria, o que significa que ainda não há protocolos para diagnosticar e tratar a ortorexia. Mas especialistas acreditam estar diante de uma nova faceta de um transtorno alimentar que começou com a cultura da geração saúde.
O termo foi cunhado pelo médico norte-americano Steven Bratman em 1996 e vem das palavras gregas orthos, que significa certo, e orexis, apetite. Na época, Bratman não tinha intenção de nomear um novo distúrbio, mas preocupava-se com o comportamento peculiar de um grupo de pacientes que chegavam ao seu consultório de medicina alternativa perguntando o que podiam cortar da dieta.
"Era mais como um movimento de contracultura", escreveu, por e-mail. Mais de 20 anos depois, o fenômeno ganhou proporções epidêmicas. "Hoje, a ortorexia é totalmente mainstream", disse Bratman. Estima-se que em torno de 1% da população mundial sofra dessa fixação em se alimentar de forma correta, de acordo com um estudo da University of Northern Colorado, dos Estados Unidos, publicado neste ano. Em números absolutos, é um contingente de 70 milhões de pessoas. Entre certos grupos, como atletas, modelos e estudantes da área de saúde, o risco é bem mais alto.
Uma pesquisa feita na Universidade de Taubaté, interior de São Paulo, com 150 alunas do curso de Nutrição revelou um índice alarmante: 88,7% delas tinham risco de desenvolver comportamento ortoréxico. No experimento, as pesquisadoras Quetsia de Souza e Alexandra Rodrigues mediram o Índice de Massa Corporal (IMC) das participantes e aplicaram testes que avaliavam o nível de distorção da imagem corporal e o risco para desenvolver o distúrbio.
Entre blogueiros fitness e seus seguidores, os números também são altos, segundo a nutróloga Maria del Rosário, coordenadora do Departamento de Transtornos do Comportamento Alimentar da Associação Brasileira de Nutrologia (Abran): "Esse tipo de publicação chama pessoas com propensão a desenvolver transtornos alimentares."
Preocupada com a explosão do fenômeno, a Abran criou oficinas para treinar médicos de diferentes especialidades para identificar, o mais cedo possível, casos em que a preocupação com alimentação saudável tenha se transformado num comportamento obsessivo. Como outras desordens psiquiátricas, os distúrbios alimentares se manifestam de forma misturada. A anorexia, por exemplo, pode ter padrões ortoréxicos: a pessoa restringe a alimentação a alimentos saudáveis e com baixas calorias para perder peso. Em geral, a distorção da imagem corporal acompanha o quadro. Bratman alerta que esses seriam os casos mais graves.
É o que parece ter acometido a estudante de Nutrição Anna Júlia Moll. Ela nunca foi diagnosticada por um profissional, mas, durante uma aula sobre transtornos alimentares, viu-se descrita. Quando aprendi sobre a ortorexia na faculdade, me reconheci em tudo", lembra. No período de um ano e meio em que se limitou a uma dieta à base de frango, legumes, sem laticínios ou doces, Anna perdeu 36 kg e chegou aos 50 kg distribuídos pelos 1,66 metro. A obsessão com comida influiu até na escolha do curso universitário, a Nutrição. "Na ortorexia, o pensamentos sobre alimentos saudáveis se torna o tema central em todos os momentos do dia, descreve Bratman.
Distúrbio aceito
Identificar a ortorexia não é fácil. Em um mundo atolado de pizza e lasanha congelada, dar preferência a alimentos frescos e sem aditivos é algo bem-visto e até invejado por quem não consegue dar tanta atenção ao que põe na boca. Isso explica o sucesso dos perfis fitness no Instagram. Nutricionistas viraram celebridades nas redes sociais com dicas de como pesar as refeições ou comer batata-doce antes de ir para a academia.
A própria ciência - e a divulgação feita pelo jornalismo - também tem sua parcela de culpa. Cada dia sai um novo estudo sobre comida, ora demonizando, ora celebrando determinado alimento.
Dos 14 aos 16 anos, Anna Júlia Moll comeu frango, batata-doce e brócolis em todas as refeições. Mais precisamente, 100 g de frango e 40 g de batata-doce e brócolis, pesados numa balança. A carne era temperada apenas com limão, alho e cebola e grelhada numa panela antiaderente sem sal ou óleo. Tudo era preparado pela estudante, moradora de Cachoeirinha, região metropolitana de Porto Alegre. "Eu não deixava minha mãe fazer porque tinha medo que ela colocasse azeite ou algo que pudesse 'estragar' a comida", conta Anna, hoje com 20 anos. Ela lia as novidades da ciência e sabia que o sal causava "retenção hídrica" e a deixava inchada, e o azeite era culpado pela gordura. "Tudo o que era gordura era ruim. Ponto", explicou.
Um dia ela decidiu que não voltaria a comer doces e laticínios. O açúcar era um veneno conhecido, e os derivados do leite tinham um efeito semelhante ao do sal: causavam inchaços indesejados para sua meta de estar em dia com a saúde e a silhueta. Mas, para se convencer mesmo a não ingerir mais nada de iogurte ou brigadeiro, colocou na cabeça que sofria de diabetes e intolerância à lactose, apesar de não ter nenhum sintoma das duas doenças. Se tivesse muita vontade de comer algo da lista proibida, cheirava o prato até a vontade passar. Funcionava.
A mania de comer só o que faz bem à saúde e demonizar certos ingredientes é conhecida por parte da comunidade médica como ortorexia nervosa. A desordem ainda não faz parte do DSM, o Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais, a Bíblia da Psiquiatria, o que significa que ainda não há protocolos para diagnosticar e tratar a ortorexia. Mas especialistas acreditam estar diante de uma nova faceta de um transtorno alimentar que começou com a cultura da geração saúde.
O termo foi cunhado pelo médico norte-americano Steven Bratman em 1996 e vem das palavras gregas orthos, que significa certo, e orexis, apetite. Na época, Bratman não tinha intenção de nomear um novo distúrbio, mas preocupava-se com o comportamento peculiar de um grupo de pacientes que chegavam ao seu consultório de medicina alternativa perguntando o que podiam cortar da dieta.
"Era mais como um movimento de contracultura", escreveu, por e-mail. Mais de 20 anos depois, o fenômeno ganhou proporções epidêmicas. "Hoje, a ortorexia é totalmente mainstream", disse Bratman. Estima-se que em torno de 1% da população mundial sofra dessa fixação em se alimentar de forma correta, de acordo com um estudo da University of Northern Colorado, dos Estados Unidos, publicado neste ano. Em números absolutos, é um contingente de 70 milhões de pessoas. Entre certos grupos, como atletas, modelos e estudantes da área de saúde, o risco é bem mais alto.
Uma pesquisa feita na Universidade de Taubaté, interior de São Paulo, com 150 alunas do curso de Nutrição revelou um índice alarmante: 88,7% delas tinham risco de desenvolver comportamento ortoréxico. No experimento, as pesquisadoras Quetsia de Souza e Alexandra Rodrigues mediram o Índice de Massa Corporal (IMC) das participantes e aplicaram testes que avaliavam o nível de distorção da imagem corporal e o risco para desenvolver o distúrbio.
Entre blogueiros fitness e seus seguidores, os números também são altos, segundo a nutróloga Maria del Rosário, coordenadora do Departamento de Transtornos do Comportamento Alimentar da Associação Brasileira de Nutrologia (Abran): "Esse tipo de publicação chama pessoas com propensão a desenvolver transtornos alimentares."
