A intolerância à lactose é um problema muito comum, inclusive no Brasil. A boa nova é que é possível viver com essa patologia
As intolerâncias alimentares são descritas como qualquer resposta do corpo a determinado alimento, não havendo interferência imunológica. Esta é a principal diferença entre intolerância e alergia. A alergia é uma resposta imediata do organismo através de seu sistema imunológico a algum componente do alimento, enquanto a intolerância não envolve o sistema imunológico. Esta resposta pode ser desencadeada por toxinas causadas por fungos ou bactérias, erros metabólicos, medicamentos ou por uma deficiência enzimática.
Há vários tipos de intolerância alimentar, mas a intolerância à lactose se destaca, visto que um estudo realizado no Brasil (SEVÁ-PEREIRA), em 2006, concluiu que mais de 27 milhões de habitantes apresentavam esta intolerância. Outro estudo (UGGIONI, FAGUNDES), realizado no mesmo ano, comprovou que 75% da população mundial apresenta essa patologia.
Sintomas
Considerado como um alimento "completo", o leite é composto por quatro macronutrientes: água, gordura, carboidratos e proteínas. Mas vamos nos ater ao leite cru, aquele que sai diretamente da teta da vaca para o nosso copo. Quando pensamos nos leites pasteurizados que estão à nossa disposição nas gôndolas dos supermercados, a situação muda bastante, uma vez que o processo de pasteurização altera bastante o leite, destruindo o enzima fosfatase, eliminando as bactérias benéficas e transformando a lactose em beta-lactose (um açúcar ruim que eleva os níveis de glicose), além de modificar a estrutura original de algumas proteínas presentes no leite.
A intolerância à lactose se caracteriza pela incapacidade do organismo de digerir o açúcar do leite (lactose), devido à ausência de uma enzima chamada lactose. Essa enzima localiza-se no intestino delgado e sua ausência acarreta na má absorção da lactose. Acumulada no cólon, ela sofre fermentação por parte das bactérias da flora intestinal, produzindo ácidos orgânicos e gases, como o dióxido de carbono, hidrogênio e metano. Tais gases são os responsáveis por sintomas como: flatulência, distensão e dores abdominais, que, assim como a diarreia e as náuseas, configuram os principais sintomas da intolerância à lactose. Esses sintomas aparecem entre meia hora e duas horas após o consumo de leite e seus derivados.
O indivíduo, ao sentir esses sintomas de forma recorrente, deve procurar um médico para que ele possa fazer o diagnóstico. Além da sintomatologia característica, há algumas maneiras de se chegar a um diagnóstico preciso da intolerância:
- Teste da intolerância à lactose: deve ser realizado em laboratório onde, em jejum, o indivíduo recebe uma dose de lactose e, após algumas horas, são realizados exames específicos de sangue.
- Teste de Intolerância Alimentar (Teste Elisa Macroarray): são poucos os laboratórios que realizam esse exame. Nele é possível aferir a intolerância alimentar de até 221 alimentos.
- Teste de acidez nas fezes: com um exame de fezes simples é possível detectar a presença de ácidos nas fezes.
Há quatro classificações para a intolerância à lactose:
1. Deficiência primária da lactose ou hipolactasia adulta: é a mais frequente e de fator hereditário; se caracteriza por uma deficiência no gene que codifica a lactase.
2. Deficiência secundária da lactase: ocorre uma alteração no intestino, geralmente ocasionada por alguma doença (desnutrição, doença celíaca, colite ulcerativa, gastroenterite, doença de Crohn) ou após processos cirúrgicos digestivos (colostomias, ileotosmias, ressecções intestinais etc.). É um tipo temporário de intolerância, já que, em alguns casos, as células perdidas com a doença ou cirurgia podem ser repostas, dependendo do organismo de cada indivíduo.
3. Intolerância congênita à lactose: defeito genético extremamente raro; tem sua primeira manifestação no recém-nascido, especialmente quando prematuro. Esses bebês nascem sem a capacidade de produzir lactase. Este tipo de intolerância é permanente.
4. Intolerância ontogenética à lactose: manifesta-se entre os dois e cinco anos de idade e tem, por característica, a má absorção da lactose, devido a uma diminuição da produção de lactase. Pode ocorrer em adultos, também, pois é uma tendência natural do organismo humano diminuir a produção da lactase.
O que fazer?
Com a confirmação do diagnóstico de intolerância à lactose, o indivíduo em duas opções:
- Adicionar enzimas lactose no leite ou consumi-las em forma de comprimidos ou cápsulas;
- Excluir definitivamente o leite e seus derivados da dieta, o que é o mais recomendado. E não há por que temer perder o sabor e os nutrientes do leite.
Para as pessoas que sofrem dessa patologia, há opções nutritivas e saborosas para substituir o leite animal. Entre elas, os leites de origem vegetal, excelentes opções de sabor e nutrientes, visto que são ricos em fibras e minerais. Eis os leites vegetais mais indicados:
- Leite de castanha do Brasil: rico em proteínas e protetor do sistema cardiovascular.
- Leite de linhaça: fortalece o sistema imunológico, protege o coração e é excelente par o bom funcionamento intestinal.
- Leite de arroz integral: detoxificante e rico em proteínas, vitamina B1 e niacina, responsáveis pela transformação das proteínas e carboidratos em energia.
- Leite de amendoim: tem ação antioxidante e é rico em proteínas.
