domingo, 1 de julho de 2012

Diário de vida - Fotonovela: uma publicação que nasceu na Itália

Como minhas primas eu também gostava muito de ler as fotonovelas publicadas pela revista Capricho e também pela Sétimo Céu. Só anos depois me dei conta que a maior parte das estórias eram traduzidas do italiano, país que deu origem a esse tipo de publicação. Ainda bem que guardei alguns exemplares com as estórias mais interessantes. Uma delas que se passa em Porto Venere na Ligúria foi tema de uma postagem que fiz há alguns meses.

Fotonovelas são novelas em quadrinhos que utilizam, no lugar dos desenhos, fotografias, de forma a contar, sequencialmente, uma história.

No Brasil, as fotonovelas tiveram um mercado cativo por mais de 25 anos, entre os anos 1950 e 70, representando a idéia de uma imprensa popular feminina, com milhões de leitores de histórias publicadas em revistas com grande circulação nacional.

Fotonovela no Brasil

A primeira revista de fotonovela publicada no Brasil foi "Encanto", pois embora "Grande Hotel" circulasse desde 1947, só em seu nº 210, de 31/07/1951, publicou a primeira fotonovela, intitulada "O primeiro amor não morre". O primeiro número de "Capricho" circulou em 17/07/1952.

Nos anos 1970, mais de 20 revistas de fotonovelas chegaram a circular no Brasil, publicadas por várias editoras: Bloch, Vecchi, Rio Gráfica, Abril e Prelúdio, sendo que, na época, ao contrário das demais editoras que importavam as fotonovelas da Itália, a Bloch produzia suas fotonovelas no Brasil, com a revista "Sétimo Céu".

Em pesquisa de 1974, as revistas de fotonovela só eram superadas, em venda, pelas revistas de quadrinhos infantis. A revista "Capricho", da Editora Abril, era na época a mais vendida (média quinzenal de 211.400 exemplares), perdendo apenas para "Pato Donald", "Mickey" e "Tio Patinhas" (cada uma com uma média periódica aproximada de 400 mil exemplares).

Características

A fotonovela apresenta uma narrativa que utiliza em conjunto a fotografia e o texto verbal. Como nas histórias em quadrinhos desenhadas, cada quadrinho da sequência corresponde a uma cena da história, no caso, corresponde a uma fotografia acompanhada da mensagem textual.

São, em geral, publicadas no formato de revistas, livretos ou de pequenos trechos editados em jornais e revistas, e algumas são divididas em capítulos que, geralmente, têm um desfecho próprio, uma espécie de cliffhanger, que cria suspense e curiosidade no leitor, levando-o a comprar a continuação.

A característica principal das histórias é a intriga sentimental, geralmente apresentando uma heroína de origem humilde que luta por um amor difícil e complicado, alcançando seu objetivo de felicidade no final da narrativa. As personagens são pouco trabalhadas psicologicamente, com características maniqueístas e as consequências são sempre estereotipadas.

Os meus atores prediletos eram Roberto Mura, Massimo Ciavarro, Paola Pitti e Katiuscia. Foi com grande surpresa que durante um capítulo da novela "Speranza" o Massimo Ciavarro fez uma participação especial como dono de um bar e contracena com a personagem de Raul Cortez.


(texto em itálico extraído do site wikipedia)

Por causa do sucesso de "Terra Nostra" a telenovela "Speranza" recebeu na Itália o título de "Terra Nostra 2, la speranza". Reparem que a imagem do ator Massimo Ciavarro aparece nos créditos iniciais na versão italiana, o que não acontece no Brasil

A divulgação da novela com o título "Terra Speranza" feita em inglês pela Globo International

Entrevista feita em italiano com Ana Paula Arósio sobre a novela "Speranza"


Capa de uma revista com reportagem sobre Massimo Ciavarro










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