sexta-feira, 6 de abril de 2012

Crianças procuram por ovos de Páscoa durante a "Farra do Chocolate", em Florianópolis

A primeira vez que ouvi falar dessa tradição de esconder ovos para que as crianças os achassem foi no livro didático de francês "De Vive Voix" há muito tempo atrás.

Achei interessante fazer a postagem da seguinte notícia.

A "Farra do Chocolate" foi criada para substituir a "Farra do Boi", tradição que hoje é proibida.

Uma caçada deliciosa. Nos lugares mais escondidos, entre as folhagens dos quintais das casas, em cima das árvores e no meio da mata, lá estavam mais de cem crianças correndo à procura dos ovos de Páscoa, na manhã de domingo, no Sertão do Córrego Grande, em Florianópolis.

Essa foi mais uma edição da "Farra do Chocolate". Uma festa realizada há cinco anos em substituição a uma tradição que reunia os moradores nesta época do ano: a farra do boi, hoje proibida e criticada por sujeitar o animal à violência. A transformação da cultura deu certo. A comunidade participa em peso, seja ajudando a organizar ou na doação de doces.

As crianças ficaram alegres. Chegaram cedo, antes das 9h. Antes da busca pelos chocolates, colocados nos pontos mais escondidos da comunidade pela organização, os pequenos foram enfeitados com orelhinhas e tiveram os rostinhos pintados com os contornos de focinho e bigodes de coelho. Foram 20 ovos. Assim que um era encontrado, o coordenador do evento e presidente da Associação dos Moradores do Sertão do Córrego Grande (Amosc), Cesar Floriano, dava uma pista sobre onde estava o outro. Logo as crianças, até mesmo com a ajuda dos pais, corriam em disparada, procuravam perto do prédio, das árvores, na rua. Até uma delas encontrar o saboroso tesouro.

Quem não conseguiu encontrar a surpresa do coelhinho ganhou cestinhas de Páscoa. Para a festa ser realizada toda a comunidade colaborou. Os artistas plásticos Laércio Luiz e Jeferson Evangelista fizeram as pinturas nas crianças, a artesã Lucia Junglos fez os enfeites das orelhinhas, a decoração e o ovo número cinquenta, que foi o prêmio do bingo realizado à tarde.

– A farra do boi, de alguma maneira, unia a comunidade, e depois que parou de ser feita por aqui, ficou um vazio que substituímos pela "Farra do Chocolate" – explica o presidente da Amosc, Cesar Floriano.

 

(Texto escrito por Roberta Kremer e publicado no "Diário Catarinense")

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