sábado, 28 de abril de 2012

Em nome de Deus

Os Lares Madalena, na Irlanda, eram de responsabilidade das Irmãs da Misericórdia, em nome da Igreja Católica. Jovens mulheres eram mandadas para lá por suas famílias ou pelos orfanatos e, uma vez lá, ficavam confinadas e obrigadas a trabalhar na lavagem de roupa, onde poderiam expiar seus pecados. Os pecados variavam entre ser mãe solteira, ser bonita ou feia demais, retardada mentalmente, ignorantes ou inteligentes, ou vítimas de estupro. E por seus pecados, elas trabalhavam 364 dias por ano, sem remuneração. Eram mal alimentadas, surradas, humilhadas, estupradas, e seus filhos levados à força. A sentença dessas moças era indefinida. Milhares de mulheres viveram e morreram nesses Lares. O último Asilo Madalena na Irlanda foi fechado em 1996.

Este filme é contado sob o ponto de vista dessas jovens mulheres durante os anos sessenta, uma era erroneamente tida por alguns como uma época de incontestada liberação feminina. Essas jovens mulheres católicas encontram-se em um pesadelo quase medieval, enquanto o mundo exterior, silenciosamente, (ou em alguns casos, ativamente) apoia o estado teocrático. O filme mostra como a personalidade dessas mulheres se desenvolve, de maneira positiva ou negativa, em um ambiente controlado e dominado por mulheres celibatárias, servas de Deus, noivas de Cristo. Como podem, as meninas tentam escapar das surras; mas que vitória é esta se permanecem encarceradas como escravas? Uma delas consegue sair de uma forma sofrida e banal, outra é confinada em um sanatório, e mais duas se rebelam, fogem e alcançam a liberdade.






(texto extraído do site www.universoespirita.multiply.com)


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