segunda-feira, 1 de outubro de 2012

O amor destrutivo - André Lima

Observamos pessoas que entram em relacionamentos cheios de conflitos que causam bastante sofrimentos. São mulheres e homens que se relacionam com parceiros com problemas de bebida, drogas, ou com pessoas que tem grandes dificuldades emocionais.  Parece que entram em relações para sofrer. Quando acabam um relacionamento problemático, logo entram em outro. Por que será que isso acontece?

Essas coisas não acontecem por acaso. A origem desse padrão que busca relações doentes está na infância. Durante esse período, a criança precisa de atenção e do amor dos pais para desenvolver o seu amor próprio. O quanto essa criança aprende a se amar e se aceitar, depende do quanto os pais a amam e aceitam. Sua autoestima é completamente afetada pela relação com seus pais.

A criança tem uma necessidade emocional de receber atenção e reconhecimento  através do contato físico, elogios, interações. Quando ela recebe bastante atenção positiva (elogios, carinho e afeto), ela aprende que essa é a forma normal de se relacionar. Sua autoestima e amor próprio se desenvolvem, e quando cresce se torna um adulto saudável que busca relacionamentos afetivos positivos.

Entretanto, os pais que não dão muita atenção de forma positiva, acabam dando atenção de forma negativa através de críticas, castigos, surras. Nesses casos, a criança aprende que essa é a  forma normal de receber amor; fica gravado no seu inconsciente. Sua autoestima se deteriora e na vida adulta entra em relacionamentos que trazem sofrimento.


A criança tem avidez por atenção e reconhecimento. Quando ela não ganha isso de forma positiva, vai buscar pelo lado negativo. Em algumas famílias o elogio e reconhecimento positivo é escasso, ou mesmo inexistente. Quando a criança faz algo de bom, seu comportamento é visto como normal e é ignorado, não recebendo qualquer atenção. Mas, quando ela faz algo que desagrada aos pais, logo recebe a atenção negativa.

Para a criança, receber esse tipo de atenção é melhor do que não receber nada.  Ela precisa ter sua existência reconhecida, e, se não for de uma forma positiva, que seja então de uma forma negativa. Como nesse tipo de família é muito mais fácil receber essa atenção negativa, a criança inconscientemente busca esse tipo de amor, desejando muitas vezes ser mal tratada pelos pais, pois é melhor ter esse tipo de relação com eles do que ser  ignorada.

Ao crescer, essas crianças formam no seu inconsciente um padrão emocional de receber amor de forma negativa e acabam buscando relacionamentos que vão repetir os mesmos sentimentos da infância: raiva, rejeição, abandono, tristeza, medo..
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O adulto que entra nesse tipo de relacionamento não tem essa compreensão. Parece que as coisas acontecem por acaso, por azar. Mas no seu interior tem uma força inconsciente que o faz se sentir atraído por situações problemáticas. Se porventura ele encontrar uma pessoa equilibrada, não sentirá atração por ela, ou, se começar a se relacionar, logo perderá o interesse e vai achar que isso ocorreu por diversas razões: "não havia química entre nós"; "é uma ótima pessoa, mas não a amo"; "não combina comigo".

Mas na realidade, a falta de interesse ocorreu por que aquela pessoa não é capaz de dar para ele o sofrimento que vem busca de forma inconsciente. Observe mulheres que se relacionam com homens mulherengos, que as traem e fazem sofrer. Elas falam que desejam encontrar um homem que seja bom e fiel. Entretanto, quando encontram um homem com esse perfil, não conseguem se interessar por eles, falam que sentem apenas amizade, carinho, mas não amor. Já como os homens que provocam sofrimento, se apaixonam facilmente.

Esse tipo de atração parece amor, mas, na realidade, é um vício em buscar sofrimento gerado pela falta de amor próprio. O fato de não ter recebido amor do pais na infância gera um sentimento na criança de que ela não tem valor. Esse sentimento permanece até a vida adulta. E quando sentimos que no fundo não temos valor, vamos buscar sofrer e nos punir. Enfatizo que tudo isso ocorre de forma inconsciente e sutil. Parece tudo obra do acaso.

Observe como andam seus relacionamentos, se são prazerosos, saudáveis, ou se sempre trazem sofrimento e dificuldades. Quando essa segunda opção acontece com frequência, é um sinal de que existem problemas de autoestima que precisam ser curados.


