Há alguns meses fiz uma primeira postagem sobre o tema da inveja como tarefa do curso do Chris Allmeida.
Ao assistir a mais um episódio da série "Monk" (acho que não vou sossegar enquanto não assistir a todos eles), me lembrei desse tema e achei oportuno aprofundá-lo. Monk vai ao psiquiatra 3 vezes por semana e tem um misto de ciúmes e inveja de um outro paciente do Dr. Kroger, Harold. Eles vivem brigando e no episódio em questão, Harold é confundido com um herói, o "Frisco Fly" que sobe em prédios vestido com uma fantasia verde. Apesar de dizer que o odeia, Monk acaba por ajudá-lo porque na verdade, o primo de Harold estava tentando matá-lo para ficar com a herança só para ele. Em um outro episódio, o Dr. Kroger ganha um relógio supostamente de Harold. Apesar do psiquiatra não afirmar nada, Monk está mais do que convencido que o presente foi de seu "rival". E o detetive tem uma oportunidade de dar um presente melhor quando ajuda Troy, o filho do Dr. Kroger. Essa atitude dos dois pacientes é típica de dois irmãos que lutam pela atenção do pai. E essa disputa cria situações realmente hilárias. A personagem de Adrian Monk é realmente um prato cheio porque podemos desenvolver vários temas a partir de seu comportamento causado pelas inúmeras fobias (segundo a sua lista são mais de 300, colocadas obviamente em ordem de intensidade).
Quando assisti aos vídeos do "Efeito Sombra" e depois coloquei em prática os ensinamentos contidos neles, me dei conta que o sentimento negativo que sempre tentei esconder atrás da minha máscara, da minha "persona" foi justamente a inveja, isto é, um misto de inveja e ciúmes, como já "confessei" em minha primeira postagem simplesmente intitulada "A inveja".
Ao contrário da cobiça na qual queremos algo que o outro tem, no caso da inveja, o sentimento que temos é: "como eu não tenho, não quero que o outro tenha também". Tenho que confessar que várias vezes ficava intimamente contente quando alguém não conseguia obter algo pela qual tinha lutado tanto. O pior é que eu não tinha "lucro" algum com isso. Depois que comecei a fazer os cursos de autoconhecimento, toda vez que esse sentimento terrível vem à tona, paro tudo que estou fazendo e tenho uma conversa muito séria com ele e geralmente chego à conclusão de que não preciso ter inveja e nem ciúmes de ninguém, é só me mexer e cuidar de minha vida que o sentimento me deixará em paz. Aliás, a "técnica" que uso é deixá-lo sair para passear um pouco que depois ele me deixa em paz. É como um cão que está louco para ir passear. Você sai com ele e quando voltam para casa, o cão está tranquilo, tranquilo. Afinal de contas não é lutando que irei resolver os meus conflitos. Esse sentimento negativo como alguns outros estão dentro aqui dentro, fazem parte de mim. Não é escondendo ou negando que eles existem que o problema estará resolvido. Quando maior a força para não deixá-los transparecer, maior será a intensidade com a qual explodirão mais cedo ou mais tarde.
Por isso concordo com o título do livro de John Powell: "Por que tenho medo de lhe dizer quem sou ?" E também com uma frase contida na mesma obra: "Eu sou tudo que tenho".
A título de curiosidade eis os 7 pecados capitais:
A gula
Gula é o desejo insaciável, além do necessário, em geral por comida, bebida ou intoxicantes. Segundo tal visão, esse pecado também está relacionado ao egoísmo humano: querer ter sempre mais e mais, não se contentando com o que já tem, uma forma de cobiça. Ela seria controlada pelo uso da virtude da temperança.
A avareza
É o apego excessivo e descontrolado pelos bens materiais e pelo dinheiro, priorizando-os e deixando Deus em segundo plano. É considerado o pecado mais tolo por se firmar em necessidades. Na concepção cristã, a avareza é considerada um dos sete pecados capitais, pois o avarento prefere os bens materiais ao convívio com Deus. Neste sentido, o pecado da avareza conduz à idolatria, que significa tratar algo, que não é Deus, como se fosse deus. Avareza, no cristianismo, é sinônimo de ganância, ou seja, é a vontade exagerada de possuir qualquer coisa. Mais caracteristicamente é um desejo descontrolado, uma cobiça de bens materiais e dinheiro, ganância. Mas existe também avareza por informação ou por indivíduos, por exemplo.
A luxúria
A luxúria é o desejo passional e egoísta por todo o prazer sensual e material. Também pode ser entendido em seu sentido original: “deixar-se dominar pelas paixões”. Consiste no apego aos prazeres carnais, corrupção de costumes; sexualidade extrema, lascívia e sensualidade.
A ira
A ira é o intenso e descontrolado sentimento de raiva, ódio, rancor que pode ou não gerar sentimento de vingança. É um sentimento mental que conflita o agente causador da ira e o irado. A ira torna a pessoa furiosa e descontrolada com o desejo de destruir aquilo que provocou sua ira, que é algo que provoca a pessoa. Segundo a Igreja Católica, a ira não atenta apenas contra os outros, mas pode voltar-se contra aquele que deixa o ódio plantar sementes em seu coração. Seguindo esta linha de raciocínio, o castigo e a execução do causador pertencem a Deus.
A inveja
A inveja é considerada pecado porque uma pessoa invejosa ignora suas próprias bênçãos e prioriza o status de outra pessoa no lugar do próprio crescimento espiritual. É o desejo exagerado por posses, status, habilidades e tudo que outra pessoa tem e consegue. O invejoso ignora tudo o que é e possui para cobiçar o que é do próximo. A inveja é freqüentemente confundida com o pecado capital da avareza, um desejo por riqueza material, a qual pode ou não pertencer a outros. A inveja na forma de ciúme é proibida nos Dez Mandamentos da Bíblia. Do latim invidia, que quer dizer olhar com malícia.
A preguiça
A Igreja Católica apresenta a preguiça como um dos sete pecados capitais, caracterizado pela pessoa que vive em estado de falta de capricho, de esmero, de empenho, em negligência, desleixo, morosidade, lentidão e moleza, de causa orgânica ou psíquica, que a leva à inatividade acentuada. Aversão ao trabalho, frequentemente associada ao ócio, vadiagem.
O orgulho ou vaidade
Conhecida como soberba, é associada à orgulho excessivo, arrogância e vaidade. Em paralelo, segundo o filósofo Tomás de Aquino, a soberba era um pecado tão grandioso que era fora de série, devendo ser tratado em separado do resto e merecendo uma atenção especial. Aquino tratava em separado a questão da vaidade, como sendo também um pecado, mas a Igreja Católica decidiu unir a vaidade à soberba, acreditando que neles havia um mesmo componente de vanglória, devendo ser então estudados e tratados conjuntamente.
(texto Os 7 pecados capitais extraído de Wikipedia)
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