Eu já disse em outro post que 1% da população mundial é celíaca. Não sou muito boa em matemática (e pedi ajuda aos universitários da redação da Gazetaweb. não adiantou. só tem jornalista aqui. hahahaha), mas dá pra ter noção de que é gente pra caramba. Só que, fora esse mar de intolerantes, vários outros ainda têm o problema e não sabem. E muitos deles têm me mandado mensagens com relação a isso.
Então, hoje vou falar sobre alguns meios de reconhecer a intolerância – e a DC. Bora lá?
1 – Bom, o primeiro deles é observar seu organismo logo após comer glúten. E aí não entram só as questões intestinais (ou até de pele, como coceira, coisa que eu geralmente tenho). Preste atenção também ao seu estado psicológico – ele é importantíssimo no diagnóstico do problema. Se você ficou totalmente sem energia, fadigado, com os pensamentos meio lentos e até muito irritado, já acenda o sinal amarelo.
2 – Daí nós passamos para a segunda casa do tabuleiro desse jogo: a dor de cabeça. Muitas vezes eu tinha dor de cabeça logo após alguma refeição, uma coisa quase que instantânea, e não sabia o motivo. Como sempre tive enxaqueca, achava que era só mais uma crise dessa infeliz. Só depois de descobrir a intolerância ao glúten é que comecei a traçar uma relação entre os fatos. E até hoje é assim: é quase certo uma tremenda dor de cabeça se eu me enxerir pro lado de alguma guloseima cheia daquela deliciosa farinha de trigo. Geralmente ela leva cerca de 30 minutos para aparecer e demora uma vida para desaparecer.
3 – Essa agora é para as mulheres. Sabe aquela TPM de cão raivoso misturado com touro que abriu a cerca? Pronto, pode ser problemas com a proteína também, viu, homens que apenas acham que a gente é doida? Já notei que melhorei demais, inclusive das cólicas, desde que adotei uma alimentação gluten free – e se eu tiver dado uma escapadinha, comido alguma coisa proibida, pode ter certeza de que elas serão muito piores, tanto a TPM quanto as cólicas. Então observe isso também no seu corpo.
4 – Outro sinal aparentemente desconexo e inofensivo é adormência. Passei uma época sentindo isso, principalmente nas mãos (se eu ficasse cinco minutos em uma mesma posição elas já apareciam), e também com dor nas articulações. Já acordava com os tornozelos ‘travados’, mal conseguia andar, e comecei logo a achar que estava com alguma doença dessas graves, que meus ossos estavam se desintegrando ou algo do tipo (exagerada, eu? que isso!). Calma, viu? Não vai ficar com doidice igual a mim não. Antes de achar que está morrendo de algo misterioso, observe sua alimentação!
5 – E, por falar em alimentação, todo mundo te diz que sensibilidade ao glúten geraperda de peso, né? “Ah, engordou, então não pode ser isso, não”. Olha, é também, mas nem sempre, viu? E eu tô aqui como prova viva disso. Logo quando as coisas começaram a se complicar e sintomas malucos apareciam a toda hora, mais ou menos um ano e meio atrás, lembro que tive um ganho louco de peso. Tinha mês que eu “ganhava” (obrigada, mas esse presente eu não quero mais não, tá, vida?) cinco quilos de uma vez só. Estava comendo normal, sem grandes alterações, mas a balança só subia. Agora, se você tá engordando porque come muito, não venha dizer que eu disse que era o glúten não, viu? Rum!
Bom, se identificou com muitos desses sintomas aí? Então passe do sinal amarelo para o vermelho. E isso que mostrei é só o básico do básico dos sinais que você pode considerar. Foquei aqui em alguns aparentemente inofensivos, que muitas vezes não costumamos relacionar com o que comemos – e muito menos com doença celíaca. Mas não se desespere: se você apresenta vários desses incômodos, não vá simplesmente se autodiagnosticar. Procure um médico (de preferência um que entenda do assunto) para fazer os exames e receber todas as orientações.
Ah! E como Thiago e eu fizemos umas trocas por aqui, amanhã volto de novo por aqui e vou aproveitar para retomar o assunto, senão o post ia virar uma Bíblia, com mais algumas orientações (eu dando orientações? mundo estranho…). Até!
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