sábado, 7 de novembro de 2015

Como escolher melhor os alimentos que eu como? - Jaqueline Li


Fazer boas escolhas alimentares não significa somar o mínimo de calorias possível numa refeição ou optar por uma marca mais confiável de comida congelada. É preciso comprar os produtos com sabedoria e comer com consciência para não acabar desperdiçando nutrientes importantes à saúde

Prefira produtos locais

Passo 1

Priorize alimentos produzidos na sua região. Quanto mais longo o tempo de "viagem" de uma fruta, legume ou hortaliça até a gôndola do supermercado, maior é o risco de terem sido cultivados com superdoses de fertilizantes e agrotóxicos para manter boa fisionomia. Pela mesma razão, fique de olho na época natural dos frutos e dê preferência àqueles que se encontram no seu período propício. Bolos, tortas e pães têm maior probabilidade de ser mais frescos se estão perto de onde foram produzidos.

Passo 2

Entenda as armadilhas dos rótulos

Não se engane com termos como integral, light, diet, sem conservantes. As letras grandes do rótulo nem sempre condizem com as pequeninas, descritas na tabela nutricional. Dica:  ela apresenta os ingredientes em ordem decrescente de concentração, então cuidado se açúcares, farinha de trigo enriquecida com ferro (a branca) e gordura hidrogenada (a trans) estão no topo da lista. Também merecem atenção nomes com as terminações "ante" e "or", como estabilizante e conservador, criados artificialmente para tornar comidas prontas menos perecíveis.

Passo 3

Diga não ao desperdício

Seguindo as regras  tradicionais de preparo, você pode estar jogando fora nutrientes importantes. Quer sugestões para inovar? Folhas de cenoura ficam ótimas refogadas. A casca da manga (onde está a maior concentração de fibras e minerais) pode ser batida no suco verde. Talos de couve-flor cozida turbinam o bolinho de arroz pouco nutritivo. E raspas da casca de limão, que têm altas doses de vitamina C e óleos essenciais importantes, temperam bem saladas, doces e carnes. Nada precisa ser desperdiçado!

Passo 4

Cozinhe sua versão em casa

Você quer ter mais controle do que leva ao prato? Cozinhando a própria refeição, você consegue dosar a quantidade de sal e de azeite e optar por temperos naturais. Além disso, é mais fácil ficar de olho na procedência dos alimentos. Invista nos frescos e orgânicos - que estão mais acessíveis. Pela internet, inclusive, é possível negociar direto com o produtor, encomendar e até dividir a entrega de cestas coletivas. O site feirasorganicas.idec.org.br lista feiras especializadas em noves estados do Brasil.

Passo 5

Aposte na variedade de fontes

Você já ouviu a regra que o ideal é montar um prato bem "colorido", certo? Ela segue infalível, pois permite, de maneira fácil e muito visual, equilibrar as diversas fontes de nutrientes e minerais, que, quanto mais variadas, reforçam o sistema imunológico. Mas por que a questão das tonalidades? Explica-se: os alimentos são divididos em seis grupos de cores, e cada um deles traz diferentes propriedades e vitaminas importantes para o corpo. A dica é colorir bem sem repetir os tons.



(texto publicado na revista Sorria para ser feliz agora nº 46 - nov/dez de 2015)

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