domingo, 31 de agosto de 2014

Imitações de Marcos Veras no Programa do Jô


Regionalismo com Nelson Freitas (Programa do Jô)


Marcelo Adnet- sotaque paulista e carioca (Programa do Jô)


Por que os jovens da geração Y estão infelizes - Igor Johansen (Demografia Unicamp)


Eis o link de uma reportagem muito interessante sobre os problemas que a geração Y (e também as outras gerações) estão sofrendo no mercado de trabalho.

http://demografiaunicamp.wordpress.com/2013/10/30/porque-os-jovens-profissionais-da-geracao-y-estao-infelizes/




Fiéis doadores - Ruan de Sousa Gabriel e Marcos Coronato


Cães e gatos também precisam de transfusão de sangue. Veterinários pioneiros tentam convencer seus donos a tornar os bichos doadores regulares

Doar sangue faz parte da rotina de Felipe Massa. Além dos 500 mililitros que doa todo mês, ele também assina uma carta - ainda que não de próprio punho -em que aconselha o paciente a seguir o tratamento e a ter alimentação adequada para quem passa por uma transfusão. Felipe Massa é um galgo, uma raça de cães corredores. No canil da clínica veterinária Hemopet, no Recife, vivem 20 galgos, todos doadores, batizados em homenagem a corredores de Fórmula 1, como Felipe Massa e Lewis Hamilton, e das pistas como Jesse Owens.

Primeiro hemocentro veterinário privado do Brasil, o Hemopet abriu as portas em 1999. Antes dele, algumas universidades mantinham bancos de sangue animal, mas o estoque era consumido nos próprios hospitais universitários. A veterinária Rebeca Menelau, fundadora da Hemopet, observou uma oportunidade de expandir o serviço para o setor privado depois que vários cães do Recife foram diagnosticados com uma doença transmitida por carrapatos que, em alguns casos, exige transfusão sanguínea, a erlichiose.

A epidemia não bastaria, se não fosse um cenário favorável. A população de animais idosos cresce rapidamente, e seus donos se dispõem a gastar mais, a fim de prolongar a  vida dos bichos. O serviço, caro e complexo, ainda é pouco difundido nas clínicas veterinárias. Como não ha legislação específica, os veterinários são orientados a seguir as rígidas normas da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para bancos de sangue humano. O desafio, em ambos os casos, é parecido: conseguir doadores e manter o estoque. Para ser doador, o animal tem de ser saudável e atender a outros requisitos. Antes da coleta, o doador passa por uma bateria de exames.

Transfusões sanguíneas fazem parte do tratamento de diversos problemas, como insuficiência renal, doença do carrapato e verminoses. O cão Toddy, de 9 anos, chegou ao Hemovet, um hemocentro paulistano, com anemia grave, causada por uma hemorragia. Precisou de três transfusões de sangue até melhorar. "A hemorragia foi controlada e a anemia está discreta", diz Simone Gonçalves, fundadora do Hemovet e outra veterinária pioneira no segmento. Cada transfusão custa ao mesno R$ 300, e cada bolsa de derivados de sangue consumida ao menos R$ 100.

Lidar com o sangue dos gatos é simples para veterinários. Os gatos têm três tipos sanguíneos (A, B e AB) e só podem receber sangue compatível com o seu. Sangue canino é outra história. Há cerca de 13 tipos de sangue canino catalogados até o momento. Numa primeira transfusão, cães podem receber sangue de qualquer doador saudável. A chance de ocorrer uma reação é baixa. A partir da segunda transfusão, o cão só pode receber sangue compatível com o seu. Trata-se de mais um grau de sofisticação, num mercado que atende cerca de 30 milhões de cães e movimenta R$ 15 bilhões, pelos cálculos da Associação Brasileira da Indústria de Produtos para Animais de Estimação (Abinpet).




(texto publicado na revista Época nº 839 - 30 de junho de 2014)




sábado, 30 de agosto de 2014

Juventude para sempre - Danuza Leão


Você gostaria de prolongar indefinidamente sua juventude? Claro, quem não gostaria? Mas para isso vai ter que se preparar muito cedo... A partir dos 11, 12 anos, nunca mais diga sua idade. Uma excelente ideia é não passar mais de ano no colégio, assim poderá dizer que foi contemporânea da turma mais moça. Vai ficar ignorante? Ora, ora.

A partir dos 20, só mantenha relações com pessoas muito mais velhas. Elas vão sempre se referir a você como "aquela menina", e, depois de uma determinada fase da vida, ouvir essa expressão pode ser extremamente agradável.

Cometendo a insanidade de casar cedo, se tiver filhos, só permita que eles apareçam na sala até atingirem a altura de 1,10 metro. A partir daí, colégio interno direto, e nunca mais pronuncie o nome deles, nem com sua mãe. Um dia, uma amiga - aquela' - vai perguntar: "E as crianças?" (a maldade humana não tem limites). Fique fria, diga que estão fazendo um curso no exterior e mude de assunto rapidinho. Se ela insistir e indagar com quantos anos estão, diminua pelo menos uns cinco, e prepare-se: um dia - a vida é cruel - essas crianças vão virar adolescentes, e você vai ter que enfrentar esse duro momento. Como? Simples: dentro de casa, pregue a liberdade e a independência. Quando estiverem ali pelos 13 anos, alugue um apartamento perto do seu para que morem sozinhos, mande sua empregada junto e compre um telefone celular para cada um. Desnecessário dizer que estão proibidos de passar pela calçada de sua casa ou comentar de quem são filhos. Se num momento de grande distração isso acontecer, corte de imediato a mesada, os víveres, tudo. E ensine: a maior prova de amor que um filho já crescido pode da é nunca dizer, em público, a palavra mamãe.

De ginástica, lipoaspiração, do puxa-estica, nem é preciso falar, todo mundo já sabe. Os filhos cada vez mais longe, cuidando da vida deles, como se faz em países civilizados. Dizem que na Austrália as escolas são maravilhosas.