Preocupada com a explosão do fenômeno, a Abran criou oficinas para treinar médicos de diferentes especialidades para identificar, o mais cedo possível, casos em que a preocupação com alimentação saudável tenha se transformado num comportamento obsessivo. Como outras desordens psiquiátricas, os distúrbios alimentares se manifestam de forma misturada. A anorexia, por exemplo, pode ter padrões ortoréxicos: a pessoa restringe a alimentação a alimentos saudáveis e com baixas calorias para perder peso. Em geral, a distorção da imagem corporal acompanha o quadro. Bratman alerta que esses seriam os casos mais graves.
É o que parece ter acometido a estudante de Nutrição Anna Júlia Moll. Ela nunca foi diagnosticada por um profissional, mas, durante uma aula sobre transtornos alimentares, viu-se descrita. Quando aprendi sobre a ortorexia na faculdade, me reconheci em tudo", lembra. No período de um ano e meio em que se limitou a uma dieta à base de frango, legumes, sem laticínios ou doces, Anna perdeu 36 kg e chegou aos 50 kg distribuídos pelos 1,66 metro. A obsessão com comida influiu até na escolha do curso universitário, a Nutrição. "Na ortorexia, o pensamentos sobre alimentos saudáveis se torna o tema central em todos os momentos do dia, descreve Bratman.
Distúrbio aceito
Identificar a ortorexia não é fácil. Em um mundo atolado de pizza e lasanha congelada, dar preferência a alimentos frescos e sem aditivos é algo bem-visto e até invejado por quem não consegue dar tanta atenção ao que põe na boca. Isso explica o sucesso dos perfis fitness no Instagram. Nutricionistas viraram celebridades nas redes sociais com dicas de como pesar as refeições ou comer batata-doce antes de ir para a academia.
A própria ciência - e a divulgação feita pelo jornalismo - também tem sua parcela de culpa. Cada dia sai um novo estudo sobre comida, ora demonizando, ora celebrando determinado alimento.
(texto publicado na revista Galileu edição 312 - julho de 2017)
Por maior que seja a saudade, não volte para quem despedaçou seu coração - Marcel Camargo (O Segredo)
A saudade e a vontade de reatar nunca poderão ser mais fortes do que a convicção de que o outro não vai mudar os comportamentos que ele repetiu durante todo o tempo em que vocês estiveram juntos.
Geralmente, quem está enxergando um rompimento do lado de fora acha muito fácil a pessoa seguir adiante, de cabeça erguida, sem olhar para trás. Como se fosse simples a gente lidar com sentimentos que nos preencheram por tanto tempo os sonhos de vida. Seguir em frente, no terreno amoroso, após uma chuva de frustrações, é uma das decisões mais difíceis que existem, porque a decepção então ocorre em relação a alguém de quem menos esperávamos algo desse tipo.
Saímos derrotados, esgotados emocionalmente, com os sentimentos em desordem e em frangalhos, tentando encontrar algum sentido naquilo tudo, naquilo que não faz sentido algum. Ninguém, em sã consciência, fica esperando pelo pior, em nenhum setor de sua vida, ainda mais no âmbito amoroso. Porque a gente se doa, a gente se entrega, a gente quer que o amor dê certo e conta diariamente com isso. E, então, a vida joga na nossa cara uma decepção absurda, uma traição covarde, um vazio que vem de onde repousávamos nossas mais tenras esperanças.
Mesmo feridos, mesmo decepcionados, a saudade do parceiro será inevitável. A gente não tem onde se agarrar quando a tempestade cai sobre nossas cabeças e as lembranças daquele amor compartilhado, ainda que frágil e ilusório, parece ser o único leme ali na frente.
A gente se acostuma com a pessoa, com a rotina, com o estar junto, e tem a impressão de que não haverá mais aquilo, de que a felicidade não voltará, como se não houvesse outra forma de amor sem ser ao lado daquela pessoa – sim, aquela mesma que despedaçou o nosso coração.
É normal ter saudades. É normal ficar sem esperança momentaneamente. É normal chorar, varando madrugadas sob lágrimas. No entanto, ficar alimentando falsas esperanças em relação a quem nos machucou fundo e jogou o nosso melhor no lixo não é normal. A saudade e a vontade de reatar nunca poderão ser mais fortes do que a convicção de que o outro não vai mudar os comportamentos que ele repetiu durante todo o tempo em que vocês ainda estavam juntos.
Nenhum rompimento é fácil, seja ele de qual natureza for, porque a gente torna hábito muita coisa que é ruim, sem perceber. Então, quando a bomba explode, recompor-se será uma travessia lenta e dolorosa. Mesmo assim, por mais que estejamos sem forças, sem quaisquer perspectivas à nossa frente, precisaremos manter o pouco que nos sobra na direção do adiante, do em frente.
Revisitar em pensamento o que se foi será inevitável, porém, querer a dor de volta será uma das piores atitudes de nossas vidas.
segunda-feira, 21 de maio de 2018
Para entender as emoções - Naíma Saleh
Saber lidar com os próprios sentimentos é uma lição quedeveser ensinada às crianças assim como ler e escrever: de forma raciocinada e lógica - mas, claro, com muito carinho e paciência. Aprenda a fazer isso na prática com a alfabetização emocional
"Não foi nada." "Está tudo bem." "Não precisa chorar." Quantas vezes você já tentou conter um ataque de raiva ou fazer cessarem as lágrimas do seu filho com frases assim ? Embora a intenção seja legítima - afinal, quem gosta de ver uma criança sofrer? -, essa postura desperdiça a oportunidade de ensinar seu filho a lidar com as próprias emoções e, consequentemente, de aprender um bocado sobre si mesmo. Reconhecer os sentimentos que nos afligem e encontrar formas saudáveis de expressá-los são a base da alfabetização emocional, um conceito formulado na década de 1990, época em que surgiram as primeiras pesquisas neurocientíficas para entender como o cérebro humano processa as emoções e os pensamentos. Essa ideia vem ganhando força recentemente, como você vai conferir nesta reportagem.
A alfabetização emocional parte do princípio que, assim como é possível aprender a reconhecer as letras por sua grafia e associá-las a um fonema, os sentimentos também podem ser identificados e atrelados a determinados comportamentos. Basta saber interpretar as reações que as emoções provocam em nós: lágrimas de tristeza, sorriso largo de alegria, mãos inquietas de ansiedade, a voz que se eleva na hora da raiva. Nossas expressões faciais, gestos, tom de voz e as palavras que usamos refletem o que sentimos. Mas a alfabetização emocional não se limita a decifrar esses sinais. "O conceito inclui saber comunicar os próprios sentimentos de forma adequada e produtiva, perceber que as emoções influenciam as nossas decisões diárias e refletir constantemente sobre como nos sentimos em diferentes situações", explica a psicoterapeuta Fernanda Furia, fundadora da consultoria em Psicologia e Educação Playground da Inovação e mestre em Psicologia de Crianças e Adolescentes pela University College London (Inglaterra).
Ganhos para a vida toda
Ao adquirir esse controle sobre as emoções, podemos tomar decisões mais saudáveis e conscientes, sem agir por impulso. "Toda vez que uma circunstância desperta sua raiva e você responde a esse sentimento agressivo com outra agressão, perde o controle das suas emoções. Com a alfabetização emocional, que leva à educação dos sentimentos, a criança aprende a relevar, começa a pensar que a pessoa que lhe ofendeu talvez não esteja em um bom momento e adquire o controle de suas reações", diz o educador Celso Antunes, autor de diversos livros sobre educação, com tradução para vários idiomas, como Educar em um Mundo Interconectado - Um Livro para Pais e Professores (Editora Vozes).
