sábado, 30 de novembro de 2013

Extra! Extra! - Leticia Mori e Ricardo Senra


Bancas de jornal, que começaram há um século como caixas de madeira empilhadas, podem vender até iogurte e games com nova lei

No início do século 20, elas se resumiam a pilhas improvisadas de caixas de madeira. Durante a ditadura, pegaram fogo (literalmente), incendiadas por vender material "subversivo" como "O Pasquim". No fim dos anos 1990, viraram pontos de encontro de jovens na madrugada - com paquera e cervejinha.

Hoje, as bancas de jornais tentam se reinventar para vencer a concorrência: em dez anos, padarias, lojas de conveniência e mercadinhos abocanharam 30% das vendas de periódicos e revistas.

A ideia é contra-atacar: uma lei municipal aprovada pelo prefeito Fernando Haddad na semana passada ampliou a lista de produtos e serviços que podem ser vendidos nas 3.500 bancas da capital.

Agora elas podem oferecer bebidas não alcoólicas e alimentos industrializados como sorvetes, salgadinhos e doces (mas só até 200 g).

O rebuliço não traz grandes novidades ao consumidor. Na prática, a lei legaliza um hábito que já era comum desde os anos 1990, à revelia das regras impostas pela prefeitura. Só neste ano já foram aplicadas 76 multas (de R$ 115 a R$ 575).

Segundo a legislação anterior (de 2000), o limite para alimentos industrializados era de 30 g, ou o equivalente a um pacote de balas. "Mas uma Halls pesa 37 g", diz Paolo Pellegrini, 64, responsável pela Banca República, na esquina das avs. São Luis e Ipiranga (centro), onde até livro de arte de R$ 750 se encontra. "A prefeitura sempre fez vista grossa. Um dia, um fiscal apareceu, me multou e levou as balas. Depois sumiu de novo."

Não foi a primeira vez que o veterano da República precisou enfrentar a fiscalização. Na ditadura, para driblar a censura dos militares, ele escondia numa caixa de sapatos exemplares dos "catecismos", como ficaram conhecidas as revistinhas de quadrinhos eróticos de Carlos Zéfiro.

Por ali, ainda na década de 1970, o jornaleiro recebia vizinhos ilustres, como Gilberto Gil e Caetano Veloso (que já cantava: "O sol nas bancas de revista/me enche de alegria e preguiça/quem lê tanta notícia").

"Um dia o Gil veio comprar jornal de túnica branca. Os loucos da praça acharam que ele era São Pedro e saíram correndo atrás dele", lembra.


Quebrando a banca

Novo endurecimento na fiscalização aconteceu entre 2005 e 2012, segundo o Sindjorsp (Sindicato dos Vendedores de Jornais e Revistas de SP). Duas autuações por irregularidades (como a bala Halls) eram suficientes para caçar o TPU (Termo de Permissão de Uso), documento necessário para o ponto funcionar.

Em 2009, alegando que as bancas criavam "pontos cegos" para a polícia, onde criminosos poderiam buscar refúgio, o então prefeito Gilberto Kassab anunciou a retirada de cerca de 50 delas do centro. Jornaleiros protestaram. Em vão: a maioria teve de sair.

Para o coronel José Vicente da Silva, ex-Secretário Nacional de Segurança Pública, "próximas a bancos, [as estruturas] servem de tapume para bandidos. A visibilidade fica comprometida".

Para o presidente do sindicato, José Mantovani, é o oposto. "Nos momentos de insegurança, a pessoa corre para dentro para não ser assaltada. Fecharam 1.500 bancas com esse papo de que estimulavam a bandidagem."

Os pontos fechados dificilmente serão reabertos: como o TPU cassado, é preciso aguardar nova licitação para a distribuição de novas permissões - o que não acontece desde 1994.

Enquanto isso, quem quer abrir uma banca precisa encontrar alguém disposto a vender a sua. O preço de tabela equivale a três vezes o que o estabelecimento fatura no mês, em média. Com R$ 35 mil é possível comprar uma completinha no Jaraguá (zona norte). Já na avenida Paulista, uma banca paga à prefeitura R$ 40 mil por ano pelo imposto anual de funcionamento (não há nenhuma à venda no momento).


Em família

Como o alvará é hereditário, há gerações de pais, filhos e netos no mesmo ponto. Jornaleira mais antiga da cidade, a italiana Caterina Abbatepietro, 80, constrói sua clientela em Santo Amaro (zona sul) desde 1961, quando sua banca se resumia a "caixas de cebola empilhadas".