Tudo está correndo bem, mas tem o marido, aquele com quem você se casou e que virou um senhor. Se decidir trocar por outro, seja cautelosa. Um muito jovem não pode; parecer mãe do próprio marido, nem pensar. A solução é arranjar um homem rico e poderoso, de preferência suíço. Milionários não têm idade. E, apesar de os europeus não se ligarem nessa de gatinha, por medida de precaução contrate um bom despachante e, por uma módica quantia, troque a data de todos os seus documentos. Falsidade ideológica? Imagina. Qualquer juiz compreenderia. Providencie rapidamente um filho e, se a gravidez não pintar, travesseiro na barriga e adoção no fim de nove meses.

Fralda, festinha infantil, amiguinhos, o importante é passar a imagem de que está na mesma faixa etária das outras mães - você ganha aí, brincando, uns dez, 15 anos.

Como na sua verdadeira idade nenhuma mulher suporta mais parque ou teatrinho, talvez você enlouqueça, mas nenhum problema: pode passar por depressão pós-parto.

Mas, um dia, você vai acordar cansada de tanto lutar e se lembrará daquela amiga filósofa que dizia: "Para não envelhecer, só não nascendo". Enquanto se arruma para passear com os netos (tem essa também!), vê que precisa passar no cabeleireiro urgente, 1 milímetro de raiz é gravíssimo. Desmarca com as crianças, sabe que elas vão entender. E dá a primeira lição de vida, já estão com 5 e 8 anos, afinal: é hora de começar a diminuir a idade. Avó (palavra proibida de ser dita) é para essas coisas.



(texto publicado na revista Claudia nº 2 - ano 48 - fevereiro de 2009)






Malévola (dublado) com Angelina Jolie


www.tamiozzo.com.br



Um cabide para cada peça - Pamela Marul e Gabriela Navalon


Sabe aquela história de cada macaco no seu galho? Pois bem, com roupa funciona assim mesmo. Existe um tipo de cabide para cada tipo de peça. E a variedade é tanta que dá até para se confundir. Para não se atrapalhar na hora de escolher, conheça a função de cada modelo, organize seu armário e garanta roupas sem amassos.

De arame

Evite este modelo. Ele é fino, frágil e conhecido por deformar pelas. Além disso, não distribui o peso da roupa e pode danificá-la.

De madeira grossa

Bom para casacos e roupas pesadas. Ele tem estrutura resistente e boa superfície de contato para não deformar as peças.

De plástico grosso

Ótimo para pendurar vestidos, calça e camisas. Aqueles com acabamento arredondado deixam a roupa mais reta e distribuida de forma homogênea.

Com pregadores

Shorts e saias são os mais indicados para ser usados neste tipo. Eles permite que essas peças fiquem no armário sem marcas de dobra.

Coberto com tecido

Vestidos e roupas de tecido leve, como a seda, são muito delicados e podem desfiar. Por isso, esse modelo é o mais indicado nesse caso.




(texto publicado na revista AnaMaria nº 933 - 29 de agosto de 2014)




Movimento cor-de-rosa - Bianca Donatto


Você leu o best-seller 50 Tons de Cinza, no qual a mulher se submete aos desejos do homem que ama? Pois vai adorar os 10 tons de pink que contamos a seguir: dicas para reforçar sua feminilidade - sem abrir mão da autonomia - e conquistar uma vida ainda mais plena!

As últimas décadas foram marcadas por muitas vitórias femininas. Se antes a mulher era criada para se dedicar exclusivamente aos assuntos do lar, as batalhas feministas quebraram os muros que impediam uma participação social efetiva. A mulher conquistou o direito ao voto, passou a estudar, se especializar e pôde, enfim, exercer uma profissão. Era o início de um novo mundo: encantador, mas sem referenciais para se espelhar. "Muitas entenderam que a única forma de dar conta dessas novas demandas era copiar quem já o fazia, ou seja, o sexo masculino", aponta a psicóloga Lidia Aratangy, de São Paulo (SP). Foi assim que características marcantes da alma feminina foram abafadas: adotou-se um comportamento mais objetivo e racional, e as emoções foram trancadas na gaveta.

De volta à essência

A boa notícia é que já passamos na fase de testes. Está mais do que comprovado que, além de esposas e mães, somos ótimas funcionárias e chefes e, quando queremos, abrimos o vidro de palmito sem qualquer ajuda! Vivemos agora um momento de resgate, graças à percepção de que os ingredientes poderosos que compõem a arte de ser mulher, desprezados lá atrás, podem fazer maravilhas se aplicados no cenário atual. "Precisamos entender que a nossa essência não tem nada a ver com submissão, mas com um olhar mais atento às emoções", diz a neuropsicóloga Aparecida Natali, de São Paulo (SP). Reunimos a seguir dicas práticas para você fazer as pazes com seu lado mais feminino. Cá entre nós: mostrar um pouco das nossas particularidades pode deixar o mundo mais equilibrado, gostoso e - graças às nuances cor-de-rosa - muito mais bonito!

1) Não renegue a ternura

Esqueça a ideia de que ser doce é sinônimo de fragilidade! "É absolutamente possível expor uma mensagem com firmeza sendo suave e gentil", garante a psicoterapeuta Sâmara Jorge, de São Paulo (SP). Nossa sensibilidade, simpatia e talento para levar os relacionamentos nos torna melhores profissionais que os homens. Sendo assim, quando for pedir algo a alguém, faça com jeitinho e sempre se coloque no lugar do outro.

2) Confie na voz interna

Intuição, pressentimento, feeling, sexto sentido... O nome não importa. Os cientistas já comprovaram que a capacidade de intuir é mais intensa na mulher, por causa do maior tráfego de impulsos nervosos na ponte que liga os hemisférios direito (emocional) e o esquerdo (racional) do cérebro. "Mas em tempos nos quais automatizamos todas as questões, é preciso resgatar esse olhar mais amoroso e sensível diante da vida", diz a especialista. A dica, portanto, é abrir o coração para as pistas que vêm de caminhos fora do convencional.