Em longo prazo, a alfabetização emocional pode trazer ao seu filho o que se chama de inteligência emocional, que nada mais é do que a habilidade de lidar com seus próprios sentimentos e com os de outras pessoas. Essa capacidade tem sido cada vez mais valorizada tanto no mercado de trabalho como na própria vida escolar. Uma pesquisa feita pelas Universidades Penn State e Duke (EUA), e publicada no periódico American Journal of Public Health, encontrou uma conexão entre as habilidades socioemocionais durante a infância e o sucesso na vida adulta. Os pesquisadores acompanharam 800 indivíduos, primeiro durante a educação infantil, depois aos 25 anos. A avaliação mostrou que aqueles que, quando criança, já demonstravam mais disposição para ajudar e compartilhar, na vida adulta tinham mais chances de ter se formado e conquistado um emprego em período integral. Em compensação, aqueles que, quando pequenos, apresentavam dificuldades na resolução de conflitos, em dividir e em ouvir outras crianças tinham na vida adulta menor probabilidade de ter concluído a faculdade ou o colégio, maior propensão ao abuso de substâncias ilícitas e a ter problemas com a Justiça. Ese e vários outros estudos comprovam o que professores e empregadores já percebem na prática: não basta ter conhecimento técnico, bom raciocínio e uma formação sólida. No mundo de hoje é imprescindível saber se relacionar com as pessoas.
Talvez o maior ganho que a alfabetização emocional pode proporcionar seja o crescimento do seu filho enquanto ser humano. "A criança que entende melhor sobre o próprio mundo emocional tem uma chance maior de ser ela mesma. E isso tem várias implicações positivas", afirma Fernanda. Crianças que dominam seus sentimentos tendem a reagir menos intensamente às frustrações, desenvolvem uma autoestima maior, entendem melhor os comportamentos das outras crianças, se comunicam com mais clareza, estabelecem relações mais amorosas e colaboram mais com as pessoas à sua volta. Em última instância, a alfabetização emocional também atua na promoção da saúde mental, um termo usado para descrever o estado de bem-estar no qual um indivíduo consegue se desenvolver de maneira plena utilizando suas próprias capacidades. "A educação das emoções serve indiretamente como ferramenta para evitar comportamentos autodestrutivos, porque torna o indivíduo mais forte e equilibrado para fazer boas escolhas", diz Tânia Paris, presidente da Associação pela Saúde Emocional das Crianças (Asec), de São Paulo.
Tá doendo, sim!
Muitas vezes, para proteger a criança do sofrimento, os pais tentam minimizar aquilo que ela está sentindo. Mas isso não funciona. A criança só entende que está sendo compreendida se percebe que tem espaço para encarar o que sente. "Uma coisa é identificar o que gerou o sentimento, outra é o sentimento em si. Se ela quebrou um brinquedo, pode ficar profundamente triste. Um adulto pode olhar e pensar: 'É só um brinquedo', mas para a criança, isso significa muito. Por isso, os pais precisam fazer um exercício de separar a causa do sentimento em si", diz Tânia.
Em vez de dizer: "Não precisa ficar bravo. É só um carrinho", fale: "Que pena, você gostava desse brinquedo, né?", abrindo espaço para que seu filho se manifeste. "O pai e a mãe devem ajudar a criança a colocar um nome para o que sente. Fazendo isso com naturalidade, ensinamos que os sentimentos são genuínos", completa Tânia. E esse processo pode começar muito antes que a criança tenha pronunciado as primeiras palavras. Tânia que já é avó, cita o exemplo de seu neto: "Quando ele era muito pequeno, minha filha colocou na geladeira um monte de carinhas. Ele mal sabia falar, mas, quando ficava com raiva, dizia do jeitinho dele: 'Eu vou para a geladeira'. Chegando lá, apontava a cara que mais tinha a ver com o que sentia. É simples, mas eficaz", conta. Vale lembrar que é fundamental manter o contato visual com as crianças desde que são bebês, porque é assim que aprendem a ler as expressões.
Outro ponto importante, segundo Fernanda, é ajudar a criança a fazer a ligação entre o que ela sente e o que faz. "Me dei conta de que, quando você está feliz e animada, gosta de pular." "Estou vendo que você grita muito quando está com raiva." "Criando um contexto favorável, o bebê e a criança pequena terão espaço para demonstrar as suas emoções, mais livremente e sem julgamentos", diz a psicoterapeuta. É claro que isso não quer dizer permitir que seu filho jogue coisas no chão ou agrida alguém. Mas tudo bem admitir que dá vontade de fazer isso vez ou outra. "As crianças, principalmente as menores, não têm muito vocabulário para falar de emoções. Suas reações são mais motoras, físicas. Por isso, empurram o colega que as aborreceu ou se jogam no chão quando estão frustradas", diz a orientadora educacional Dulce Silveira, da Escola Nossa Senhora da Misericórdia (RJ). Com isso em mente, em vez de recriminar seu filho pela reação que ele teve, mostre que você o entende. Use frases como "o papai também tem vontade de se esconder quando está com medo". Se colocar nessas situações ajuda a criança a se acalmar e a entender que as outras pessoas passam pelo mesmo que ela. E que não há nada de errado com isso.
Lembre-se de que todo sentimento oferece ao seu filho a chance de aprender algo, mesmo que nem sempre pareça positivo à primeira vista (e que você fique com o coração apertado). A própria neurociência não coloca mais emoções como raiva e medo sob o rótulo de "destrutivas". Elas são chamadas agora de "emoções defensivas", por serem desencadeadas como um mecanismo de autopreservação frente a uma situação adversa. Mesmo provocando certo mal-estar, elas podem ensinar muito ao seu filho. Coragem sem medo vira imprudência. Assim como tranquilidade sem uma pitada de raiva pode se transformar em passividade.
Sensações transitórias
A grande chave é mostrar à criança que, além de ser normal ser tomado de vez em quando por sentimentos que não provocam sensações agradáveis, eles são transitórios. Aquela impressão ruim não vai durar para sempre. Relembre um episódio que aconteceu com ele ressaltando como tudo se resolveu depois. Mas saiba que não adianta dizer ao seu filho para não ter medo quando estiver assustado e tremendo. Nem ensiná-lo a lidar com a frustração quando ele acaba de tirar uma nota baixa. É preciso manter sempre um espaço aberto para que todos na família falem sobre suas emoções. Pergunte ao seu filho quais são os acontecimentos que o deixaram feliz no dia e os que não foram tão bacanas assim, e conte sobre você.
Sim, você! Aprender a lidar com os próprios sentimentos não é uma lição exclusiva para os pequenos: precisa também fazer parte do processo de amadurecimento dos pais. "Da mesma maneira que não é recomendado minimizar os sentimentos das crianças, não dá para negar os nossos. É fundamental que o pai e a mãe se sintam seres humanos e não super-heróis", alerta Tânia. Isso quer dizer que esse movimento de reconhecimento das emoções deve acontecer nos dois sentidos: dos pais para a criança, mas também dela para os pais. "Alfabetização emocional é também aplicar esse conhecimento sobre os sentimentos para melhorar a relação com o próximo", completa Fernanda. É assim que seu filho vai começar a desenvolver a empatia. Demonstre que você tem dias ruins, perde a paciência, tem vontade de gritar, mas que é possível se acalmar e assumir o controle das emoções, em vez de ser controlado por elas. Esse embate entre cabeça e coração, razão e emoção, é uma questão que seu filho terá que aprender a balancear pelo resto da vida. Mas com a sua ajuda, ele pode estar bem mais preparado e confiante. Afinal, não há como controlar os sentimentos, mas é possível encontrar uma forma mais leve de lidar com eles.