Em 1901, o avô de seu falecido marido já circulava entre os casarões da Paulista. Debaixo do braço, carregava jornais como o "Fanfulla" (dedicado à comunidade de imigrantes italianos).

"Chegamos a ter 13 bancas", conta Caterina, com leve sotaque e um longo colar de pérolas. Com o tempo só sobrou a de Santo Amaro. Lá, trabalha de domingo a domingo ao lado dos filhos e de um funcionário.

A conversa com a sãopaulo não foi sua primeira entrevista. "Em 1954, apareci de noiva na capa da "Vida de Doméstica", que eu amava. "O hoje politicamente incorreto título, destinado às donas de casa, desaparecia das bancas de tão disputado.


Desvio de verbas

Outro item que quase sumiu: talões da Zona Azul. Explica-se: o sindicato dos jornaleiros acumula dívida de R$ 500 mil com a CET (Companhia de Engenharia de Tráfego), que fornecia os tíquetes do estacionamento.

A atual diretoria do Sindjorsp afirma que dois ex-presidentes, Ricardo Lorenço do Carmo e Francisco Ranieri Netto, ocultaram documentos fiscais de suas gestões e desviaram verba que deveria ter ido para a CET. O rombo ultrapassaria R$ 1 milhão. Questionado, Carmo disse que "as acusações são infundadas". Netto, procurado por telefone e e-mail, não respondeu. A polícia investiga o caso.

A CET diz que, apesar da dívida (cobrada judicialmente) a distribuição de talões para as bancas está normalizada. A venda está sendo feita direto nos pontos cadastrados, sem intermédio do sindicato, diz o órgão.

Na busca por outras fontes de renda, as bancas querem visibilidade.

Um projeto de lei em tramitação na câmara propõe transformar as bancas em pontos de informação turística, com selo oficial da prefeitura e distribuição de mapinhas e roteiros. Proposta pelo vereador José Américo (PT), presidente da Câmara e autor do projeto que alargou o rol de produtos vendidos, a ideia agrada o sindicato. "É coerente", diz Mantovani.

A prática de pedir informações para o jornaleiro (quem nunca?) é tão comum que há quem cobre pelo serviço. Em julho, matéria publicada pela Folha mostrou uma banca na av. Francisco Matarazzo que cobrava R$ 2 para dar informações sobre as ruas no entorno - valor que depois inflacionou para R$ 8. "Não trabalho de graça", justificou o amuado jornaleiro, conhecido como seu Palmeirense.

Mas a grande expectativa é em relação ao Vale-Cultura, projeto do governo federal que dará R$ 50 a quem recebe até cinco salários mínimos, para comprar bens culturais, inclusive jornais e revistas. Para o presidente do sindicato, "é muito mais fácil entrar numa banca do que num teatro".



(texto publicado na revista sãopaulo de 24 a 30 de novembro de 2013)








Le scie chimiche (Voyager)








È possibile ricordare un'altra vita? Reincarnazione (Voyager) - intervista con Brian Weiss e Ian Stevenson


Faça o teste de HIV/aids (Fique Sabendo)


O que é aids?

A aids é a Síndrome da Imunodeficiência Adquirida, uma doença causada por um vírus chamado HIV. Ele ataca as células responsáveis pelas defesas do organismo e aumenta a chance do aparecimento de doenças oportunistas (infecções e tumores).


Por que fazer o teste de HIV?

Quanto mais cedo você descobrir que tem o vírus, maior a possibilidade de sucesso do tratamento. A aids por enquanto não tem cura, mas o tratamento permite viver bem, por muito tempo.

Se você tem o HIV e não sabe, além de não se tratar, pode transmitir o vírus involuntariamente.


Fazer o teste faz parte da prevenção?

Fazer o teste e saber o resultado pode ser uma decisão difícil, mas é um passo decisivo para sua saúde. Se você não tem o vírus e fica sabendo, tem mais um motivo para continuar se cuidando. Se tiver, será encaminhado para um serviço de saúde.


Você precisa fazer o teste?

O teste é indicado para todas as pessoas com vida sexualmente ativa. Se você faz sexo (oral, vaginal ou anal) sem camisinha, suspeita que teve alguma DST (Doença Sexualmente Transmissível) ou compartilhou seringas e agulhas faça o teste para saber se foi infectado.