3) Tire proveito da capacidade de se adaptar

Ao longo dos anos, a mulher foi se reinventando diante de diferentes cenários, o que lhe conferiu um incrível potencial de adaptação. E não é preciso nem buscar referências históricas. "As variações hormonais influenciam fortemente as emoções e até a condição física feminina, por isso somos mais habituadas a lidar com as mudanças e suas implicações", ressalta a psiquiatra Carmita Abdo, coordenadora do Programa de Estudos em Sexualidade (ProSex) do Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas. Essa elasticidade geralmente se reflete também no dia a dia. Ponto para nós!

4) Recomece, se for preciso

Outro trunfo proporcionado pela resiliência feminina é a possibilidade de mudar de ideia no meio do caminho. É que muitas vezes, em pleno trajeto que antes parecia perfeito, a gente percebe que seria melhor tentar de novo, de outro jeito... E, sendo assim, por que não recomeçar? "O importante é a consciência do que se quer, por meio da reflexão, do diálogo interno e até da intuição. Para ser mais feliz, mantenha esses canais abertos e nunca tenha vergonha de voltar atrás", instrui Sâmara.

5) Cuide sim, mas sem se descuidar!

Desde cedo, a mulher tem o impulso e é educada para assistir quem está ao seu redor. Esse instinto se manifesta muito além da relação com os filhos: a gente cuida do marido, dá suporte às amigas, se preocupa com o bem-estar dos colegas de trabalho... "O feminino acolhe, educa, transforma e conduz", diz Aparecida Natali. Em tempo de individualismo exacerbado, cultivar essa essência é mais do que positivo. Mas nada de se jogar para escanteio! Cuidar de nós mesmas nos deixa mais preparadas para cuidar de tudo o que nos cerca e nos envolve.

6) Mulheres, uni-vos!

Apesar de existir um estímulo cultural para a competição entre as mulheres, vale muito a pena ir na contramão e estreitar os laços. Ao buscar apoio, trocar confidências, compartilhar dos medos, anseios e desejos nos famosos clubes da Luluzinha, tornamos a vida muito mais leve. "Esses encontros entre mulheres são ainda excelentes oportunidades para ativar o feminino dentro de nós e promover trocas muito ricas", aponta Sâmara.

7) De vez em quando, saia do comando

Na ânsia por realizar as mesmas tarefas que os homens, e com ainda mais qualidade, contraímos a Síndrome da Mulher Maravilha: achamos que temos que resolver todas as questões, o tempo todo. "Isso nos levou à criação de um ego gigante, cheio de atribuições e pobre de emoções. Passamos a competir, até inconscientemente, com nossos próprios parceiros amorosos", diz Aparecida. Aí, já viu: adeus, romantismo! "Para frear essa tendência, reflita se você tem dado espaço a seu par ou se está sempre se adiantando para resolver tudo sozinha", sugere Sâmara.

8) Aproveite a liberdade sexual

Mais do que quantidade, estamos falando de qualidade! "Foi-se o tempo em que as mulheres tinham que prestar contas para a sociedade sobre quando, com quem e com que frequência estavam transando. Hoje, elas devem respostas a si mesmas. E a principal é: estou satisfeita com minhas relações?", diz a expert Carmita Abdo. Para que as respostas sejam positivas, abra-se para o erotismo! Vale ler histórias picantes, assistir a um filme com uma história de paixão ardente e trocar mensagens provocantes com o parceiro durante o dia. Essas pequenas coisas ativam a libido, que pode ficar apagada em meio às inúmeras atribuições do dia a dia.

9) Valorize sua beleza

Reservar algum tempo para seus rituais - um creminho diário, o make-up e uma boa hidratação nos cabelos, por esemplo - é uma atitude muito bem-vinda. "Ela ajuda a reforçar a autoestima, destacando seus pontos positivos e trabalhando aqueles com os quais você não está tão satisfeita", diz Sâmara Jorge.

10) Seja uma agente da transformação

Muitas mulheres culpam os homens pela condição de desvantagem que (ainda) enfrentamos em alguns setores. "No entanto, elas se esquecem que quem educa esses homens somos nós mesmas, as mulheres", ressalta Lidia Aratangy. O antídoto, segundo ela, está em mudar pequenas atitudes do cotidiano: pedir ajuda para os meninos nas tarefas de casa, ensinar a gentileza, evitar rotular as atribuições pelo gênero dos filhos. "Estimular a igualdade é muito educativo e não favorece só a classe feminina. É bom para toda a sociedade", completa.



(texto publicado na revista A (Ana Maria Braga) nº 7 - ano de 2012)




















Um banho de boa energia - Maria Helena Bellini


Os exercícios feitos na água aquecida promovem inúmeros benefícios para pessoas de todas as idades

A hidroterapia, também chamada de aquaterapia, é um método terapêutico que utiliza os princípios físicos da água em conjunto com a cinesioterapia para reabilitação física de pacientes com diferentes tipos de distúrbios. Muito procurada pela turminha da melhor idade, essa prática produz benefícios visíveis e rápidos. Segundo a Da. Denise Clepf, fisioterapeuta especializada em Fisioterapia Aquática pela Universidade do Estado de São paulo, "é ideal para prevenir, manter, retardar, melhorar ou tratar disfunções físicas características do envelhecimento".

Chuá, chuá

Uma das principais vantagens de se fazerem exercícios debaixo d'água é que a flutuação reduz drasticamente o peso que é transmitido pela cartilagem articular lesionada e dolorida e de outros tecidos articulares sensíveis. "A atividade se torna menos dolorosa. Além de diminuir a gravidade e o atrito das articulações, proporciona qualidade de exercícios e movimentos que não seriam possíveis em solo", explica a fisioterapeuta, que complementa: "Além disso, a capacidade de se movimentar rapidamente na água permite a prática de exercícios aeróbicos, como corridas e até saltos".

Outro benefício relacionado a essa prática é a liberação de endorfina, que ajuda a reduzir possíveis sensações de dor e produz uma sensação de bem-estar, mesmo após o término da atividade. Denise destaca que o trabalho aeróbico também promove melhora do equilíbrio e coordenação motora, reduzindo o risco de quedas. "A pressão hidrostática ajuda também a melhorar a circulação, a reeducação postural, reduz a atrofia e aumenta a força e a massa muscular pela densidade da água, além de reforçar a moral do paciente, pela independência e atividades realizadas dentro da água", diz.

