domingo, 1 de junho de 2014

Poder das cores: um convite à paixão - Ana Holanda


A energia do bordô está presente nos amores e, de maneira mais prosaica, nos detalhes da decoração. Trazer essa vibração para o dia a dia é esquentar a vida com requinte.

Quente e vibrante. Assim é o bordô, uma cor carregada de energia yang, como todos os tons profundos de vermelho. É, por isso, associada à paixão, ao movimento e ao luxo. Este pigmento foi usado, na história, para tingir mantos reais e era ainda o preferido na decoração de castelos e palácios. Hoje, o bordô ganhou uma versão mais democrática e está em todos os ambientes - em pequenos objetos, na mobília ou em paredes inteiras - e nas roupas também. Tudo isso sem perder a pose.

O tom é conhecido ainda como cor de vinho, que vem da bebida, nobre e densa - e ótima para ser apreciada nos encontros a dois ou para o deleite solitário. Vale saber que o nome desta cor vem de Bordeaux, um região de vinhedos na França que produz uvas cujo suco é aveludado e encorpado.

Sensualidade

A relação entre a cor do vinho e a sensualidade é antiga e tem sua origem na mitologia greco-romana, com Baco, conhecido também como Dionísio, o deus das festas e das orgias regadas a taças e mais taças da bebida.

A cor, aliás, traz a mesma vibração do signo de Escorpião, o mais sensual do zodíaco.

Mas nem só de paixão profana se faz o bordô. Existe nesta cartela de tons uma conexão com o divino. No antigo Egito e em Roma, o vermelho-púrpura - uma das variantes do bordô - era associado à justiça, nobreza espiritual e rituais sagrados.



(texto publicado na revista Bons Fluídos nº 99 - julho de 2007)






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