Quem paga o pato, coitado, é feito de bobo: leva a culpa pelo que não fez, arca com as consequências dos atos de outros. Segundo o filólogo João Ribeiro, a origem da expressão está num conto do humanista florentino Poggio Bracciolini (1380-1459).
Nele, uma mulher quer comprar um pato para preparar a ceia. O vendedor de aves, porém, não aceita o dinheiro como forma de pagamento. O que ele quer são alguns "favorzinhos" da mulher. Ela promete ceder, mas faz ressalvas. No meio da discussão sobre o acordo, entra o marido (sim, ela era casada), querendo saber o motivo da demora. O vendedor, cara-de-pau, diz que a ave não estava paga. Cansado e faminto (e feito de bobo), o marido paga o pato. A partir daí, as pessoas começaram a usar o termo para falar daquele que faz papel de tonto.
(texto publicado na revista Aventuras na História nº 22 - junho de 2005)
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