Xô, desconforto

A hidroterapia pode ajudar a tratar artrite, osteoporose, fibromialgia, escoliose, hérnia de disco, lordose, artrose, fraturas, luxação, lesões de ligamentos e meniscos, infecções, tumores, necroses, inflamações, além de distúrbios neurológicos decorrentes de poliomelite, paralisia cerebral e AVC (derrame). Também é indicada para a reabilitação de pessoas com deficiência, e é muito benéfica para gestantes, pois visa amenizar problemas decorrentes das diversas transformações e alterações fisiológicas aos quais o corpo da mulher é submetido durante o período gestacional.

Denise conta que movimentos como correr, malhar e pedalar dentro d'água são outras atividades que podem ser praticadas. "O exercício físico realizado dentro de uma piscina é benéfico à mente e ao corpo, sobretudo às articulações, que são poupadas de grandes impactos. Isso porque a ação da gravidade é reduzida no meio líquido, resultando em uma menor sobrecarga nas pernas e nos braços".

A especialista relata que sintomas como dor, fraqueza muscular, déficit de equilíbrio, obesidade, doenças articulares, desordens de locomoção, dentre outras, dificultam a realização dos exercícios em solo por idosos, ao contrário dos exercícios realizados no meio aquático, onde há diminuição da sobrecarga articular, menor risco de quedas e lesões.

Para iniciar a prática, é necessário consultar um médico para saber a compatibilidade  do exercício na água e as condições de cada paciente. "As principais contraindicações são as infecções, que podem ser de pele, gastrointestinais, dor de garganta e gripe, problemas renais graves, ou qualquer outro tipo de doença infecciosa que possa ser transmitida pela água", ressalta Denise.

Saiba mais

As vantagens da aquaterapia são inúmeras quando se mantém a frequência correta - no mínimo três vezes por semana, com aulas de 30 minutos a uma hora - e os resultados podem ser notados após seis semanas. Conheça algumas delas:

1) Alívio de dor e espasmos musculares.
2) Fortalecimento muscular e treino de resistência.
3) Reeducação dos músculos paralisados.
4) Encorajamento das atividades funcionais.
5) Manutenção e melhora do equilíbrio, coordenação e postura.
6) Facilita o trabalho de pacientes com problemas degenerativos nos ossos, articulações e tendões.
7) Diminui a suscetibilidade desses pacientes à dor e novas lesões.
8) Trata desordens no andar e problemas no aparelho locomotor.
9) Aumento da capacidade de autossuficiência e bem-estar geral.
10) Maximiza o contato social e o prazer pela vida.
11) Alivia ansiedade, insônia e depressão.

Em forma

Uma boa maneira de ter mais disposição para fazer as atividades do dia a dia é aliar a musculação à hidroterapia. Para o professor e geriatra do Hospital das Clínicas SP, Dr. Paulo Camiz, "principalmente na faixa etária geriátrica, esse exercício de força passou a ser a principal forma de manter um idoso funcional e independente. Em relação à aquaterapia, há uma vantagem adicional de não sobrecarregar as articulações do quadril e, principalmente, do joelho".

Segundo a ortopedista do Hospital das Clínicas de São Paulo, Dr. Cássio Trevizani, muitos benefícios são obtidos com o fortalecimento muscular para o aparelho locomotor. "Sem a força habitual dos músculos, atividades do cotidiano acabam sendo executadas com mais dificuldade, o que aumenta a chance de desgaste". Portanto, qualquer modalidade de musculação praticada rotineiramente de forma preventiva pode diminuir os riscos de quedas, artrose e desgaste das articulações. Além desses benefícios, pode prevenir também a osteoporose, problema que pode causar fraturas no fêmur e na coluna.




(texto publicado na revista Ponto de Encontro nº 44 - jun/jul de 2013)










Cachorro agressivo tem solução! - Karina Fusco


Até o mais dócil dos bichos pode ficar possessivo e bravo em algum momento da vida. Veja o que é preciso para t er um cão bem-educado

Como percebo se o meu cão está indócil?

Na maioria das vezes, a agressividade do cão é provocada pelo excesso de mimos e a falta de liderança dos donos, segundo a adestradora Tatiana Antunes, da Cão Tour, em São Paulo. Para a especialista, alguns donos tratam o animal como se fosse uma criança e se esquecem de suas reais necessidades. Quando o animal deixar de ser filhote para se tornar adulto, observe:

1) Ele avança quando vê alguém vindo cumprimentar você?

2) Começa a rosnar e invoca se alguém for pegar seus brinquedos do chão?

3) Late se sua vasilha de comida for tirada do lugar?

4) Ameaça morder se alguém lhe passar a mão em um gesto de carinho?

Segundo o veterinário Aldo Macellaro Júnior, proprietário do Clube de Cãompo, em Itu (SP), esses são os primeiros sinais de que algo vai mal e também o melhor momento de corrigir o problema. "Um dos erros comuns dos donos é achar engraçadinhas essas atitudes dos bichos. Nessa hora, eles precisam é de limite", ressalta Macellaro.

Corrija o quanto antes!

Assim como se deve fazer com uma criança na fase da aprendizagem, é preciso chamar a atenção dos bichos de estimação. "Quando faz algo proibido, o cão sempre deve ser corrigido, mas de maneira certa, sem violência nem grito", orienta Tatiana.

- Mostre que está insatisfeita no exato momento em que ele agir com agressividade.

- Assim, ele saberá quem é o líder´: você. O cão deve saber que não manda na casa nem nos donos, e mais: há regras a cumprir.

- É possível corrigir o cão com um toque (sem bater!), usando apenas um borrifador com água ou latinha com pedrinhas para fazer barulho, por exemplo. Objetos assim fazem o cão mudar o foco.

Será que ele está doente?

O veterinário Macellaro Júnior afirma que dificilmente um animal tranquilo se torna agressivo de uma hora para outra. "Mas quando isso acontece, pode ser sinal de dor intensa. Existe a possibilidade de alojamento de parasita no cérebro dele ou até um turmo cerebral", afirma. Portanto, se essa mudança brusca acontecer, o veterinário deve ser avisado logo.

