sexta-feira, 4 de março de 2016

Alimentos antioxidantes


Alimentação é um dos temas que mais nos preocupam, pois a falta de tempo e disposição faz com que nos alimentemos da maneira errada, e a consequência disso é um organismo lento e enfraquecido, sem vida. E isso faz com que nosso sistema imunológico não consiga prevenir nem combater possíveis doenças do nosso corpo.

De acordo com Beatriz Miranda Mendonça, que é formada com especialização em nutrição, para termos uma vida mais saudável, cheia de energia, os alimentos antioxidantes podem colaborar com nossa saúde para termos mais qualidade de vida.

Primeiramente, Beatriz explica o que são alimentos antioxidantes e como eles agem no nosso organismo: "são alimentos anti-inflamatórios, anticancerígenos, e limpam o nosso organismo. É como se fossem um remédio para as nossas células, porque essa alimentação industrializada está deixando nosso organismo "oxidado". Os antioxidantes fazem exatamente o contrário, são ricos em antocianinas, polifenóis, flavonoides, que vem para nos tirar da condição de diabéticos e obesos, e assim deixar o nosso organismo mais saudável, além de tudo, servem também como uma espécie de "booster" (termo cuja tradução é "explosão de energia") para deixar as nossas mitocôndrias bem fortalecidas".

A alimentação industrializada oxida nosso corpo, forma uma espécie de ferrugem, e os antioxidantes vêm para purificar e proporcionar um melhor funcionamento dos órgãos no nosso corpo. "Temos o resveratrol, extraído da casca da uva, e também o pycnogenol, que é um dos compostos antioxidantes mais potentes que conhecemos. Há também as antocianinas que estão presentes nos alimentos roxos, vermelhos, e outros com essas colorações, que contêm diversas substâncias antioxidantes que dão uma melhor condição para a renovação da nossa vitalidade, pois nós temos mitocôndrias em nosso organismo que sobrevivem por volta de doze horas. Com a alimentação industrializada que parte da população ingere no dia a dia, prejudicamos o tempo de vida dessas mitocôndrias, fazendo com que elas sobrevivam somente de duas a três horas. Por isso é importante ingerirmos alimentos ricos em polifenóis e antocianinas, que são substâncias que colaboram para que nossas mitocôndrias sobrevivam por mais tempo", declara Beatriz.

Ter mitocôndrias que tenham maior longevidade é importante, poi segundo o website Infoescola, a mitocôndria é responsável pela produção de energia no interior da célula e são bastante numerosas, principalmente em células onde a demanda por energia for muito grande (por exemplo, células nervosas e do coração, que tem atividade ininterrupta), quanto mais tempo mais energia a sua célula terá, e consequentemente o corpo humano.

A nutricionista destaca a importância de se comer chocolate, mas somente o meio-amargo ou amargo, acima de 70% de cacau, que contêm flavonóides, e a fruta cacau também, que a partir dela pode ser feito um extrato ou suco. Mas não em grandes quantidades, pois o açúcar pode causar diabetes.

É recomendável a ingestão de vinho, ou suco de uva, porém alerta para a quantidade. "O vinho é ótimo por causa do resveratrol, mas somente uma taça por dia (cerca de 240 ml), pois o consumo exagerado faz com que a pessoa corra o risco ao longo da vida de virar alcoólatra. Caso a pessoa não goste de bebida alcoólica, pode substituir por duas taças de suco de uva. Se consumir a fruta, atente para a coloração - quanto mais avermelhada ou roxa for a casca mais antioxidante a uva terá".

Como nem sempre ingerimos os nutrientes necessários para suprir totalmente a necessidade do nosso organismo, Beatriz recomenda a suplementação alimentar para compor a nossa alimentação cotidiana. "Os suplementos alimentares são muito bons; nós não conseguimos suprir todas as necessidades do nosso organismo na alimentação do dia a dia, somente se tivermos uma alimentação 100% orgânica, o que é muito difícil, infelizmente, porque o alimento orgânico é mais caro que o industrializado, então uma coisa ou outra que a pessoa compre que seja orgânica, já colabora significativamente para a saúde".

Se alimentar bem não é só comer os alimentos certos, mas também nas horas mais adequadas para melhorar a absorção dos nutrientes feita pelo organismo, "temos que comer de três em três horas, não passar longos períodos em jejum, pois isso faz muito mal ao nosso corpo. Porque nosso organismo foi se desenvolvendo desde tempos antigos até os dias de hoje para acumular gordura, então quanto mais tempo ficamos sem comer, mais gordura o nosso corpo acumula, e comendo em períodos mais curtos, nós condicionamos nosso organismo a queimar as calorias ingeridas e assim colaborar com o emagrecimento", finaliza Beatriz.



(texto publicado na revista Bem + Osasco edição 43 - ano VII - out-nov 2015)

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