(texto publicado na revista Crescer nº 204 - julho de 2017)
Existe uma razão para Deus nos aproximar de certas pessoas e, depois de um tempo, deixá-las ir… - Luiza Fletcher (O Segredo)
Você já se perguntou por que se dá melhor com algumas pessoas do que com outras?
Por que muitas vezes um estranho lhe parece mais familiar do que uma pessoa com a qual você convive todos os dias?
Muitos dizem que não existem respostas certas para essas perguntas. O que eu acredito é que Deus nos aproxima das pessoas que precisamos em determinados momentos de nossas vidas. Essas pessoas nos ensinam coisas sobre nós mesmos e sobre a vida, que servem como lições para nossas jornadas pessoais.
Existe uma razão para Deus nos aproximar de uma pessoa, em especial, e para nos apegarmos mais a algumas pessoas do que a outras.
Fazendo uma reflexão sobre minha vida, todas as pessoas com as quais eu me identifiquei, ensinaram-me lições muito valiosas e foram realmente importantes para mim. No entanto, grande parte delas permaneceram em minha vida por um tempo muito curto. É como se cumprissem sua missão e depois fossem embora.
Deus envia as pessoas que precisamos no momento certo. Em cada estágio de nossas vidas, atraímos pessoas diferentes, porque precisamos aprender coisas diferentes.
Deus usa essas pessoas para nos oferecer as respostas que buscamos e despertar as melhores versões de nós mesmos.
No entanto, nós, muitas vezes, queremos tornar essas pessoas temporárias em pessoas permanentes, mas não dá certo, porque esse não é o seu propósito. Deus as colocou em nossos caminhos por um período de tempo limitado. Dessa maneira, muitas vezes ficamos frustrados e não as deixamos ir.
Não entendemos porque uma pessoa que nos fez tão bem tem que ficar pouco tempo ao nosso lado, mas se pararmos para observar, entenderemos que, se elas ficassem para sempre conosco, sua beleza desapareceria, sua presença não seria mais inspiradora, e elas se tornariam apenas mais uma.
Deixar ir é uma atitude que deve se basear na fé. É acreditar que o Deus preparou para sua vida é o certo.
É entender que as coisas estão melhores como são. É pensar que tentar mudar algo, pode impedir um final feliz.
Talvez essas pessoas também estejam nos ensinando a como deixar ir com sabedoria, a como desapegar, a como entender que as pessoas em nossas vidas também podem ensinar outros seres humanos, a como acreditar que os próximos encontros de sua vida serão tão frutíferos quanto esse, porque Deus sempre nos aproxima das pessoas certas.
Quando conhecermos a pessoa que ficará para sempre em nossas vidas, sentiremos isso de muito longe, poderemos identificá-la em meio a uma multidão, porque conheceremos a sensação de alguém tocando nossa alma.
Tome posse da maturidade - Ivone Boechat
A longevidade é uma bênção! Comemore! Ser maduro é um privilégio; é a última etapa da sua vida e se você acha que não soube viver as outras, não perca tempo, viva muito bem esta. Não fique falando toda hora: "estou velho". Velho é coisa enguiçada. "Idade não é pretexto para ninguém ficar velho".
- Perdoe a você, antes de perdoar os outros. Se você falhou, pediu perdão? Deus já o perdoou e não se lembra mais. Não fique remoendo o passado... Não se importe com o julgamento dos outros.
- Viva com inteligência todo o seu tempo. Viva a sua vida, não a do seu marido, da sua esposa, dos filhos, dos netos, dos parentes, dos vizinhos, dos amigos... Nem viva só pra eles, viva pra você também. Isto se chama amor próprio, aquilo que você sacrificou sempre! Faça o seu projeto de vida!
– Coma e beba com moderação; durma o suficiente. Tenha disciplina. Fale com muita sabedoria. Discipline sua voz: nem metálica; nem baixinha; seja agradável!
- Do passado, valorize só o que foi bom. Experiências caóticas, traumas, fobias, neuroses, devem ser tratadas com o psicoterapeuta.
- Não arrisque cirurgias plásticas rejuvenescedoras. Elas têm prazo curto de duração. A chance de você ficar mais feio é altíssima e a de ficar mais jovem é fugaz. Faça exercícios faciais. Tome no mínimo 8 copos de água por dia e 15 min de banho de sol é indispensável.
- Use seu dinheiro com critério. Gaste em coisas importantes e evite economizar tanto com você. Tudo o que se economizar com você será para quem? No dia em que você morrer, vai ser uma feira de Caruaru na sua casa. Vão carregar tudo. Por que não doar as roupas, abrir um brechó ou dar todas as suas bugigangas?
- A maturidade não lhe dá o direito de ser mal educado.
- Aposentadoria não significa ociosidade. Você deve arranjar alguma ocupação interessante e que lhe dê prazer.
- Cuidado com a nostalgia. Pessoas amargas e tristes são chatíssimas. Elogie os amigos, não fique exigindo explicações de tudo. Amigo é amigo.
- Leia. Ainda há tempo para gostar de aprender. A maturidade pode lhe trazer sabedoria.
- Seja avó do seus netos, não a mãe nem a babá. Cuidado com aquela disponibilidade que torna os outros irresponsáveis.
- Se alguém perguntar como vão seus netos, evite discorrer sobre a beleza rara e a inteligência excepcional deles. Cuidado com a idolatria de neto e o abandono dos filhos casados...
- Não seja uma sogra ou sogro chato. Nunca peça relatório de nada. Seu filho tem a família dele.
- Cuidado ao atender ao telefone: se a pessoa perguntar como você vai e você responder "estou levando a vida como Deus quer"; "a vida é dura"; "estou vencendo a dureza"; você vai ver que as ligações dos amigos e dos parentes vão rarear, cada vez mais.
- A maturidade é o auge da vida, porque você tem idade, juízo, experiência, tempo e capacidade para se relacionar melhor com as pessoas. Então delete do seu computador mental o vírus da inveja, do orgulho, do egoísmo, cobranças, coisas pequenas e frustrantes para tomar posse de tudo o que você sempre sonhou:
A felicidade.
domingo, 20 de maio de 2018
A vida nos trata como tratamos nossa mãe - Roberto Debski (O Segredo)
Segundo Bert Hellinger, psicoterapeuta criador das Constelações Familiares e formulador das Leis Sistêmicas do Amor e da Vida, “O sucesso tem a face da mãe”.
Quem não conquista o sucesso na vida, entendendo-se sucesso como ter relacionamentos afetivos amorosos e enriquecedores para ambos, uma relação saudável com o dinheiro, conquistar seus objetivos, realizar-se e ser feliz na vida, sentir-se seguro, é porque “não tomou sua mãe”.
Tomar a mãe significa aceitá-la plenamente, sem julgamentos, amorosamente no coração, independentemente de como tenha sido sua criação, educação e relação com ela, se sentiu-se ou não amado o suficiente ou da maneira que imagina “adequada”, se foi castigado injustamente, preterido ou mesmo abandonado.
