A história do peru assado servido na ceia de Natal é, de certa forma, recente. Essa ave ficou conhecida na Europa porque foi levada por Cristóvão Colombo. Mas lá todos pensavam que se tratava de uma ave exótica encontrada nas Índias, pois pensava-se no início que os descobridores tinham aportado na Índia. Por isso, a ave ganhou o nome de galinha ou lado das índias.
"Em 1518, quando do início do contato entre os índios e espanhóis no processo colonizador do México, F. Cortez tomou conhecimento do peru como ave para alimentação exposta no mercado de Tenochtitlán, capital asteca, trazendo, após, alguns exemplares para a Europa, conta o historiador Carlos Roberto Antunes dos Santos, da Universidade Federal do Paraná.
Mas, como prato principal da ceia de Thanksgiving (Ação de Graças) teria sido servido em 1621. Deve ter surgido em Phymouth, Massachusetts, nos EUA. Nesse ano, no Dia de Ação de Graças, serviu-se peru selvagem, criado pelos índios mexicanos. Nessa época eram servidos gansos, cisnes e pavões, todos considerados aves nobres. O peru, além de ser mais barato, ganha peso mais facilmente.
Antigamente, no Brasil, o peru recebia um tratamento especial na véspera de Natal. Abria-se seu bico e lhe enfiavam 2 goles de pinga goela abaixo. Ou, então, enchiam a ave de milho triturado, tudo isso para deixar a carne mais macia. E a tradicional farofa que recheava o peru foi sendo substituída pelas frutas e compotas, como influência americana.
(texto publicado na revista Pão do Parque nº 81 - dezembro de 2013)
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