A fibromialgia toma conta do corpo inteiro e pode afetar o convívio e a qualidade de vida. Descubra com e por que ela age, além dos possíveis tratamentos
Sabe aquela dor que você sente quando prende o dedo na porta do carro ou quando esbarra na quina de um móvel? Imagine como essa sensação seria insuportável se durasse mais do que alguns segundos após o impacto ou se fosse estendida para todo o corpo. Acredite: muitas pessoas são obrigadas a viver assim (ainda que numa intensidade diferente). A dor constante é a principal característica da fibromialgia, doença que afeta entre 3%e 6% da população mundial e quase 5 milhões de pessoas apenas no Brasil.
Tudo dói
Dor crônica e generalizada, fadiga, insônia, ansiedade e depressão: é assim que se manifesta a fibromialgia, síndrome determinada pelo funcionamento anormal do sistema nervoso, que amplia os impulsos dolorosos. "Os sintomas duram mais de três meses e afetam grandes áreas musculares", diz o reumatologista Aderson Moreira da Rocha.
Reconhecendo o inimigo
Diferentemente de outros problemas reumatológicos, a dor não se restringe às articulações e pode ter intensidade moderada ou intensa. "Alguns pacientes relatam ardência, sensação de pontadas, rigidez e câimbras, que variam com o horário, o esforço físico realizado, as condições climáticas, os aspectos emocionais e o sono", comenta o reumatologista Sérgio Bontempi Lanzotti, diretor do Instituto de Reumatologia e Doenças Osteoarticulares (Iredo).
Raiz do problema
Embora a causa exata da doença não seja conhecida, fatores - isolados ou combinados - como enfermidades graves, traumas emocionais ou físicos e mudanças hormonais podem desencadear o problema. Aliás, um estudo recente publicado na revista Arthritis Care & Research apontou que acidentes de trânsito servem de gatilho para pessoas que tendem a dores crônicas generalizadas, precursoras da fibromialgia.
Outro objeto de pesquisa são os hormônios, uma vez que já se sabe que os níveis de serotonina, substâncias responsáveis pela sensação de bem-estar no organismo, são mais baixos nos portadores da doença. "Há ainda uma maior probabilidade de mulheres que têm fibromialgia terem filhas com a mesma síndrome", completa o reumatologista Roberto Heymann, do Ambulatório de Fibromialgia da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp).
Extensão da dor
Antes de receber um diagnóstico preciso, muitas pessoas acabam t endo que buscar várias avaliações médicas até descobrirem que têm o problema da dor crônica generalizada. O fato de não existirem exames laboratoriais ou de imagem que comprovem a doença dificulta uma palavra definitiva sobre o assunto. Recentemente, o Colégio Americano de Reumatologia (ACR) publicou novos critérios para a constatação da fibromialgia, que levam em conta o Índice de Dor Generalizada (IDG) e a Escala de Gravidade da Doença (EGD). A maior consequência para quem sofre com o problema pode ser o comprometimento da qualidade de vida, uma vez que a dor constante afeta a relação do indivíduo consigo e com os outros. "Alguns estudos ainda sugerem que, com o passar do tempo, ocorram danos ao cérebro", comenta Heymann.
Tem solução!
A primeira medida quando se recebe o diagnóstico de fibromialgia deve ser buscar o máximo de informações sobre o assunto, junto a um especialista médico, que também poderá orientar todo o tratamento. Estabelecer um programa personalizado de atividades físicas, preferencialmente aeróbicas, é obrigatório. "O tratamento medicamentoso consiste de antidepressivos e neuromoduladores, que procuram otimizar os mecanismos inibitórios de dor, diminuindo a entrada amplificada de impulsos dolorosos", explica Heymann. Existem efeitos colaterais, especialmente por se tratar de um público com maior sensibilidade, variáveis de pessoa para pessoa. Além disso, as terapias para alívio do estresse e da dor são aliados quase insubstituíveis: alongamento, ioga, fisioterapia e terapia ocupacional.
Vencendo a tristeza!