Fatores humanos: O fanatismo - Moisés Esagüi


Fatores Humanos: Fases da vida - Moisés Esagüi


Fatores Humanos: Orgasmo - Moisés Esagüi


Fatores Humanos: Antipatia - Moisés Esagüi


Flavio Siqueira entrevista o pastor Caio Fabio d'Araújo Filho (Programa Encontros)





Eisbärbaby Knut im Tierpark Berlin 2007


Saulo Calderon responde perguntas do Facebook








Batepapo descontraído sobre a Nova Técnica Projetiva Completa 5 - Saulo Calderon


Bate papo sobre o dia dos namorados e solidão - Saulo Calderon


Palestra sobre perdão - Sérgio Lopes, psiquiatra e psicoterapeuta


A trajetória do ser espiritual da animalidade à angelitude - Dra. Irvênia Prada


Sabe aquele vazio que às vezes grita em você? Ouça o que ele tem a dizer - Flavio Siqueira


Médium saison 7 - épisode 13


Médium saison 7 - épisode 12


Médium saison 7 - épisode 11


sexta-feira, 29 de novembro de 2013

2º curso de Reiki 1 - Cristal Fanucci


POR QUE APRENDER REIKI ?

Reiki serve para multiplas aplicações, mas também tem um só uso: Te ajuda a estar em harmonia com você mesmo e o seu entorno liberando a energía bloqueada do nosso organismo. Se você está em harmonia, você não sofre de estresse, não fica doente, não tem problemas com os seus relacionamentos, etc.

O importante do Reiki é que ele é uma ferramenta ou uma técnica. Não é uma filosofia nem uma maneira de pensar, nem uma religião. É simplesmente a possibilidade de canalizar a energia em seu estado mais puro e harmonioso tanto na sua direção como em direção aos demais.

Ao ser uma ferramenta, pode ser usada em diferentes situações e ocasiões, o que a torna muito prática já que não requer um estado alterado de consciência nem uma concentração especial. 

Qualquer pessoa pode aprender Reiki, desde crianças até idosos e qualquer pessoa pode receber Reiki sem contra indicação nem efeitos colaterais. 
É complementar a qualquer tratamento da medicina convencional ajudando no estado anímico, emocional, físico e espiritual do receptor.
Venha você também aprender Reiki. 

Curso de Reiki 1 para iniciantes no dia 15 de dezembro das 13h às 20h – São Paulo

Maiores informações, escreva para o email falecomcristal@gmail.com



A Humanidade e o Futuro - Dra. Irvênia Prada


Per la salvezza della lingua italiana - firmato Snoopy



Espiritualidade e Paranormalidade Animal: Entrevista com o médium psicopictográfico Germano Rehder - Dr Marcos Fernandes


15ª Festa do Livro da USP (Escola Politécnica)


Dormir bem, comer melhor - Manfred Hallschmid e Jan Born


Há uma forte e estreita relação entre insônia e excesso de peso; estudos recentes confirmam que quanto pior é a qualidade (e a quantidade) do sono, mais aumenta a probabilidade de acumularmos quilos indesejáveis

"Posso passar às 10h ou nesse horário você ainda está dormindo?" José ouve muitas vezes esse tipo de pergunta. Sabe bem que, por estar acima do peso, muitas pessoas o consideram um dorminhoco. A verdade, porém, é que ele passa boa parte da noite virando-se inquieto, de um lado para outro na cama e olhando os números luminosos no despertador. O que o rapaz não sabe é que seus quilos a mais podem estar ligados a sua dificuldade de dormir.

Para muitos insones o problema é simplesmente não conseguir "se desligar"; para outros o desafio é não ter tempo para um repouso noturno eficiente. Na realidade, nos últimos 60 anos, moradores de países industrializados sofreram redução de uma a duas horas do tempo de sono, que hoje é de cerca de sete horas por noite. Ao mesmo tempo cresceu muito o número de pessoas com sobrepeso e obesidade mórbida; vários especialistas falam até em uma "epidemia de obesidade". Dezenas de estudos epidemiológicos que associam os dois fenômenos indicam que entre eles há uma relação estatística. Quanto menos dormimos, mais aumenta a probabilidade de ganharmos alguns quilos a mais - um fato confirmado também por muitos estudos longitudinais.

Mas quais são os mecanismos biológicos da relação entre insônia e obesidade? Céticos ressaltam que a maior parte dos estudos sobre o assunto se baseia apenas nas autoavaliações dos participantes, sem se ater a dados confiáveis e objetivos sobre qualidade do sono obtidos somente com base em avaliações aprofundadas conduzidas nos laboratórios do sono. Por esse motivo são cada vez mais numerosos os pesquisadores que procuram compreender melhor a relação entre qualidade do sono e alimentação por meio de estudos experimentais controlados.