Castrar ajuda

Animais tratados quase como seres humanos, que vivem cheios de mimos e sem limite algum, são os que mais costumam dar uma de bravos se alguém chegar perto de algo que eles consideram sua propriedade. Uma das saídas que os donos encontram é mandar castrá-los, para se acalmarem. "Com a castração, é retirada dele a testosterona, hormônio que traz impetuosidade e força, ou seja, as características da agressividade", afirma o veterinário.

O que fazer quando o cão ameaça atacar?

Você pode...

- Manter a seriedade no tom de voz e dizer "não pode fazer assim";

- Bater no chão com um pedaço de jornal ou uma lata com pedrinhas, bem perto dele, para fazer barulho;

- Dar uma leve borrifada com água perto de seu focinho. Isso também faz com que ele se assuste e entenda que o comportamento está errado;

- Elogiar e dar carinho quando ele se comportar adequadamente.


É proibido...

- Ficar com ele no colo quando chegar uma visita, como se estivesse protegendo-o dessa pessoa. Ele deve ser acostumado a ganhar carícias de gente conhecida desde pequeno;

- Rir, se ele rosnar ou der sinal que quer arranhar ou morder;

- Ameaçar bater nele com vassoura, chinelo ou qualquer outro objeto;

- Incentivá-lo a manter aquela atitude por não saber corrigi-la.

Produtos de limpeza: que perigo!

Como há produtos que podem causar alergias e outros problemas de saúde em animais, antes de usá-los, leia atentamente o rótulo e verifique seus componentes!

Evite produtos de limpeza que tenham derivados do petróleo, álcool etílico, cloro, formaldeído, fragrâncias e corantes muito fortes. Esses componentes podem causar alergias respiratórias, de contato, irritações e ressecamento da pele.

Deixe os produtos de limpeza longe do alcance dos animais.

Limpe o chão usando apenas água e sabão. Essa receita é eficiente e não traz problemas para o animal.




(texto publicado na revista AnaMaria nº 929 - 1º de agosto de 2014)










Entrevista com Angelina Jolie: "Acredito no mal porque vi o mal" - Ana Maria Bahiana


A atriz está em Malévola, uma versão moderna do conto de fadas A Bela Adormecida. Na vida real, ela diz ter conhecido a maldade ao viajar como comissária da ONU

"Nunca pensei que faria um filme da Disney", diz a atriz americana Angelina Jolie, de 38 anos. "Na verdade, nunca fiz um filme a que meus filhos pudessem assistir. Jamais me oferecem esse tipo de papel. "É um belo dia de fim de primavera em Los Angeles, com sol, 22 graus, nuvens e flores por todo lado. Angelina pouco ou nada vê de tudo isso. Desde a manhã, está trancada num hotel de luxo em Beverly Hills, recebendo a imprensa na habitual maratona promocional de lançamento de um filme. No caso, sua estreia como habitante do mundo Disney: Malévola, uma releitura da história da Bela Adormecida. O filme toma emprestada uma ideia do bem-sucedido musical da Broadway: Wicked.

O roteiro do filme, como do musical, explora o passado de uma vilã, a Malévola do título, para explicar suas ações e recolocá-la como, na pior das hipóteses, uma heroína incompreendida e digna de redenção. Usando lentes de contato especiais e próteses de silicone e gel no nariz, nas orelhas e na face - mais um par de chifres de poliuretano, presos à cabeça com uma touca especial e uma série de imãs - Angelina cria uma Malévola plausível dentro do mito reinventado pelo roteiro da veterana Linda Woolverton (A Bela e a Fera, O Rei Leão, Mulan). O diretor do filme é Robert Stromberg, supervisor de efeitos especiais de Piratas do Caribe. A magia das imagens está garantida.

Malévola marca o retorno à vida pública de Angelina, após três anos tomados por seu trabalho humanitário, como Enviada Especial das Nações Unidas, e, por uma série de tratamentos médicos que resultaram, em fevereiro de 2013, na cirurgia para remover os seios. Ela constatou que tinha o mesmo perfil genético de sua mãe (a modelo e atriz Marcheline Bertrand, que sucumbiu ao câncer de mama e ovários em 2007, aos 56 anos) e decidiu por uma cirurgia radical preventiva. A decisão de divulgar a cirurgia num artigo para o New York Times foi definida pelo geneticista Eric Topol, como um gesto de alto simbolismo e "um momento que para sempre impulsionará a medicina genética". Até o lançamento, em dezembro, de seu segundo filme como diretora, o drama de guerra Invencível (Unbroken), ela continuará com sua agenda de ativismo. Comparecerá em Londres, neste mês, a uma reunião de cúpula de 141 países para debater a violência contra as mulheres em situações de conflito. Depois, talvez ela e Brad Pitt se juntem novamente nas telas, algo que não acontece desde a comédia Sr. e Sra. Smith, de 2005, que deu início ao namoro deles. Desta vez, Angelina será diretora e roteirista, e Brad ator. "Depois de muita conversa, agora finalmente farei um filme com Brad", diz ela, sorrindo. "É uma parceria: escrevi, vou dirigir e atuaremos juntos. Será maravilhoso."

Época - Esse papel é muito diferente de todos os que a senhora fez em usa carreira. Por que escolheu esse projeto agora?

Angelina Jolie - Sempre quis fazer um papel assim. Gostei desse porque, além de ser um filme que meus filhos podem ver, é um filme que gostaria que eles vissem. Tem uma mensagem coerente com o modo como os educamos. A ideia de que cada um tem uma história que não conhecemos, que não podemos saber o que cada um passou, se foi doente ou molestado ou marginalizado. E que, mesmo que coisas terríveis tenham acontecido, temos sempre de lutar para recuperar nossa humanidade, não permitir que o mal tome conta de quem somos.

Época - O filme Malévola contesta alguns chavões dos contos de fadas do universo Disney. Nos convida a ter um novo olhar sobre o "vilão", o personagem "do mal". Qual sua definição de "mal"?

