A primeira vez que ouvi falar dessa tradição de esconder ovos para que as crianças os achassem foi no livro didático de francês "De Vive Voix" há muito tempo atrás.
Achei interessante fazer a postagem da seguinte notícia.
A "Farra do Chocolate" foi criada para substituir a "Farra do Boi", tradição que hoje é proibida.
Uma caçada deliciosa. Nos lugares mais escondidos, entre as folhagens dos
quintais das casas, em cima das árvores e no meio da mata, lá estavam mais de
cem crianças correndo à procura dos ovos de Páscoa, na manhã de domingo, no
Sertão do Córrego Grande, em Florianópolis.
Essa foi mais uma edição da "Farra do Chocolate". Uma festa realizada há cinco anos em substituição a uma tradição que reunia os moradores nesta época do ano: a farra do boi, hoje proibida e criticada por sujeitar o animal à violência. A transformação da cultura deu certo. A comunidade participa em peso, seja ajudando a organizar ou na doação de doces.
As crianças ficaram alegres. Chegaram cedo, antes das 9h. Antes da busca pelos
chocolates, colocados nos pontos mais escondidos da comunidade pela organização,
os pequenos foram enfeitados com orelhinhas e tiveram os rostinhos pintados com
os contornos de focinho e bigodes de coelho. Foram 20 ovos. Assim que um era
encontrado, o coordenador do evento e presidente da Associação dos Moradores do
Sertão do Córrego Grande (Amosc), Cesar Floriano, dava uma pista sobre onde
estava o outro. Logo as crianças, até mesmo com a ajuda dos pais, corriam em
disparada, procuravam perto do prédio, das árvores, na rua. Até uma delas
encontrar o saboroso tesouro.
Quem não conseguiu encontrar a surpresa do coelhinho ganhou cestinhas de Páscoa.
Para a festa ser realizada toda a comunidade colaborou. Os artistas plásticos
Laércio Luiz e Jeferson Evangelista fizeram as pinturas nas crianças, a artesã
Lucia Junglos fez os enfeites das orelhinhas, a decoração e o ovo número
cinquenta, que foi o prêmio do bingo realizado à tarde.
– A farra do boi, de alguma maneira, unia a comunidade, e depois que parou de ser feita por aqui, ficou um vazio que substituímos pela "Farra do Chocolate" – explica o presidente da Amosc, Cesar Floriano.
– A farra do boi, de alguma maneira, unia a comunidade, e depois que parou de ser feita por aqui, ficou um vazio que substituímos pela "Farra do Chocolate" – explica o presidente da Amosc, Cesar Floriano.
(Texto escrito por Roberta Kremer e publicado no "Diário Catarinense")
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