quinta-feira, 12 de novembro de 2015

Problema no coração - Laís Oliveira


Aproximadamente 95% da população tem sopro cardíaco, mas nem todos têm doenças; saiba mais

Ao colocar o estetoscópio no peito do paciente para ouvir os batimentos do coração, nem sempre o médico escuta o som como ele deveria ser. É comum surgir um barulho, conhecido como sopro cardíaco. "Anormalidades na passagem do sangue pelas válvulas ou nas câmaras que impulsionam o sangue podem gerar esse ruído, semelhante ao sopro de alguém que vai apagar uma vela de aniversário", explica Alexandre Galvão, especialista do núcleo de cardiologia do Hospital Samaritano de São Paulo. O problema é mais comum do que se pensa. "Em praticamente 95% da população pode ser auscultado um sopro. Ele, em si, não é um problema, mas, sim, as possíveis doenças a que ele pode estar relacionado. O risco depende da causa, da idade e da gravidade da doença", aponta o cardiologista Rogério Krakauer, do Hospital e Maternidade Dr. Christóvão da Gama, de Santo André.

Somente com exames mais específicos é possível detectar se há ou não uma doença cardíaca envolvida. "A constatação de um sopro normalmente ocorre durante o exame clínico, seja de rotina ou motivado por algum sintoma", diz Fatima Dumas Cintra, cardiologista e membro da Sobrac (Sociedade Brasileira de Arritmias Cardíacas).

Muitas vezes não é preciso tratamento. Mas, em alguns casos, a doença pode exigir até cirurgia. "O paciente com sopro inocente, sem anormalidades cardíacas associadas, tem uma vida normal e, frequentemente, o sopro desaparece durante o acompanhamento. Nos demais casos, os tratamentos estarão relacionados à causa", diz Fatima.




(texto publicado na Revista da Hora de 13 de setembro de 2015)

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