As pessoas tentam muitas vezes, inutilmente,  melhorar os relacionamentos pela própria força de vontade. Mas a qualidade das relações só melhora quando a autoestima se eleva. Se essas emoções inconscientes não forem curadas, os padrões de comportamento e sofrimento continuam se repetindo ao longo da vida. É preciso se libertar dessas emoções pois elas tem um forte poder sobre nossos pensamentos e ações.

Através da prática da EFT, conseguimos limpar essas emoções do passado. Nossa autoestima se eleva e os padrões de autossabotagem são eliminados. Assim nossas relações passam ser mais saudáveis. Falando em autoestima, acabei de colocar em versão para download o curso de EFT e Autoestima - excelente para quem deseja um curso profundo, direcionado para este tema tão importante. Todos os detalhes abaixo:
  
Vou sugerir agora uma rodada genérica de EFT para tratar o "amor destrutivo" (gosto sempre de enfatizar que, para ter melhores resultados, é importante que cada pessoa trate seus problemas e emoções negativas de forma personalizada - o curso de autoestima indicado acima ensina isso em detalhes):

Frase de preparação (repete 3 x no ponto do karate): Mesmo que eu sinta essa necessidade inconsciente de buscar sofrimento, eu me aceito profunda e completamente. Mesmo que eu tenha gravado dentro de mim essa forma negativa de receber amor, eu me aceito profunda e completamente. Mesmo que eu  tenha essa desejo inconsciente de sofrer, eu me aceito profunda e completamente.

Topo da cabeça: Sinto um desejo inconsciente de sofrer / Início da sobrancelha: que vem dos sentimentos da infância que venho guardando / Lateral do olho: de rejeição / Embaixo do olho: sentimentos  de abandono / Embaixo do nariz: medo / Embaixo do lábio inferior: tristeza / Osso da clavícula: culpa / Embaixo da axila: devido a essa negatividade / Topo da cabeça: eu venho buscando o sofrimento de forma inconsciente / Início da sobrancelha: entrando em relacionamentos com amor destrutivo / Lateral do olho: para perpetuar / Embaixo do olho: o que eu aprendi na infância / Embaixo do nariz: existe um impulso dentro de mim / Embaixo do lábio inferior: Uma força negativa / Osso da clavícula: um sentimento de que não tenho valor / Embaixo da axila: que vem da autoestima baixa / Topo da cabeça: que me levam a autopunição / Início da sobrancelha: a esse tipo de amor destrutivo / Lateral do olho: é uma repetição do que passei na infância

Sugestão de Rodada Genérica de Liberação e Positiva (gosto de enfatizar que, para melhor efeito, trabalhe sempre o negativo de forma especifica, até elimina-lo antes de colocar algo positivo).

Frase de preparação: Mesmo exista essa impulso inconsciente dentro de mim de buscar o sofrimento, eu me perdôo e me aceito profunda e completamente. Mesmo que eu venha me punindo por sentir que não tenho valor, eu me perdôo e escolho sentir o meu valor. Mesmo que eu venha buscando esse tipo de amor destrutivo, eu me perdôo e me aceito profunda e completamente.

Topo da cabeça: Eu escolho me liberar / Início da sobrancelha: do sentimento de auto rejeição / Lateral do olho:  da necessidade de me punir / Embaixo do olho: do sentimento de que não tenho valor / Embaixo do nariz: eu me perdôo por ter me sabotado / Embaixo do lábio inferior: por buscar o amor destrutivo / Osso da clavícula: Eu me perdôo pelo sofrimento que venho me causando / Embaixo da axila: eu escolho sentir o meu próprio valor / Topo da cabeça: escolho me amar e me aceitar incondicionalmente / Início da sobrancelha: escolho me sentir merecedor  de respeito / Lateral do olho: de um amor positivo / Embaixo do olho: Escolho me sentir merecedor de uma relação saudável / Embaixo do nariz: Eu me libero da necessidade de sofrer / Embaixo do lábio inferior: Eu perdôo meus pais pela falta de amor / Osso da clavícula: Eu me perdôo pela minha falta de amor próprio / embaixo da axila: eu escolho ficar em paz comigo mesmo.

Quem quiser se aprofundar nesse tema, vou ministrar cursos presenciais com o tema "EFT e Autoestima" nas seguintes cidades:


Abraços,


André Lima - www.eftbr.com.br

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