Angelina Jolie - Não sei como definir, mas sei que existe. Acredito no mal, porque vi o mal. Não é o das histórias. Não é o de Hollywood. É o que vi em minhas viagens pelas Nações Unidas: crianças queimadas, famílias destruídas, órfãos, mulheres violentadas, crianças torturadas, com unhas arrancadas... Essas meninas (na Nigéria) arrancadas de suas escolas, raptadas. Esse é o mal. É importante compreender o mal e compreender de onde vem, quais são suas raízes. Só assim é possível combatê-lo de verdade. Para enfrentar esse mal, temos apenas as saídas da Justiça, em primeiro lugar, depois da educação. Precisamos nos unir, unir todas as pessoas que reconhecem esse mal e realmente encará-lo.

Época - O filme também redefine as ideias de "amor verdadeiro" e "felizes para sempre", chichês comuns no universo de Walt Disney. Qual sua visão sobre essas ideias?

Angelina Jolie - Nunca fui romântica. Sou realista e pragmática. Nunca acreditei em "amor verdadeiro", "amor à primeira vista". Nunca acreditei na ideia de que basta você encontrar a pessoa certa e se entregar a essa pessoa, e ela se transformará na sua felicidade. Isso mudou quando me tornei mãe. No momento em que olhei nos olhos de Maddox no orfanato (nascido Rath Vibol em Pnom Penh, Camboja,  Maddox foi adotado por Angelina, aos 7 meses, em 2002), todo o meu mundo mudou. Foi a primeira vez que compreendi o que era amor verdadeiro. É o momento em que você não é mais o centro do mundo e é capaz de se dar inteiramente a outra pessoa, e essa pessoa se  torna sua felicidade. Tudo de ruim que possa acontecer a essa pessoa, você diz: "Que venha para mim, não para ela". Não estou sozinha. Quase todas as mães e pais se sentem assim.

Época - É seu primeiro trabalho diante das câmeras desde as cirurgias a que a senhora se submeteu em fevereiro do ano passado. Como está sua saúde? Se a senhora pudesse voltar atrás, faria algo de forma diferente?

Angelina Jolie - Minha saúde está ótima. Tenho muita energia. Estou feliz por ter tomado as decisões que tomei. Mesmo a decisão de ter levado a público minha decisão. Era meu dever para com as demais mulheres. Aprendi muito sobre minha saúde e não achava correto deixar de compartilhar o que aprendi e as escolhas que fiz com outras mulheres. Como teria sido bom se as ferramentas que temos hoje estivessem disponíveis para minha mãe, e que ela tivesse essa escolha quando era mais jovem. Ela poderia estar viva e comigo, hoje, aproveitando seus netos.

Época - A senhora pretende continuar o tratamento com a remoção dos ovários, procedimento recomendado para mulheres com a mesma mutação genética sua e de sua mãe?

Angelina Jolie - Sempre fui muito franca e firme em minha decisão de continuar o tratamento. Neste momento, me informo sobre o assunto, compreendo todos os detalhes sobre o que a mutação significa e como melhor me preparar para ela. Minha opção, como antes, é manter minha privacidade - minha e de minha família - antes e durante o processo, para que eu possa comentá-lo abertamente depois.

Época - Em dezembro deste ano, teremos seu segundo filme como diretora, Invencível, a história do corredor olímpico Lou Zamperini. Durante a Segunda Guerra Mundial, ele tornou-se prisioneiro dos japoneses. A senhora está determinada a continuar sua carreira como diretora?

Angelina Jolie - Estou. Na verdade, estou cada vez mais interessada no trabalho de diretora cinematográfica. Me tornei diretora por acaso. Escrevi o roteiro de meu primeiro filme (Na terra de amor e ódio, 2011) como um exercício pessoal, uma meditação sobre o que eu tinha visto e aprendido sobre a situação na Bósnia - uma guerra que nunca consegui compreender direito - e não consegui achar ninguém que tivesse a mesma paixão pelo assunto, ninguém em quem confiasse. Atualmente, dentro do mundo de entretenimento, dirigir é o que mais quero fazer. É onde está meu interesse. Dirigir filmes é uma forma de abordar temas importantes para mim e de me educar a respeito de coisas que não conheço, de aprender sobre história, sobre cultura e de me aprofundar no conhecimento do próprio cinema.

Época - Se a senhora tivesse de escolher entre ser atriz, ser diretora e ser ativista, o que escolheria?

Angelina Jolie - Poderia não ser nenhuma das outras coisas e ser feliz. Mas não poderia não ser uma ativista. Poder usar o poder da celebridade e, assim, chamar a atenção para pessoas e problemas que em geral passam desapercebidos é algo que realmente faz sentido para mim. Demorei algum tempo até compreender o que significava ser celebridade, as coisas de que você abre mão sendo uma celebridade e, ao mesmo tempo, o poder que você tem. Comecei nisso muito jovem. De imediato, não sabia o que fazer com o poder e a celebridade. Francamente, nem poder nem celebridade me interessavam muito. Ser capaz de dar uma finalidade, um sentido a isso, é algo muito especial.



(texto publicado na revista Época nº 835 - 2 de junho de 2014)

















Il numero 17



Território desconhecido - Thiago Guimarães


Que tal parar de tentar mudar os homens e começar a entender que eles são assim e pronto?

"Você está ficando louca?" Quem nunca ouviu essa sentença, tão carregada de indignação? E geralmente ela vem depois de um desentendimento com o marido, o filho, o pai, o amigo, o chefe... Ou seja, um homem que participa da sua vida. Se você já imaginou que estivesse falando grego, bem-vinda ao mundo real, onde as diferenças entre o pensamento do homem e o da mulher são indiscutíveis. Até os cientistas - que provavelmente também sentem as diferenças dentro de casa - foram atrás para descobrir algumas evidências que sugerem que o cérebro de homens e mulheres se forma a partir de diferentes programações genéticas. Mas não dá para ignorar que a formação social tem grande parcela de culpa nesse conflito. Segundo o psiquiatra Ururahy Barroso, graduado pela Faculdade de Medicina de Rio Preto (SP), a psique feminina é diferente da masculina. E a explicação vem, literalmente, do tempo das cavernas: a mulher pensa globalmente porque, culturalmente, ela teve que lidar desde cedo com várias situações ao mesmo tempo, como a caverna, a prole, a alimentação, a organização e a execução disso tudo, enquanto o homem saia somente para caçar.

