segunda-feira, 13 de janeiro de 2014

Diário de vida: sincronicidade à italiana


Os meus melhores insights acontecem quando estou tomando banho, mas hoje aconteceu enquanto estava indo a pé ao supermercado.

Ontem estava conversando com a Cristal a respeito do passeio até Mairinque e de como me sinto bem no meio de nipo-brasileiros, ou seja, pessoas que têm a mesma origem que eu. Apesar de não falar o idioma, me sinto muito bem em meio aos meus "semelhantes". O interessante é que amo a língua italiana, mas não tenho a mesma sintonia em relação ao povo. Então prefiro dizer que sou uma nipo-brasileira que ama a língua italiana. Uma vez me perguntaram porque o meu carro não era italiano e respondi que não tinha nada a ver. É muito delicado tentar rotular as pessoas, não ?

E por causa dessa conversa, enquanto estava caminhando hoje me lembrei da minha colega Sofia, que é nipo-brasileira e também professora de italiano. 

Primeiramente ingressamos no mesmo ano no curso de japonês, só que ela foi mais decidida e rápida e tratou logo de prestar vestibular e no ano seguinte já estava devidamente inscrita no curso de italiano. Eu tentei mais um pouco procurar uma afinidade com a língua japonesa, mas anos depois fiz a mesma coisa que a Sofia: prestei vestibular e consegui me ingressar no curso de italiano. Mas não tínhamos combinado nada, ainda mais que nem tínhamos feito amizade naquela época.

Outra sincronicidade foi o fato de eu ter ido trabalhar como digitadora no Banco Bradesco onde ela já trabalhava na mesma função. E assim que me formei fui procurar uma escola perto de casa e pasmem, encontrei aulas na mesma escola em que a Sofia já era professora.

Eu me lembro que quando participávamos de palestras e seminários, diziam que éramos italianas sob a pele de japonesas. Muito divertido!!!


A minha turma de japonês



Um grupo avançado de italiano (2003)












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