Cuidado com as alergias que aparecem na temporada mais quente do ano, principalmente com a pele
O verão chegou e todas as alergias de inverno que terminam com "ite" foram embora, certo? Infelizmente, não. É exatamente nesta época de altas temperaturas que aparecem as alergias de pele.
"Com o calor excessivo, temos uma tendência a suar mais e, por conseguinte, aumentamos a exposição às substâncias irritativas e tóxicas que se disseminam pela pele, causando sintomas, como coceira, vermelhidão e calor local", afirma a alergologista, Dra. Anna Luiza Porto Gonçalves, do Rio de Janeiro (RJ).
Por isso, todo cuidado com a pele, hidratação e exposição ao Sol é importante, principalmente com as crianças e os idosos cuja epiderme é mais sensível e frágil, e que são mais propensos à desidratação e às reações.
Conheça as principais alergias desta época
- Dermatite de contato: é muito comum e pode se causada pelo sulfato de níquel encontrado nas bijuterias, tintas de roupa, esmaltes e maquiagem. Com o suor, essas substâncias acabam agredindo a pele, causando coceira, vermelhidão e sensação de queimação.
- Picadas de insetos: com a alta proliferação nesta época do ano, pessoas alérgicas a picadas têm intenso desconfortável local, que leva à coceira e às feridas. Em alguns casos, pode até infeccionar, precisando, muitas vezes, de uso de antibiótico para melhorar o quadro.
"O repelente ajuda a afastar os insetos, mas, muitas vezes, seu uso também causa reação alérgica. Atenção à utilização correta, além da idade para o uso de cada tipo, especificamente, e evitar a aplicação e áreas reativas", orienta a Dra. Anna Luiza.
- Fotodermatites: são alergias a medicamentos que pioram com a exposição ao Sol. Os mais comuns que causam tal processo são os derivados da sulfa, anti-inflamatórios e remédios para dor.
"Não são proibitivos, mas devem ser lembrados quando estamos investigando a causa das lesões, coceiras e vermelhidão da pele", afirma.
- Fitofotodermatite: é conhecida e, muitas vezes, confundida com queimadura. É causada pelo contato da pele com as frutas cítricas, como o limão ou a laranja, durante exposição ao Sol.
- Protetor solar: ele é indicado, principalmente, nesta época, para evitar as lesões solares da pele, mas é válido lembrar que algumas substâncias, como PABA (também conhecido como ácido aminobenzoico), comum em muitos protetores, podem causar dermatite de contato e devem ser evitadas em pessoas que possuem sensibilidade a essa composição.
- Dermatite atópica: doença hereditária que acomete em todas as épocas do ano, mas tende a piorar com o calor e o suor excessivo. Provoca um intenso ressecamento da pele e, no verão, costuma ficar mais crítica. Por isso, é importante redobrar a atenção na hidratação da pele e evitar substâncias irritativas.
Como evitar doenças de verão
- Cuidado redobrado com o uso de repelentes e protetores solares;
- Atenção a qualquer substância utilizada diretamente na pele, além de coisas que podem trazer eação, como roupas com tintas;
- Se notar coceira ou vermelhidão na pele, tome um banho para remover os resíduos que possam causar atritos na pele. O uso de hidratante e de antialérgicos pode amenizar o problema;
- Alimente-se saudavelmente, evitando corantes e embutidos;
- Beba bastante água e fique atento à validade dos alimentos;
- A exposição prolongada de muitos alimentos ao Sol pode causar complicações e intoxicações;
- Use roupas leves, priorizando as de algodão. Evite as roupas sintéticas ou muito justas;
- Evite banhos muito quentes e o uso de duchas e esponjas, para manter a camada protetora da pele.
(texto publicado na revista Ponto de Encontro nº 65 - dezembro 2016/janeiro 2017)
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