sexta-feira, 9 de agosto de 2013

Diário de vida: encontros no Fran's Café


Os encontros com a Cristal, a Aninha e a Angela geralmente acontecem no Fran's Café da Lins de Vasconcelos. Aliás, faz tempo que as 4 não se encontram ao mesmo tempo. Encontro a Cristal nos vários cursos que estamos fazendo, a Aninha a vejo sempre porque trabalhamos juntas, a única que encontro menos é a Angela. Mas estamos tentando encontrar um dia em comum, mas ainda não conseguimos. 

Na verdade eu não gosto muito de café, mas um bom cappuccino é sempre bem vindo ainda mais que me faz lembrar da bela experiência vivida na Itália principalmente do período em que vivi em Senigallia onde trabalhei por um ano em um bar-doceira-sorveteria. Durante o verão tomei muito sorvete principalmente o de amarena, um tipo de cereja. 

O meu colega garçom, o Loris De Santis, venceu em 1990 um concurso para baristas promovido pelo café Lavazza, que foi realizado no Hotel Federico II em Jesi.

Os doces vendidos no Bar La Meridiana onde trabalhei em Senigallia (AN)

Os sorvetes deliciosos do Bar La Meridiana

Loris é o rapaz com quem estou abraçada na foto

Achei essa reportagem sobre café que vou transcrever abaixo. 

Gelado, quente, com leite, feito frapê, com sorvete, chantilly ou como drink, o café é a bebida preferida do brasileiro, que inventa a cada di uma nova maneira de desgustá-la.

Bebida produzida a partir dos grãos torrados do fruto do cafeeiro, o café é um estimulante por possuir cafeína, geralmente 80 a 140 mg para cada 207 ml dependendo do método de preparação. Em alguns períodos da década de 1980, era a segunda mercadoria mais negociada no mundo por valor monetário, atrás apenas do petróleo.

Em 2003, foi o sétimo produto agrícola de exportação mais importante em termos de valor, atrás de culturas como o trigo, milho e soja. São Paulo já foi o maior produtor do Brasil, mas atualmente Minas Gerais passou a ocupar este posto.

Sua história começou no século IX. É originário das terras altas da Etiópia (possivelmente com culturas no Sudão e Quênia) e difundiu-se para o mundo através do Egito e da Europa. O nome deriva da palavra árabe qahwa, que significa vinho, devido à importância que a planta passou a ter para o mundo árabe. Sua descoberta, diz uma lenda que um pastor chamado Kaldi observou que seus carneiros ficavam mais espertos ao comer as folhas e frutos do cafeeiro. Ele experimentou os frutos e sentiu maior vivacidade. Um monge da região, informado sobre o fato, começou a utilizar uma infusão de frutos para resistir ao sono enquanto orava. Daí para frente, a bebida não parou mais de conquistar paladares mundo afora.

O Brasil já foi o maior produtor de café do mundo, mas perdeu esta posição há algum tempo. No que se refere ao consumo, é o segundo no segmento consumidor global de café, atrás apenas dos Estados Unidos. No consumo por habitante, o país com atuais 83 litros per capita/ano está distante dos líderes mundiais: Finlândia (608.2 litros/ano), Noruega (322.6 litros/ano) e Dinamarca (1806.6 litros/ano).

De acordo com Stella Gross, coordenadora e barista da maior rede de cafeterias do país, a Fran's Café (com 150 lojas entre próprias e franqueadas), o bom café é aquele preparado com grãos de boa qualidade, selecionados, torrados no ponto ideal e cuidadosamente preparado. Ela conta que o surgimento do café expresso revolucionou e agregou mais valor à bebida. Segundo Stella, foi em 1947 quando o francês Achille Gaggia patenteou a primeira máquina de café expresso, que produzia o famoso e solicitado café com "creminho", que rendeu fama ao café expresso em todo o mundo. Os operadores destas máquinas na Itália foram denominados "baristas", que eram pessoas capacitadas para preparação de uma excelente xícara de café expresso. No Brasil a profissão passou a ser reconhecida a partir do ano 2000. Em 2001 foi a primeira vez que o país participou dos campeonatos mundiais de baristas. Ela destaca que um bom barista, antes de qualquer coisa, deve ser um apaixonado por café. O preparo da bebida exige conhecimento e técnica. "Existem 5 segredos que são fundamentais na hora do preparo do café: uma boa máquina de café, um moinho bem regulado, um blend gourmet, um profissional bem qualificado e a manutenção adequada dos equipamentos". Entre suas principais atribuições à frente da rede ela diz que avalia e degusta cada novo lote de café que chega da torrefação. Caso não esteja com as características de qualidade exigidas, que é um café encorpado, com leve acidez cítrica e com finalização achocolatada, devolve o lote. Além disso, através de visitas regulares às lojas verifica se o café está sendo extraído e servido adequadamente.

As versões mais sofisticadas idealizadas por ela e servidas na rede são: o Afogatto doce de leite (mistura de café, sorvete de creme e doce de leite) e também o Chococcino (mistura de café, leite cremoso, licor e chocolate). Já os mais simples são os tradicionais cafés-canela (mistura de café, leite cremoso e canela). Quando se trata de harmonizar a bebida com pratos, Stella lembra que o café é uma bebida bem versátil, combina facilmente com doces e salgados. É possível harmonizá-lo com uma torta de nozes ou com um brownie e também com um sanduíche toast mix queijos light, entre muitos outros.

Para o preparo da bebida em casa ela tem algumas dicas: utilize água filtrada ou mineral: nunca deixe a água ferver; utilize de 3 a 4 colheres (sopa) para cada 500 ml de água; adoce a bebida somente no momento de consumi-la; após seu preparo, a bebida tem durabilidade de no máximo 1 hora; se desejar um café bem quente, escalde a xícara em que irá servir a bebida; após aberta, a embalagem deve ser armazenada de preferência na geladeira, dentro de um recipiente com tampa.


(texto publicado na revista Tudo nº 31)





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