Uma dessas pesquisadoras é a endocrinologista Eve Van Cauter, da Universidade de Chicago. Em 2004 ela e seus colaboradores pediram a um grupo de rapazes que dormissem, por duas noites, apenas quatro horas, enquanto o outro grupo podia ficar na cama por nove horas. Em seguida, os pesquisadores aplicaram exames em todos os voluntários para avaliar índices hematoquímicos e constataram que a falta de sono fez aumentar a concentração de grelina em cerca de 30%. Esse hormônio, produzido principalmente no estômago, é responsável pela sensação de fome. Seriam talvez as noites "breves" as responsáveis pelo aumento do apetite?


Famintos e preguiçosos

Em 2011, o bioquímico Peter Jones, doutor em nutrição, e sua equipe da Universidade de Manitoba, em Winnipeg, no Canadá, também procuraram entender se é mesmo verdade que comemos mais quando dormimos pouco. Os especialistas em alimentação acordaram os voluntários que participavam do teste após quatro horas de sono, por cinco dias, enquanto o grupo de controle repousava nove horas. Os cientistas documentaram em detalhes os alimentos consumidos pelos participantes durante o café da manhã. Descobriram que quem ainda sentia sono consumia em média 300 calorias a mais do que os indivíduos mais descansados - na prática, a energia correspondente a meio tablete de chocolate. Além disso, quem havia dormido pouco consumia cerca de 30% a mais de gorduras saturadas, particularmente nocivas à saúde.

Além dos hábitos alimentares, também a atividade física incide sobre o peso. Por isso, em 2009, na Universidade de Lübeck, na Alemanha, registramos a intensidade da atividade física de alguns voluntários depois de um sono noturno, longo ou breve. Para isso, colocamos em seus pulsos equipamentos chamados acelerômetros, que os participantes mantiveram por todo o dia durante suas atividades cotidianas. Avaliando as medições foi constatado que as pessoas com carência de sono se moviam menos e muito mais lentamente do que as que haviam tido uma noite inteira dedicada ao repouso. Isso demonstra que a falta de sono induz à preguiça.

Mais: quando os participantes submetidos ao teste ficavam de pé a noite toda, no dia seguinte emitiam menos calor corpóreo, indício de que após uma noite insone, o organismo "prefere" manter para si as reservas armazenando-as na gordura, em vez de queimá-las. Quando precisamos de energia, parte dela é liberada sob a forma de clor e, se essa "emissão" diminui, as calorias são depositadas principalmente em nossos quadris. Por meio de um teste chamado calorimetria indireta, medimos a termogênese, ou seja, a produção de calor pelo corpo. Os participantes respiram em um aparelho que registra a quantidade de oxigênio que se transforma em anidrido carbônico. Usando uma fórmula complexa calculamos a quantidade de energia consumida.

Não sabemos ainda se o efeito se manifesta também depois de uma carência prolongada de sono. Entretanto, muitos estudos indicam que os pacientes com distúrbios crônicos do sono consomem mais reservas durante a noite: é provável que esse processo seja compensado no dia seguinte pelo organismo para fazê-lo "reduzir a marcha".

Dormir pouco também altera a taxa glicêmica. Essa reação foi demonstrada pela equipe de Eve Van Cauter. Os pesquisadores pediram a alguns rapazes que dormissem apenas quatro horas por seis noites seguidas e nas seis noites sucessivas podiam ficar na cama por até 12 horas. No quinto dia de cada período foi realizado um teste no qual os participantes receberam uma solução açucarada.

Após o aumento considerável da concentração de glicose no sangue, os níveis voltaram a diminuir pouco a pouco. Mas os pesquisadores perceberam que os valores de glicemia desciam mais lentamente depois de noites "breves", em comparação aos das pessoas que tinham dormido. O motivo? O organismo produzia menos insulina, hormônio que tem a tarefa de concentrar no fígado, nos músculos e nos tecidos adiposos a glicose presente no sangue. Além disso, as células não reagiam mais com a mesma sensibilidade ao neurotransmissor; a chamada "sensibilidade à insulina" caía dramaticamente, estabilizando-se em um nível que os médicos verificam, normalmente, nos pacientes com alterações do metabolismo.

O fato de um sono repousante influir na glicemia já havia sido demonstrado em um estudo realizado nos Estados Unidos, o Nurse's Health Study, no qual foram examinadas, em um período de 30 anos e a intervalos regulares, cerca de 70 mil enfermeiras. A diminuição da quantidade e da qualidade das horas de sono aumentava o risco de ficarem doentes e de se tornarem diabéticas. Essa possibilidade aumentava em mais de 50% entre profissionais com menos de cinco horas de sono, em comparação às que dormiam mais de oito.