Conheço muitas pessoas, amigos, alunos, pacientes, que ouvindo essas palavras, com expressão angustiada, de raiva ou sofrimento, afirmam ser uma tarefa impossível! Não conseguem, e muitos afirmam sinceramente que não querem, abrir-se para esta aceitação. Carregam mágoas profundas, cicatrizes mal formadas que encobrem superficialmente feridas crônicas e incuráveis da alma.
Porém não há como dizer sim à vida, sem a aceitação, e antes de dizer SIM a ela, nossa mãe. A vida nos foi entregue através da mãe, nascemos de suas entranhas, de sua carne.
Nosso corpo foi forjado em seu ventre, através do alimento ingerido por ela e que tomamos para nós. Esses nutrientes nos permitiram evoluir, a partir do momento da concepção, quando duas células, mãe e pai, se tornaram somente uma, EU, através de um ato de amor da vida, para trilhões de células no momento do nascimento.
O oxigênio que nos manteve vivos, foi inspirado através de seus pulmões. O ritmo pulsante e tranquilizador que nos embalou durante os nove meses que em seu ventre fomos carregados, vinha das batidas de seu coração.
As emoções que sentíamos e nos envolviam, tanto as ruins que refletiam medos, incertezas e angústias, como as boas que carregavam os sonhos, esperanças, desejos e ideais, vieram de sua alma, e do campo familiar do qual ela fazia parte, e já nos envolvia, campo sistêmico que reverbera as experiências de milhares de pessoas que vieram antes de nós, as quais nos constituem incondicionalmente.
Revoltar-se, ter restrições, julgar ou criticar a mãe (ou também o pai, o que traz outras implicações) significa que nos julgamos maiores que ela, o que vai contra a lei da Hierarquia, significa também excluí-la o que vai contra a lei do Pertencimento e resulta em não realizar uma troca amorosa, pois recebemos a Vida também através dela, o que vai contra a lei do Equilíbrio de Troca.
Em resumo, com a escolha e atitude de não aceitar nem tomar plenamente a mãe, deixamos de vivenciar as três Ordens do Amor, as principais e fundamentais Leis dos relacionamentos e da Vida.
O resultado é a criação e/ ou a continuidade do fenômeno transgeracional de emaranhamentos familiares e o consequente fracasso em conquistar um destino de Sucesso e uma Vida plena e feliz.
A partir da ampliação da consciência sobre esses temas, da aceitação de tudo e de todos como são, dizemos SIM à Vida, podemos transformar essa realidade, cumprir nossa missão pessoal e, enfim, viver um destino saudável, com efeitos curativos em todo nosso sistema.
Viva a vida!
sábado, 19 de maio de 2018
“Respeite a fidelidade dos outros”- texto viral de Fabrício Carpinejar (Revista Pazes)
No Facebook, uma leitora elogia a sedução de minhas palavras e pede uma horinha comigo pessoalmente. Respondo que sou casado e muito feliz. Ela retruca que não há problema, que não é um impeditivo. Reforço a minha fidelidade e o quanto que não há sentido a sua insistência. Ela não desiste: propõe encontro, passa o número do celular e ainda fica provocando que dê provas de minha capacidade. Continuo direto, objetivo, seco: não tenho olhos para outra mulher. Daí ela se sente ofendida, reclama que não precisava ser grosseiro e dispensá-la. Um pouco mais e me chamaria de fresco, de tolo, de covarde.
O que pretendo esclarecer é que nunca vou pôr em risco o amor verdadeiro de minha vida. Eu sei o quanto é raro e como foi custoso encontrá-lo. Não me esconderei em ambiguidades, não mentirei para agradar, não me envaidecerei com cantadas, não deixarei que uma estranha saiba algo que a minha mulher não sabe.
Mantenho orgulho de minha exclusividade. Ando em linha reta porque o meu coração guarda alguém em suas curvas.
Gostaria de declarar, com todas as letras, que a minha esposa é a pessoa mais importante de meus atos, a mais especial de meus gestos, a que mais admiro em meus devaneios. É a minha melhor amiga, a minha confidente, a minha cúmplice. Só com ela eu me divirto só de conversar. Só com ela eu me alegro só de existir. Só com ela um minuto longe de casa significa meses de saudade.
Jamais sacrificaria o que construímos. Já atravessamos momentos pungentes juntos, como o luto familiar, e não existe mau tempo que nos distancie. Somos inseparáveis na alegria e na tristeza, na doença e na saúde.
Dói apenas de pensar em magoá-la.
Fidelidade é agradecimento. Agradeço a cada dia por ela estar comigo. E a honrarei com a minha linguagem agora e sempre.
Ser gentil é sinal de superioridade! - Fabiana Dainese Mauch
Educação vem de berço. Falta de educação é sinônimo de egoísmo e demonstra complexo de inferioridade.
Eu gosto de gente educada, que diz por favor, com licença, obrigado e desculpe… Bom dia ao chegar ou um simples olá, o singelo ato de olhar nos olhos e oferecer um pouco de si, doar-se sem pensar na retribuição dos próximos minutos, das próximas horas, dias ou de uma vida.
Eu gosto mesmo é das gentilezas despretensiosas, de empatia, de gente que se importa, observa e respeita a posição do outro e não sai por aí querendo obter vantagem em tudo! Infelizmente em nosso dia a dia, nas situações mais corriqueiras, testemunhamos muitos exemplos de falta de educação, atitudes que causam indignação em quem tem a educação em patamar alto e abomina certos comportamentos incompatíveis com o coletivo.
Educação vem de berço e há pessoas que não deixarão seu legado neste quesito! Falta de educação é demonstração de egoísmo e também complexo de inferioridade, é o inconsciente martelando a ideia fixa de que há que se fazer algo, para alguém não vir e fazer na frente e obter vantagem. É algo cultural, que carregamos em nossas raízes desde os primórdios, egoísmo puro que só atrai mais egoísmo.
Ultimamente tenho vivenciado alguns episódios onde testemunhei a falta de educação alheia, lhes relato através de um exemplo a minha indignação… Estava eu procurando vaga no shopping um dia destes, shopping lotado, pacientemente dei várias voltas pretendendo encontrar alguma vaga em que algum veículo estivesse saindo, quando para minha surpresa, um veículo veio na contra mão e roubou a vaga que supostamente meu veículo ocuparia.
Infelizmente não havia um guarda por perto e ao ser indagado por mim sobre sua atitude, o sujeito saiu debochando…Com este tipo de pessoa infelizmente não há o que argumentar, pois nunca sabemos a reação das pessoas, o silêncio é a melhor resposta, além de ser a mais sábia. Esperemos que o Universo se encarregue de dar a melhor resposta ao sujeito que age errado e ainda debocha dos outros!
Há pessoas que se transformam em posse de um volante, o trânsito pode ser perigoso, a gentileza atrai gentileza, eu frequentemente paro para pedestres atravessarem, dou passagem a quem quer entrar e se alguém me agride com palavras eu não revido, parece bobagem, mas simples atitudes, geram gestos de agradecimento que contribuem para mais cidadania e melhor convivência.
