sexta-feira, 22 de junho de 2012

Quem foi Clóvis Beviláqua

A Praça Clóvis Beviláqua é um local pelo qual passo toda vez que vou ao centro e dou invariavelmente uma passada pelo Sebo do Messias que frequento desde que comecei a frequentar o curso de Letras para garimpar publicações italianas. Tive a maior sorte em encontrar o livro didático adotado na época em que voltei ao Brasil. Parecia que estava me esperando para comprá-lo. Outra aquisição muito importante foi uma encadernação que reunia várias publicações sobre vinho e no meio havia uma edição especial da revista Epoca chamada "L'aristocrazia dei vini". E tenho também uma outra edição dessa mesma publicação por ocasião do falecimento do grande Walt Disney e na capa Mickey (Topolino em italiano) está chorando. Estava me esquecendo de uma edição da revista Seleções em italiano de janeiro de 1950 e de um "giallo" da Agatha Christie publicado em 1959.

A praça fica no início do bairro da Liberdade que frequento por motivos óbvios. A feira aos domingos é uma boa pedida de passeio.

 Bom, vamos ao texto com os dados biográficos de Clóvis Beviláqua escrito por Paulo Caruso.

Cearense de Viçosa, Clóvis Beviláqua (1859-1944) estava fadado a marcar a paisagem nacional. Jurista, historiador e jornalista, ingressou na vida pública nos tempos do Império como promotor em Alcântara, no Maranhão, onde fez campanha a favor da proclamação da República. A convite do presidente Epitácio Pessoa, ele foi o autor do projeto do primeiro Código Civil Brasileiro, Ruy Barbosa, o Águia de Haia, chegou a realizar acrobacias verbais no Congresso Nacional para enaltecer a obra. Beviláqua foi o primeiro a ocupar a cadeira de número 14 da Academia Brasileira de Letras, da qual se afastou quando a inscrição da candidatura de ua mulher, a escritora Amélia de Freitas, não foi aceita, coisa daquela época. A praça que leva seu nome, no centro de São Paulo, abriga o majestoso Palácio da Justiça do estado. Ela é lembrada, em prosa e verso, em uma canção de outro paulistano ilustre, o sambista Paulo Vanzolini.


(texto extraído da revista Época, edição especial de aniversário - maio 2012)


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