quinta-feira, 17 de março de 2016

Dicas para reduzir o refluxo gástrico (Melhor com Saúde)


Você sabia que o comprimido mais vendido nos Estados Unidos é para tratar o refluxo gástrico ou a acidez? E sabia também que não é o único país onde a população sofre com esta condição de “queimação” no estômago depois de comer? Se você está sofrendo com este problema leia o seguinte artigo, onde mostraremos várias dicas para reduzir o refluxo gástrico.

Um pouco de informação sobre o refluxo gástrico

O refluxo ácido ou o refluxo gastroesofágico é a doença mais frequentes do trato digestivo. é padecida pela maioria das pessoas, em maior ou menor grau. O refluxo ocorre quando o ácido do estômago (que serve para digerir os alimentos) sobe para o esôfago em direção à garganta. Os sintomas mais recorrentes do refluxo gástrico são:

Acidez (sensação amarga, como queimação ou pressão no peito ou na garganta depois de comer).

Regurgitação da comida (como ocorre ao vomitar).

Náuseas com gosto ácido.

Dificuldade para deglutir os alimentos.

Quando uma pessoa sofre com o refluxo gástrico pelo menos uma vez na semana, então estamos falando de refluxo gastroesofágico. A metade da população dos Estados Unidos possui a primeira doença e quase 20% sofre com a segunda. Se bem que neste país os hábitos alimentares não são dos mais saudáveis, as porcentagens aproximam-se à de outros países, como Espanha.

Ao engolir os alimentos, estes precisam passar pelo esôfago, atravessar o esfíncter esofágico e terminar no estômago. O esfíncter é como uma barreira ou tampa que se abre e se fecha cada vez que a comida passa, tem até 7 cm de comprimento e sua função é controlar o que entra no estômago, assim como evitar que o que já tenha passado por ali volte pelo sentido contrário.

Como se trata de um músculo, pode variar sua força ou capacidade para se fechar completamente. São muitas as causas do refluxo gástrico além do fato de comer muito rápido. Os temperos ou ingredientes que estão em nossos alimentos, dormir logo após terminar de jantar, a pressão no estômago ou a atividade física podem desencadear o refluxo.

O estômago conta com ácidos muito potentes, cuja função é “dissolver” os alimentos antes da digestão. Se a “porta de acesso” estiver entreaberta, estes ácidos podem subir para o esôfago, causando a sensação de queimação na boca do estômago.Pense no que ocorre quando vomitamos, sentimos um gosto ácido na boca e uma sensação de queimação na garganta. Isto se deve aos ácidos que expelimos junto com o alimento.

O problema do refluxo é que se o ácido passa muitas vezes pelo esôfago pode causar úlceras ou inflamações crônicas. Em alguns pacientes causa esofagite e até doenças pulmonares. Os ácidos que chegam até a boca podem causar erosão dental e mau hálito.

É bom saber também que nem todas as pessoas apresentam sintomas, já que algumas delas referem não sentir nada mesmo padecendo a doença e, é a isso que chamamos de “refluxo silencioso”, que pode ser detectado com um monitoramento dos níveis de pH e exames endoscópicos.

Refluxo para a vida

Logo que nascemos temos refluxo gástrico e isso não é ruim, pois se acontecer de vez em quando não há nada para se alarmar. Cerca de 85% dos bebês possuem refluxo ou regurgitação depois de serem amamentados a até o primeiro ano de vida é normal. As mulheres grávidas podem sofrer com o refluxo por causa da pressão do ventre contra o estômago.

Por esta razão relaciona-se o refluxo com a obesidade. A gordura extra aperta a cavidade abdominal e também pelo tipo de alimento que as pessoas com sobrepeso consomem. Isto ocorre tanto na infância como na adolescência ou na idade adulta.

E como dissemos que o refluxo está presente a vida toda, devemos dizer também que muitos idosos com mais de 60 anos também o padecem, pois o músculo que “tampa” o esôfago está fraco após várias décadas de trabalho.

Como evitar o refluxo gástrico

Ter uma dieta saudável

Algumas pessoas podem sofrer com este problema por causa de alguns alimentos ou por diferentes ingredientes, porém a maioria refere aumento dos sintomas ao consumir café, menta, chocolate, álcool, molho de tomate, alimentos muito temperados ou picantes, lácteos e alimentos processados. Por isso, aconselhamos consumir mais frutas e vegetais, cereais integrais, frutos secos e água.

Melhorar os hábitos alimentares

Além de ter em mente a lista de alimentos que não pioram o refluxo gástrico é bom também começar a comer menos, principalmente durante a noite. Jantar muito e dormir logo em seguida não ajudarão em nada.

Recomenda-se optar por pratos mais leves, muitos vegetais e frutas de sobremesa.Tampouco é bom beber muito álcool, comer fast-food várias vezes na semana ou mesmo alimentos processados e nem muito frios ou quentes. Coma lentamente e mastigue várias vezes a comida.

Durma bem

Uma hora após a refeição (seja o almoço ou o jantar), tente descansar o tempo que seja necessário até se sentir bem e renovado. Isto fará com que todos os músculos se relaxem, incluindo o do esôfago, o que permitirá que ele trabalhe melhor e de modo mais eficiente.

Da mesma forma, é bom reduzir o estresse ao máximo possível, porque do contrário, o refluxo será recorrente todos os dias, ou o que é pior, se tornará a regra e não a exceção, causando muitos problemas de saúde sérios e irrecuperáveis.

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