quinta-feira, 17 de novembro de 2016

Reciclar é preciso


O lixo é um dos maiores problemas gerados pela população humana hoje em todo o mundo. Em pesquisa recente realizada pela associação empresarial CEMPRE (Compromisso Empresarial para Reciclagem), ficou demonstrado que até este ano apenas 1055 (18%) dos municípios brasileiros possuíam sistema de coleta seletiva implementado. Ainda bem que em nosso município, e em nosso bairro, muitas iniciativas têm ajudado a solucionar, pelo menos, parte desse enorme problema.

Na Vila Leopoldina, trabalhadores que se conheceram na antiga Usina de Compostagem do bairro, se uniram e deram origem à cooperativa CooperAção, que funciona na rua Froben desde 2010. Neilton Cesar Polido, que hoje está no cargo de presidente, a secretária Jacy Cardoso, a 1ª vogal Maria Ivete de Lara Lima Joviano, a tesoureira Helia Terezinha Pereira de Oliveira e a 2ª vogal Regiane Rodrigues Faria são alguns deles. Muitos moradores da região, entretanto, desconhecem a grande importância do trabalho da cooperativa, e são até contra a sua existência no local. "Não temos catadores aqui. Temos sim caminhões que realizam a coleta e maquinários específicos que compramos com o dinheiro vindo da venda dos materiais. Podíamos nos unir aos moradores e realizar muitas parcerias, mas enfrentamos certa hostilidade por parte de alguns deles", comenta Neilton.

O trabalho da CooperAção resumidamente é receber o material, vindo de empresas, condomínios e também de pessoas físicas, separar por tipos e vender para indústrias que necessitam da matéria-prima para a produção de novos itens. "Como somos cooperados, tiramos o nosso sustento da venda desses materiais", enfatiza Maria Ivete.

A maior dificuldade dos trabalhadores da cooperativa é lidar com resíduos misturados. "As pessoas ainda não sabem muito bem separar o lixo comum do material reciclado. Alguém precisa fazer esse trabalho... e esse "alguém", somos nós", declara Jacy.

A CooperAção recebe vidro, papel, papelão, plástico, sucata ferrosa, além de eletroeletrônicos, móveis e até roupas e sapatos em bom estado. O que não é vendido para a indústria, é colocado em bazares e, em geral, comprado pelos próprios cooperados (55 pessoas atualmente).

Funciona de segunda a sexta, das 8 às 17h, e aos sábados até 16h.




(texto publicado na revista Guia Daqui nº 229 - ano 20 - outubro de 2016)

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