Todos nós temos muitos exemplos em nosso cotidiano da falta de educação, não respeito às filas, pessoas que tem a capacidade de abrir o vidro do veículo e jogar lixo onde quer que for, sem contar o desrespeito de pessoas que acham que o próprio filho não deve respeito à professores, funcionários, etc… E como não citar a corrupção…
Claro que da mesma forma que testemunhamos a falta de educação, há também muitos exemplos de pessoas educadas, que estão tentando cumprir seu papel como cidadão. Mas a verdade é que ainda não estamos preparados para o pensamento coletivo, é cada um pensando em si próprio, temos que evoluir e muito, mas se cada um fizer a sua parte, estaremos no caminho da evolução.
Maturidade espiritual é quando você aprende a calar, a se afastar, não se queixa e agradece pelo que tem - Sil Guidorizzi (O Segredo)
Maturidade espiritual é quando você aceita que erra, aprende a se desculpar e a não jogar no colo do outro o que é seu.
É quando você percebe que já não precisa de tanta coisa assim para suprir suas necessidades, que estar em paz consigo mesmo (a) é melhor do que provocar instigar ou cutucar o outro com vara curta a troco de nada, a troco de mexer em feridas por vezes já cicatrizadas.
É quando você passa a ser mais seletivo (a) internamente, é quando você sabe que pode contar com poucos, mas que são essenciais e que mantém uma boa relação de amizade e empatia sem exigir nada em troca.
É quando você olha mais à volta e se coloca no lugar das pessoas e não mensura a sua dor, assim como não quer que mensurem as suas. É quando você não interfere nas escolhas de ninguém e vai aprendendo a digerir os embates da vida com mais nitidez e resiliência.
É quando você percebe que não precisa ter a casa cheia, não precisa de tanto barulho, que estar a sós é como ir se retratando diante do que se sente, do que sentiu ou do que não quer mais sentir.
É não precisar ir de um lado para o outro tentando encontrar sossego interior. É quando você se aprimora e abstrai o que não precisa, pede com mais fé e acredita mais no divino e não em falsas promessas ou pessoas que não tem serventia por serem apenas instrumentos prontos a desestabilizar seu coração, prontas a quererem se apossar do que não lhes pertence a troco de fazê-lo (a) sofrer.
É quando você ora, pede pelos que precisam, pede pelos que adoecem a alma, pede para que todos recebam luz por mais que não se queira aproximação.
É quando você esvazia a bagagem, percebe que andar descalço por vezes é libertador e que se o sol não apareceu naquele dia mais nublado, você continuará acreditando em dias melhores e nas possibilidades de superação e cura.
Maturidade espiritual é quando você aprende a calar, a se afastar, a não se agredir e não agredir. É quando você sente que a porta do céu é melhor que abrir o chão para que você se afunde em dor ou discórdia.
A maturidade vem com os altos e baixos com o entender nas entrelinhas. Com a sensação de que não existe superioridade e sim a humildade de quem precisa manter o olhar atento, os sentimentos honestos e a obrigação de cuidar melhor de si mesmo (a), para que você tenha força para socorrer aos que também precisam de auxílio.
A maturidade espiritual vem quando você não precisa viver de melindres, não precisa disfarçar o que é, quando você aceita a própria condição, seja ela qual for, sabendo dos propósitos de Deus.É quando você abre a porta, não procura discórdia, não se queixa e agradece pelo que tem.
12 dores que estão diretamente correlacionadas com os sentimentos e as emoções (A Cura pela Natureza)
Você já pensou que somos seres completos e tudo o que nos compõe – corpo, mente e espírito – é ligado de tal forma que a deficiência de um pode afetar os demais?
Um grande exemplo dessa integração é a conclusão da doutora em psicologia Susanne Babbel.
Depois de um minucioso estudo, a dra. Babbel concluiu que boa parte das dores crônicas que sentimos não tem nada a ver com doenças graves ou lesões anteriores.
Ela acredita que adquirimos a maioria das dores com emoções negativas – como o estresse – que acabam afetando alguns órgãos.
Viu como a mente é poderosa?
O estudo da psicóloga resultou num "mapa" que mostra como as emoções interferem na saúde.
Este post vai mostrar a você esse "mapa" e como você pode tratar e neutralizar os efeitos negativos das emoções.
1. Dor de cabeça
Na maioria das vezes, a dor na cabeça (ou enxaqueca) acontece por causa da pressão do dia a dia, o estresse e a sobrecarga de atividades.
A melhor maneira de resolver este problema é relaxar.
Descanse e encontre tempo para o lazer. Vá ao cinema, praia ou leia um bom livre.
2. Dor no pescoço
Esta é bastante interessante.
Acredita-se que, quando nos culpamos por determinado acontecimento, geramos uma consciência culpada, causando acúmulo e pressão na área do pescoço.
Aprenda a perdoar os outros e a si mesmo(a).
Lembre-se que todo mundo pode errar, inclusive você.
É muito importante buscar o lado bom das pessoas e, mais do que isso, é questão de saúde.
3. Dor e sensação de peso nos ombros
Se o problema é nesta área, e não foi lesão, pode apostar que há problemas em alguma área da sua vida que ainda não foram resolvidos e seu corpo está sofrendo com isso.
Para resolver, divida tarefas e compartilhe seus problemas com amigos em que pode confiar.
Isso pode ajudar a encontrar uma saída.
4. Dor nas costas
Sabe a parte superior das costas?
Algumas pessoas sentem uma dor crônica nessa área e isso pode ser um sinal de que a pessoa não se sente amada e apoiada.
O amor das pessoas é a cura para qualquer doença emocional.
Portanto, se este é o problema, converse com quem está ao seu redor, família e amigos.
5. Dor na região lombar
A parte inferior das costas está relacionada a problemas de finanças.
São muitas as causas dos problemas econômicos.
Às vezes, eles aparecem por causa do baixo salário, desemprego ou até mesmo gastos com coisas desnecessárias.
Só você sabe o motivo.
O fato é que você precisa ter uma atitude otimista - até mesmo quando a falta de dinheiro parece não ter solução.
6. Rigidez nos cotovelos
Deve-se a uma resistência às mudanças.
Ela também pode ser interpretada como um medo de que a "vida nos leve".
Planeje menos, seja mais ousado e mais espontâneo.
7. Dor nas mãos
Este é um sinal de que você está com problemas para interagir com as outras pessoas.
O contato é muito importante.
Busque se socializar e demonstrar afeto aos seus amigos.
8. Desconforto no quadril
Ocorre pelo medo do futuro, a ansiedade.
Se esforce para viver novas aventuras, considerando que o futuro chega de acordo com as atitudes do presente.
9. Dor nos joelhos
Está relacionada aos sentimentos de vaidade e orgulho.
O ego muito elevado pode nos impedir de encontrar a qualidade das pessoas.
Lembre-se que somos apenas mais um e precisamos ser humildes.
10. Dor na panturrilha
É causada por sentimentos de inveja e ressentimento.
Procure perdoar e amar quem está ao seu redor.
11. Dor nos tornozelos
Demonstra que você tem dificuldades em aceitar os prazeres da vida.
Procure curtir a natureza, os momentos em família e o sabor das refeições, por exemplo.
12. Pés doloridos
Os pés são reflexo das nossas satisfações.
Se você tem dores crônicas neles, é sinal de que tem muitas insatisfações.
Recomendamos ser mais otimista, ter fé e desfrutar das grandes maravilhas que Deus nos proporciona.
O mar: uma droga gratuita que cura pelo menos 16 doenças (Revista Pazes) - do site Coruja Professor
Férias na praia podem ser uma verdadeira cura para muitas doenças. Descubra os benefícios da água, sol e sal no corpo.