Para o equilíbrio energético do organismo o elemento decisivo é a qualidade do sono. Durante a fase profunda, que se instaura principalmente nas primeiras horas da noite, o organismo produz muitos hormônios que agem sobre o metabolismo dos glicídios. Essa etapa, medida por eletroencefalograma (EEG), mostra ondas lentas, as chamadas "delta".

Em 2008, o grupo de Eve Van Cauter afirmou que a alteração do sono delta pode desorganizar o mecanismo de controle dos glicídios no sangue. A pesquisadora fez com que um grupo de indivíduos que estavam dormindo ouvisse alguns sons de frequência e intensidade tais que impediam que acordassem, mas que também não entrassem no sono delta. A equipe registrou consequências dramáticas: a tolerância à glicose e a sensibilidade à insulina, de fato, diminuíam para um quarto.

Durante o repouso noturno o cérebro supre a própria necessidade energética recorrendo quase exclusivamente aos açúcares. Embora essas substâncias constituam apenas 2% da massa corpórea, o consumo cerebral de glicose e oxigênio corresponde a 20% de seu consumo total.


Gasolina para lembrar

No sono delta, é como se a necessidade de açúcar fosse "redimensionada" em comparação ao estado de vigília. O que indicou isso, entre outras coisas, foram os estudos realizados por Pierre Maquet, da Universidade de Liège, na Bélgica. O pesquisador ministrou nos voluntários que participaram de seu experimento uma solução à base de glicose com uma leve marcação radioativa. A tomografia por emissão de pósitrons (PET) determinou a quantidade de açúcares consumida pelo cérebro nas várias fases de repouso. Assim, descobriu que durante o sono profundo a quantidade de glicídios necessária era muito mais baixa. Por mais que nesse momento, em geral, nosso cérebro reduza a própria demanda energética, algumas áreas cerebrais pareciam literalmente inundadas por "carburantes" - produtos químicos cuja combustão permite a obtenção de energia, como a gasolina, por exemplo.

Em 2010, uma equipe de pesquisadores da Escola de Medicina da Universidade Harvard, coordenados pela psicóloga Radhika Basheer, mediu a concentração de trifosfato de adenosina (ATP) - a principal fonte de energia dos processos metabólicos celulares - no cérebro de ratos. Alguns animais tinham sido obrigados a permanecer acordados por longo tempo e outros haviam dormido normalmente, como de hábito. Após os exames, os cientistas observaram que a quantidade de ATP permanecia estável enquanto os ratos estavam acordados. Mas assim que entravam no sono delta, o nível da substância aumentava principalmente nas regiões cerebrais que são ativas durante a fase de vigília, entre elas o córtex frontal, o prosencéfalo basal e o hipocampo. Quanto mais profundo o sono dos animais, maior era a quantidade de energia colocada à disposição de seu cérebro.

Mas por que quando a mente repousa e o corpo se mantém imóvel nosso organismo alimenta justamente essas áreas cerebrais? É possível que, nesses momentos particulares, seja ativado um processo importante: a consolidação de memórias. O mecanismo faz com que consigamos recordar por mais tempo o que acabamos de aprender durante o dia.

Há tempos sabemos que, para recordar melhor as coisas que acabamos de estudar, depois da "imersão" nos livros costuma ser útil tirar um cochilo, mas tudo isso não depende do efeito relaxante. O cérebro, de fato, faz com que durante o sono os conteúdos da memória que vêm do hipocampo, onde as recordações são conservadas apenas por um período de tempo limitado, sejam "transferidos" para a memória de longo prazo do córtex cerebral.

A consolidação das recordações, estritamente ligada ao sono, ocorre somente quando nosso cérebro tem à disposição reservas suficientes de energia. Essa espécie de estoque energético "reage" de maneira sensível também a pequenas quantidades de açúcares no sangue, como tivemos a oportunidade de demonstrar em nossos experimentos em laboratório. À noite, após os participantes do teste terem memorizado duplas de palavras, no decorrer da noite reduzimos a quantidade de glicose em seu sangue com administração de insulina. Em comparação ao grupo de controle cujo nível de açúcares tinha sido mantido em níveis normais, na manhã seguinte esses voluntários não recordavam tão bem as informações aprendidas. Talvez a "diminuição de açúcares" induzida em laboratório tenha subtraído de seu cérebro o carburante necessário para a consolidação da memória.

