quinta-feira, 26 de dezembro de 2013

Facebook faz bem (Psychology Today)


Quem fica exposto à rede social se sente estimulado

Uma recente pesquisa, publicada no periódico Cyberpsychology, Behavior, and Social Networking, aponta que o Facebook, literalmente, faz com que seus usuários se sintam bem. Os autores do estudo analisaram as respostas de 30 indivíduos durante 3 minutos de exposição a diferentes situações: uma condição de relaxamento (um slide show com cenas da natureza), uma condição estressora (um teste com tempo e uma questão matemática) e acesso à conta pessoal no Facebook. A condutividade da pele, a pressão arterial, padrões de ondas cerebrais, atividade muscular e respiratória e dilatação da pupila também foram aferidos.

Com a análise dos resultados, os pesquisadores perceberam que o padrão de sinais biológicos causados pelo uso do Facebook produziu um estado psicofisiológico que era distinto das condições de relaxamento e estresse. Percebeu-se, também, que os sinais biológicos caracterizaram um estado de "alta valência positiva e alta estimulação". A pesquisa também sugere que o sucesso das redes sociais pode ser associado a estados emocionais específicos que os indivíduos sentem enquanto utilizam suas contas pessoais.


Fatores psicológicos

Em relação aos fatores psicológicos envolvidos no uso do Facebook, a pesquisa descobriu dois fatores primários que motivam os indivíduos a usarem o site: o primeiro é a necessidade fundamental de pertencer a algo, já que os seres humanos foram feitos para se comunicarem uns com os outros e, também, para se sentirem aceitos. O sentimento de "estar desconectado" motiva, inicialmente, o uso do site e, ao passo que o indivíduo possui mais conexões, mais se utiliza da rede. 

O segundo fator relacionado ao uso do Facebook é a autorrepresentação, onde os usuários criam uma versão ideal de si mesmos em seu perfil. Segundo os autores da pesquisa, esses dois fatores podem agir em conjunto ou independentemente para motivar o uso da rede.



(texto publicado na revista Psique nº 85 ano VII - janeiro de 2013)




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