segunda-feira, 13 de agosto de 2012

Diário de vida: rotina


Entre os vários assuntos abordados durante o nosso passeio de ontem, um que me chamou a atenção foi o da "rotina". Canções como "Cotidiano" de Chico Buarque (todo dia ela faz tudo sempre igual...) e "Juventude Transviada" de Luiz Melodia (lava roupa todo dia, que agonia...) retratam muito bem o que isso provoca na vida de todos nós. A maior parte das pessoas se queixa de seus relacionamentos de casal dizendo que acabou o interesse, o amor, a atração física, mas acho que na verdade o que destrói mesmo é a rotina, a mesmice. Por isso muitos casais decidem fazer coisas diferentes como viajar juntos (sem os filhos)  ou até mesmo separados (as tais férias conjugais) para ver se conseguem salvar o relacionamento. Se o amor ainda existir consegue-se superar a crise, mas nem sempre isso acontece.

E quando falamos em relacionamentos não podemos nos ater só aos que se referem a casais, mas também aos familiares, aos de trabalho e aos de amizade. Na maioria das vezes estamos tão preocupados em trabalhar para pagar as contas e honrar os compromissos que os sentimentos ficam em segundo plano e são literalmente varridos para baixo do tapete e quando nos damos conta se forma aquela montanha não no meio da sala, mas em nossa alma.  Tomei a liberdade de tomar emprestado as palavras citadas pela Ieda ontem. E quando já não aguentamos mais por nos sentirmos sufocados, surge a necessidade natural de procurar uma solução e a primeira é a de sair da rotina.

Acho que por isso, nós três, cada uma com seus motivos, curtimos tanto o bate papo de ontem. Saímos de nosso habitat natural, de nossa rotina, de nosso script. Acho que o remédio é esse: conseguir nos proporcionar prazer por menor que ele seja e assim sermos capazes de encher o nosso próprio balde, como diz a Cristina Cairo. E não o dos outros como geralmente acontece.

Explicando melhor: todos nós quando nascemos recebemos um balde que devemos preencher com nossas experiências. Ele só ficará cheio à medida que vivenciarmos as nossas próprias experiências elevando assim o nosso espírito.  A cada novo aprendizado colocado em prática a nossa alma irá evoluir até atingir o nível máximo, ou seja, o balde ficará cheio até a boca. Ao chegarmos a esse nível a probabilidade de voltarmos para cá será menor. Caso contrário, iremos reencarnar até aprendermos a lição.

Um dos motivos pelos quais fomos ao parque foi a lição de casa da Cristal que tem a ver com a seguinte árvore:

Ficar em contato com a natureza é uma ótima pedida para sair da rotina e abraçar uma árvore faz bem à saúde


Boa semana a todos!!!!

"Cotidiano" - Chico Buarque de Hollanda


"Juventude Transviada" - Luiz Melodia






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