- Leite de nozes: excelente para ativar o sistema nervoso e proteger o cérebro, além de favorecer o sistema respiratório.
- Leite de quinoa: extremamente nutritivo, rico em proteínas, vitaminas e aminoácidos.
- Leite de semente de abóbora: rico em ferro, cálcio, fósforo e ferro.
Portanto, seja pela intolerância alimentar ou por seguir uma dieta restritiva, há várias opções para substituir o leite animal e não sofrer com isso!
Sintomas
Considerado como um alimento "completo", o leite é composto por quatro macronutrientes: água, gordura, carboidratos e proteínas. Mas vamos nos ater ao leite cru, aquele que sai diretamente da teta da vaca para o nosso copo. Quando pensamos nos leites pasteurizados que estão à nossa disposição nas gôndolas dos supermercados, a situação muda bastante, uma vez que o processo de pasteurização altera bastante o leite, destruindo o enzima fosfatase, eliminando as bactérias benéficas e transformando a lactose em beta-lactose (um açúcar ruim que eleva os níveis de glicose), além de modificar a estrutura original de algumas proteínas presentes no leite.
A intolerância à lactose se caracteriza pela incapacidade do organismo de digerir o açúcar do leite (lactose), devido à ausência de uma enzima chamada lactose. Essa enzima localiza-se no intestino delgado e sua ausência acarreta na má absorção da lactose. Acumulada no cólon, ela sofre fermentação por parte das bactérias da flora intestinal, produzindo ácidos orgânicos e gases, como o dióxido de carbono, hidrogênio e metano. Tais gases são os responsáveis por sintomas como: flatulência, distensão e dores abdominais, que, assim como a diarreia e as náuseas, configuram os principais sintomas da intolerância à lactose. Esses sintomas aparecem entre meia hora e duas horas após o consumo de leite e seus derivados.
O indivíduo, ao sentir esses sintomas de forma recorrente, deve procurar um médico para que ele possa fazer o diagnóstico. Além da sintomatologia característica, há algumas maneiras de se chegar a um diagnóstico preciso da intolerância:
- Teste da intolerância à lactose: deve ser realizado em laboratório onde, em jejum, o indivíduo recebe uma dose de lactose e, após algumas horas, são realizados exames específicos de sangue.
- Teste de Intolerância Alimentar (Teste Elisa Macroarray): são poucos os laboratórios que realizam esse exame. Nele é possível aferir a intolerância alimentar de até 221 alimentos.
- Teste de acidez nas fezes: com um exame de fezes simples é possível detectar a presença de ácidos nas fezes.
Há quatro classificações para a intolerância à lactose:
1. Deficiência primária da lactose ou hipolactasia adulta: é a mais frequente e de fator hereditário; se caracteriza por uma deficiência no gene que codifica a lactase.
2. Deficiência secundária da lactase: ocorre uma alteração no intestino, geralmente ocasionada por alguma doença (desnutrição, doença celíaca, colite ulcerativa, gastroenterite, doença de Crohn) ou após processos cirúrgicos digestivos (colostomias, ileotosmias, ressecções intestinais etc.). É um tipo temporário de intolerância, já que, em alguns casos, as células perdidas com a doença ou cirurgia podem ser repostas, dependendo do organismo de cada indivíduo.
3. Intolerância congênita à lactose: defeito genético extremamente raro; tem sua primeira manifestação no recém-nascido, especialmente quando prematuro. Esses bebês nascem sem a capacidade de produzir lactase. Este tipo de intolerância é permanente.
4. Intolerância ontogenética à lactose: manifesta-se entre os dois e cinco anos de idade e tem, por característica, a má absorção da lactose, devido a uma diminuição da produção de lactase. Pode ocorrer em adultos, também, pois é uma tendência natural do organismo humano diminuir a produção da lactase.
O que fazer?
Com a confirmação do diagnóstico de intolerância à lactose, o indivíduo em duas opções:
- Adicionar enzimas lactose no leite ou consumi-las em forma de comprimidos ou cápsulas;
- Excluir definitivamente o leite e seus derivados da dieta, o que é o mais recomendado. E não há por que temer perder o sabor e os nutrientes do leite.
Para as pessoas que sofrem dessa patologia, há opções nutritivas e saborosas para substituir o leite animal. Entre elas, os leites de origem vegetal, excelentes opções de sabor e nutrientes, visto que são ricos em fibras e minerais. Eis os leites vegetais mais indicados:
- Leite de castanha do Brasil: rico em proteínas e protetor do sistema cardiovascular.
- Leite de linhaça: fortalece o sistema imunológico, protege o coração e é excelente par o bom funcionamento intestinal.
- Leite de arroz integral: detoxificante e rico em proteínas, vitamina B1 e niacina, responsáveis pela transformação das proteínas e carboidratos em energia.
- Leite de amendoim: tem ação antioxidante e é rico em proteínas.
- Leite de nozes: excelente para ativar o sistema nervoso e proteger o cérebro, além de favorecer o sistema respiratório.
- Leite de quinoa: extremamente nutritivo, rico em proteínas, vitaminas e aminoácidos.
- Leite de semente de abóbora: rico em ferro, cálcio, fósforo e ferro.
Portanto, seja pela intolerância alimentar ou por seguir uma dieta restritiva, há várias opções para substituir o leite animal e não sofrer com isso!
(texto publicado na revista Bem Mulher nº 006 - ano 1)
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