A depressão tanto pode favorecer o surgimento de síndrome de dor crônica generalizada, quanto acentuá-la. A associação entre as doenças dificulta o tratamento de ambas, tirando do indivíduo a disposição para tratar as dores e o mal psicológico. Assim, eliminar a tristeza e a desmotivação é fator obrigatório para que os resultados contra a fibromialgia sejam positivos.
Tudo dói
Dor crônica e generalizada, fadiga, insônia, ansiedade e depressão: é assim que se manifesta a fibromialgia, síndrome determinada pelo funcionamento anormal do sistema nervoso, que amplia os impulsos dolorosos. "Os sintomas duram mais de três meses e afetam grandes áreas musculares", diz o reumatologista Aderson Moreira da Rocha.
Reconhecendo o inimigo
Diferentemente de outros problemas reumatológicos, a dor não se restringe às articulações e pode ter intensidade moderada ou intensa. "Alguns pacientes relatam ardência, sensação de pontadas, rigidez e câimbras, que variam com o horário, o esforço físico realizado, as condições climáticas, os aspectos emocionais e o sono", comenta o reumatologista Sérgio Bontempi Lanzotti, diretor do Instituto de Reumatologia e Doenças Osteoarticulares (Iredo).
Raiz do problema
Embora a causa exata da doença não seja conhecida, fatores - isolados ou combinados - como enfermidades graves, traumas emocionais ou físicos e mudanças hormonais podem desencadear o problema. Aliás, um estudo recente publicado na revista Arthritis Care & Research apontou que acidentes de trânsito servem de gatilho para pessoas que tendem a dores crônicas generalizadas, precursoras da fibromialgia.
Outro objeto de pesquisa são os hormônios, uma vez que já se sabe que os níveis de serotonina, substâncias responsáveis pela sensação de bem-estar no organismo, são mais baixos nos portadores da doença. "Há ainda uma maior probabilidade de mulheres que têm fibromialgia terem filhas com a mesma síndrome", completa o reumatologista Roberto Heymann, do Ambulatório de Fibromialgia da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp).
Extensão da dor
Antes de receber um diagnóstico preciso, muitas pessoas acabam t endo que buscar várias avaliações médicas até descobrirem que têm o problema da dor crônica generalizada. O fato de não existirem exames laboratoriais ou de imagem que comprovem a doença dificulta uma palavra definitiva sobre o assunto. Recentemente, o Colégio Americano de Reumatologia (ACR) publicou novos critérios para a constatação da fibromialgia, que levam em conta o Índice de Dor Generalizada (IDG) e a Escala de Gravidade da Doença (EGD). A maior consequência para quem sofre com o problema pode ser o comprometimento da qualidade de vida, uma vez que a dor constante afeta a relação do indivíduo consigo e com os outros. "Alguns estudos ainda sugerem que, com o passar do tempo, ocorram danos ao cérebro", comenta Heymann.
Tem solução!
A primeira medida quando se recebe o diagnóstico de fibromialgia deve ser buscar o máximo de informações sobre o assunto, junto a um especialista médico, que também poderá orientar todo o tratamento. Estabelecer um programa personalizado de atividades físicas, preferencialmente aeróbicas, é obrigatório. "O tratamento medicamentoso consiste de antidepressivos e neuromoduladores, que procuram otimizar os mecanismos inibitórios de dor, diminuindo a entrada amplificada de impulsos dolorosos", explica Heymann. Existem efeitos colaterais, especialmente por se tratar de um público com maior sensibilidade, variáveis de pessoa para pessoa. Além disso, as terapias para alívio do estresse e da dor são aliados quase insubstituíveis: alongamento, ioga, fisioterapia e terapia ocupacional.
Vencendo a tristeza!
A depressão tanto pode favorecer o surgimento de síndrome de dor crônica generalizada, quanto acentuá-la. A associação entre as doenças dificulta o tratamento de ambas, tirando do indivíduo a disposição para tratar as dores e o mal psicológico. Assim, eliminar a tristeza e a desmotivação é fator obrigatório para que os resultados contra a fibromialgia sejam positivos.
(texto publicado na revista Você Saudável nº 11 - ano 2 - 2012)
Nenhum comentário:
Postar um comentário