Retire seus medicamentos e trate-se para um feriado ou um final de semana na praia. Sim, o mar, com a sua salinidade, o iodo, o seu ar saloio dico pode ser uma verdadeira cura para muitas doenças. Eles contaram: são pelo menos 16.
A massagem com água ativa a circulação, a água salgada libera o trato respiratório e reduz as formas alérgicas.
Eles beneficiam as vias aéreas e aliviam-se:
– alergias respiratórias
– sinusite
– asma
– convalescença de resfriados e outras doenças respiratórias
– problemas causados pelo tabagismo
– intoxicação por agentes químicos
O dano dos ossos é reparado e as dores de:
– deslocamentos
– distorções
– fraturas
– artrose
– dores nas articulações
– osteoporose
– espondilose
– doenças reumáticas
Com o mar, as alergias cutâneas são reduzidas:
– psoríase
– eczema
– dermatite
– acne seborreica
Graças ao mar, as condições anêmicas, as doenças ginecológicas, o hipotireoidismo e o linfatismo melhoram. Muito importante, o mar também ajuda a combater estados depressivos.
Que doenças são tratadas com o mar
Um benefício de uma estadia no mar são alergias respiratórias (especialmente pólen), anemia, artrite, convalescença depois de doenças do trato respiratório, depressão, entorses, fracturas, hipotiroidismo, luxações, doenças alérgicas da pele, doenças ginecológicas, doenças reumática, osteoporose, psoríase, raquitismo.
O importante é saber como se comportar para aproveitar ao máximo todos os benefícios que podem ser extraídos da água do mar e do sol. Os benefícios da água do mar
Aqui estão alguns dos principais benefícios dos tratamentos de maré, ou seja, talassoterapia.
Melhora sua respiração.
Mas por que o mar é um amigo tão precioso? O que o torna tão especial é o chamado aerossol marinho. O ar, perto da costa, contém uma quantidade maior de sais normais do que minerais: cloreto de sódio e magnésio, iodo, cálcio, potássio, bromo e silício. Eles vêm das ondas quebrando a costa e dos salpicos de água do mar levantada pelo vento. Os primeiros a se beneficiar são os pulmões: a respiração melhorou significativamente desde os primeiros dias. Mas o aerossol marinho também estimula o metabolismo, revigora a circulação sanguínea e melhora o sistema imunológico.
A água do mar tem muitos componentes que trazem relaxamento ao corpo, tiram dores e reenergizam. Não é à toa a crença de que um banho de mar pode “descarregar” energias negativas. Além das propriedades da água, a quebra das ondas no corpo promove uma drenagem linfática e ainda estimula a pele e a circulação.
A água marinha é composta por mais de 80 elementos químicos. Alivia principalmente as tensões musculares, graças à presença de sódio em sua composição — por isso é considerada energizante. A massagem que as ondas fazem no corpo estimula a circulação sanguínea periférica, e isso provoca aumento da oxigenação das células.
Graças à presença de cálcio, zinco, silício e magnésio, a água do mar é usada para tratar doenças como artrite, osteoporose e reumatismo. Já o sal marinho, rico em cloreto de sódio, potássio e magnésio, tem propriedades cicatrizantes e antissépticas
Combate a retenção de água.
Muitas pessoas sofrem de retenção de água durante a estação quente. Na água do mar, de fato, existe uma concentração considerável de sais minerais. E isso, devido a um mecanismo físico chamado osmose, favorece a eliminação, através da pele, dos líquidos que haviam acumulado nos tecidos. Com grandes vantagens para a circulação das pernas.
Luta contra os quilos extras.
Os quilos extras são perdidos com mais facilidade. O sal estimula as terminações nervosas da epiderme, como conseqüência acelera o metabolismo: o corpo, na prática, queima alimentos e gordura mais rápido.
Fortalece o sistema circulatório.
Graças à pressão que a água exerce enquanto você está imerso, sua temperatura, que nesta temporada é de cerca de 20 graus e movimento ondulatório, que pratica uma massagem suave em todo o corpo.
A musculatura se fortalece.
A natação relaxa os músculos, rapidamente dissolve contraturas e dá mobilidade às articulações bloqueadas pela artrite e artrose. E então ajuda intestinos e rins, purificando todo o corpo.
quarta-feira, 16 de maio de 2018
Assim caminha a humanidade - Mariana Sgarioni
A coluna vertebral é nosso eixo, nossa base de sustentação. Será que estamos cuidando bem daquela que nos mantém eretos ?
Se tivéssemos um olho nas costas, como muita gente diz que gostaria de ter, ficaríamos pasmos com o tanto que maltratamos nossa própria coluna. É um torce, sobrecarrega, revira, estala - e a coitada continua ali, firme e (nem sempre) forte. Já que não enxergamos, parece que podemos judiar à vontade. Só que a história não é bem assim.
A coluna vertebral, apesar de passar despercebida, precisa ser muito bem cuidada. Quem padece com suas dores sabe direitinho o que significa isso. Se ela pifar, você definitivamente não funciona. Não dá para trocar e comprar outra. "A coluna é a viga mestra do organismo, pois permite que fiquemos em pé. Nós só somos bípedes graças a ela", lembra José Goldenberg, clínico e reumatologista do Hospital Albert Einstein, autor do livro Coluna Ponto e Vírgula. Goldenberg possui um dado alarmante que resume muito bem o quanto maltratamos a nossa base de sustentação: 80% da população mundial teve, tem ou terá alguma dor lombar durante a vida.
O pior da história é que a dor só aparece quando o problema já está instalado há muito tempo, o que pode significar anos e anos de maus hábitos. Sua coluna sofre em silêncio. Repare no quanto é possível - e gostoso - ficar horas e horas vendo filmes esparramado pelo sofá (com a coluna dobrada em forma de U) ou trabalhando no computador com os pés balançando na cadeira, jogando todo o peso para as costas. Por mais tentador que seja, o resultado adiante não vai valer a pena. A consequência são problemas na coluna e dores intermináveis. Nesse aspecto, parece que o sedentarismo moderno deu uma mãozinha na involução da espécie.
Homo erectus
Além de segurar seu corpo, você sabe direito o que significa a coluna para o nosso organismo e para que ele serve ?
A coluna é uma obra de fazer inveja a qualquer engenheiro. Ela foi projetada, digamos assim, para sustentar o peso do corpo todo, para permitir que façamos movimentos imprescindíveis, como nos curvarmos ou nos virarmos e para mantermos a posição ereta. Como se isso não bastasse, é por dentro de suas estruturas ósseas que passa a medula espinhal, o gigante tronco nervoso do corpo, de onde partem os nervos que levam e trazem mensagens entre o cérebro e o restante do organismo. Imagine você que o comprimento da coluna vertebral representa cerca de 40% da sua altura.
Os principais pilares da espinha são as vértebras. Além delas, a coluna ainda é constituída de discos, ligamentos, tendões, músculos, nervos e vasos sanguíneos. Os discos merecem uma menção honrosa. Se compararmos a coluna a um automóvel, os discos seriam os amortecedores. Localizados entre cada uma das vértebras, sua estrutura tem um núcleo gelatinoso (mistura de proteínas e água), que serve para amortecer o choque de um osso contra o outro. Quando ocorre algum problema com o disco intervertebral, os ossos pinçam o nervo e a pessoa sente dor.