Pela manhã, oferecemos às pessoas que sofreram de hipoglicemia durante a noite um suntuoso bufê: cada um consumia em média cerca de 150 kal a mais em relação ao valor ingerido depois de uma noite "normal". Foi constatado que os voluntários preferiam lanches  ricos em carboidratos, que fornecem energia ao cérebro mais rapidamente. Ao que parece, esse mecanismo é acionado também durante o sono, embora fique "desativada" a percepção da fome. Isso explica por que é muito mais comum ficarmos famintos quando estamos acordados.

Além disso, observamos que os participantes do teste tinham mais dificuldade de atingir a fase delta do sono durante a hipoglicemia noturna. Talvez isso dependa dos hormônios chamados orexinas (produzidos pelo hipotálamo que influenciam tanto o comportamento alimentar como o ritmo sono-vigília), que reagem à redução da glicemia. Sua atividade é indispensável para nos mantermos acordados durante o dia. Por isso, pessoas com deficiência de orexinas, como as que sofrem de narcolepsia, tendem a dormir de repente.

A eventual e repentina queda de energia durante o sono é aparentemente compensada pelo cérebro com uma sensação muito intensa de fome na manhã seguinte. Mas o que ocorre quando, durante a noite, o organismo tem à disposição açúcares em excesso? O apetite matutino é reduzido? Ao que parece, não: após ter administrado glicose em alguns voluntários jovens e com boa saúde durante a noite, foi constatado que o consumo de alimento na refeição não diminuía. O cérebro de quem dorme reage de maneira muito sensível ao déficit de energia: enquanto quando recebe demais, limita-se a aceitar com prazer o excedente, sem consequências.

Também a teoria do selfish brain do médico Achiin Peters, pesquisador da Universidade de Lübeck, atribui ao sistema nervoso central a função mais importante na cadei dos abastecimentos. De um lado, extrairia as substâncias nutritivas dos alimentos que consumimos e, de outro, colocaria de lado as reservas de energia, indo buscá-las nas regiões periféricas do organismo. Quando esse processo sofre alterações, acabamos comendo exageradamente. Desse modo garantimos ao sistema cerebral um fornecimento constante de energia, mas ao mesmo tempo provocamos uma "estagnação energética" no organismo. A consequência disso é o sobrepeso.


Dieta do futuro

Os principais fatores de risco que podem comprometer o equilíbrio orgânico são a redução e a alteração da fase de sono profundo, visto que nesse período o organismo se esforça para garantir o máximo de fornecimento de energia para determinadas regiões cerebrais. Talvez seja justamente esse o motivo pelo qual insônia crônica e excesso de peso são condições clínicas que tendem a se apresentar juntas.

Na prática, a compreensão dos efeitos práticos da complicada interação entre sono e alimentação pode ser útil a qualquer pessoa que queira se livrar dos quilos a mais. Em 2010, uma equipe de pesquisadores dirigida por Arlet Nedeltcheva e Plamen Penev, da Universidade de Chicago, em Illinois, prescreveu a dez voluntários com sobrepeso uma dieta de duas semanas. Os participantes do projeto foram divididos em dois grupos: aos integrantes de um deles era permitido dormir até oito horas e meia por noite e, ao outro, não mais que cinco horas e meia. As pessoas, como é natural, emagreciam em ambos os grupos, mas aqueles que repousavam menos se livravam de apenas metade da gordura corpórea em relação aos outros e, ao mesmo tempo, perdiam 60% a mais da massa muscular (o que costuma ser prejudicial). Todos esses estudos nos levam a pensar que, cada vez mais, as recomendações de dormir bem estarão ao lado dos outros conselhos já estabelecidos nos manuais de dieta.



(texto publicado na revista Mente Cérebro nº 235)











A espiritualidade dos animais - tudo o que você queria saber - Gasparetto, Iervênia Prada e outros (Programa Transição)


Identificando e dissolvendo as crenças que bloqueiam a prosperidade - Gasparetto


Mundos internos, mundos externos (áudio em espanhol)


Gasparetto entrevista Wagner Borges (Programa Sexto Sentido - 1989)


Assistam a essa entrevista que o Wagner Borges concedeu ao Gasparetto em 1989. Coincidência ou não, foi nesse mesmo ano que o Laércio Fonseca também foi entrevistado nesse mesmo programa "Sexto Sentido". E foi também em 1989 que fiz a primeira viagem à Itália. Muito interessante!!!








