quarta-feira, 4 de setembro de 2013

Perca peso com as farinhas funcionais


Não é de hoje que perder os quilinhos a mais deixou de ser uma questão de estética, tornando-se antes de mais nada um assunto de saúde.

A gordura excedente, principalmente a abdominal, é um sinal de risco para vários problemas bastante sérios e comprometedores como infarto, acidente vascular, colesterol e triglicérides elevados e diabetes. A vida agitada de nossos dias nem sempre permite manter uma dieta adequada associada à prática de esportes. Por isso mesmo, incluir em nossa alimentação alguns tipos de farinhas obtidas a partir de alimentos funcionais é sempre uma boa ideia.

A vantagem das farinhas é poder acrescentá-las na alimentação de rotina, seja na confecção de pratos ou em sucos, shakes ou iogurtes. E o que é melhor: existe uma variedade tão grande de farinhas, que é possível variar e escolher qual se adapta mais ao nosso organismo e ao que desejamos conquistar com elas.


FARINHA DE MARACUJÁ

Inicialmente, a farinha de maracujá tinha como função diminuir as taxas de açúcar no sangue, prevenindo ou controlando o diabetes. Entretanto, os pesquisadores descobriram que a farinha também funcionava como bloqueador de gordura.

A responsável por essa mágica é a pectina, substância presente em abundância no maracujá, que se transforma num gel não digerível quando chega ao estômago. O resultado é a sensação de saciedade, que impede o organismo de sentir fome a todo instante. Além disso, graças às fibras presentes na farinha de maracujá, quando ingerida, ela promove uma verdadeira limpeza no organismo, eliminando as toxinas acumuladas e equilibrando nosso metabolismo.

Como se todas essas vantagens fossem poucas, a farinha de maracujá contém niacina, que atua na produção de hormônios, diminuindo a ansiedade, ferro, importante para prevenir a anemia e aumentar a energia, cálcio, grande aliado dos ossos e dentes, e fósforo, que além de melhorar a memória, aumenta a oxigenação das células e melhora a circulação sanguínea.


FARINHA DE BANANA VERDE

A farinha de banana verde vem sendo usada com sucesso pelas pessoas que querem emagrecer sem deixar de ingerir nutrientes, tão importantes para o organismo. Com a farinha de banana verde isso é possível porque, segundo estudos realizados, quando a fruta ainda está verde é mais rica em fibras do que quando está madura.

Entre as substâncias encontradas na banana verde está o amido resistente, um carboidrato encontrado na casca da fruta, que consegue passar intacto pelo intestino delgado, fermentando somente quando já chega ao intestino grosso. O amido resistente, além de melhorar o funcionamento do trânsito intestinal e dar maior sensação de saciedade, retarda a absorção de glicose e de gorduras. Com isso, é mais fácil emagrecer, sem abrir mão da saúde, pois a banana verde é também rica em vitaminas do complexo B, vitamina C e vitamina A.

E o que é melhor: não existem contraindicações para a ingestão de farinha de banana verde; a única recomendação é aumentar o consumo diário de água para evitar que o alto consumo de fibras provoque prisão de ventre.


FARINHA DE LINHAÇA

Além de ajudar a emagrecer, alguns estudos indicam que o consumo regular de farinha de linhaça evita o chamado "efeito sanfona". Rica em fibras, a linhaça estimula o prolongamento da mastigação, proporcionando maior sensação de saciedade. Além dessa característica, quando as fibras chegam ao sistema digestivo, as fibras solúveis "incham", também dando a sensação de saciedade, evitando o consumo exagerado de alimentos.

Outra importante característica da linhaça é a presença de ômega-3 e ômega-6, que agem como anti-inflamatórios naturais, acelerando o metabolismo e, consequentemente, ajudando no emagrecimento. Por ser rica em fibras, a linhaça colabora para melhorar o trânsito intestinal, evitando assim a formação de gases e diminuindo a barriga. A casca também é muito nutritiva, contendo proteínas, minerais e vitaminas, razão pela qual o consumo da linhaça em forma de farinha é tão importante.