Um jeito de cuidar bem dos discos (veja que engenhoca perfeita) é dormindo direito. Isso porque, durante o dia, a água do disco fica sob pressão e faz uma migração de parte de seu conteúdo para o corpo da vértebra. Na posição de decúbito dorsal (ou seja, deitado de barriga para cima), durante o sono, onde a pressão diminui e os músculos estão relaxados, o processo se inverte: a água migra do corpo da vértebra para o disco, fazendo o caminho de volta e promovendo a recuperação necessária. É por essas e outras que acordamos de manhã um pouco mais altos.
Em um maquinário brilhante como esse, todos os componentes precisam se mover em harmonia. Qualquer problema em uma das peças pode causar dor. Mas de onde vêm os problemas que causam a dor ? Caso você já esteja sentindo dor, é bom mesmo se fazer essa pergunta antes de querer eliminar o mal-estar rapidinho, sem procurar as causas. A automedicação, o abuso de analgésicos e o uso indiscriminado de anti-inflamatórios podem agravar seu caso e provocar novas doenças. Não é porque seu vizinho ou um amigo tomou um santo remédio e ficou bom que você também deve tomar. "Uma consulta de coluna exige muito tempo e atenção do especialista, pois a dor pode estar ligada a diversos fatores, inclusive emocional. E isso nem sempre os exames mostram", diz José Goldenberg.
Dor nas costas
A dor pode ser provocada por muitas causas. Algumas você pode controlar, e outras, infelizmente, não. Entre as incontroláveis estão as de origem genética ou ainda as inatas, em que problemas ocorrem na fase uterina ou durante o parto. O avanço da cidade é outro fator que também pode trazer dores - e, até onde se sabe, não se pode muito lutar contra o relógio.
O mais importante é dizer aqui quais são as causas da dor que estão diretamente ligadas ao nosso comportamento e de que maneira podemos evitá-las. "As pessoas procuram descobrir as causas da dor e nunca encontram nada. Elas acordam com dores nas costas e não se dão conta do colchão inadequado que usam, reclamam de dores no pescoço e vertigens quando assistem TV deitadas na cama, mas não percebem a hiperflexão do pescoço nessa posição", afirma o quiropraxista australiano Jason Gilbert, em seu livro O Segredo da Coluna Saudável.
Ou seja: para não ter dores no futuro, é preciso rever diversos hábitos no presente. Alguns deles não são tão óbvios nem parecem estar ligados à coluna - mas estão. O tabagismo é um exemplo. Os fumantes têm mais dores nas costas devido à inalação de substâncias tóxicas que prejudicam a circulação sanguínea no disco intervertebral. O excesso de peso também é um inimigo da coluna. O peso extra, quando concentrado na barriga, aumenta a sobrecarga nas costas. Por isso, médicos estimam que pessoas com sobrepeso de 10 kg ou mais têm 25% mais chance de sofrer com dores na coluna.
Praticar exercícios físicos, sempre com orientação profissional, também é uma maneira de evitar a flacidez dos músculos e, com isso, a instabilidade e fragilidade da coluna. Só tome muito cuidado com o tipo de exercício - estalar o pescoço, por exemplo, parece ser um hábito que coloca a coluna no lugar e é um perigo. Nunca faça isso em si mesmo, só permita que um profissional capacitado o faça. "Por favor, pare de estalar a coluna e o pescoço. Apesar de lhe dar um alívio por um curto período de tempo, você está prejudicando sua saúde e suas articulações muito mais do que você pensa", recomenda Jason Gilbert. "Quantos dos que estalam o pescoço sofrem de dores de cabeça, zumbidos ou vertigens?", completa.
Uma questão de postura
Porém, até onde se sabe, o melhor jeito de cuidar bem do seu eixo principal é prestando atenção na maneira como você senta, deita e se mexe. Existe uma postura mais acertada até mesmo para o simples ato de caminhar na rua: a cabeça alinhada aos ombros, relaxados, braços perto do corpo, cotovelos a 90 graus. E ainda tênis adequados, pés bem apoiados no chão, olhos firmes no horizonte. Muita coisa para pensar ? Nem tanto. Trata-se apenas do que os especialistas chamam de consciência dos movimentos, um santo remédio preventivo para as dores. E isso vale para tudo: sentar, digitar no computador, pegar crianças no colo, dirigir, assistir TV. "É que a gente acaba dobrando o corpo para pegar as coisas sem prestar atenção no que está fazendo. É uma reação quase maquinal. Por isso, é preciso passar por um processo de reeducação para automatizar esse cuidado", afirma Tarcísio Barros, professor de ortopedia da USP, em entrevista a Drauzio Varella.
Os alongamentos diários também são um ótimo hábito preventivo. Ao alongarmos aumentamos o espaço entre as vértebras, na altura dos discos, evitando se achatamento. O exercício trabalha a musculatura e a postura corporal na parte cervical (pescoço), coluna, membros e região pélvica (próximo à virilha), torácica e lombar (onde terminam as costas). Há exercícios de alongamento que podem ser feitos em academias de ginástica ou ainda em aulas de ioga e Pilates - essas últimas atividades se preocupam especificamente com essa prática.
Respire fundo, estique as costas e siga as dicas da próxima página. Sua coluna vai sentir os efeitos da atenção dispensada.
Firme na base
Como manter a sua coluna bem cuidada
- Distribua bem o peso que carrega. Se você apoiar bolsas e sacolas pesadas de um lado só do corpo, pode agravar as dores na coluna.
- Sente direito. Apoie suas costas no encosto da cadeira, de maneira que os joelhos fiquem acima do nível do quadril e os pés bem apoiados no chão. Se possível, use apoio para os pés e prefira cadeiras com braços, pois eles não forçam a coluna e facilitam o ato de levantar.
- Se quiser pegar qualquer objeto do chão, dobre os joelhos e desça devagar até ele. Fique de cócoras. Assim o peso será absorvido pelos músculos das pernas e não pela coluna vertebral.
- Para entrar ou sair do carro, não torça as costas. Fique sentado, gire as pernas e o tronco ao mesmo tempo - para dentro, ao entrar, e para fora, ao sair do veículo.
- Procure se vestir sentado. Calçar meias e sapatos e mesmo vestir uma calça em pé, dobrando-se para a frente, pode causar dores nas costas e na região lombar devido à torção que a coluna precisa realizar.
- Quando estiver sentado no trabalho, imagine um cabo fixado no alto de sua cabeça. Sinta que o cabo o puxa para cima, bem devagar. Estique bem as costas. Mantenha essa posição por alguns segundos e relaxe. Lembre-se de fazer isso diariamente.
- Alongue-se sempre que possível. A seguir, dois exercícios fáceis de fazer que têm a parede e o chão como base para a proteção da coluna.
De pé. Encoste todo o corpo de costas na parede. Com as pernas unidades, mantenha o corpo o mais colado possível à parede, inspire e eleve os braços para cima. Fique na posição por dez respirações, contraindo o abdômen, como se quisesse também encostá-lo à parede. Descanse e repita a postura.
No chão. Deite-se de barriga para cima em um colchonete fino e firme. Eleve a perna direita e puxe-a, esticada para cima, com a ajuda de um cinto ou tira de pano, sem forçar muito, mantendo as plantas dos dois pés perpendiculares às pernas, o quadril alinhado e outra perna esticada no chão. Esse movimento alonga a região lombar. Fique por dez respirações e troque a perna.
Consultoria: José Goldenberg, reumatologista do Hospital Albert Einstein
(textos publicados na revista Vida Simples edição 88 - janeiro de 2010)
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