A entrevista com o Laércio B. Fonseca


http://www.youtube.com/watch?v=D6kfrfzzdq0



The Lion Ranger - Trouble in the Pride - Kevin Richardson


2º curso de Reiki 1 - Cristal Fanucci



Reiki ajuda você a se descobrir. Muitos o chamam de "meditação com o corpo" pois quando você se aplica Reiki (no curso você aprenderá a aplicar Reiki tanto em você mesmo como nas outras pessoas), você entra em um estado de relaxamento profundo que te permite conectar com a sua verdadeira essência.
Venha se dar esse presente de Natal e começar o Ano Novo completamente renovado e energizado.
Curso/Workshop de Reiki nível 1 (iniciantes) no dia 15 de dezembro das 13h às 20h.
Maiores informações: falecomcristal@gmail.com



quinta-feira, 28 de novembro de 2013

Le petit Nicolas - La leçon de code


Le petit Nicolas - Le chocolat


Le petit Nicolas - La cantine


Le petit Nicolas - On se parfume


Vida de fã: Sou roqueira sim, mas abri uma exceção para a dupla Marlon e Maicon - Amanda Winchester


Costumo comprar frutas e verduras em duas quitandas e uma delas é a frutaria que fica bem perto de casa. Conversando um dia com a Amanda descobri que ela era fã da dupla Marlon e Maicon e me veio a ideia de entrevistá-la para o blog na sessão "Vida de fã". Hoje finalmente conseguimos. Nós nos sentamos no banquinho que fica abaixo da torre do relógio e ela me contou as aventuras e algumas loucuras para ver a dupla.

A vida inteira sempre curti rock e fiquei conhecendo a dupla Marlon e Maicon através da minha amiga Maíra, presidente do fã clube deles. Fui com ela assistir a um show da dupla que na época era pouco conhecida. Mais do que da música gostei da simplicidade, da humildade e do respeito com que tratavam os fãs.

Comecei a ir a todos os shows: São Paulo, Porto Feliz, Pedreiras, Santa Bárbara D'Oeste, Três Corações, sempre com a Maíra. Costumávamos visitá-los onde ficavam hospedados e passávamos a noite toda conversando e rindo. Às vezes eram mais de dez pessoas deitadas na mesma cama batendo papo.


Loucuras de fã

Já desmanchei 4 noivados e desfiz um casamento por causa da dupla porque os meus ex-noivos e ex-marido achavam estranho que eu curtisse rock, mas gostasse de ir ao show de uma dupla sertaneja. Por causa disso até hoje eles não suportam a dupla. Tenho uma filha com meu ex-marido, nos vemos, mas jamais tocamos no assunto. Eu me casei de novo e felizmente o meu marido gosta da dupla e vai aos shows comigo. Talvez seja por isso que estamos juntos até hoje.

Uma outra loucura foi quando passei a noite observando o Maicon dormir. Quando ele me viu, ficou assustado, mas depois ficamos batendo o maior papão. 

Acabei perdendo também um emprego. Eu trabalhava em uma firma e era eu quem a abria todas as manhãs às 6h20. No dia anterior tinha ido a um show da dupla em Pedreiras e só consegui chegar a São Paulo por volta das 10h. 


Clip oficial - Preciso de você agora


Amanda com Marlon


Amanda com Maicon


Amanda entre a dupla

















Médium saison 7 - épisode 10


Médium saison 7 - épisode 9


Mèdium saison 7 - épisode 8


Médium saison 7 - épisode 7


Médium saison 7 - épisode 6


Campanha: Previna-se contra a hepatite


A hepatite é uma doença grave e silenciosa. Milhões de pessoas podem ter e não saber. Aprenda aqui como se prevenir.


O ABCDE das hepatites virais

As hepatites são doenças graves que atacam o fígado, um dos órgãos mais importantes do corpo humano. Os cinco principais tipos (A, B, C, D e E) são causados por vírus que podem passar de uma pessoa para outra.

As hepatites geralmente não apresentam sintomas. Quando aparecem podem provocar cansaço, tontura ou ânsia de vômito. Muitas vezes, a pele e os olhos ficam amarelados, a urina escura e as fezes mais claras.

Em alguns casos, como nos das hepatites B, C ou D, a pessoa pode levar anos para perceber que está doente.

A hepatite A é uma doença sexualmente transmissível - DST. E assim como a hepatite C, pode ser também transmitida pelo sangue.

A recomendação geral é a de que as pessoas que transaram sem camisinha, compartilharam agulhas ou seringas ou receberam transfusão de sangue antes de 1993 devem procurar um posto de saúde e realizar o teste de hepatites. O diagnóstico e o tratamento precoces podem evitar a evolução para cirrose ou câncer de fígado.


