quinta-feira, 1 de outubro de 2015

Outubro Rosa: um toque de amor à vida - Iris Nunes Rodrigues


A mais feminina das cores, o rosa inspira a delicadeza e a sensibilidade. E no mês de outubro, a cor rosa ganha ainda mais vida, abrindo caminhos para a conscientização e a prevenção do câncer mais comum entre as mulheres.

Nos próximos dias, com a chegada do mês de outubro, o mundo todo ficará mais colorido. A mobilização aumenta a cada ano e as campanhas expandem os alertas para os cuidados com a prevenção e o tratamento.

O Outubro Rosa é um movimento internacional que visa o estímulo da luta contra o câncer de mama. A ação iniciou-se em 1997, nos Estados Unidos, e foi ganhando o mundo como uma forma de conscientização acerca da importância do diagnóstico precoce e de alerta para a grande quantidade de mortes relacionadas com essa doença.

O símbolo da campanha é um laço rosa, que foi feito, inicialmente, pela Fundação Susan G. Komen e distribuído na primeira corrida pela cura do câncer de mama em 1990. Os laços rosa popularizaram-se e foram usados posteriormente para enfeitar locais públicos e outros eventos que lutavam pela causa.

Além do laço rosa, muitas cidades passaram a iluminar alguns monumentos públicos com luz rosa para dar maior destaque ao mês da luta contra a doença. No Brasil, o primeiro sinal de empatia pelo movimento aconteceu em outubro de 2002, quando o monumento Mausoléu do Soldado Constitucionalista, também chamado de Obelisco do Ibirapuera, em São Paulo, foi iluminado de rosa. A cada ano o movimento vem ganhando força e várias cidades brasileiras vêm sendo iluminadas como uma força de chamar a atenção para a saúde da mulher.

Câncer de mama: é preciso falar disso

Para a maioria das mulheres, talvez não haja doença mais assustadora e que aflija tanto o imaginário como o câncer de mama. Embora possa ser um tema difícil de tratar, falar abertamente sobre o câncer de mama pode ajudar a esclarecer mitos e verdades e, com isso, aumentar a chance de enfrentamento da doença.

Se diagnosticado precocemente, o câncer de mama pode ser tratado, com chances de cura que chegam até 90%. Assim, é cada vez mais frequente conhecermos mulheres que sobreviveram ao câncer de mama e deram a volta por cima.

Um em cada três casos de câncer pode ser curado se for descoberto logo no início. Mas muitos pacientes, por medo ou desconhecimento, preferem não pensar no assunto e acabam atrasando o diagnóstico. Por isso, é preciso desfazer crenças equivocadas sobre o câncer, para que a doença deixe de ser vista como uma sentença de morte ou um mal incurável e inevitável. Alguns tipos de câncer, entre eles o de mama, apresentam sintomas e sinais em suas fases iniciais. Segundo dados fornecidos pelo INCA (Instituto Nacional do Câncer) em 2014 foram estimados 57.120 novos casos de câncer de mama.

A detecção precoce do câncer de mama faz toda a diferença caso haja um diagnóstico positivo, pois uma vez descoberto cedo, pode ser tratado a tempo, reduzindo a mortalidade e trazendo melhores resultados no tratamento.

Mas afinal, o que é câncer de mama?

É uma doença resultante da multiplicação de células anormais da mama, que forma um tumor com potencial de invadir outros órgãos. Há vários tipos de câncer de mama. Alguns se desenvolvem rapidamente e outros não. A maioria dos casos tem boa resposta ao tratamento, principalmente quando diagnosticado e tratado logo no início.

O câncer de mama é comum no Brasil?

Sim. É o tipo mais comum, depois do câncer de pele, e também o que causa mais mortes por câncer em mulheres.

Só as mulheres têm câncer de mama?

Não. Homens também podem ter câncer de mama, mas isso é raro (apenas 1% dos casos).

O que causa o câncer de mama?

Não há uma única causa. Diversos fatores estão relacionados ao câncer de mama. Ser mulher e envelhecer são os principais fatores que aumentam o risco.

Saiba mais sobre o câncer de mama...

Quais são os sinais e os sintomas do câncer de mama?

- Alterações no bico do peito (mamilo).

- Pele da mama avermelhada, retraída ou parecida com casca de laranja.

- Pequenos nódulos na região embaixo dos braços (axilas) ou no pescoço.

- Saída de líquido anormal das mamas. Essas alterações precisam ser investigadas o quanto antes, mas podem não ser câncer de mama.

Quais são os fatores de risco?

Ambientais

- Obesidade e sobrepeso, principalmente após a menopausa.

- Sedentarismo (não fazer exercícios).

- Consumo de bebida alcoólica.

- Exposição frequente a radiações ionizantes (Raios-X).

Hormonais

- Primeira menstruação (menarca) antes de 12 anos.

- Não ter tido filhos.

- Primeira gravidez após os 30 anos.

- Não ter amamentado.

- Parar de menstruar (menopausa) após os 55 anos.

- Ter feito reposição hormonal pós-menopausa, principalmente por mais de cinco anos.

Genéticos

- História familiar de câncer de mama e ovário, principalmente em parentes de primeiro grau antes dos 50 anos.

- Alteração genética.

A mulher que possui esses fatores genéticos tem risco elevado para câncer de mama. A presença de um ou mais desses fatores de risco não significa que a mulher terá necessariamente a doença.

O que é mamografia?

Mamografia é uma radiografia das mamas, realizada por um equipamento de raios X chamado mamógrafo, capaz de visualizar alterações suspeitas.

Exame clínico das mamas é a observação e palpação das mamas por um médico ou enfermeira.



(texto publicado na revista Shop News Vertical edição 28 - ano 3)

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