domingo, 7 de abril de 2013

O prazer nos sentimentos negativos (que estranho!) - André Lima



Nota: Você entenderá melhor esse texto se já tiver lido o manual da EFT. Para receber o manual criado por mim acesse (Sem custos. Assim você poderá aprender o básico e começar a se beneficiar da técnica. Veja o artigo logo a seguir):



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Recebi um email com uma pergunta muito interessante de uma leitora: 


"Já li nos seus artigos sobre os ganhos secundários que certos problemas nos trazem, e isso acaba impedindo a solução. Concordo plenamente. Já faz muito tempo que eu observei (vergonhosamente), que há um prazer muito grande em alimentarmos raiva, mágoa, ressentimento, pensamentos negativos de todo tipo, principalmente em relação a outras pessoas. Mesmo quando não verbalizado, quando não demonstramos esses sentimentos negativos. Se os mantemos escondidos, o que estaríamos ganhando? Sendo um "prazer", se está nos proporcionando um prazer, isso dificulta o perdão, a paz interior, a solução, porque ninguém quer abrir mão de nenhum prazer. Gostaria de entender esse prazer doentio, principalmente em ter mágoa/raiva/ressentimento secretos". 

Esse estranho prazer não é nosso, na verdade, embora pareça que sim. Vou explicar melhor. 

As emoções negativas que nós guardamos têm uma vida própria. Elas desejam se alimentar. A raiva quer sentir mais raiva, a tristeza quer sentir mais tristeza, a culpa quer sentir mais culpa... Os sentimentos tomam conta dos nossos pensamentos e assumem o controle para que possam se alimentar e se fortalecer. 

E são várias as formas que as emoções nos usam para que elas possam se energizar e permanecer dentro de nós. Exemplos: relembrar um diálogo de uma briga que tivemos com alguém, faz-nos sentir a raiva e alimentar essa emoção. Ouvir uma música triste depois de terminar um relacionamento ajuda a alimentar a tristeza. Um diálogo mental interno de autocondenação e recriminação alimenta a culpa que sentimos de alguma situação. Discutir com alguém no dia a dia alimenta a raiva que já sentimos. Ver notícias desagradáveis na televisão alimenta a raiva, tristeza etc.. Fazemos tudo isso de forma inconsciente. 

No momento em que esses processos ocorrem, estamos possuídos pelas emoções. Estamos sendo usados por elas. Desavisados, pensamos que somos nós que estamos gerando aqueles pensamentos e sentimentos. São essas emoções que estão se deleitando, sentindo prazer em se perpetuar. Ao mesmo tempo que sofremos com a dor que a emoção provoca, também sentimos o prazer que ela sente por se fortalecer e sobreviver. 

Pela nossa falta de autoconhecimento nos enganamos e nos confundimos com os pensamentos e emoções que passam pela nossa mente e corpo. Achamos que somos essas emoções. Entretanto, elas não fazem parte da nossa verdadeira essência. São energias que passam por nós e que podem ser dissolvidas. Se elas realmente fizessem parte de quem somos, jamais poderiam ser liberadas. 

Nos trabalhos com a EFT, promovemos a dissolução total de vários sentimentos negativos e nós continuamos intactos por trás de toda dor e sofrimento que vai embora. Simplesmente nos limpamos daquilo que não faz parte de nós, e voltamos a ficar em paz. Essa é a nossa verdadeira essência. Somos o observador em paz profunda que testemunha tudo que acontece. Somos o espaço por onde as emoções passam e vão embora como nuvens. Somos o silêncio interior que fica depois que todo o barulho emocional é limpo e os pensamentos incessantes se calam. 

Voltando à pergunta da leitora, ela deseja saber em especial sobre o prazer que sente em guardar raiva, mágoa, rancor, ressentimentos, mesmo que secretamente. Embora essas emoções provoquem sofrimento, elas também nos causam uma sensação de superioridade. Quando sentimos raiva de alguém, dá um sensação de poder, um senso interior de que "eu estou certo" e "o outro está errado". O ego, que é a nossa identificação com esses pensamentos e emoções, adora sentir que está certo, pois isso lhe causa uma falsa sensação de engrandecimento. O mesmo ocorre quando julgamos e criticamos os outros, mesmo que apenas mentalmente, sentimo-nos também superiores. 

Mesmo que a raiva e os ressentimentos não sejam expressos, eles continuam no nosso interior criando diálogos mentais conscientes e inconscientes sentindo prazer em se alimentar. 

Existe ainda a crença, normalmente oculta, de que estamos punindo a outra pessoa com a nossa raiva. Claro que racionalmente isso não faz sentido. Mas essa é uma das razões que fazem com que as pessoas não queiram perdoar as outras. Elas acham que o perdão seria um prêmio para o outro, ou seja, se elas não perdoam estão de alguma forma punindo quem lhes causou um mal. Perdoar, na verdade, é apenas se libertar de todo rancor, raiva e qualquer outro sentimento negativo com relação a alguma pessoa, e voltar a ficar em paz consigo mesmo. 

A raiva que está guardada dentro de nós sente um prazer em "punir" o outro, ao mesmo tempo em que ela se alimenta e se fortalece. Todos esses mecanismo são formas de perpetuar o sofrimento coletivo que a humanidade vem acumulando, através do sofrimento individual de cada um ser humano. Esse sofrimento também pode ser chamado de "sombra". Eckhart Tolle, autor do livro "Um novo mundo, o despertar de uma nova consciência" e do "O poder do agora" chama esse sofrimento de corpo de dor. 

Cada emoção presa dentro de nós é uma parte do corpo de dor, ou da sombra. Somando várias emoções negativas, criamos um corpo de dor cada vez mais denso e pesado. E quanto mais emoções ele acumula, mais domina os nossos pensamentos e ações e tende a se fortalecer ainda mais. É esse corpo de dor acumulado que gera pensamentos negativos, falta de autoconfiança, gera baixa autoestima, e quando se intensifica, acaba dando origem a doenças mais sérias: depressão, ansiedade generalizada, vício por drogas, compulsões, obesidade etc.. 


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Abraços



André Lima - www.eftbr.com.br

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