FARINHA DE FEIJÃO BRANCO

As pesquisas feitas com o feijão branco apontam que ele ajuda a emagrecer graças a uma proteína de reserva chamada faseolamina, que inibe o processo de digestão do carboidrato. Entretanto, isso só acontece com o feijão in natura e em forma de farinha.

Para se ter uma ideia de como funciona essa proteína, imagine que quando comemos 200 gramas de macarrão será como se tivéssemos consumido 160 gramas, ou seja, a farinha de feijão branco diminui em 20% a ingestão de carboidrato. Mas, para que isso ocorra, a farinha deve ser consumida meia hora antes das principais refeições e sempre diluída em bastante água. Outra recomendação é não ultrapassar a dose sugerida, que é de duas colheres rasas de sopa para evitar problemas nos intestinos.


FARINHA DE BERINJELA

Um estudo realizado no Instituto de Nutrição da Universidade Federal do Rio de Janeiro comprovou que a farinha de berinjela, associada a uma dieta de baixa caloria emagrece e enxuga a barriguinha. Isso ocorre porque a combinação dieta e farinha de berinjela são capazes de queimar a gordura corporal, principalmente da região abdominal.

Além disso, a niacina, vitamina presente na berinjela tem influência nos processos metabólicos de emagrecimento, colaborando para a perda de peso.

O mais interessante da berinjela, contudo, é sua capacidade de reduzir os níveis do colesterol LDL ou colesterol ruim, de melhorar o trânsito intestinal e de favorecer o bom funcionamento dos rins, evitando a retenção de líquidos e o inchaço.

Finalmente, a berinjela é importante auxiliar nos tratamentos de artrite e reumatismo porque reduz a concentração de ácido úrico. Não existem contraindicações para o uso da farinha de berinjela, considerando sempre que se deve aumentar a ingestão de água.


FARINHA DE FRUTAS E CEREAIS

A farinha de frutas e cereais é feita de cascas de uva, de maçã e de sementes de linhaça e quando chega ao estômago, proporciona o controle do apetite aumentando a sensação de saciedade.

Por ser rica em fibras e em ômega-3, a farinha de frutas e cereais aumenta os níveis de CCK, o hormônio que controla o apetite e equilibra os níveis de insulina no organismo.

Além disso, a uva vermelha é um poderoso antioxidante natural, prevenindo contra doenças cardiovasculares e diminuindo as taxas de colesterol.

Já a maçã é rica em pectina, que proporciona a sensação de saciedade, age na prevenção de doenças cardíacas e combate o colesterol.

Finalmente, a linhaça é rica em fibras, melhorando o trânsito intestinal e aumentando  sensação de saciedade.


FARINHA DE UVA

A farinha de uva, além de rica em fibras, contém grande quantidade de flavonoides, um dos mais poderosos antioxidantes que a natureza nos oferece para combater os radicais livres, retardar o envelhecimento e evitar as doenças degenerativas.

A farinha de uva também vem sendo muito usada como auxiliar nos tratamentos de doenças circulatórias, para diminuir o surgimento de varizes, na prevenção de problemas cardiovasculares e do endurecimento das artérias, para evitar a deficiência de visão e audição e para combater as doenças de pele, como psoríase e eczema.


FARINHA DE LARANJA

As últimas pesquisas apontam a farinha de laranja como uma das mais indicadas para quem pretende reduzir o peso.

Rica em fibras naturais e pectina, a farinha de laranja reduz o apetite, regula o funcionamento do intestino, contribui para a redução do colesterol e ativa o metabolismo.

O mais importante, contudo, é que essa farinha deve ser feita com a laranja da espécie "citrus aurantium dulcis linné".

Além disso, gestantes, lactantes e pessoas com problemas de pressão arterial não devem fazer uso da farinha de laranja.


FARINHA DE MAÇÃ

A maçã é uma das frutas mais ricas em pectina, que são as fibras solúveis que não são absorvidas pelo nosso organismo. Assim, tem a propriedade de se ligar à água, formando um gel que reduz a absorção de lipídios e açúcares.

Por isso, a pectina é eficaz na redução dos níveis de glicose, colesterol e triglicérides. Além disso, age diretamente sobre a saciedade, funcionando como auxiliar nos regimes de emagrecimento.


(texto publicado na revista Emagreça com saúde nº 2 - ano I)









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