As pessoas andam se esquecendo de si mesmas. Estão se lembrando mais dos outros que de si próprias. E muitas até se preocupam mais com os outros que consigo mesmas. Outras, por sentirem pena ou por não saberem dizer a palavra não, se submetem à vontade alheia, deixam que as pessoas usem e até abusem de sua bondade. Essa virtude tão elevada, quando em excesso e não bem dosada ou bem dirigida a quem realmente merece, pode prejudicar o virtuoso que a possui.
Em primeiro lugar, a pessoa deve ser bondosa consigo mema, pois a caridade deve começar no próprio lar. Assim, nossa bondade poderá se estender a outras pessoas necessitadas e merecedoras do nosso cuidado.
E de tanto se doar e, muitas vezes nada receber, a energia das pessoas boas e até caridosas vai se esvaindo... E essas pessoas ficam desvitalizadas, enfraquecidas e sem energia, o que pode levá-las a adoecer, mesmo porque, se analisarmos bem, muitas das pessoas que estão recebendo favores muitas vezes não merecem tanta consideração.
A pessoa que se comporta da maneira como dissemos acima, a pessoa excessivametne boa, estará denotando uma grande falta de respeito por si mesma, uma evidente falta de auto-estima... Estará deixando que os outros invadam a sua personalidade, estará permitindo a invasão do seu território pessoal, estará se deixando levar pelos outros, mostrando total falta de respeito por si mesma.
E, nesse caso, se a pessoa sentir algo por alguém, é provável que não seja amor ou amizade. Pode ser carência afetiva, desejo de companhia, medo de ficar só, solidão, desejo de fazer o bem ou um sentimento de culpa, de pena ou algum outro sentimento que faz a pessoa ter o desejo e a necessidade de agradar, de cativar, de se ligar ou até de se submeter às outras pessoas.
Quando estamos carentes, se alguém supre nossas necessidades, o que nos dá prazer, podemos nos sentir atraídos porque essa pessoa nos agrada. Mas quando a ligação é motivada pela carência afetiva, a coisa pode se complicar dando origem a uma paixão doentia e altamente prejudicial. Portanto, não devemos confundir os elevados sentimentos de amor e amizade com sentimentos de compaixão ou pena por si mesmo ou pelos outros.
Em primeiro lugar, devemos ser os nossos melhores amigos e fzer mais e melhor por nós mesmos.
(texto extraído do livro "A terapia da amizade - a cura pelo amor universal" do Dr. Eduardo Lambert)
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