terça-feira, 25 de outubro de 2016

Onde está o Santo Graal?


Tradicionalmente considerado o cálice usado por Jesus na Última Ceia, o Santo Graal, porém, só foi aparecer na literatura no século 12, quando o poeta francês Chrétien de Troyes escreveu Perceval ou o Conto do Graal. Nessa obra inacabada, o Graal é um recipiente de servir à mesa, um dos vários objetos místicos exibidos ao jovem Perceval. O Graal ainda esperaria até o século seguinte para ser associado à Última Ceia, no poema José de Arimateia, de Robert de Borron.

A partir de então, a lenda do Graal floresceu com romances sobre o rei Artur, em uma mistura de simbolismo celta e cristão, fato e fantasia. Ele foi objeto de aventuras literárias, em especial a do puro Sir Galahad. Dizem alguns que os Cavaleiros Templários conseguiram resgatá-lo de Jerusalém e escondê-lo bem demais. Muitos lugares, da Espanha a Maryland, declararam estar em posse do verdadeiro Graal.

O Graal é, quase com certeza, uma invenção. Os historiadores acreditam que, se algum cálice usado por Jesus sobrevivesse por  todos esses séculos, seria impossível de identificá-lo hoje - oculto, realmente pelo tempo.

Associações: O recipiente não perdeu o poder de inflamar a imaginação nos tempos modernos. Uma infinidade de pinturas, romances e filmes dos séculos 19, 20 e 21 insere o objeto em cenários que variam do Louvre ao espaço cósmico.


(texto publicado na revista 100 grandes mistérios da humanidade da National Geographic) 

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