Nome: Luiz Guilherme Cruz
Profissão: empresário
Atitude transformadora: faz show de MPB, sorteia discos e promove brincadeiras em casas de repouso
Em 2008, o empresário aposentado Luiz Guilherme Cruz, de 77 anos, descobriu que tinha um dom poderoso: a voz. Foi cantarolando A Volta do Boêmio, de Nélson Gonçalves, para a esposa, que ele percebeu que conseguira alcançar os tons de seu maior ídolo. O timbre foi uma surpresa para a escritora Suzana Lima, sua companheira há treze anos, que, logo após a revelação, o inscreveu na Escola de Música Edinho Santa Cruz, em Moema, na Zona Sul. Entre colegas muito mais jovens, Cruz aprendeu compassos, técnicas de harmonização vocal e traquejos para o palco. "Meu interesse era voltado para a MPB das décadas de 4o a 70", conta. Graças a ele, os professores criaram intimidade com o repertório de nomes como Orlando Silva, Francisco Alves, Luiz Vieira e Ataulfo Alves. Dois anos depois, Cruz investiu no lançamento de seu primeiro disco, Canções Eternas (hoje são quatro volumes), e tomou coragem para fazer sua primeira apresentação. O local escolhido foi o Lar Nossa Senhora das Mercês, no Alto de Pinheiros, onde cantou para quinze idosos. "Ali ficou claro: a arte muda a vida das pessoas. Foi então que decidi me dedicar a esse público", afirma.
Cruz já percorreu desde 2010 mais de 150 casas de repouso na capital e no interior paulista, entre elas o Residencial Santa Catarina, no Paraíso, e o Recanto São Camilo, na Granja Viana. Sempre equipado com mesa de som, amplificador e microfone, ele interpreta cerca de quinze canções durante uma hora e quinze minutos pelo menos uma vez por semana. Canta, dança, sorteia discos e faz brincadeiras com senhores e senhoras muitas vezes carentes de atenção e afeto. As melodias nostálgicas despertam riso, choro e aplauso. "As apresentações viraram minha missa de domingo", afirma Cruz. Pai de quatro filhas e avô de sete netos, ele se aposentou no ano passado, quando vendeu a drogaria no Campo Belo da qual foi dono durante 27 anos. "Meu marido já criou um time grande de fãs", relata Suzana, que o acompanha em todas as apresentações. "As senhorinhas vivem pedindo o Luiz em casamento", diverte-se ela.
Em 2008, o empresário aposentado Luiz Guilherme Cruz, de 77 anos, descobriu que tinha um dom poderoso: a voz. Foi cantarolando A Volta do Boêmio, de Nélson Gonçalves, para a esposa, que ele percebeu que conseguira alcançar os tons de seu maior ídolo. O timbre foi uma surpresa para a escritora Suzana Lima, sua companheira há treze anos, que, logo após a revelação, o inscreveu na Escola de Música Edinho Santa Cruz, em Moema, na Zona Sul. Entre colegas muito mais jovens, Cruz aprendeu compassos, técnicas de harmonização vocal e traquejos para o palco. "Meu interesse era voltado para a MPB das décadas de 4o a 70", conta. Graças a ele, os professores criaram intimidade com o repertório de nomes como Orlando Silva, Francisco Alves, Luiz Vieira e Ataulfo Alves. Dois anos depois, Cruz investiu no lançamento de seu primeiro disco, Canções Eternas (hoje são quatro volumes), e tomou coragem para fazer sua primeira apresentação. O local escolhido foi o Lar Nossa Senhora das Mercês, no Alto de Pinheiros, onde cantou para quinze idosos. "Ali ficou claro: a arte muda a vida das pessoas. Foi então que decidi me dedicar a esse público", afirma.
Cruz já percorreu desde 2010 mais de 150 casas de repouso na capital e no interior paulista, entre elas o Residencial Santa Catarina, no Paraíso, e o Recanto São Camilo, na Granja Viana. Sempre equipado com mesa de som, amplificador e microfone, ele interpreta cerca de quinze canções durante uma hora e quinze minutos pelo menos uma vez por semana. Canta, dança, sorteia discos e faz brincadeiras com senhores e senhoras muitas vezes carentes de atenção e afeto. As melodias nostálgicas despertam riso, choro e aplauso. "As apresentações viraram minha missa de domingo", afirma Cruz. Pai de quatro filhas e avô de sete netos, ele se aposentou no ano passado, quando vendeu a drogaria no Campo Belo da qual foi dono durante 27 anos. "Meu marido já criou um time grande de fãs", relata Suzana, que o acompanha em todas as apresentações. "As senhorinhas vivem pedindo o Luiz em casamento", diverte-se ela.
(texto publicado na revista Veja São Paulo de 30 de novembro de 2016)
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