Dor

A mulherada saiu espalhando aos quatro cantos que homem sente mais dor. Mas uma investigação da Universidade de Stanford indica que, mesmo quando homens e mulheres têm a mesma doença, as mulheres parecem sofrer mais com a dor. No entanto, Barroso acredita que as mulheres comunicam menos sobre isso. Pois é, provavelmente elas aguentam a dor em silêncio para não preocupar os outros. (Bonito isso, né? Só pra nos sentirmos fracos perto de vocês...). Ele acredita também que os homens, por causa da cultura machista, não falem sobre todas as dores que sentem. E não é estranho que ajam assim mesmo. Afinal, nenhuma mulher quer ver um homem gritando e chorando de dor pela casa, não é mesmo?

Trabalho e relacionamento

Toda mulher inteligente sabe que não tem como concorrer com o trabalho do seu homem. Nós valorizamos mais o trabalho do que o relacionamento porque foi assim desde o começo. O homem, que é mais forte fisicamente do que a mulher (isso ninguém tira da gente!), passou a ser competitivo no trabalho. Em contrapartida, a mulher passou a ser competitiva no relacionamento. "Haja vista que as mulheres são mais felizes hoje do que os homens, porque a base da felicidade é o relacionamento humano", diz Ururahy Barroso.

Críticas

Toda mulher sabe disso: a maioria dos homens detesta críticas, porque elas significam uma ameaça ao poder masculino. Quando somos criticados é como se uma voz do além dissesse que não somos tão bons quanto pensamos. Isso porque os homens são treinados inicialmente pelas mulheres-mães. Elas nem sempre preparam seus filhos para as mulheres-esposas, afinal, a maioria das mães vive o mito do eterno "filhotinho". Porém, quando são expostos ao relacionamento com outra mulher, acabam tendo que enfrentar críticas e não sabem o que fazer com elas.

Insegurança

Notícia boa: os homens são mais inseguros que as mulheres. Notícia ruim: a culpa disso é de vocês. A psicóloga Mara Lúcia Madureira, psicoterapeuta cognitivo-comportamental pela Faculdade de Medicina de Rio Preto (SP), explica que mães, avós, tias, irmãs e esposas costumam fazer tudo pelos meninos, rapazes e homens. E é verdade, né? Ao mesmo tempo, ensinam as mulheres a cuidar de si mesmas, da casa, dos irmãos, do marido, dos filhos. Desse modo, treinam as meninas para ser autossuficientes, preparam-nas para enfrentar tudo e poupam os rapazes, provocando um déficit no desempenho psicossocial e na autoconfiança masculina.

Racionalidade

As mulheres são mais emotivas. E por quê? De novo a resposta está lá no começo de tudo: elas lidavam com as emoções dos filhos e nós saíamos para trazer o alimento para casa, sempre lidando com outros homens. Só que o empo passou e algumas coisas mudaram. No processo evolutivo da espécie, a mulher está desenvolvendo também o lado racional do cérebro, o que a torna uma forte concorrente na competição com os homens no mundo profissional.

Cuidado

Por mais que a gente se esforce, as mulheres são mais cuidadosas em tudo o que fazem. E sem nenhuma dificuldade. Isso porque vocês desenvolveram a necessidade do autocuidado desde que vieram ao mundo. Há muito tempo descobriram que teriam que se cuidar porque o "provedor da caça", ou seja, o homem, não cuidava da mulher nem da prole. Esse autocuidado tornou-a autossuficiente e no frigir dos ovos, os homens é quem são dependentes delas.

Emoções

Os homens precisam manter a fama de fortões e reprimem a maioria dos seus sentimentos porque foram condicionados a agir assim. Garotos são educados a negar sempre suas emoções, máxima eternizada pela música Boys don't Cry (Meninos não Choram, em tradução livre) e, por isso, quando passam por algum sofrimento, a dor é intensificada pelo medo de deixar transparecer suas emoções e serem tratados como fracos.

Agressividade

Os homens são mais agressivos que as mulheres. E eles aprendem a ser assim no ambiente, por causa da própria sociedade em que vivem, que aceita esse tipo de comportamento quando é vindo de um homem. É como se já fosse esperado. E tem mais: quanto mais a sociedade permitir, mais intensas e frequentes serão essas manifestações, porque os homens ficarão mais à vontade para expressar a agressividade. Na evolução humana, os homens tiveram que lidar mais com reações de animais, instintivas, do que racionais. Depois passaram a competir entre si em combates físicos. Com isso, o instinto sobressaiu às emoções e os tornou muito mais agressivos.

Infidelidade

Geralmente os homens não conseguem resistir a uma mulher atraente. Isso todo mundo já sabe e até acaba aceitando (não?). E é justamente por isso que eles continuam agindo assim. Isso acontece por causa do predomínio do pensamento machista nos últimos séculos. Portanto, a capacidade de resistir ou não aos encantos sexuais não é uma questão de gênero, mas de índole. Mas, quanto mais aceita for a infidelidade masculina, mais ela vai continuar acontecendo. Vale lembrar que esse assunto está diretamente ligado ao estímulo sexual. Nos homens, imagens se transformaram em estímulos diretos, enquanto as mulheres passam pela área do cérebro emocional.

Praticidade

Uma coisa não dá para negar: os homens resolvem as situações de forma mais prática. Isso porque o cérebro masculino é programado para isso. Segundo o psicólogo João Oliveira, mestre em cognição e linguagem pela Universidade Estadual do Norte Fluminense Darcy Ribeiro, a estrutura focal, lapidada para priorizar o alvo duranta a caçada, diminui a capacidade de múltiplos esquemas na organização mental ao mesmo tempo, mas fortifica o pontual, tornando-o capaz de esclarecer mais rapidamente certos problemas de ordem prática, enquanto a mulher é mais veloz em conceitos subjetivos.