Como evitar as hepatites A e E

Utilize água tratada e lave bem os alimentos. Essas são as melhores formas de prevenir as hepatites A e E.

Lave as mãos com água e sabão antes de comer e depois de ir ao banheiro.

Beba água filtrada ou fervida.

Lave bem os alimentos, frutas, verduras e legumes, principalmente quando for comê-los crus.

Cozinhe bem mariscos e frutos do mar.


Como evitar as hepatites B, C e D

Não compartilhe agulhas e seringas e equipamentos para drogas.

Não use lâminas de barbear ou de depilar de outras pessoas.

Use seus próprios instrumentos de manicure e pedicure.

Exija materiais esterilizados ou descartáveis em estúdios de tatuagens, serviços de saúde, etc.

Use sempre camisinha.


Existe vacina para a hepatite B

A vacina contra a hepatite B está disponível nos postos de saúde para crianças e adolescentes menores de 20 anos, profissionais de saúde, manicure e pedicures, usuários de drogas, hemofílicos, profissionais do sexo, homens que fazem sexo com homens, pacientes que fazem hemodiálise, portadores do vírus da hepatite C, portadores do HIV, portadores de DST, gestantes, caminhoneiros, bombeiros, policiais, dentre outros.


Quem se vacinou contra a hepatite B está protegido da hepatite D

Ainda não existe vacina contra a hepatite C. E, ao contrário do que muita gente pensa, quem já teve hepatite A não está livre de pegar outros tipos de hepatite.


Gestantes

A gestante com hepatite B pode transmitir a doença para o bebê. Vacine o recém-nascido ainda na maternidade, preferencialmente nas 12 primeiras horas de vida!



(texto publicado no folheto distribuído pelo Ministério da Saúde)









CTA Henfil - Prevenção às DST/Aids


Meus "profissionais": Entrevista com o fisioterapeuta Davi Gois dos Santos


Há pouco mais de um mês comecei a fazer fisioterapia com o Davi Gois dos Santos que trabalha no SBC, do qual sou conveniada desde 1996. Sinto dores no braço direito desde que era digitadora, atividade que exerci por 6 anos, antes de me dedicar ao ensino da língua italiana logo que me formei. Não me preocupei mais com a questão, mas quando morei na Itália trabalhei por um ano como lava-pratos em um bar e forcei demais os braços por causa do cesto de louça que pesava muito, além do choque térmico entre a água fria da torneira e o vapor do lava-louças. As coisas escapam de minhas mãos sem que eu perceba e isso é desagradável quando se trata de objetos principalmente frágeis que não me pertencem. 

Decidi fazer uma entrevista com o Davi porque é um profissional muito dedicado e o que mais me chama a atenção é que fala baixo e manso como se fosse um monge budista. 



O Davi anotando nas fichas os procedimentos adotados nos clientes

Antes de falar sobre o meu trabalho como fisioterapeuta devo dizer que tudo começou com o curso de radiologia que acabei fazendo de tanto que uma amiga minha insistiu. Foram 2 anos de estudo e 3 meses depois encontrei um emprego. 

Estava feliz com a minha ocupação, mas sentia que faltava algo e quando me deparei com uma propaganda da Unisantana fiquei interessado pelo curso de fisioterapia e a primeira coisa que pensei foi na reabilitação principalmente de pessoas idosas. O curso teve a duração de 4 anos e no 3º ano comecei a estagiar na própria clínica da faculdade e também na Santa Casa de Misericórdia onde atendi inúmeros idosos.


Assim que conclui a faculdade fui registrado como fisioterapeuta em uma clínica na Pompéia que já não existe mais. Quando ela fechou passei a prestar serviços como técnico de raio X em uma outra clínica e depois de um tempo fui efetivado. Continuo a trabalhar lá até hoje. 


Como sentia falta da minha atividade como fisioterapeuta por um tempo prestei serviços na mesma clínica em um grupo de coluna, membros superiores e inferiores. Mas não pude continuar porque pela lei eu não poderia ser CLT e autônomo ao mesmo tempo. 


Sendo assim continuei só com a minha atividade como radiologista. Como a minha verdadeira vocação é a fisioterapia trabalhei em um outro lugar com ginástica laboral mas depois de um ano vi que não era exatamente o que eu queria. A mesma pessoa que tinha me indicado para o laboral me chamou para trabalhar no SBC. Acabei me adaptando bem principalmente pelo fato dos clientes serem em sua maioria idosos, com os quais amo trabalhar. E estou aqui há quase um ano.



O fisioterapeuta Davi explicando o exercício para a minha mãe



O Davi me ensinou a fazer o alongamento do gato