Sexo

Aparentemente os homens pensam mais em sexo porque existe mais liberdade para falar do assunto entre eles do que entre elas, também por uma questão cultural. "Entretanto, esse fato não é comprovado. Como saber o que as pessoas pensam? Podemos saber o que elas relatam que pensam, mas a fala pode estar comprometida pela vergonha ou pelo medo de ser repreendida pela sociedade. Portanto, não podemos afirmar isso", diz João Oliveira. Quando o assunto é orgasmo, saímos na frente. Nós chegamos ao orgasmo com mais facilidade porque não temos um histórico de repressão sexual cultural. A psicóloga Mara Lúcia Madureira explica que as mulheres foram tão reprimidas sexualmente que isso acabou interferindo na liberdade e na qualidade de suas relações. Muitas delas se preocupam com tantas coisas, como filhos, culpa, contas, peso, estria, celulite, entre outros problemas, que acabam dificultando a excitação, o prazer e o orgasmo.

Objetos

Cadê meus óculos escuros? Opa, desculpe, voltei. Eu bem sei: as mulheres conseguem encontrar qualquer objeto com mais facilidade. Isso porque desenvolveram uma atenção mais localizada, enquanto os homens têm atenção mais globalizada. Os homens enxergam melhor de longe, as mulheres enxergam melhor de perto.

Atividades

As mulheres conseguem fazer várias tarefas ao mesmo tempo, diferentemente de nós, por uma necessidade evolutiva. Vocês desenvolveram um cérebro multifocal, tendo que pensar na prole, na caverna como um todo e nos alimentos. Enquanto isso, nós desenvolvemos um cérebro unifocal, porque pensávamos apenas na caça e deixávamos o restante de lado, por conta de vocês.

Fala

Mara Lúcia Madureira afirma que as mulheres falam mais do que os homens (precisava ela falar?). Alguns estudos apontam o cérebro masculino um pouco mais propenso à percepção espacial e o feminino à linguagem, provavelmente em razão das suas diferenças hormonais. Necessidades ambientais talvez tenham contribuído para o superdesenvolvimento da linguagem falada (nome bonito para tagarela) nas mulheres, já que uma de suas maiores atribuições ainda é a educação de filhos que comumente se faz por meio de instruções verbais.

Meio-termo

Com toda essa explicação sobre as diferenças entre homens e mulheres, surge uma dúvida: afinal, como fica a forma de pensar e se comportar dos gays, já que aparentemente eles conseguem interagir entre os dois mundos? Uma pesquisa realizada pelo Instituto Karolinska, da Suécia, analisou o cérebro de gays e héteros. Os números revelaram que o cérebro de um homem gay é mais parecido com o de uma mulher heterossexual, pois tem os dois lados do mesmo tamanho. Já o de uma mulher gay parece com o cérebro de um homem heterossexual, já que possui o lado direito um pouco maior do que o esquerdo. O padrão masculino homossexual correspondeu ao feminino heterossexual e vice-versa também na análise da área do cérebro que controla o aprendizado emocional, o humor e a agressividade. Mas, segundo a psicóloga Mara Lúcia Madureira, no geral os homossexuais podem manifestar mesclas de padrões de pensamentos, sentimentos e comportamentos ou com predomínio de aspectos mais comuns a um gênero específico. "A individualidade de uma pessoa deve estar acima de qualquer gênero ou de sua orientação homoafetiva", diz.



(texto publicado na revista A (Ana Maria Braga) nº 7 - ano de 2012)















Apri il TERZO OCCHIO e riattiva la Ghiandola Pineale - Daniele Penna - Digressione 7


Conserva de alho é medicinal, saborosa e não deixa hálito ruim (Cura pela Natureza)


Muita gente não gosta do sabor forte do alho.

E até dá para entender isso, pois de fato não é muito agradável ficar com hálito com cheiro de alho.

A conserva de alho, porém, não tem esse problema.

Graças ao processo de fermentação, ela tem um sabor muito suave.

Por isso esta conserva é uma das melhores opções para quem quer se beneficiar das propriedades medicinais do alho - que são muitas - sem ficar com nenhum aroma ruim na boca.

E, por falar das propriedades medicinais do alho, que tal relembrá-las?

Para começar, o alho é um potente antibiótico natural.

Ele é rico em vitaminas do complexo B e sais minerais antioxidante, como zinco e selênio e, por isso, é um excelente remédio para gripes e  resfriados.

O alho ainda regula a pressão arterial e reduz o nível de colesterol no sangue, prevenindo aterosclerose e doenças cardiovasculares.

E tem mais: o alho...

- ... estimula a secreção de insulina pelo pâncreas, reduzindo a glicose no sangue;

-... é um forte antioxidante, o que o torna um alimento anticâncer;

- ... reduz o risco de infarto e doenças do coração;

- ... combate bactérias e vírus;

- ... elimina vermes e parasitas;


- ... fortalece a imunidade.


A conserva de alho é uma receita muito simples.

Aprenda agora a fazê-la:

INGREDIENTES:

1/2 quilo de alho descascado
1/2 copo (americano) de vinho branco seco
1/2 (americano) de água
1/2 litro de vinagre branco
2 folhas de louro
1 colher (sopa) de orégano
2 colheres (sopa) de azeite de oliva
6 grãos de pimenta-do-reino
1 colher (sopa) de sal

MODO DE PREPARO:

Comece levando ao fogo o vinho, o vinagre, a água, o azeite, o orégano, o sal, as folhas de louro e os grãos de pimenta-do-reino.

Deixe cozinhar até levantar fervura.

Acrescente o alho descascado. (Para descascar o alho com mais facilidade, deixe-o de molho em água fria por uma hora).

Cozinhe por mais três minutos.

Desligue o fogo e deixe esfriar.

Coloque em vidros de conserva bem esterilizados.

Quando esfriar, agite os vidros e guarde-os na geladeira.

Depois de cinco dias, a conserva estará pronta para consumo.

Sugestão de consumo: em saladas, sanduíches, como um aperitivo ou como sua imaginação mandar.